Alexandre de Moraes tem currículo que indica fraude ou desqualifica a pesquisa

Enviado por Almeida

da Carta Campinas

Alexandre de Moraes tem currículo lattes que desqualifica pesquisa ou indica fraude

por Glauco Cortez

O ex-secretário de Segurança do PSDB de São Paulo, ex-ministro da Justiça do governo Temer e indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes (PSDB), pode ter burlado também o currículo lattes ou obteve títulos em uma velocidade inimaginável para qualquer pesquisador com relativa seriedade no trato e no desenvolvimento de pesquisa.

Alexandre de Moraes não fez a dissertação de mestrado como os pobres mortais pesquisadores. O mestrado é o início da carreira de pesquisador e fundamental para que, no doutorado, o pesquisador tenha amadurecimento suficiente para desenvolver uma tese. Moraes pulou essa etapa, o que não é fácil e nem comum na academia.

Leia também “De acordo com Parola, o presidente decidiu submeter o nome de Moraes à aprovação do Senado tendo como base o seu currículo”

Além disso, ele fez o doutorado, o pós-doc e obteve o título de livre-docente em apenas 4 anos, de 1998 a 2001. Ou é fraude ou é um fenômeno a ser estudado. Somente o doutorado leva normalmente quatro anos para se fazer. O Pós-doc (Pós-doutorado) é uma pesquisa normalmente feita em um ano. Já o título de livre-docência também exige uma pesquisa de mais 4 anos. Muitas vezes o tempo é maior.

Isso talvez seja explicado com a acusação de plágio. Ao fazer plágio, o pesquisador abrevia etapas com a fraude. A velocidade das pesquisas de Alexandre de Moraes casa com a acusação de fraude.

Hábil como uma raposa ou uma lebre, Moraes pulou o mestrado e fez doutorado em 02 anos (1998-2000). O inacreditável é que o doutorado foi feito concomitantemente ao seu pós-doc, que inclusive se inicia antes do doutorado (1997-2000). Ou seja, ele fez o pós-doutorado antes do doutorado. Uma loucura.  No ano seguinte já era livre-docente (2001). Veja link se não foi retirado do ar.

Redação

71 Comentários

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  1. Quem foram os reitores da USP

    Quem foram os reitores da USP e os diretores da Faculdade de Direito nesses tempos? E o governador do estado, o secretário da educação, quem eram? Como se articulou o poder de nomeação do Conselho Universitário?

     

    1. Não é um caso inédito

      Sr Renato Lazzari

      Também não houve essa preocupação na ocasião em que Dilma e Mercadante igualmente inflaram, maquiaram e turbinaram seus proprios curriculuns. Não que isso possa relativizar a presumível picaretagem de Alexandre de Moraes. É só pra mostrar que o ambiente politico é formado por FDPs. Isso envolve TODOS os partidos e torna muito perigoso criticar adversários. Tá todo mundo com o rabo preso. Abraços.

      1. Eu NUNCA ouvi falar desse

        Eu NUNCA ouvi falar desse assunto em mais de 6 anos de blog.  Documente o que esta acusando primeiro:  eu nao vou pro google pra te provar errado, nao sou empregada nem do governo norte americano, muito menos sua.

        DOCUMENTE o que disse PRIMEIRO e COM LINKS, depois eu te digo que voce esta mentindo.  Ou que nao esta.

      2. “Dilma e Mercadante tambem

        “Dilma e Mercadante tambem inflaram, maquiaram e turbinaram seus proprios curriculuns”:

        DOCUMENTE O QUE DISSE COM LINKS.

        1. Sr Ivan de Union

          Sua cobrança é muito autoritária e por misso não vou atrás de link coisa nenhuma. Agucei sua curiosidade. Resolva como quiser. Mercadante afirmou doutorado em economia pela Unicamp em campanha de 2006. Conversa. Não acharam registro da tese do homem. Precisou da ajuda de uma “banca amiga”  (Beluzo, Delfim e outros) para, em 2010, livrar a cara. Sua tese foi sobre a economia no governo Lula.. No curriculum de Dilma constava mestrado em economia pela mesma Unicamp. Não tinha e não tem até hoje. Perdeu prazos e desistiu. Não concluiu.  Ambas as mutretas têm relação com a polêmica do Alexandre de Morais. De qualquer forma, acho tudo (os 3 casos) uma puta bobagem. Dei as coordenadas em linhas gerais. Pode ir fundo. Vai achar. Passe bem.

          1. “Agucei sua curiosidade”:
            Os

            “Agucei sua curiosidade”:

            Os picos das chances disso acontecer entre aqui e a China variam entre zero e nenhum:  voce MENTIU.

            Essa eh a razao que voce NAO documentou sua afirmacinha a respeito de Dilma e Mercadante.

          2. “Pode ir fundo”:
            Nao sou sua

            “Pode ir fundo”:

            Nao sou sua empregada:  LINK DE DOCUMENTACAO AGORA NESSE MINUTO.

            So uma correcaozinha:  eu entrei no blog  6 ou 8 meses antes do Nassif abandonar o miseravel (ate hoje) ig.com, portanto eh mais de 6 anos que eu estou aqui e eu NUNCA ouvi falar desse assunto que voce esta latindo SEM LINKS.  Ache outro idiota, ok?

            DOCUMENTACAO primeiro.  De onde veio a sua, do AlertaGeral?

          3. Prezado,
            Teu argumento é

            Prezado,

            Teu argumento é tergiversação em estado puro. Se nos aferrarmos literalmente no teu exemplo, adeus exercício da crítica. Isso porque sempre haverá, mesmo que por vias tortuosas, maneira de inserir exemplos ou contra-exemplos. 

            O foco é a indicação de um cidadão para o cargo – de caráter não eletivo – mais importante da República, que é o de Ministro da Suprema Corte do país. Indicação que deve, ou deveria, ser consubstanciada pelas duas exigências básicas que são “a reputação ilibada e o notório saber jurídico”. 

             

      3. LF Pereira acha que 2 supostas turbinagens de currículos…

        O LF Perera tenta justificar a provável turbinagem do currículo do Aleandre Moraes com as supostas turbinagens de currículos da Dilma e do Mercadante, como se three wrongs would make a right.

        Se ele diz que não houve preocupação  na ocasião em que a Dilma e o Mercadante supostarem inflaram, maquiaram e turbinagem seus currículos, porque ele está preocupado agora com a provável turbinagem do currículo do Tucano?

        Parece que ele é tão seletivo quanto aqueles que ele critica de seletividade mas, nada obstante, ele se arvora no direito de criticá-los.

        Alguém já viu o LF Pereira indignado porque o Moro publicou as conversas íntimas da Dona Marisa enquanto as conversas íntimas da Marcela Temer são protegidas pelo Judiciário?

        Quanto ao rato tucano Alexandre Moraes, ele sabe a lição de cor e salteada. Só lhe resta apredndê-la. Né, Beto Guedes?

        1. Problemas cognitivos

          Sr Rui Ribeiro

          Desculpe, mas sua réplica dá a entender que não leu meu comentário. Se leu, interpretou mal e não entendeu nada. Minha posição é neutra. Depois vc se dispersa em outras considerações me cobrando coisas do Moro, Marisa, etc e tal. Eu poderia dizer que tbem não vi vc se manifestar sobre a matança dos armênios pelos turcos em 1915. Faria sentido? Então, fico por aqui. Melhor não perdermos tempo. Abraços.

          1. LF

            Não será o contrário ? A discussão é extamente s/ isto. Uma pessoa que não tem currículo p/ ser indicada ao STF, não para discutir s/ quem alterou seu currículo. Vc apenas quer mostrar que se um faz, o outro tb pode fazer. Tb é uma digital deixada por vc s/ quais são suas preferências políticas. Quem costuma denegrir a imagem do outro?

            Vá dormir vc.

      4. LINKS DE REFERENCIA AGORA E JA

        Em caso voce esqueceu eu tou esperando documentacao pra isso aqui:

        “Dilma e Mercadante igualmente inflaram, maquiaram e turbinaram seus proprios curriculuns”

        DO CU MEN TA DA MEN TE.  Palavra de sete silabas eh dificil demais pra voce entender?

        DOCUMENTADAMENTE.  Ou de voce ou do seu sock puppet que tambem disse isso sem documentar.

        Voce nao esta lidando com idiotas como os seus aqui, ok?

  2. Não é tao incrível

    A academia hoje está repleta destes espertalhões apressadinhos que, depois, querem imprimir seu ritmo produtivista (frequetemente de baixa qualidade) aos demais. Conhecemos bem estes que pulam o mestrado e, empunhando um título de doutor obtido às pressas, se metem a copiar textos de alunos e/ou pôr os seus nomes nos trabalhos dos pobres discípulos, para assim dar pulos na carreira. Infelizmente, Alexandre de Moraes não é um caso isolado, mas sinal dos tempos. Quiçá um caso chegado ao paroxismo.

  3. Ué, Deve ter feito neste

    Ué, Deve ter feito neste mesmo local que Anselmo fez (não informado) da matéria do conjur:

    “Ele admite que, quando voltou de um doutorado, em janeiro de 2014, para assumir um caso de lavagem de dinheiro (tema de sua tese), não previa a proporção que as coisas tomariam dali pra frente.”

    Em 20/05/ 2015 pelo que eu me lembre a FSP soltou uma matéria em que indicava que o douytorado ocorreu naqueles dias.

    Como pode?

    (no conjur a materia é de 25/05/2016)

     

  4. À César o que é de César…

    Infelizmente, afirmar que no ter feito mestrado antes de fazer Doutorado não indica absolutamente nada.

    Mestrado é algo em desuso no resto do mundo, nem devia existir mais no Brasil.

    Não é incomum nem difícil saltar esta etapa.

    Ela não é fundamental para nada, ao contrário do que afirma o autor do texto.

    Pós-Doc não é etapa de formação, não confere título, não significa nada.

    Livre-docência só existe em universidade estadual paulista, não tem equivalente em nenhum lugar do mundo.

    Nós neste blog somos obrigados a não desinformar.

    Sugiro ao Nassif que retire o tópico.

    Estou na academia há muito tempo (mais de 20 anos). Falo com conhecimento específico de causa.

     

    1. Sim, mas…

      Você tem razão, mas doutorado em dois anos….. Estou para ver. Quanto ao “pós-doutorado” e à livre docência ,tudo bem, mas pós doutorado antes de concluir o doutorado…?

      Tudo indica fraude, sim. Doorado em dois anos….. Só para o careca mesmo….

      1. “pós doutorado antes de

        “pós doutorado antes de concluir o doutorado…?”:

        Ta igual o pre-Nobel da Paz para Obama…

        Deu no que deu.

        So que… surpresa nao foi.

    2. Em termos

      Olá, Gilberto.

      Me permita discordar de você. Pelo menos aqui na Alemanha, o mestrado está presente em todo o contexto universitário (seguindo o que específica o processo de Bologna, que vale pra toda a Europa). Sei que para Portugal é igual.

      Mas concordo com você que ele não seja fundamental para nada. Não há problema algum em fazer o doutorado direto. Post-Doc não dá título (embora tenha gente no Brasil que acha que é pós-Doutor), mas não dá pra fazê-lo antes de ter doutorado, como o douto (sic) ministro diz ter feito.

      E, aqui, para se ocupar uma vaga de Professor (a vaga se chama Professur e o cargo Professor, os outros que não o ocupam, denominam-se Dozent ou Lehrer) é preciso ter uma Habilitation (o doutorado é a Promotion), que equivale à referida livre-docência. Quando se tem a Habilitation, mas não se tem o cargo de Professor, o docente é definido como Privat Dozent. Você não pode se candidatar a uma vaga de Professor na mesma Universidade em que você fez a Habilitation após terminá-la e, para manter o título enquanto não conseguir uma Professur, você é obrigado a dar aulas de graça em uma universidade pública. Um cargo de Junior Professor possibilita a ascensão ao cargo de Professor após seis anos de atividade.

      Não vejo motivos para a retirada do tópico.

      Abraço. 

    3. Sobre o Mestrado o autor
      Sobre o Mestrado o autor falou” Moraes pulou essa etapa, o que não é fácil e nem comum na academia.” Algum acadêmico discorda dessa frase?

      1. Como ponderei, sou acadêmico

        Como ponderei, sou acadêmico há mais de 20 anos. 

        E como já disse, dicordo da frase.

        É comum pular a etapa. É igualmente fácil. Conheço inúmeros casos.

        Mestrado é coisa de país em desenvolvimento. No resto do mundo não existe mais.

        Não me apetece o ilmo. cidadão. Me agrada ainda menos os PhDs de dois anos do pessoal do Direito, mas cada área de conhecimento tem seus próprios padrões, métricas e exigências.

        Política e mérito acadêmico não se misturam.

        Não é bom confundir as coisas.

        O texto foi produzido por um leigo, para dizer o mínimo.

         Causa vergonha alheia esse post.

        1. Discordo, Gilberto
          Pouco importa se o resto do mundo não pratica mais o mestrado. A suposta fraude do quase ministro aconteceu há 20 anos atrás. Há 20 anos as coisas eram tão diferente assim no mundo civilizado?

          E a questão nem é o mestrado, mas o fato de em apenas 4 anos o cara ter conseguido 3 qualificações das mais difíceis da Universidade.

          TODOS os conhecidos meus que mestraram ou doutoraram na USP adoeceram ou empobreceram de tanto que tiveram de ralar. E o cara consegue uma livre docência 1 ano depois do doc? Na faixa?

          Tem um bububu no bobobó nesse currículo do Moraes que precisa ser investigado.

    4. Prezado Prof. Gilberto…

      Concordo em quase absolutamente tudo o que o senhor disse (eu acabei respondendo posteriormente… não tinha visto ainda suas postagens). Também sou professor universitário, com uma estrada bem menor que a sua: aproximadamente oito anos no ensino superior federal, e endosso tudo o que você disse acerca do mestrado não ser pré-requisito para se concluir o doutorado (em minha área, Física, é importante se fazer o mestrado, daí eu dizer que é pouco usual, mas obrigatório, em hipótese nenhuma.), além de estar em desuso em boa parte de universidades europeias e americanas. O “master degree”, em muitas destas universidades, acaba sendo similar a um trabalho de conclusão de concurso de nossas universidades, isso quando o título é oferecido (e é claro que a qualidade não se compara… vez ou outra aparecem trabalhos de “master degree” excelentes). Eu só acho que o post não é para causar vergonha alheia, e aí discordo do senhor, porque o problema maior são os prazos e épocas colocados no currículo desta nefasta figura, absolutamente incompatíveis, como por exemplo, ter feito um pós-doutorado exatamente durante o período do doutorado. Convenhamos, que isso é no mínimo, muito estranho.

  5. O “defim”

    Nas estruturas de poder, desde tempos imemoriais, existe a figura do “Delfim”, o herdeiro, aquele assessor ou assistente, o Robin do Batman, que está prestes a pular para cargos importantes. O Delfim é preparado e blindado pela mídia. Por exemplo, FHC foi o Delfim introduzido pelos tucanos durante a transição de Itamar Franco, para colher os louros do Plano Real e emplacar como candidato na sequência.

    No futebol americano existe aquele jogador “chave” que corre com a bola enquanto os outros servem para defender a travessia, abatendo adversários e limpando o caminho para este “delfim” esportivo.

    Assim, não é de se estranhar que o Alexandre de Morais surja do ninho tucano, como um paladino, cortando plantações de maconha com “machete” na mão e aparecendo na mídia como o Kojac. Alexandre de Morais já vinha com essa missão, de chegar ao STF. O João Doria, insuspeito e plástico, sem rugas nem gorduras, é um Delfim programado para ser Presidente do Brasil, e isso vem desde o seu grupo LIDE, que circula pelo Brasil fazendo encontros e congressos sobre qualquer tema, assessorado por um grupo que parecia ministério de governo (eu estive em congresso do João Doria e – pasmem – de “mineração”). O Doria nasce apoiado pela mídia como um jovem Silvio Santos, como o coringa tucano paulista para voos futuros. O Aecim foi um “delfim” apoiado pela direita mineira que não deu certo. Era difícil serem conciliadas as suas pessoais “aspirações” com o ideário político que o povo eleitor gostaria de enxergar.

    Anos atrás, para evitar a chegada do Brizola (ou Lula), a direita tentou Silvio Santos ou o Pelé, até aparecer um delfim do nordeste, o Collor, que acabou sendo descartado ao notar que, na eleição seguinte, se Collor continuasse, iria mesmo a dar Lula ou Brizola.

    A figura do “delfim” não é privilegio tucano, embora sejam estes os que contam com jogadores chave para limpar o caminho e abater adversários, tanto na mídia como nos poderes paralelos da República. Um delfim do PT, o Haddad, foi abatido sistematicamente pelo PIG.

    Mesmo sendo o delfim um(a) jovem visando futuros cargos, a mídia protege os seus guardiões ou chegados, mesmo velhos e sem futuro, para não contaminar o delfim. O próprio Temer, que foi convertido recentemente num Brad Pitt, com mulher recatada e do lar, cujo prestígio foi salvo pelo delfim Alexandre de Moraes, ao evitar vazamento de fotos intimas na internet, com fez o Dartagnan e os mosqueteiros recuperando o colar da rainha da França.

    Moraes já estava programado para o STF, desde anos atrás, desde que ocupou a segurança pública de São Paulo. Doria nasceu Presidente, desde o primeiro programa na TV. A mídia e os poderes paralelos vão apenas derrubando os obstáculos, blindando e limpando a passagem do delfim tucano, enquanto abatem os delfins de perfil progressista, como leão que mata os filhotes de outro.

  6. Pois é, não há freiras na zona!

    Que sacanagem, hein? Então o espertinho do Alexandre Moraes superou Dilma e Mercadante em matéria de maquiagem de currículum? Como dizia o Min.Teori “é só puxar uma pena que sai uma galinha”.

     

    1. LF Pereira ataca a Dilma e o Mercadante

      O LF Pereira ataca a Dilma e o Alexandre por supostamente terem turbinado seus currículos mas defende a provável turbinagem do currículo do Tucano Alexandre de Moraes.

      Certamente ele batia panelas e inflava bonecos quanto alguém do governo Dilma era acusado. Agora deve ter botado a violinha no saco. Mas fica indignado com a seletividade dos outros.

  7.  Infelizmente, o tipo de

     Infelizmente, o tipo de “carreira” desse indivíduo está a ser tornar padrão na academia brasileira, e não só nela. Isso é chamado de produtivismo, e há vasta literatura sobre o assunto. O quadro tende a se agravar com a reforma neoliberal das universidades públicas, cujos reitores estão destruindo a antiga organização departamental, substituindo-a por uma universidade de gestão. São comissões centrais de avaliação, metas quantitativas, etc., que impõem um regime disciplinar na academia e a subordinam ao mercado – afinal, argumenta-se, a academia não pode ser “uma torre marfim”, “deve estar a serviço da sociedade que paga os salários desses improdutivos”, etc., etc.

    Faço uma única ressalva ao post: a necessidade do mestrado. Na minha época – já lá vão décadas, o mestrado era muito importante. Mas, com o encurtamento dos prazos e toda a estrutura de incentivos das agências de fomento, ele está a desaparecer em algumas áreas, nas quais passou a prevalecer o doutorado direto. Mesmo os pesquisadores sérios dessas áreas (e os há, evidentemente) optam por esse doutorado quando não o vão fazer no exterior.

    Outro ponto a observar é a produção dos famigerados manuais no Brasil. Todo o mundo sabe que muitos desses “sucessos editoriais” são meras compilações disfarçadas de manuais produzidos no exterior. São indicados como leituras obrigatórias, o que explica o seu “sucesso”.

    1. Não é de hoje

         Conheço varias pessoas que “pularam” mestrado indo direto para o doutorado, e já na sequencia ( menos de 2 anos ), “armar” um pós-doc, até no exterior.

          Outro “detalhe” que vc. deve conhecer, mas não escreveu, é sobre a “montagem” da carreira, desde a graduação, selecionando seu futuro orientador , analisando previamente a “panela”/ “igreja” da qual vc. fará parte, e por consequencia suas futuras “bancas” examinadoras, o eu “aprovo” o seu e vc. “aprovará” o meu, faz parte.

           Tem que saber para quem Moraes “rezou”, qual a “igreja” frequentou, afinal teve ótimos e reconhecidos “Cardeais” como orientadores, professores insuspeitos como Dallari.

            Exemplo: Banca para doutorado de cardiologia, uma das mais importantes faculdades publicas de medicina, a composição foi : 3 ortopedistas, 1 gastro, 1 cardiologista clinico. resultado do postulante : 10,0 com louvor.

      1. “Conheço varias pessoas que

        “Conheço varias pessoas que “pularam” mestrado indo direto para o doutorado, e já na sequencia ( menos de 2 anos ), “armar” um pós-doc, até no exterior”:

        O Brasil eh um paraiso!

        Eu NUNCA OUVI FALAR DISSO em qualquer pais do mundo!!!

        1. não é por aí, gente…

          Claro que é possível, gente…

          Me ajudem aí. O título de mestre não é pré-requisito para se ter o título de doutor. É o usual, mas não é a regra.

          Aliás, é muito comum tanto nos Estados Unidos quanto na Europa inúmeras universidades pinçarem seus bons alunos da graduação direto para o doutorado. Muitos pesquisadores consideram o mestrado uma “perda de tempo”, pois o trabalho de mestrado não precisa ser rigorosamente inédito. Então, querem apostar as fichas todas no doutorado. Em várias universidades européias, o trabalho de mestrado funciona como um complemento da graduação, e em geral não leva mais do que um ano (possui características diferentes das dissertações de mestrado aqui defendidas, mas existe!).

          Eu cheguei a receber um convite para fazer o exame de seleção para o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF, no Rio de Janeiro, com a opção de ir direto para o doutorado. Não aceitei porque entendia que eu precisava amadurecer muito ainda antes de pensar entrar no doutorado, então fiz o mestrado primeiro. 

           

           

  8. È a cara desse governo,
    não

    È a cara desse governo,

    não poderia ter melhor indicado para essa vaga, que se abriu após uma tragédia, que, como soi em filmes de horror, ajudou a escumalha que assaltou o poder; outra peça de ficção ao gosto desses tempos será a sabatina do candidato.

     

  9. Mesmo que a parte acadêmica

    Mesmo que a parte acadêmica seja correta do ponto de vista formal, como aponta o Gilberto Miranda Jr., os plágios já são suficientes para qualificar o senhor Alexandre Morais  para o atual stf, tão dado a manobras, distorções das leis, da CF, queimar etapas em processos escolhidos a dedo, etc.. etc.. 

  10. Até “almoço” aparece para inchar o currículo estilo copia/cola!

    É só investigar que vai sair muuuuuita maracutaia dessa moita. Ele super inchou o currículo de forma patética!!!

    Atenção pra isso antes que apaguem: 

    ELE COPIOU E COLOU O PANFLETO DAS PALESTRAS QUE PARTICIPOU(ou não) E INSERIU NO CURRÍCULO… EVENTOS, PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS CONGRESSOS E FEIRAS. DO NÚMERO 198 ATÉ O 214, APARECE ATÉ A MARCAÇÃO DE “NOVO TÓPICO NO COMEÇO” DA FRASE. REPETIU A TÁTICA VÁRIAS VEZES PARA INCHAR O CURRÍCULO… MAS INCLUIU A HORA DO “ALMOÇO” ENTRE OS EVENTOS:

    196 -Almoço – Palestra.RESPONSABILIDADE SOCIAL E FEBEM. 2005. (Outra).

    HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAH

    Uma rápida pesquisa já dá pra ver nos comentários os leitores apontando diversas coisas suspeitas:

    -textos para blogs e sites ele coloca como artigos científicos.

    -Repetição de títulos para inchar o currículo.

    -Ele ganhou prêmios do governo mineiro… mas o que ele fez em Minas?

    Essas pérolas aqui:

    MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Contemporâneo – Homenagem ao Professor Michel Temer. 1. ed. São Paulo: Quartier Latin do Brasil, 2012. v. 1. 959p .

    362-A CONSTITUIÇÃO DE 1988. 1989. (Encontro).

    É a meritocracia brasileira em seu estado bruto!!!

     

  11. Olhando por cima os atuais

    Olhando por cima os atuais “juízes” do supremo teatro falido, parece-nos que esse calhamaço de exigências não é o que conta para ser um deles. Basta ser golpista. 

  12. Ele é mais um sujeito bem

    Ele é mais um sujeito bem relacionado e ALPINISTA acadêmico. Infelizmente agora é moda. Todos querem o título mas não querem fazer NADA para merecê-lo.

    Brasil. Um País de Tolos.

  13. No Brasil nem a esquerda é direita (by Zé Simão)

    Notícia de descarada falsidade ideológica de um desafeto é mamão com açucar para um belo discurso moralista. Daria para um antigovernista desancar e desmoralizar o PMDB e o PSDB com uma catilinária “padrão Celso de Melo”. Mas o diabo é que é preciso  ser cauteloso e menos emocional para não pagar mico. A noticia em questão perde o impacto e vira galhofa quando se sabe que não é inédita. A ex-Presidenta Dilma e o ex-Senador e Ministro Mercadante usaram o mesmo artifício moralmente reprovável e juridicamente condenável de maquiar seus respectivos curriculuns acadêmicos. Por esse prisma, os TRÊS merecem a mesma contundência crítica. 

    1. Mais um desconhecido latindo

      Mais um desconhecido latindo acusacao da qual ninguem desse blog ouviu falar em 6 anos -e sei disso porque estava aqui e essas acusacoes NAO FORAM documentadas aqui no blog, ok?

      DOCUMENTE O QUE VOCE DISSE COM LINKS.  EU NAO SOU SUA EMPREGADA E NAO VOU GASTAR FRACOES DE SEGUNDO NO GOOGLE PRA TE DESMENTIR.  Ache outro idiota.

      1. Valentão com a bunda na cadeira em frente a um monitor

        Não precisa ser grosso, mal educado e deselegante. Não vou lhe dar link porra nenhuma. Seu desconhecimento do assunto só revela sua propria ignorância. Vá no google seu capira. É assunto fácil.  E desminta minha afirmação. Não vai conseguir. Depois pode latir à vontade.

        1. Lucas Guthier… outro valentão bunda na cadeira… relinchando!

          Ficar bravinha por que alguém te questionou não vai te dar a razão.

          Sua premissa original, por sinal, já foi burra:

          “A noticia em questão perde o impacto e vira galhofa quando se sabe que não é inédita.”

          Quer dizer que o fato de alguém já ter cometido o mesmo crime anteriormente e ele não ser mais inédito faz com que novas acusações virem galhofa??? 

          “Por esse prisma, os TRÊS merecem a mesma contundência crítica. ” 

          Vamos ficar aqui aguardando longos posts de Reinaldo Azevedo questionando o currículo de Moraes como fazia com Mercadante… a grande mídia com certeza vai dar igual atenção para os 3 casos… como sempre fez… até ficha falsa da Dilma a grande imprensa publicou, bonzão.

      2. Pois eu fui ao Google
        E, como esperado, trata-se de MAIS uma pós-verdade evacuada pelo Reinaldo Azevedo, no tempo em que Dilma foi ministra.

        Deu em nada, pq era uma bobagem de digitação. Vi a mesma conversa mole no Twitter. Esses merdas de direita vivem criando tempestade para desviar do principal.

        O tema da denúncia não é Dilma nem Mercadante, mas um quase ministro que em breve se tornará guardião da Constituição.

    2. Fraude em currículo acadêmico de professor é crime “hediondo”
      O caso de Mercadante eu não conheço, mas com relação a Dilma há uma “pequena” diferença: fraude em currículo acadêmico de professor é crime “hediondo”. O professor dá USP só pode chegar a Titular (com o aumento salarial correspondente) se for livre-docente. Só pode fazer concurso para ingresso se tiver o título correspondente. Se não tem e diz que sim, é crime de fraude – além de falsidade ideológica.
      Sem contar que a venda de livros para concurso de alguém com tantos títulos dispara – caso pra Procon.

    3. Aos fatos

      No lattes havia um erro que foi reconhecido e corrigido por Dilma. Inseriram curso de Ciencias Sociais quando ela havia feito Economia. Um erro de digitação que, como se vê, não lhe beneficiava. Mas a direita costuma  costuma ver chifre em cabeça de cavalo…

      http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-rousseff-admite-erros-em-curriculo-publicado-em-site,399241

      “Mercadante defendeu nesta sexta-feira (17)[17/12/2010], na Unicamp, sua tese de doutorado, sobre a política econômica do governo Lula.

      https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2010/12/17/curriculo-de-mercadante-nao-esta-na-plataforma-lattes.htm

       

  14. O triste é o exemplo.

    Qual o exemplo que fica para milhares de jovens que pretendem fazer mestrado, doutorado? Ora se o ministro da Justiça é um plagiador,e pula etapas dnos seus estudos porque não fazermos o mesmo? O Brasil se despedça numa catástrofe moral desse governo. Meu Deus até onde isso vai? Onde anda a população séria deste país?

  15. Desde hoje, Alexandre de Moraes não mais fez pós-doc.

    O currículo Lattes do cidadão foi modificado (acredito que hoje mesmo) e ele excluiu o pós-doutoramento supostamente feito em concomitância com o doutoramento (nem sei onde isso seria aceito, se for verdade, já qoe “pós” significa “pós”, ao menos até a alçada de Temer ao poder).

    1. Pós era pós até o surgimento

      Pós era pós até o surgimento da pós-verdade. A partir daí, o pós virou pó. Quem aspirou, não sei. Mas no reino da pós-verdade, helicópteros pó-usam onde querem, e os currículos também.

      Vocês têm é inveja da cabeça brilhante do futuro Ministro do Supimpa Tálegal Federal, que eu sei.

  16. Eu acho tudo isso uma perda de tempo

    O problema do Alexandre de Moraes não é o currículo dele, se é falso ou verdadeiro, se é bom ou ruim. 

    Então se ele tivesse um currículo impecável e sem fraudes ele seria um candidato ideal pro Supremo?

    O problema dele está na truculência absurda, nas ideias retrógradas, nas reuniões nas chalanas pelo Paranoá. Enfim, o problema dele é tudo aquilo que NÃO está no currículo…

    1. Concordo que o currículo acadêmico não é o seu pior.

      O currículo político é terrivelmente péssimo. Ele é representativo da canalha golpista e encerra o mesmo espírito de porco de quem o indicou, que alegou o ‘currículo” do apadrinhado para a nomeação. Não é o candidato ideal, mas é o candidato à altura desse “supremo” que está aí. Eles se merecem.

       

  17. Quando Os Homens Da CIA Das Indústrias Querem

    Boa noite.

    … Não tem jeito. Este Alexandre de I-Moraes lembra, em muito, conforme já citado aqui, um certo “professor” que saiu daqui semi-analfa (ainda hoje, o é) e foi aos Estados [Des]Unidos lecionar (após fazer Mestrado e Doutorado, lá mesmo, em tempo habilíssimo). O modus operandi é bem similar.

     

  18. Especialista

    Qual a importância se o título é ou não legítimo?

    Quem faz parte de uma quadrilha é um quadrilheiro; diplomado ou não, tantos faz.

    É um doutor, um nobre doutor especializado em roçar pés de marijuana, lá no Paraguai.

    Um expert, um exímio, na arte de empunhar um facão.

    [video:https://youtu.be/YAk8QGbga7k%5D

  19. Doutorado sem mestrado
    É possível, no Brazil, e se chama progressão. Com 1 ano de mestrado o sujeito pode progredir direto ao doutorado sem o julgamento de banca mas o doutorado será esmiuçado até nas vírgulas… e mesmo nesse caso o doutorado demandará mais outros 2 a 3 anos. O cara é “genial” !

    1. Não é bem assim…

      Na verdade, meu caro, não é obrigatório você ter o título de mestre para fazer doutorado. O mestrado não é pré-requisito para que se inicie um doutorado.

      Claro que, via de regra, não é o usual, mas acontece sim. Não é usual porque no mestrado é onde começa o amadurecimento acadêmico do estudante de pós-graduação, além de fazer um bom número de disciplinas, normalmente, bem difíceis (ao menos é assim na área de Ciências Exatas).

       

      Também o doutorado não vai demorar mais dois ou três anos. A CAPES e o CNPq não aceitariam um negócio destes nunca. Em ALGUNS programas de pós-graduação, havia uma modalidade de bolsas do CNPq que permitia o candidato que não fizesse o mestrado fazer o doutorado em cinco anos, o que ainda assim representava uma economia de recursos para o CNPq. 

      Quando o trabalho de mestrado é realmente EXCEPCIONAL, de forma a já ser o embrião de uma grande tese de doutorado, pode haver a chamada progressão, onde o aluno é alçado direto à condição de aluno de doutorado, dando continuidade ao seu trabalho no doutoramento. Raríssimo isso, em especial na área de Ciências Exatas.

       

      O que está no currículo do excrecentíssimo Ministro, não só é um crime, como é indecoroso e é mentira. Mas ele foi esperto… alterou seu currículo lattes.

       

    2. Não é bem assim…

      Na verdade, meu caro, não é obrigatório você ter o título de mestre para fazer doutorado. O mestrado não é pré-requisito para que se inicie um doutorado.

      Claro que, via de regra, não é o usual, mas acontece sim. Não é usual porque no mestrado é onde começa o amadurecimento acadêmico do estudante de pós-graduação, além de fazer um bom número de disciplinas, normalmente, bem difíceis (ao menos é assim na área de Ciências Exatas).

       

      Também o doutorado não vai demorar mais dois ou três anos. A CAPES e o CNPq não aceitariam um negócio destes nunca. Em ALGUNS programas de pós-graduação, havia uma modalidade de bolsas do CNPq que permitia o candidato que não fizesse o mestrado fazer o doutorado em cinco anos, o que ainda assim representava uma economia de recursos para o CNPq. 

      Quando o trabalho de mestrado é realmente EXCEPCIONAL, de forma a já ser o embrião de uma grande tese de doutorado, pode haver a chamada progressão, onde o aluno é alçado direto à condição de aluno de doutorado, dando continuidade ao seu trabalho no doutoramento. Raríssimo isso, em especial na área de Ciências Exatas.

       

      O que está no currículo do excrecentíssimo Ministro, não só é um crime, como é indecoroso e é mentira. Mas ele foi esperto… alterou seu currículo lattes.

       

  20. Um problema nesta postagem…

    infelizmente, acho que há um problema aqui… o “rapaz” se graduou em 1990 (wikipédia) e essa informação não aparece no curriculo lattes…. de lá até 1998, ano de início do doutorado, pode ter havido algum “acúmulo” de “resultados”… a esquerda não pode errar…

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