Windows de aluguel

Por Adriane Batata

Microsoft traz o Windows de ‘aluguel’

Valor on line
André Borges, de São Paulo
13/04/2010

uma tendência que o mercado tem chamado de computação “em nuvem”, leia-se internet

A Microsoft começa a vender hoje seus programas no Brasil por meio de um novo sistema pelo qual o usuário paga exatamente pelo que consome. Assim, ele pode usar o Windows por US$ 0,12 a hora e pagar a conta no fim do mês, com o cartão de crédito. A maior empresa de software do mundo, sinônimo da venda de sistemas por meio de licenças por usuário, decidiu aderir definitivamente ao modelo do micropagamento.

Essa mudança radical na forma de vender software só foi possível graças a uma tendência que o mercado tem chamado de computação “em nuvem”, leia-se internet. Nesse modelo, do lado do usuário, basta ter um computador com acesso à rede, um login e uma senha de acesso. A fornecedora do software faz o resto, rodando tudo em seus próprios centros de dados instalados mundo afora.

Abaixo, a matéria completa:

Do Valor

Microsoft oferece aluguel de sistemas na web

André Borges, de São Paulo
13/04/2010

Que tal usar o sistema operacional Windows por US$ 0,12 (mais impostos) a hora e pagar a conta no fim do mês, pelo cartão de crédito, ou ainda comprar um pacote de sistemas de colaboração por US$ 10 por mês? É dessa forma que a Microsoft começa a vender hoje alguns de seus sistemas para o mercado brasileiro. A maior empresa de software do mundo, sinônimo da venda de sistemas por meio de licenças por usuário – o modelo mais tradicional de se comprar programas de computador – decidiu aderir definitivamente ao modelo do micropagamento, pelo qual o usuário paga exatamente por aquilo que usa.

Essa mudança radical na forma de vender software só foi possível graças a uma tendência que o mercado tem chamado de computação “em nuvem”, leia-se internet. A ideia do conceito é que uma companhia não precisa mais comprar dúzias de equipamentos de grande porte, como servidores, e uma infinidade de licenças de software para que sua empresa passe a contar com um departamento de tecnologia da informação (TI). No modelo da nuvem, tudo isso passa a ser oferecido pelo próprio fabricante do software. Do lado do usuário, basta ter um computador com acesso à internet, um “log in” e uma senha de acesso.

Com essa abordagem, a Microsoft quer expandir o uso de seus programas. Em vez de gastar R$ 700 numa licença do sistema operacional Windows, por exemplo, a empresa usuária faz um pagamento mensal com o preço atrelado ao tempo de uso. Com mais US$ 0,15 por mês, também é possível alugar 1 GByte de espaço para armazenar informações. E por aí vai. Entre as formas de contratação do software – que passa a ser acessado como um serviço – a Microsoft montou pacotes de ofertas, como se fosse uma companhia de TV por assinatura, em que o usuário escolhe a oferta que preferir. “Não abrimos mão do modelo tradicional de venda de sistemas. A Microsoft continua apostando na oferta de licenças”, comenta Eduardo Campos de Oliveira, gerente geral de produtividade e colaboração da Microsoft. “O que estamos oferecendo é opção de escolha.”

A aquisição de software com um serviço pode não ser a melhor escolha para a empresa, dependendo do número de usuários que ela tiver e de sua intensidade de uso. O que se recomenda é fazer uma comparação para enxergar as vantagens no longo prazo. Para testar o “Windows Azure”, como foi batizada a versão de aluguel do sistema, a Microsoft experimentou o recurso com 70 companhias. De maneira geral, se uma empresa possui mais de 50 licenças de Windows, ela pode ser uma boa candidata a migrar seus sistemas para a nuvem.

Além do sistema operacional, a companhia de Bill Gates também levou para a nuvem um pacote de sistemas de produtividade, que inclui programas como Exchange e SharePoint, entre outros. Durante 30 dias, 2 mil testaram o serviço. Os pilotos demonstraram que o aluguel é boa escolha em operações com mais de 250 usuários.

No segundo semestre deste ano, a Microsoft deve anunciar a migração para a nuvem de um de seus best-sellers: o pacote Office, que inclui programas como o Word e o Excel. No Brasil, estima a companhia, há um mercado de US$ 2 bilhões para ser explorado, sem incluir nesta conta o faturamento com o Windows.

Luis Nassif

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