Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Três hits do cantor e compositor Luiz Ayrão

Trago hoje, para relembrarmos com muita saudade, três hits do cantor e compositor Luiz Ayrão. NOSSA CANÇÃO, que foi gravada originalmente por Roberto Carlos e fez enorme sucesso; PORTA ABERTA, excelente samba em homenagem à  Portela e finalmente O LOBO DA MADRUGADA.

Estou acometido de virose denominada ZICA, que nem parente é da querida Dona Zica e também deve ser inimiga do samba pois traz dores para todas as articulações e músculos das pernas. Essa é a razão de não trazer mais material sobre o excelente Luiz Ayrão.

Bom final de semana para todo mundo.

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

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    1. Liricamente

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=QPwduu40p1c%5D

       

      COMETENDO  VERSOS

       

      Uivo para a lua

      Uivo para a rua

      Uivo para  montanhas lagos lagoas.

       Na percussão do meu pensamento

      A batera do meu sentimento.

      Namoro a ponte

      Namoro na ponte.

       

      Empino o sax

      Desejo a tarde

      Cobiço a noite

      Cobiço-a à noite

       

      O cheiro é um

      O gosto é outro

      Na pele das águas.

       

      No  nervo da luz

      No  músculo retesado do braço

      Da perna firme em marcha

      Marcha  calma,  trôpega, insinuante, feroz,

      que enlevada pela luz bruxuleante do dia

       logo  vai se  encontrar com a noite

      A um idílio completo.

       

      Odonir Oliveira

  1. As rosas não falam que o mundo é um moinho

    Drummond escreveu uma homenagem ao saber que Cartola estava doente.

    “Em seus derradeiros momentos de lucidez, em sua cama no hospital, Cartola ainda pôde lê-la, transformando-a em sua última felicidade”, conta o jornalista e pesquisador musical Arley Pereira, autor do livro Cartola – 90 Anos.

                                           

    A crônica não foi publicada em nenhum livro do Mestre Drummond. É um tributo ao compositor mangueirense Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), e tem uma história curiosa. Foi publicada no Jornal do Brasil em 27/11/1980, três dias antes da morte do criador de “As Rosas Não Falam”.

    Embora reservado e totalmente avesso às freqüentações públicas, Drummond acompanhava com grande interesse as manifestações da cultura popular, o que pode ser claramente observado nesta crônica.

    “Você vai pela rua, distraído ou preocupado, não importa. Vai a determinado lugar para fazer qualquer coisa que está escrita em sua agenda. Nem é preciso que tenha agenda. Você tem um destino qualquer, e a rua é só a passagem entre sua casa e a pessoa que vai procurar. De repente estaca. Estaca e fica ouvindo.

    Eu fiz o ninho.
    Te ensinei o bom caminho.
    Mas quando a mulher não tem brio,
    é malhar em ferro frio.

    Aí você fica parado, escutando até o fim o som que vem da loja de discos, onde alguém se lembrou de reviver o velho samba de Cartola; Na Floresta (música de Sílvio Caldas).

    Esse Cartola! Desta vez, está desiludido e zangado, mas em geral a atitude dele é de franco romantismo, e tudo se resume num título: Sei Sentir. Cartola sabe sentir com a suavidade dos que amam pela vocação de amar, e se renovam amando. Assim, quando ele nos anuncia: “Tenho um novo amor”, é como se desse a senha pela renovação geral da vida, a germinação de outras flores no eterno jardim. O sol nascerá, com a garantia de Cartola. E com o sol, a incessante primavera.

                                           

    A delicadeza visceral de Angenor de Oliveira (e não Agenor, como dizem os descuidados) é patente quer na composição, quer na execução. Como bem me observou Jota Efegê, seu padrinho de casamento, trata-se de um distinto senhor emoldurado pelo Morro da Mangueira. A imagem do malandro não coincide com a sua. A dura experiência de viver como pedreiro, tipógrafo e lavador de carros, desconhecido e trazendo consigo o dom musical, a centelha, não o afetou, não fez dele um homem ácido e revoltado. A fama chegou até sua porta sem ser procurada. O discreto Cartola recebeu-a com cortesia. Os dois convivem civilizadamente. Ele tem a elegância moral de Pixinguinha, outro a quem a natureza privilegiou com a sensibilidade criativa, e que também soube ser mestre de delicadeza.

    Em Tempos Idos, o divino Cartola, como o qualificou Lúcio Rangel, faz o histórico poético da evolução do samba, que se processou, aliás, com a sua participação eficiente:

    Com a mesma roupagem
    que saiu daqui
    exibiu-se para a Duquesa de Kent
    no Itamaraty.

    Pode-se dizer que esta foi também a caminhada de Cartola. Nascido no Catete, sua grande experiência humana se desenvolveu no Morro da Mangueira, mas hoje ele é aceito como valor cultural brasileiro, representativo do que há de melhor e mais autêntico na música popular. Ao gravar o seu samba Quem Me Vê Sorrir (com Carlos Cachaça), o maestro Leopold Stockowski não lhe fez nenhum favor: reconheceu, apenas, o que há de inventividade musical nas camadas mais humildes de nossa população. Coisa que contagiou a ilustre Duquesa.

    * * *

    Mas então eu fiquei parado, ouvindo a filosofia céptica do Mestre Cartola, na voz de Sílvio Caldas. Já não me lembrava o compromisso que tinha de cumprir, que compromisso? Na floresta, o homem fizera um ninho de amor, e a mulher não soubera corresponder à sua dedicação. Inutilmente ele a amara e orientara, mulher sem brio não tem jeito não. Cartola devia estar muito ferido para dizer coisas tão amargas. Hoje não está. Forma um par feliz com Zica, e às vezes a televisão vai até a casa deles, mostra o casal tranqüilo, Cartola discorrendo com modéstia e sabedoria sobre coisas da vida. “O mundo é um moinho…” O moleiro não é ele, Angenor, nem eu, nem qualquer um de nós, igualmente moídos no eterno girar da roda, trigo ou milho que se deixa pulverizar. Alguns, como Cartola, são trigo de qualidade especial. Servem de alimento constante. A gente fica sentindo e pensamenteando sempre o gosto dessa comida. O nobre, o simples, não direi o divino, mas o humano Cartola, que se apaixonou pelo samba e fez do samba o mensageiro de sua alma delicada. O som calou-se, e “fui à vida”, como ele gosta de dizer, isto é, à obrigação daquele dia. Mas levava uma companhia, uma amizade de espírito, o jeito de Cartola botar em lirismo a sua vida, os seus amores, o seu sentimento do mundo, esse moinho, e da poesia, essa iluminação.

    Carlos Drummond de Andrade

    A homenagem, feita três dias antes da sua partida, alegrou o homenageado, mesmo que já em seu leito de morte.  

    Lisonjeado com a lembrança feita pelo renomado poeta no dia 27 de novembro de 1980, Cartola pendurou a página do texto “No moinho do mundo” em sua cama de hospital.  

    [video:https://youtu.be/CcCC8zQmkRs width:600]

    Fonte:

    http://www.jb.com.br/especial-drummond/noticias/2012/07/03/cartola-e-vinicius-de-moraes-por-drummond-um-tributo-a-musica-popular/

  2. Comandante França

    Olá Jones,

    Me desculpe a demora em respondê-lo. Gostei muito dos vídeos. 

    Quando você for para algum lugar bonito gostaria de ir com você, se não for nenhum incômodo. Assim podemos captar imagens belas e distintas imagens.

    Uma ótima semana,

    Fred França

    [video:https://youtu.be/g5w0VfjLneM width:600 ]

    Transcrição do E-mail

    Do: Comandante França (capturou imagens com um drone na Serra da Batinga)

    Para: Comandante do Buteco

     

    1. Fred França!

      De responsa, meu Comandante! A gente fica esperando um disco voador e otras cositas más… Esse Fred França se agarante né não?

      1. É o Cara!

        Mestre, Fred França foi piloto da Vasp e, hoje, passeia pela trilha da fotográfica arte.

        Já assisti alguns vídeos, preparados por ele, com imagens espetaculares, capturadas para álbuns de casamentos, que nunca ví antes.

        Em um deles, Fred filmou, com o seu drone, um casal em ação no leito do Rio Santo Antônio, na região localizada entre Joanésia e Braúnas, conhecida pelo fundo coalhado de pedras esculpidas pela ação dos detritos levados pela água do rio ao longo de milhares de anos – tenho muitas fotos de lá.

        Naquele cenário natural, sem outro atrativo extraordinário além das rochas, as cenas gravadas, pelo Fred, para o álbum do casal, ficaram sensacionais.

        Já comentei aquí, no seu belo blog voador, que o Comandante Fred já pilotou o seu drone, a partir de Ipatinga até Guanhães, percorrendo cerca de 120 km acumulados na ida e na volta, e, após a troca da bateria em Guanhães, realizada por um amigo, trouxe o UAV de volta pra casa, como uma andorinha viajeira que sempre retorna ao seu velho ninho.

        Palmas pro Fred!

        Crédito:

        Bruna Lage é a autora da foto do leito do Rio Santo Antônio, publicada pelo Diário do Aço em 25/05/2015

        http://diariodoaco.com.br/noticia/93703-6/cidades/rio-santo-antonio-assoreado

    1. Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,

      Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
      Da vossa piedade me despido,
      Porque quanto mais tenho delinquido,
      Vos tenho a perdoar mais empenhado.
        
      Se basta a vos irar tanto um pecado,
      A abrandar-nos sobeja um só gemido,
      Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
      Vos tem para o perdão lisonjeado.
        
      Se uma ovelha perdida, e já cobrada
      Glória tal, e prazer tão repentino
      vos deu, como afirmais na Sacra História:
        
      Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
      Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,
      Perder na vossa ovelha a vossa glória.

       Gregório de Matos (1636 – 1695)

      1. Isca

        Pegadas de Camundongo

        O mundo dia de Camundongo é lindo!
        O mundo noite de Camundongo é cheio de brilho…
        No seu mundo dia, Camundongo encontrava a paz.
        O lago é cheio de pérolas que brotam cada vez que Camundongo conta uma verdade.
        Como uma metamorfose, quando Camundongo toca as coisas, borboletas povoam o seu mundo.
        Camundongo está construindo a sua casa e a sua vida de areia.
        Pobre Camundongo, sua vida e sua casa estão virando do avesso.

        Thelma C.

      1. a senha

                           construir pontes

                           cruzar as pontes

                           abrir  horizontes

        Matt Flor, 21 anos, de Hastings, Nova Zelândia, tirou uma bela foto de uma passarela em uma área das zonas úmidas recém-restaurada em Pekapeka próximos Hawkes Bay.

        Matt, padeiro recém-qualificado, despertou para arte da fotografia recentemente, adicionando-a aos seus outros interesses em viajar e tocar em uma banda.

        FONTE: http://www.worldwetlandsday.org/photo-contest

        Odonir, você é carioca, mas gosto de identificá-la como “a poetisa mineira Odonir Oliveira”.

        Foneticamente fica bacana e – desculpem a nossa falha – os “mineirinhos” lançam o olhar

        alêm da superfície dos espelhos d’água esparramados pelo mundão velho e sem porteira.

        Uai?!

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