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Redação

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  1. Doleiro Youssef confirma que Aécio recebeu propina de Furnas;

    Do VIOMUNDO

    Doleiro Youssef confirma que Aécio recebeu propina de Furnas; Jornal Nacional ignora, mas é notícia fora do Brasil

    publicado em 25 de agosto de 2015 às 21:58

    Da Redação

     Em seu depoimento na CPI da Petrobras, hoje, o doleiro Alberto Youssef confirmou depoimento anterior ao juiz Sergio Moro segundo o qual o hoje senador Aécio Neves recebeu dinheiro de propina no esquema de Furnas.

    Também foi repetida a denúncia de que o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, já falecido, recebeu R$ 10 milhões para trabalhar contra a criação de uma CPI da Petrobras.

    A notícia, segundo a denúncia de vários tuiteiros, não saiu no Jornal Nacional.

    Captura de Tela 2015-08-25 às 22.02.15

    O UOL colocou os nomes de Aécio e Guerra no título ao chamar o assunto no twitter, mas no site usou outra manchete: Delatores Youssef e Costa mencionam repasse de propina a tucanos.

    Ou seja, o presidente do PSDB se tornou apenas mais um “tucano”, logo ele que lidera a tentativa de aprovar impeachment contra Dilma Roussef.

    A reportagem do portal da Folha blinda o PSDB. Termina com uma nota oficial que sugere que um deputado petista forçou Youssef a repetir a acusação:

    “Como já foi afirmado pelo advogado de Alberto Youssef e, conforme concluiu a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF), as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las.

    Não se tratam de informações prestadas, mas sim de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época.

 Em seu depoimento à Polícia Federal, conforme a petição da PGR, Youssef afirma que: “Nunca teve contato com Aécio Neves” (página 18) e que “questionado se fez alguma operação para o PSDB, o declarante disse que não” (página 20).



    Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Yousseff repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.



    Dessa forma, a tentativa feita pelo deputado do PT Jorge Solla, durante audiência da CPI que investiga desvios na Petrobras, buscou apenas criar um factoide para desviar a atenção de fatos investigados pela Polícia Federal e pela Justiça e que atingem cada vez mais o governo e o PT.”

    Antes de reproduzir a nota do PSDB, o texto do UOL incluiu o seguinte parágrafo:

    Em março deste ano, Aécio negou participação no esquema de Furnas. “A chamada lista de Furnas — relação que contém nomes de mais de 150 políticos brasileiros de diferentes partidos — é uma das mais conhecidas fraudes políticas do País e já foi reconhecida como falsa em 2006 pela CPMI dos Correios”, disse o tucano em nota. Segundo a nota, a “lista de Furnas” surgiu em 2005 como “tentativa de dividir atenção da opinião pública” em meio à revelação do mensalão.

    O que faltou dizer é que a Lista de Furnas passou por uma perícia da Polícia Federal, que confirmou que ela não foi forjada — o que em si não atesta a veracidade do conteúdo.

    Porém, dados contidos na Lista foram confirmados por investigação da promotora Andréa Bayão Pereira.

    Quando o procurador-geral da República Rodrigo Janot descartou investigar o ex-candidato do PSDB ao Planalto na Operação Lava Jato, este site publicou: Ao livrar Aécio de inquérito, Janot desconheceu denúncia de promotora sobre caixa 2 em Furnas.

    Siga o link acima para saber tudo sobre a polêmica Lista de Furnas.

    Se a mídia brasileira tentou esconder o depoimento de Youssef, como denunciaram internautas, o mesmo não fez a Agência Reuters:

    Captura de Tela 2015-08-25 às 22.26.58

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/doleiro-youssef-confirma-que-aecio-recebeu-propina-de-furnas-jornal-nacional-ignora-mas-e-noticia-fora-do-brasil.html

  2. DEPUTADO PIMENTA COBRA QUE SENADOR TUCANO SEJA INVESTIGADO

    Da página do deputado Paulo Pimenta no facebook

    Paulo Pimenta4 h · Editado · 

    CPI DA PETROBRÁS: DELATOR CONFIRMA QUE AÉCIO RECEBEU PROPINA NO ESQUEMA DE FURNAS. PIMENTA COBRA QUE SENADOR TUCANO SEJA INVESTIGADO

    “Se delação premiada é indício que tem que ser investigado, por que o Aécio não está sendo investigado? Não podemos a priori dizer que alguém que foi aqui denunciado, como o Aécio, por um esquema nebuloso de Furnas, possa ser declarado inocente, sem ser investigado. É contra essa falta de coerência que eu me insurjo. Não pode ser uma meia vontade de varrer a corrupção”, cobrou o deputado Paulo Pimenta.

    ‪#‎PauloPimenta‬‪#‎FazAcontecer‬‪#‎EquipePimenta‬‪#‎EPP‬

    Assistam o vídeo do pronunciamento do Deputado na CPI da Petrobras no link abaixo.

    https://www.facebook.com/deputadofederal?fref=nf

     
     

     

  3. Uai, moço, “it don’t comes to the case”

    Do Tijolaço

    Uai, moço, “it don’t comes to the case”

    tookbribes

    É mesmo indispensável o ensino de inglês nas escolas brasileiras.

    Só assim o pessoa pode ler matérias que não saem (ou saem escondidinhas, lá no “pé” das reportagens”) como esta da Reuters:

    “Lavador de dinheiro brasileiro testemunha que ex-candidato presidencial pegou propina”.

    O fato não ocorreu por lá, não. Foi aqui, em Brasília, em pleno Congresso, dentro de uma CPI, diante de dezenas de jornalistas brasileiros.

    Parece que estamos voltando aos tempos de “Tanga”, a ilha imaginada pelo Henfil, onde um ditador acaba com a imprensa e recebe um único exemplar do The New York Times, para ele a verdade absoluta.

    O pior é que as manchetes são que Eduardo Cunha diz que vai aparecer um delator “premiado” falando de Renan Calheiros, mas um superdelator premiadíssimo, pai de todo o dedurismo, diz que “Aécio Neves took bribes” mal dá um rodapé.

    Estamos pior que a Tanga do Henfil, corrijo-me, porque não foi preciso um ditador para acabar com a imprensa.

    Ela se matou.

    E não foi de vergonha.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=29231

     

  4. Youssef repete CPI que houve propina a Aécio mas jornais acham q

    Do Tijolaço

    Youssef repete CPI que houve propina a Aécio mas jornais acham que “não vem ao caso”

    aecioyoussef

    Fiquei procurando, em vão, menção no noticiário ao que disse Alberto Youssef sobre as propinas que pagou, segundo ele, a uma diretoria de Furnas que seria “dividida” entre José Janene, do PP, e Aécio Neves, cujo pai, Aécio Ferreira da Cunha, foi membro do Conselho de Administração da Empresa.

    Nada.

    Silêncio sepulcral, apesar de Youssef ter falado nisso suas vezes, segundo a “narração” do seu depoimento, feita em tempo real pelo Estadão:

    16h02: Youssef volta a confirmar o esquema de repasses na diretoria da estatal energética Furnas, que segundo ele possuía uma diretoria dividida entre Aécio Neves e José Janene;18p2 :Deputado Jorge Solla (PT-BA) volta a questionar sobre episódio envolvendo a propina em uma diretoria de Furnas, dividida entre PP e PSDB, e também o repasse de recurso para a campanha do senador Antonio Anastasia ao governo de Minas Gerais em 2010;18p4: Youssef confirma que mandou dinheiro para Belo Horizonte, mas diz que não sabia que era para Anastasia. O doleiro afirmou ainda que só o Jayme Careca, que entregava dinheiro para ele, saberá falar quem entregou o dinheiro; 18p5: Doleiro também confirma sua versão sobre propina em Furnas e diz que Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina na estatal de energia pelo que ele ouviu na época;19h06: “Não podemos dizer que alguém que foi aqui denunciado por Youssef, como Aécio em um esquema nebuloso de Furnas, possa sem ser investigado ser declarado inocente”, conclui o deputado Paulo Pimenta.

    Não vou nem falar sobre a confirmação dos R$ 10 milhões para Sérgio Guerra e dos R$ 20 milhões para Eduardo Campos, que estão mortos e não são, por isso, mais “notícia”, embora meu parco entendimento diga que, sendo dinheiro público o que se usou nestes pagamentos, é dever da Justiça procurá-lo e reavê-lo.

    Mas a reiterada acusação a um senador da República, candidato a presidente e – segundo seus próprios delírios – “presidente moral do Brasil” vai continuar sendo ignorada?

    O ministro Gilmar não vai pedir investigações?

    Os jornais não vão buscar mais detalhes: quem pagava, como pagava, quem levava, quem recebia – a bufunfa?

    Vamos ficar no “não vem ao caso”?

    Ninguém quer tomar a palavra de um bandido da cepa de Youssef como verdade, mas – ao contrário de tudo o mais que ele falou – não se vai investigar?

    E a acusação a Pallocci, sobre a qual Youssef diz que “tem um outro réu colaborador que está falando. Eu não fiz esse repasse e assim que essa colaboração for noticiada, vocês vão saber realmente quem foi que pediu o recurso e quem repassou o recurso”.

    Como assim? Youssef participa das negociações de outros delatores? É combinado? Uma delação que, até ser homologada, deveria correr em absoluto sigilo, é do conhecimento do doleiro?

    Será possível que o Judiciário brasileiro aceite – perdão pela palavra – esta “esculhambação”?

    Houvesse um pouco de brio e Youssef estaria agora sendo interrogado sobre como obteve informações sobre delações em negociação com o Ministério Público.

    Mas não há.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=29228

    1. Webster

      onde existe a mentira e a dissimulação para a obtenção de vantagens e favores, prosperam a violência, o desrespeito e a dissídia. Mas há males que vem para o bem. Me parece que o ar irrespirável que a Lava Jato tem criado, acaba de gerar a primeira notícia importante e positiva e que vai desanuviar o ambiente.  Sempre que o elemento desagregador é retirado, as coisas tendem a melhorar, as feridas podem ser tratadas e os caminhos retraçados, além é claro do alívio dos opositores e dos incomodados. Aparentemente, estas revelações e os fatos novos à porta de todos nós terão um efeito, além de higienizador, profilático também. Agosto está findando e logo setembro chega quem sabe com outras revelações, novos nomes, outras paragens. Há coisas que só o tempo apaga. Mais uma vez agradeço o set de posts da madrugada que já me fizeram cia. muitas vezes em minha recém adquirida insônia. Um abraço.

  5. O Brasil está por um fio

    A ofensiva conservadora e as crises, por Samuel Pinheiro Guimarães

    Fonte: Blog do Nassif

     ter, 25/08/2015 – 14:52

    A ofensiva conservadora e as crises, por Samuel Pinheiro Guimarães

    A sociedade brasileira está diante de uma ofensiva conservadora que se aproveita de entrelaçadas crises na economia, na política, nas instituições do Estado, na imprensa e nos meios sociais para fazer avançar seus objetivos.

    A suposta crise econômica ofereceu pretexto para implantar um programa neoliberal de acordo com o Consenso de Washington: privatização, abertura comercial e financeira, ajuste orçamentário, flexibilização do mercado de trabalho, redução do Estado, tudo com a aprovação do sistema financeiro internacional, por um Governo eleito pela esquerda.

    A crise da corrupção, cujo maior evento é a Operação Lava Jato, mas também a Operação Zelotes, esta inclusive de maior dimensão, está servindo para destruir a engenharia de construção, onde se encontra o capital nacional de forma importante, com atuação internacional, e para preparar a destruição de organismos do Estado tais como a Petrobras, o BNDES, a Caixa Econômica, a Eletrobrás etc. a pretexto de que os eventos, denunciados,  de corrupção seriam apenas o resultado de serem estas entidades estatais.

    Sua privatização, que corresponderia a sua desestatização/desnacionalização, eliminaria, segundo eles, a possibilidade de corrupção.

    A crise do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal se desenvolve em várias esferas.

     O Supremo Tribunal Federal tolera que um de seus membros interrompa, há mais de um ano, sob o pretexto de vista, uma ação, cujo resultado já está definido por 6 votos a 1, sobre a ilegalidade do financiamento privado de campanhas, fenômeno que está na origem da corrupção do sistema eleitoral em todos os Partidos e veículo para o exercício da influência corruptora do poder econômico na política e na Administração.

    O objetivo deste Juiz é aguardar até que o Congresso aprove emenda constitucional, já em tramitação por obra do Presidente da Câmara, que torna legal o financiamento privado de campanhas.  

    A teoria do domínio do fato, uma aberração jurídica, acolhida pelo STF, reverte o ônus da prova e, mais, torna qualquer indivíduo responsável pelos atos de outrem sob suas ordens sem que o acusador ou o juiz tenha necessidade de provar que o acusado conhecia tais fatos.

    O sistema do Ministério Público permite a qualquer Procurador individual desencadear processos com base até em notícias de jornal contra qualquer indivíduo, vazar de forma seletiva estas acusações para a imprensa, que as reproduz, sem nenhum respeito pelos direitos dos supostos culpados e sem nenhuma perspectiva razoável de reparação do dano causado pelas denúncias do Procurador nem pela imprensa que as divulgou, caso se verifique a improcedência das acusações.

    A Polícia Federal exerce suas funções com extrema parcialidade, de forma midiática, criando, na sociedade a presunção de alta periculosidade de indivíduos que prende para investigação e se arvorando em poder independente do Estado.

    Segundo depoimento do Presidente das entidades da Polícia Federal na Câmara dos Deputados, a Polícia Federal recebe regularmente recursos da CIA, do FBI e da Drug Enforcement Administration – DEA, no montante de USD 10 milhões anuais, depositados diretamente em contas individuais de policiais federais.

    A crise política decorre da decepção e do inconformismo do PSDB e de seus aliados com a derrota nas urnas em 2014 o que os leva a procurar, por todos os meios, erodir a credibilidade e a legitimidade do Governo Dilma Rousseff e, por via transversa, do Governo Lula e assim minar as possibilidades de vitória de uma eventual candidatura de Lula em 2018.

    Contam os partidos e políticos conservadores com a campanha sistemática da televisão, jornais e revistas, com base em denúncias vazadas, com a campanha de intimidação na Internet, com as manifestações populares, com o desemprego crescente causado pela política de corte de investimentos e de elevação estratosférica de juros, os maiores do mundo, para fazer baixar os índices de aprovação do Governo e da Presidenta e poder argumentar com a legitimidade e a necessidade de depô-la pelo impeachment.

    A crise na imprensa e nos meios de comunicação se desenvolve em um ambiente em que as televisões, rádios, jornais e revistas recebem paradoxalmente enormes recursos do Governo para a ele fazer oposição sistemática, erodir a confiança da população no sistema político e nos partidos, em especial nos partidos progressistas, de esquerda, poupando os partidos conservadores tais como o PSDB, que recebeu tantas doações para sua campanha de 2014 quanto o PT e das mesmas empresas ora acusadas pelo juiz Moro.

    A crise social se desenvolve na Internet, onde circula todo tipo de ofensa racista, homofóbica, antifeminina, antiprogressista e fascista, contra os políticos e partidos de esquerda, gerando um clima de hostilidade e ódio e estimulando a agressão física.

    No Congresso, os setores mais conservadores elegeram grande número de deputados e, tendo conquistado a Presidência da Câmara dos Deputados, fazem avançar, a toque de caixa, sem nenhuma atenção à necessidade de debate pelos parlamentares e pela sociedade, uma ampla pauta de projetos conservadores que inclui a redução da maioridade penal, a ampliação do uso de armas, o financiamento privado das campanhas, a terceirização do trabalho.

    O objetivo máximo desta grande ofensiva política e econômica  conservadora é a tomada do poder através do impeachment da Presidenta Dilma e/ou a desmoralização do PT que leve a sua derrota fragorosa nas eleições de 2016, a qual preparará sua derrota final e “desaparecimento”  nas eleições de 2018. 

    O processo político de impeachment da Presidenta Dilma não avança por estarem o PSDB e PMDB divididos quanto a sua conveniência no atual momento do calendário político e econômico.

    Os três possíveis candidatos do PSDB à Presidência da República, quais sejam, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra tem opiniões diferentes sobre sua conveniência.

    A Aécio Neves interessa o impeachment de Dilma Rousseff e de Michel Temer por crime eleitoral, declarado pelo TSE, logo que possível pois isto levaria a uma eleição em 90 dias onde espera que, como presidente nacional do PSDB e candidato que teria  perdido a eleição devido a “fraude”, agora se beneficiaria devido a sua campanha persistente pela ilegitimidade dos resultados eleitorais de 2014, o que o faria o candidato do PSDB com melhor perspectiva de vitória.

    A Geraldo Alckmim interessa que o processo político, econômico e social desgaste longa e duradouramente o Governo Dilma e o PT até que as eleições municipais se realizem  em 2016, com fragorosa derrota do PT e do PMDB e que tenha tempo de construir sua candidatura, com base no Governo de São Paulo, enquanto a candidatura de  Aécio se enfraqueceria com o tempo como   resultado de eventuais denúncias.

    A José Serra interessa também que o impeachment não ocorra,  que o Governo se desgaste para que tenha tempo de reconstruir  sua imagem e eventualmente possa se  candidatar pelo PSDB em 2018 ou até mesmo pelo PMDB, que insiste em ter candidato próprio mas sem nome hoje viável. Afinal, Serra foi fundador do PMDB e voltaria a sua casa, construindo sua candidatura junto à classe média nacional, através de sua atuação no Senado, com toda cobertura favorável da imprensa.

    Para o PMDB, o impeachment da Presidenta representa o fim de um Governo onde ocupa a Vice-Presidência e ao qual dá apoio enquanto que um longo processo de desgaste da Presidenta, do Governo e do PT também o atingiria como partido aliado, enquanto a imprensa desgasta sua imagem na opinião pública como partido oportunista e corrupto.

    Os interesses de Michel Temer, de Renan Calheiros e de Eduardo Cunha são divergentes. Cunha acredita poder ser o candidato do PMDB à Presidência, assumindo a liderança da ofensiva conservadora e o papel de defensor da Câmara, dos representantes do Povo, mas enfrenta o desgaste das denúncias de corrupção. Michel Temer sabe que a condenação por crime eleitoral de Dilma Rousseff pelo TSE também o arrastaria enquanto que a condenação de Dilma pela rejeição das contas de 2014 pelo TCU e pelo Congresso o levariam à Presidência. Renan disputa com Temer influência no PMDB e imagina poder ser candidato em 2018 com o enfraquecimento dos demais. 

    No PT, a situação é talvez ainda mais grave.

    O programa econômico conservador, ao cortar investimentos públicos e as despesas de custeio do Governo, aumenta o desemprego e afeta a demanda o que reduz as perspectivas de lucro, contrai os investimentos privados, estabelece a desconfiança nos “mercados” e reduz as receitas normais tributárias, aumentando o déficit público.

    Ao aumentar a taxa de juros, o Governo (Banco Central) aumenta as despesas do Governo e a relação dívida/PIB, reduz a atividade econômica e as perspectivas de lucro e provoca a queda da arrecadação. Ao não conseguir o aumento de receitas normais pela dificuldade em elevar tributos, passa a apelar para a venda de ativos o que é uma forma disfarçada de privatização, com resultados apenas temporários.

    Ao provocar o desemprego, ao apoiar medidas desfavoráveis aos trabalhadores como alterações no seguro desemprego, no abono salarial e outras, e ao provocar a redução do crescimento o Governo mina a sua base de apoio social e político e as bases sociais e políticas do PT.

    A retração da demanda, o aumento das taxas de juros, a contração das atividades do BNDES, a redução das oportunidades de investimento, a perspectiva de aumento de tributos afetam os interesses dos empresários e aumenta o seu descontentamento com o Governo e sua política.

    Não há liderança no PT além de Lula que, por seu lado, não vê como abandonar o programa econômico do Governo Dilma sem acelerar sua queda, mas reclama da incapacidade da Presidenta para o exercício da política.

    As pesquisas de opinião podem vir a revelar níveis de rejeição muito superiores aos que ocorreram na véspera do impeachment de Collor. Caso os níveis de aprovação caiam abaixo de 5%, o desânimo e a desmobilização dos movimentos sociais e dos sindicatos, a perplexidade dos congressistas, a posição dos candidatos a prefeito em 2016, as contínuas denúncias do Ministério Público (na realidade de procuradores individuais) contra políticos vinculados ao PT e contra o próprio Lula, a agressividade social e intimidatória conservadora podem gerar situação de gravíssimo perigo político para sobrevivência da democracia.

    O Governo, apático, atordoado e intimidado, parece acreditar em sua pureza que fará que, ao final, sobreviva, único puro, à tempestade de denúncias que atingem políticos e partidos sem compreender que o objetivo da ofensiva conservadora não é lutar contra a corrupção e moralizar o país mas sim derrubá-lo e recuperar a hegemonia completa na sociedade e no Estado.

    O Governo se retrai, não age politicamente nem mobiliza intensamente os movimentos sociais e os setores que poderiam apoiá-lo no enfrentamento a esta ofensiva conservadora que fará o Brasil recuar anos em sua trajetória de luta contra as desigualdades e suas vulnerabilidades, e de construção de um país mais justo, menos desigual, mais democrático, mais próspero e mais soberano.

    É urgente a mobilização de todas as forças sociais progressistas para combater o desemprego causado pelo programa de ajuste, que está, isto sim, gerando imensa crise econômica e social, para defender a democracia e seus representantes legítimos, para defender as conquistas dos trabalhadores, para defender a empresa nacional, para defender o desenvolvimento do país, para defender a soberania nacional e a capacidade de autodeterminação da sociedade brasileira.

    Para defender o Brasil. 

    Samuel Pinheiro Guimarães é embaixador

    OBS: Assino em baixo a matéria do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. É uma síntese peerfeita do que está acontecendo hoje no Brasil.

    Mas o que me estarreceu, talvez por ter tomado conhecimento pela primeira vez nesta matéria, foi a denúncia que se encontra no parágrafo em negrito. Alguém conhece um outro país do mundo onde isto pode acontecer sem nenhuma investigação séria e punição para os traidores beneficiados? Veja o  parágrafo que me tirou do sério: “Segundo depoimento do Presidente das entidades da Polícia Federal na Câmara dos Deputados, a Polícia Federal recebe regularmente recursos da CIA, do FBI e da Drug Enforcement Administration – DEA, no montante de USD 10 milhões anuais, depositados diretamente em contas individuais de policiais federais”.

    Nas contas individuais de policiais federais? E o ministério da justiça não apura nada sobre esta denúncia de atentado à segurança nacional? Que porra de país é esse?

    É um milagre que a presidenta legitimamente eleita, diante de tantos interesses divergentes e de tantos inimigos da democracia e de traidores remunerados, se mantenha na presidência da República, ainda que com pouquíssima mobilidade. O país está encalacrado.

  6. Hoje temos democracia mas
    Hoje temos democracia mas ainda há muitos entulhos autoritários da ditadura: a falta de controle externo sobre a PF é um exemplo dessa maldita herança; PF geralmente são de direita e, como sabemos eles pintam e bordam e não há quem os puna: os corregedores são seus amigos. Aquela velha historia de que eu posso indicar meu amigo para me fiscalizar: governadores fazem isso ao indicar conselheiros ao Tribunal de Contas do Estado, seu tribunal recheado de amigos do peito… Muita gente não sabe que quando um delegado da PF faz alguma coisa errada, nao há um controle externo que o leve a ser punido, isso pq são seus colegas que farão sindicância sobre o caso e, investigar amigo do peito sabe como é que é ne….Já tive caso concreto sobre isso: uma amiga que foi vitima de trafico de pessoas  foi colocado pela traficante como ré, o delegado responsável pelo caso foi comprado etc. O caso foi levado a corregedoria da PF e a vitima ouviu do delegado corregedor o seguinte: ah Fulana, o Dr. Fulano é meu amigo, não posso fazer nada…. Pois é, simples assim… E mais…há uns seis meses um agente, amigo meu da PF, que é meu parente, escreveu a seguinte mensagem no grupo de whatsapp da familia: a minha equipe prendeu o superintendente do (….)….um órgão do execetivo federal…prefiro não citar para evitar problemas…só quero dizer que fiquei surpreso ao constatar que um agente da PF pode constituir uma equipe de trabalho para prender quem der na telha, claro, como o agente tem aversão ao PT sabe como é que é ne….enfim: meus presos… E não há controle externo… Socorro!!!!

  7. Para Dilma ler:
    Paul Krugman:

    Para Dilma ler:

    Paul Krugman: políticas atuais agravarão crise, não culpe a China

    Que está causando as quedas abruptas das bolsas de valores? O que elas significam para o futuro? Ninguém tem muitas respostas.

    Tentativas de explicar as oscilações diárias nos mercados são normalmente insanas: uma pesquisa em tempo real sobre o crash de 1987 da bolsa de Nova York não encontrou evidência alguma para nenhuma das explicações que os economistas e jornalistas ofereceram para o fato. Descobriram, ao invés disso, que as pessoas estavam vendendo ações porque – você adivinhou! – os preços caíam. E o mercado de ações é um péssimo guia sobre o futuro da economia. Paul Samuelson brincou, certa vez, que os mercados haviam previsto nove das cinco recessões anteriores, e nada havia mudado a este respeito…

    De qualquer forma, os investidores estão claramente nervosos – e têm boas razões para isso. Nos EUA, as notícias econômicas mais recentes são boas (ainda que não ótimas), mas o mundo como um todo parece muito propenso a acidentes. Há sete anos, vivemos numa economia global que tropeça de crise em crise. Cada vez que uma parte do mundo finalmente parece colocar-se em pé, outra despenca.

    Mas por que a economia mundial continua capengando?

    Na superfície, parece uma sucessão incomum de azares. Primeiro, o estouro da bolha imobiliária e a crise bancária desencadeada em consequência. Então, quando o pior parecia haver passado, a Europa mergulhou numa crise de dívidas e numa recessão em dois mergulhos. A Europa ao fim alcançou uma estabilidade precária e começou a crescer de novo – mas agora, assistimos a grandes problemas na China e em outros mercados emergentes, que haviam sido pilares de força.

    Contudo, não se trata de acidentes sem relação entre si. Estamos, na verdade, vivendo o que sempre ocorre quando muito dinheiro está em busca de poucas oportunidades de investimento.

    Mais de uma década atrás, Ben Bernanke, então o presidente do banco central dos EUA (FED), argumento que a disparada do déficit comercial norte-americano não era o resultado de fatores domésticos, mas de uma “abundância global de poupança”. Um volume de poupança muito maior que o de investimentos – na China e em outras nações em desenvolvimento, provocado em parte pelas políticas adotadas em reação à crise asiática dos anos 1990 – estava deslocando-se para os EUA, em busca de lucros. Ele alertou levemente para o fato de que o capital que entrava não estava sendo canalizado para investimentos produtivos, mas para imóveis. É claro que o alerta deveria ter sido muito mais forte (alguns de nós o fizemos). Mas a sugestão de que o boom imobiliário dos EUA era em parte causado por fraqueza em economias de outros países permanece válido.

    É claro que o boom converteu-se numa bolha, que provocou enorme estrago ao estourar. E não foi o fim da história. Houve também uma inundação de capitais, da Alemanha e outros países do norte da Europa, para a Espanha, Portugal e Grécia. Isso também provocou a formação de uma bolha, cujo estouro, em 2009-2010 precipitou a crise do euro.

    E ainda não acabou. Quando os EUA e a Europa deixaram de ser destinos atraentes para o capital [devido à redução das taxas de juro a quase zero], a abundância global saiu em busca de novas bolhas a inflar, levando moedas como o real brasileiro a altas insustentáveis. Não poderia durar e agora estamos em meio a uma crise de mercados emergentes que faz alguns observadores lembrarem-se da Ásia nos anos 1990 – lembre-se, onde tudo começou.

    Portanto, para onde o fluxo cambiante da abundância aponta agora? Talvez, de novo para os EUA, onde um novo fluxo de capitais externos provoca a alta do dólar e pode tornar a indústria novamente não-competitiva.

    O que provoca a abundância global? Provavelmente, uma soma de fatores. O crescimento populacional está arrefecendo em todo o mundo e, apesar de toda a fanfarra com as últimas tecnologias, elas não parecem criar nem um grande aumento de produtividade, nem demanda para investimentos. A ideologia da austeridade, que conduziu a um enfraquecimento sem precedentes dos gastos públicos, ampliou o problema. E a inflação baixa, em todo mundo, que significa taxas de juros baixas, mesmo quando as economias estão crescendo aceleradamente, reduziu o espaço para cortar estas taxas, quando as economias se contraem. Qualquer que seja o mix preciso das causas, o importante agora é que os governos assumam seriamente a possibilidade – eu diria probabilidade – de que excesso de poupança e fraqueza econômica global tenha se tornado a nova normalidade.

    Minha percepção é de que há, hoje, uma profunda falta de vontade política, mesmo entre governantes sofisticados, para aceitar esta realidade. Em parte, é devido a interesses especiais: Wall Street e os mercados não gostam de ouvir que um mundo instável requer regulação financeira, e os políticos que desejam matar o estado de bem-estar social não querem ouvir que os gastos governamentais não são um problema, no cenário atual.

    Mas há também, estou convencido, uma espécie de preconceito emocional contra a própria noção de abundância global. Políticos e tecnocratas gostam de se enxergar como pessoas sérias, que tomam decisões difíceis – como cortar programas populares e elevar taxas de juros. Eles não querem ser informados de que estamos num mundo em que políticas aparentemente rigorosas irão tornar as coisas piores. Mas nós estamos, e elas vão.

    Tradução de Antonio Martins

    http://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2015/08/paulo-krugman-politica-atuais-agravarao-crise-nao-culpe-a-china-3876.html/

     

     

  8.  
    http://www.diariodocentrodo

     

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-leva-dilma-a-dar-entrevistas-para-jornais-que-vao-sacanea-la-por-paulo-nogueira/
     

    O que leva Dilma a dar entrevistas para jornais que vão sacaneá-la? Por Paulo Nogueira

    Síndrome de Estocolmo?

    Síndrome de Estocolmo?

    Leio na internet que há 43 anos, num dia 23 de agosto, o mundo cunhou a expressão Síndrome de Estocolmo.

    Como todos sabemos, é aquela aberração psicológica pela qual vítimas podem desenvolver laços amorosos com seus agressores.

    Pensei nisso ao saber que Dilma decidira dar uma entrevista à Folha, ao Globo e ao Estadão.

    Os editores iriam aproveitar qualquer chance para colocá-la em situação constrangedora.

    E foi exatamente o que ocorreu.

    Os textos dos jornais se centraram no seguinte: Dilma admitiu que demorou para perceber o tamanho da crise.

    Apenas o El País, não interessado em arrasar Dilma, sublinhou um fato essencial para compreender a admissão: Dilma se referia à crise internacional.

    Mais especificamente, aos efeitos dela na economia brasileira.

    São duas coisas completamente diferentes.

    Dilma foi sacaneada, mas onde a surpresa?

    Do jeito que a coisa foi apresentada pela mídia, ficou a impressão de que Dilma confessou que os jornais estavam certos e ela errada.

    Comentaristas e políticos da oposição aproveitaram para atacá-la. Merval disse que Dilma fez, enfim, uma autocrítica.

    No G1, um leitor, que assina Almada, postou um comentário em que dizia que ele vinha alertando o governo fazia meses. O bom Almada deu até o endereço para que outros leitores leiam as preciosas advertências econômicas que ofereceu, nos últimos meses, a Dilma.

    Quer dizer: os jornais conseguiram se autocongratular, como voluntarioso Almada, pela cobertura sinistra que fizeram da crise econômica.

    O que houve de fato foi o seguinte.

    A Bolsa de Valores da China teve que explodir para os jornais reconhecerem, com enorme atraso, que a crise é mundial, e não local.

    Era estratégico restringi-la ao Brasil porque ficava mais fácil definir Dilma como incompetente.

    O dólar subiu no mundo inteiro nestes primeiros meses do ano, e você lia a imprensa brasileira e tinha a sensação de que isso ocorria apenas no Brasil.

    Idem para a crise do petróleo. Era coisa nossa. Quer dizer, dela, Dilma.

    Éramos uma ilha problemática num mundo repleto de soluções, na tese farisaica da mídia.

    A China teve que tropeçar para que a farsa fosse abandonada.

    Mas eis que Dilma decide conceder uma entrevista a jornais que tratam de massacrá-la todos os dias.

    Síndrome de Estocolmo, me ocorre.

    E então no noticiário que sai da entrevista Dilma é tratada como inepta.

    Quem deveria fazer uma autocrítica é a imprensa, que manipulou por meses seguidos seus leitores com a versão falsa de que a crise se restringia ao Brasil.

    Mas isso não virá.

    Com a contribuição de Dilma, a versão que a mídia propagará é que os jornais cansaram de avisar que a coisa estava feia.

    É definitivamente um mistério o que leva Dilma a conversar com publicações que jamais surpreenderão por tratá-la com decência.

     

     

  9. Aécio Neves: um corrupto cheio de moral

    DENÚNICIAS de ontem e de hoje que a velha mídia corporativa esconde, contra Aécio, outros tucanos e aliados tão corruptos quanto ele.

    A lista é grande e por isso tive que recorrer à Carta Maior para refrescar a minha memória: 

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/14-escandalos-de-corrupcao-envolvendo-Aecio-o-PSDB-e-aliados/4/32017

             

    14 escândalos de corrupção envolvendo Aécio, o PSDB e aliados

    São muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre o candidato Aécio Neves, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados.

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    Najla Passos

    17/04/2014

     Arquivo

     

    O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, se apresenta como o candidato da ética e da moralidade, mas são muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre ele, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados. Escândalos esses em torno dos quais o PSDB opera para que não tenham  destaque da mídia e não sejam investigados. Confira aqui 14 deles:

    1 – Escândalo da Petrobrás: valor ainda não contabilizado

    O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, adora criticar a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, pelo suposto envolvimento de petistas no escândalo da Petrobrás. As investigações, entretanto, apontam também para o possível envolvimento de lideranças tucanas. Em depoimento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu este ano, para ele ajudar a esvaziar uma CPI criada em 2009 para investigar a Petrobrás.

    2 – Desvio das verbas da saúde mineira: R$ 7,6 bilhões

    Na última terça (14), no debate da Band, a presidenta Dilma acusou Aécio Neves de desviar R$7,6 bilhões da saúde quando foi governador de MG. O tucano disse que ela estava mentindo e, então, Dilma convidou os eleitores a acessarem o site do Tribunal de Constas do Estado (TCE). Naquela noite, o site saiu do ar, segundo o TCE devido à grande quantidade de acessos. Nesta quarta (15), o site voltou, mas os documentos citados por Dilma desapareceram por cerca de 4 horas, até a imprensa denunciar a manobra. A presidenta do TCE, Adriane Andrade, foi indicada por Aécio e é casada com Clésio Andrade (PMDB), seu vice-governador no primeiro mandato.

    3 – Aecioporto de Cláudio: R$ 14 milhões

    Quando era governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio construiu cinco aeroportos em municípios pequenos, todos eles nas proximidades das terras de sua família. O caso mais escandaloso foi o de Cláudio, com cerca de 30 mil habitantes e que já fica próximo a outro aeroporto (o de Divinópolis, há apenas 50 Km). A pista, que foi construída a 6 Km da fazenda do presidenciável, fica nas terras do tio-avô de Aécio, desapropriadas e pagas com dinheiro público. Quem cuida das chaves do portão são os primos de Aécio. Custou R$ 14 milhões aos cofres mineiros.

    4 – Relações com Yusseff : R$ 4,3 milhões

    O doleiro Alberto Yousseff ficou conhecido nacionalmente devido ao seu envolvimento no escândalo da Petrobrás. Mas a Polícia Federal também investiga os serviços prestados palas empresas de fachada do doleiro para uma outra estatal, a mineira Cemig, controlada há anos pelo PSDB de Aécio Neves, principal líder do partido no Estado. As suspeitas é que a Cemig tenha sido usada para engrossar o caixa do grupo, através da parceria com a empresa Investminas, uma sociedade de propósito específico, criada para construir e operar pequenas hidrelétricas, cuja única operação comercial foi uma parceria firmada com a Cemig. Vendida à Light, a participação na sociedade rendeu à Investminas, em poucos meses, R$ 26,586 milhões,  um ágil surpreendente de 157%. Três semanas depois, R$ 4,3 milhões foram depositados pela Investminas na conta MO Consultoria, empresa de fachada usada por Yousseff. As suspeitas é que tenham sido destinados a pagar os agentes públicos envolvidos na operação. O caso ainda está sob investigação.

    5 – Favorecimento aos veículos da Família Neves: valor não contabilizado

    Nem Aécio Neves e nem o governo de MG divulgam qual a fatia da publicidade oficial do estado foi parar nos meios de comunicação da família do presidenciável, de 2003 até agora. E a falta de transparência, claro, gera suspeitas. A família Neves controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João del Rei, além do semanário Gazeta de São João del Rei. Aécio é sócio da Arco Íris com a mãe e irmã mais velha, Andrea que, quando ele foi governador, era coordenadora voluntária do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuição estabelecer as políticas de comunicação do governo e aprovar os gastos em publicidade.

    6 -Nepotismo em Minas

    Aécio diz que é a favor da meritocracia, mas, além de receber pelo gabinete do pai, em Brasília, quando morava no Leblon, de 1980 a 1983, não deixou de empregar parentes quando governou Minas. A lista é longa. Oswaldo Borges da Costa Filho, genro do padrasto do governador, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Minas Gerais. Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo, assessor do diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG). Guilherme Horta, outro primo, assessor especial do governador. Tânia Guimarães Campos, prima, secretária de agenda do governador. Frederico Pacheco de Medeiros, primo, era secretário-adjunto de estado de Governo. Ana Guimarães Campos e Júnia Guimarães Campos, primas, servidoras do Servas. Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio, diretor da área de apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Andréia Neves da Cunha, irmã, diretora-presidente do Serviço de Assistência Social de Minas Gerais (Servas). Segundo Aécio, o trabalho da irmã era voluntário.

    7 – Mensalão tucano: pelo menos R$ 4,4 milhões

    Trata-se do esquema de desvio de verbas de empresas públicas armado em Minas Gerais, em 1998, para favorecer a reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo. Além dos políticos tucanos, os acusados são os mesmos responsabilizados pelo chamado “mensalão petista”: o publicitário Marcos Valério e os diretores do Banco Rural. Entretanto, embora tenha acontecido antes, o esquema tucano ainda não foi julgado. E mais, não o será pelo STF,
    mas pela justiça comum. O processo está engavetado há tanto tempo que vários envolvidos já se beneficiaram pela prescrição. Pela denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviados pelo menos R$ 4,4 milhões. Mas os valores são discutíveis: como as operações de algumas empresas públicas, como a Cemig, ficaram de fora da denúncia, há quem defenda que possa ser bem maior.

    8 – Mensalão tucano II: R$ 300

    As conexões dos tucanos com o esquema de Marcos Valério são profundas. O candidato derrotado ao governo de Minas Gerais pelo PSDB nas eleições deste ano, Pimenta da

    Veiga, é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga porque ele recebeu, em 2003, um total de R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério.

    9 – Máfia do Cachoeira: valor não contabilizado

    Em 2012, o Congresso instalou uma CPI para investigar as relações entre a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Entre os públicos, estavam o ex-senador Demóstenes Torres (à época filiado ao DEM), o então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de prevaricar ao descontinuar as investigações da Polícia Federal. Entre os agentes privados, destacaram-se veículos de imprensa, como a revista Veja, e empreiteiras, como a construtora Delta. Em função da pressão política dentro do parlamento, para aprovar seu relatório final, o deputado Odair Cunha (PT-MG) teve que retirar os pedidos de indiciamento de jornalistas e do ex-procurador geral. O mandado de Demóstenes no Senado foi cassado, mas, por decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, o mais afinado com o ideário tucano, ele teve o direito de reassumir sua vaga de promotor em Goiás.

    10 – Cartel dos metrôs de SP e DF: pelo menos R$ 425 milhões

    O escândalo vem de longa data, mas até agora nenhum político foi punido. Envolvem dois casos diferentes, mas com relações entre si: o Casol Alston, a multinacional francesa que teria subornado políticos ligados ao governo Alckmin para ganhar o contrato da expansão do metrô de SP, e o Caso Simiens, a empresa que admitiu ter formado cartel com outras 13 para fraudar as licitações do metrô de SP e do DF. A Simens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma série de documentos que comprovam que o governo tucano tinha conhecimento da formação do cartel. Reportagem da Istoé estimou em R$ 425 milhões de reais os prejuízos para os cofres públicos. No Caso Alston, a PF indiciou, por corrupção passiva, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-ministro do governo FHC.

    11 – Privataria tucana: R$ 124 bilhões
    Registradas e documentadas no livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior, as denúncias revelam os descaminhos do dinheiro público desviado pelos tucanos na era das privatizações, instaurada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu então ministro da Fazenda, José Serra. Resultado de 12 anos de investigação do ex-jornalista da Isto É e de O Globo, o livro irritou o ninho tucano. Serra o classificou como “lixo”. FHC, como “infâmia”. Aécio Neves, como “literatura menor”. Pelos cálculos do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), delegado da Polícia Federal que atuou no caso, o montante desviado dos cofres públicos pelos tucanos para paraísos fiscais chega a R$ 124 bilhões.

    12 – Emenda da reeleição de FHC: valor não contabilizado

    Em 1997, durante o governo FHC, a Câmara aprovou a emenda que permitiria a reeleição presidencial. Poucos meses depois, começaram a pipocar as denúncias de compra de votos pelo Executivo para aprovação da matéria. Um grampo revelou que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, receberam R$ 200 mil cada um. Na gravação, outros três deputados eram citados de maneira explícita e dezenas de congressistas acusados de participação no esquema. Nenhum foi investigado pelo Congresso nem punido. Apesar das provas documentais, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, engavetou as denúncias. No ano seguinte, FHC se reelegeu para um novo mandato. Brindeiro foi nomeado para um segundo mandato no cargo.

    13 – O caso da Pasta Rosa: US$ 2,4 milhões

    Em 1995, servidores do Banco Central que trabalhavam em uma auditoria no Banco Econômico encontraram um dossiê com documentos que indicavam a existência de um esquema ilegal de doação eleitoral, envolvendo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Antônio Calmon de Sá, dono do Econômico e ex-ministro da Indústria e Comércio da ditadura. O esquema apontava a distribuição ilegal de US$ 2,4 milhões dos bancos a 45 políticos que se candidataram nas eleições de 1990, entre eles o José Serra (PSDB), Antônio Magalhães (do antigo PFL, hoje DEM) e José Sarney (PMDB). O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. Nenhum político foi punido por causa do escândalo.

    14 – Caso Sivam: valor não contabilizado

    Primeiro grande escândalo de corrupção do governo FHC, o Caso Sivam, que estourou em 1995. envolve denúncias de corrupção e tráfico de influência na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia. O ponto alto foi quando o vazamento de gravações feitas pela Polícia Federal expôs uma conversa entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, à época chefe do cerimonial de FHC, e o empresário José Afonso Assumpção, representante da empresa norte-americana Raytheon no Brasil, em que ambos defendiam os interesses dessa última no Sivam. E foi justamente a Raytheon que arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão. O escândalo também envolvia ministros e outros assessores de FHC, além de empresas brasileiras. Em 1996, o deputado Arlindo Chinglia (PT-SP) protocolou pedido de instalação de uma CPI, que só saiu em 2001, mas de forma esvaziada. Como tinha maioria no parlamento, o governo FHC conseguiu abafar as denúncias. Ninguém foi punido.

     

    COMPLEMENTANDO

    Ah, sim. Aécio precisa também responder ao policial civil que o chama de bandido. No vídeo a seguir: 

    [video:https://youtu.be/Lpi0Yu6jyUM align:center]

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  10. *

    A lição da libertação de uma carioca acusada da morte de uma turista italiana. Por Cidinha Silva

    DCM

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-licao-da-libertacao-de-uma-carioca-acusada-da-morte-de-uma-turista-italiana-por-cidinha-silva/

    A farmacêutica Mirian França, negra, sem antecedentes criminais, presa arbitrariamente por longos 16 dias no início de 2015, sob acusação de ter assassinado Gaia Molinari, turista branca italiana, na praia de Jericoacoara, em Fortaleza, entrou com representação administrativa contra a delegada Patrícia Bezerra, responsável pelo caso. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acolheu o pedido.

    O caso ficou conhecido porque Mirian, além de sabedora de seus direitos, teve a seu favor  organizações e pessoas que se movimentaram para defendê-la: associações de mulheres negras, feministas, de Direitos Humanos. O coordenador do curso de pós-graduação em Bioquímica, no qual estava matriculada na capital fluminense, deslocou-se até Fortaleza para depor a seu favor. Amigos e familiares não descansaram um minuto sequer, mobilizando todas as redes e recursos imagináveis (inclusive internacionais) para libertá-la.

    Essa mobilização se opôs ao que Milton Santos caracterizou como a brutalidade com que a informação inventa mitos. Dizia o geógrafo em entrevista a Gilberto Gil em 1996: “Acho que vai haver uma grande mudança política, mas nós não temos noção dessa possibilidade, dessa enorme mudança, por causa da violência da informação que é um traço característico do nosso tempo. A brutalidade com a informação inventa mitos, impõe mitos e suprime o que a gente chamava antigamente de verdade, essa violência da informação e das finanças, criou uma certa ideia tão forte do mundo atual que a gente fica desanimado diante da possibilidade de um outro futuro”.

    Mirian França foi transformada pela delegada e pela mídia cearense em principal acusada do assassinato de uma turista eurodescendente por meio de fortes pancadas, mesmo sendo fisicamente frágil e não apresentando marcas de luta corporal. A imprensa local rejeitou veementemente o argumento construído por sua defesa popular de que Mirian estaria sendo vítima do racismo que transforma qualquer pessoa negra em suspeita preferencial de crimes, mesmo sem provas.

    Conseguida a liberação do cárcere, Mirian França continuou constrangida a permanecer os 30 dias seguintes em Fortaleza, dessa forma, não pôde voltar para casa no Rio de Janeiro e retomar a vida sequestrada pela prisão. Este foi o recurso encontrado pela Defensora Pública que cuidou do caso para, de alguma forma, contentar a delegada que impunha a Mirian a prisão injustificável baseada em contradições bizarras nos depoimentos, tais como, o número de cafezinhos que Gaia Molinari teria tomado enquanto esteve em companhia de Mirian França.

    Pela milionésima vez havia-se que superar dois mitos reforçados pela brutalidade impositiva da informação, quer sejam, a inexistência do racismo no Brasil e a existência da justiça imparcial, válida para todos.

    Meses depois de conquistar a liberdade, Mirian França conseguiu seu intento junto à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, ou seja, sua representação administrativa contra a delegada Patrícia Bezerra, que presidiu o inquérito do assassinato de Gaia Molinari, foi acatada.

    O pleito baseou-se na tortura psicológica a que foi submetida e na tentativa de induzir o Judiciário ao erro, pois não houve base factual ou legal para sua prisão, além de erros como uma fantasiosa tentativa de fuga do Ceará, sendo que ela tinha endereço fixo, não tinha antecedentes criminais e era aluna regular de um programa de doutoramento em universidade pública.

    Enfim, Mirian França concretizou o primeiro passo para demonstrar que a linha de investigação adotada pela delegada Patrícia Bezerra foi baseada em preconceito racial e de gênero, sendo cabível ressarcimento pelo Estado.

     (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Cidinha Silva

    Sobre o Autor

    Cidinha da Silva, mineira de Belo Horizonte, é escritora. Autora de “Racismo no Brasil e afetos correlatos” (2013) e “Africanidades e relações raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil” (2014), entre outros.

     

     

  11. Rejeitado nas urnas, tucano promete arrancar cabeça de Dilma à “

    Rejeitado nas urnas, tucano promete arrancar cabeça de Dilma à “foice e martelo”

    Por iG São Paulo | 

    26/08/2015 13:15 – Atualizada às 26/08/2015 13:28 Advogado foi candidato pelo PSDB em 2014 e ganhou notoriedade após propor a criação do “kit macho” e do “kit fêmea”, para defender crianças da ‘influência homossexual’O advogado Matheus Sathler Garcia diz que o País vive uma ditadura cubana e pede Dilma Rousseff Reprodução FacebookO advogado Matheus Sathler Garcia diz que o País vive uma ditadura cubana e pede Dilma Rousseff “renuncie, fuja do Brasil ou se suicide”

    Rejeitado nas urnas nas eleições passadas, quando era candidato a deputado federal pelo PSDB de Brasília, o advogado Matheus Sathler Garcia volta a protagonizar uma nova polêmica nas redes sociais após divulgar um vídeo no qual ameaça “arrancar a cabeça” da presidente Dilma Rousseff (PT) “com a foice e o martelo” no próximo dia 7 de setembro.

    Em 2014, o advogado ganhou notoriedade – e uma representação na Justiça feita pela Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal – após aparecer em um vídeo defendendo a criação do “kit macho” e do “kit fêmea”, para defender crianças da ‘influência homossexual’. 

    No vídeo publicado no Youtube, na terça-feira (25),  Sathler começa sua fala afirmando que dá um “recado claro à presidanta Dilma Rousseff” e faz uma incitação: “no dia 7 de Setembro a gente não vai pacificamente para as ruas. Vamos, juntamente com a as forças armadas populares do Brasil, te tirar do poder. Com a foice e o martelo nós vamos arrancar a sua cabeça. Aqui não é ameaça, nem aviso. Porque quando o povo agir já vai ter mais volta. Renuncie, fuja do Brasil ou se suicide”.Além das ameaças, o advogado relata fatos e palavras de ordem das manifestações nas ruas, citando o foro São Paulo, dizendo que o País vive uma ditadura cubana e que a presidente é terrorista. Por fim ele pede: “Que Deus traga paz a nossa nação”.

    Procurado pelo iG, Sathler informou que não tinha nada a declarar.

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