O outro lado do Índio da Costa

Recebo telefonema de Índio da Costa, candidato a vice-presidente de José Serra. Diz acompanhar o blog há tempos, mas ter ficado afastado por conta das atribulações de campanha. Motivo pelo qual só agora leu as críticas a ele e telefona para esclarecer.

É advogado, com pós em políticas públicas pela UFRJ. Iria cursar o Mestrado na FGV, mas acabou escolhendo ser Secretário da Administração.

Não escreveu livros de auto-ajuda, me diz ele, mas dois livros sobre gestão pública. O primeiro descrevendo o modelo que implantou na prefeitura do Rio de Janeiro. O segundo, olhando para frente.

No caso da Prefeitura, houve uma pré-reforma, com revisão de processos e de gestão, que permitiu grande economia, afirma.

As práticas implantadas no Rio, segundo Índio, serviram de exemplo para muitos municípios. E ele acabou guindado à presidência do Fórum Nacional de Administração, congregando Secretários de todo país.

Na experiência carioca houve revisão de processos e reestruturação de equipes, diz ele. Todas as pessoas nomeadas eram servidores públicos indicados por servidores públicos. No caso de quadros excedentes, houve remanejamento racional para outras áreas.

Diz ter criado um relacionamento estreito com os servidores públicos, entendendo sua importância na prestação de serviços aos cidadãos. E consolidado princípios de atuação que permitissem a transição do mundo industrial para o pós-industrial.

O segundo livro, de 2007, foi mais conceitual, diz ele. “Administração Pública no século 21, foco no cidadão”, mostrando como as máquinas não devem ser um fim em si, mas trabalhar para atendimento ao cidadão.

O Rio tem 120 mil funcionários na ativa, 44 mil aposentados e 14 mil pensionistas.

Perguntei qual a razão dele ter se tornado mais conhecido pelo episódio das Farcs do que pelo trabalho como gestor.

Diz ele que respondia a perguntas em um vídeo gravado. Das 90 respostas dadas, uma delas, com menos de 20 segundos, foi sobre as ligações do PT com as FARCs – não com o narcotráfico, diz ele.

Virou manchete.

PS – Como todas as pessoas que ligam ou escrevem para o Blog, esclarecendo pontos ou explicando posições, Índio merecerá um tratamento respeitoso, tanto no post quanto nos comentários. 

Luis Nassif

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