#SomosTodosCidadaosDoMundo

 

Se não conseguimos fazer um debate civilizado, imagina então um civilizatório. Dias atrás, o cantor Gianni Morandi foi bombardeado nas redes por, ao se solidarizar com os imigrantes africanos, lembrar dos “milhares e milhares” de italianos que emigraram para outros países no século passado.

Em meio à discussão, surgiu um suposto trecho sobre a imigração italiana do RELATÓRIO DA INSPETORIA PARA MIGRAÇÃO DO CONGRESSO DOS EUA, de 1919: “Eles geralmente são de pequena estatura e pele escura. Muitos fedem, porque mantêm as mesmas roupas por semanas. Constróem barracas, e quando conseguem se aproximar do Centro, são obrigados a alugar apartamentos caros e fedorentos. Eles vêm em dois e procuram um quarto com cozinha. Logo após se tornam 4, 6, 10. Falam línguas incompreensíveis, talvez dialetos. Muitas crianças são utilizadas para mendicância. 

Muitas vezes, na frente das igrejas, idosos invocam piedade, com tons petulantes e melancólicos. Fazem muitos filhos, sem nenhuma capacidade de criá-los e mantê-los, mas conseguem ficar muito unidos entre si. Tem fama de serem viciados em roubo e, se obstruído, violentos. Nossas mulheres os evitam porque, além de desinteressantes e selvagens, têm fama de estupradores generalizados que as atacam quando voltam do trabalho. Os governantes abriram demais as fronteiras, sem saber selecionar quem entra no pais para trabalhar e quem entra para viver de expedientes, ou mesmo para praticar atividades criminosas” (Mais aqui: http://www.giornalettismo.com/archives/1790119/gianni-morandi-i-migranti-facebook-insulti/).

Os italianos ontem, os africanos hoje.

Sou de família italiana, grato ao Brasil por acolhe-la, ser o país onde nasci, parte do mesmo e cada vez mais quente Planeta. Não será com preconceito ou mais repressão que o problema da imigração será resolvido. Isso na nossa cada vez mais desigual Humanidade, onde os 1% mais ricos tem mais $ que metade do mundo, sempre em guerra, com 1,5 bilhão de famintos.

Uma agenda CIVILIZATÓRIA, isso sim urgente.

#SomosTodosCidadaosDoMundo

 

Imagem: Pg de Gianni Morandi no Facebook

Redação

1 Comentário

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  1. as oportunidades do capitalismo eram outras . . .

    Também sou oriundi e viemos substituir os escravos, quando a burguesia ruaral brasileira se viu obrigada a pagar o trabalhador, optou por “branquear” o país e assim na segunda metade do século XIX milhões de europeus, principalmente italianos vieram para cá “a fá la América”, o capitalismo iniciava suas guerras imperialistas, mas ainda não era o capitalismo financeiro da segunda metade do século XX e havia opções para os trabalhadores europeus que tinham profissão e não eram analfabetos, os que tiveram obrigatoriamente que ir para o campo sofreram muito, mas todos foram discriminados e explorados, mas ainda o capitalismo não chegara ao ponto de que para sobreviver teria de distruir colossais quantidades de forças produtivas, a Natureza, o Homem e a Cultura, hoje as chances para os africanos, sírios e oriente médio e demais etnias que mais sofrem com o status quo do capitalismo não tem chance, tratasse de barbárie e num nível que só se eleva e simplesmente espera pelos outros, não há reforma que supere essa crise apenas uma revolução total e que termine com o jugo do capital sobre o social, a Vida em primeiro lugar às favas a acumulação de papel!!

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