Twitter, Telefónica e Murdoch patrocinam empresa que planeja “roubar” Android

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A Cyanogen Inc., empresa que tenta combater o Android do Google usando uma versão mais veloz e personalizada do sistema, anunciou na segunda-feira (23) que agora tem dinheiro para isso. A companhia recebeu US$ 80 milhões de investimento de um grupo formado por parceiros como Twitter, Telefónica e o magnata Rupert Murdoch. As informações são da Folha.

Empresa que planeja tirar Android do Google recebe US$ 80 milhões

Por Bruno Romani

Na Folha

“Nós vamos tirar o Android do Google.” A afirmação pode soar como mais uma bravata vinda de um empreendedor querendo chamar a atenção. Mas, no caso de Kirt McMaster, autor da frase, ela expressa um objetivo real.

O executivo está à frente da Cyanogen Inc., empresa que tenta combater o Android usando o Android e agora tem dinheiro para isso. Nesta segunda-feira (23), a companhia anunciou que recebeu US$ 80 milhões de investimento de um grupo formado por parceiros como Twitter, Telefónica e o magnata Rupert Murdoch.

Em 2009, um programador chamado Steve Kondik criou uma versão modificada do Android. O objetivo era ter uma plataforma mais rápida e altamente personalizável.

A CyanogenMod, como foi batizada, eliminava apps e recursos pré-instalados nos aparelhos e tentava tirar o melhor do hardware do aparelho. Na prática, o telefone ficava livre das amarras do Google, das operadoras e dos fabricantes.

O projeto tinha código aberto e passou a receber contribuições de hackers e desenvolvedores. Logo tornou-se uma comunidade com bom número de seguidores.

Em setembro de 2013, Kondik resolveu criar uma empresa para distribuir melhor a plataforma (e lucrar com ela).

O surgimento da Cyanogen coincide com um momento em que o Google tenta exercer maior controle sobre o Android. O site “Information”, que afirma ter acessado supostos documentos internos da corporação, diz que a empresa está fazendo jogo duro com as fabricantes que desejam lançar celulares com o sistema operacional.

O Google estaria demandando a presença de mais de seus apps e mais destaque para esses serviços. O número de apps exigidos pelo Google teria saltado de 9 para 20.

Já existe um grande mercado para o Android livre. A Cyanogen estima que 40% dos dispositivos vendidos no mundo rodem o Android sem as amarras do Google. A prática é comum na China.

No ano passado, a start-up entrou no mercado indiano e esteve presente em um dos celulares mais comentados de 2014 entre os fãs de Android, o OnePlus One, criado pela companhia iniciante chinesa OnePlus.

O aparelho desde o início é vendido só pela internet, por US$ 400. Desde o início do mês, ele pode ser comprado toda terça-feira sem necessidade de convite.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Manchete sensacionalista. Se

     

    Eu utilizo uma vesão modificada do Android baseada no CM11.

    Cyan modifica seus androids baseado em um projeto aberto e ele não controla nada ali.  É um grupo de mdificadores que deu certo. Exstem inúmeros grupos e todos eles tem suas modificações seguidas de perto pela Google.

    Se forem por este caminho corre o risco de perder a fonte de suas modificações uma vez que eles são responsáveis por apenas uma pequena fração do que vendem.

    Não são tão livres assim! 

    A chance disso acontecer, do Google perder o controle, é mínima para não dizer risível. Boa sorte na tentativa! Precisariam de rios de dinheiro… e eles não tem, não interessa quem está por trás pois TODOS, somados,tem menos dinheiro que o Google.

     

    Lançar e consolidar um OS mundial da trabalho e custa muito dinheiro. Alguém aí sabe por onde andam o Tizem e FirefoxOS?

    Um é da Samsung e outro da Mozilla Fundation. Não teriam melhores chances que o Cya? E onde andam?

    1. não tão livres

      Se os diretores da Cianogen quiserem seguir um caminho que desagrade muitos dos programadores que trabalham no projeto, eles podem decidir criar outra plataforma, baseada no proprio Cianogen.

      Essa é a vantagem — e desvantagem — de se trabalhar com softwares livres.

       

      Também se pode partir para o FirefoxOS, Tizen ou UbuntuPhone.

      Destes, o que tem mais aparelhos no mercado é o FirefoxOS, os outros só tem um aparelho com cada sistema operacional, que eu saiba.

      1. Cyan não é base. A base

        Cyan não é base. A base chama-se AOSP e existem dezenas de modificações semelhantes. Eu utilizo um chamado Kangapop. 

        E sim vc pode partir para o que quiser, agora tomar o lugar do SO número 1 do mundo é um pouco de pretenção demais. Isso é papo de IPO!

         

        PS. Eu modifiquei completamente minha msg acima. 

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