Antes do jogo, o cartola colocou Cuca em cima do telhado; depois do jogo, a vaia da torcida, o derrubou de vez. Era só uma questão de tempo, todos sabiam, inclusive o ex-treinador do Flamengo para que o vendaval de paixões o varresse da Gávea.
Ainda outro dia, no Arena, Cuca foi franco ao responder-me que, sim, os técnicos de futebol neste país vivem na corda bamba e por isso mesmo, por via das dúvidas, preferem jogar fechadinhos, o que enfeia o espetáculo e contraria visceralmente nossa forma de jogar bola.
Isso dissemina por todos os clubes, torcidas, mídia, cartolas, o diabo a quatro, uma irritação crônica, coletiva, que, a qualquer resultado considerado negativo, a bomba explode no colo do treinador, aquele que é mais fácil de ser removido.
Pelas minhas contas, sempre imprecisas mas próximas do real, já foram detonados treze (ô numerozinho cabalístico!) técnicos em treze rodadas do Brasileirão. Pelas estatísticas, um a cada rodada.
E têm mais na fita. Um deles, que atende pelo apelido de Tite, apesar de todas as juras dos cartolas do Inter.
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