Shopping Vitória: corpos negros no lugar errado

Enviado por Vânia

Da Carta Capital

Criminalizado como um dia fora a capoeira, o futebol, o samba a MPB e o RAP, o funk moderno é tão contraditório em seu conteúdo quanto o é resistência em sua forma e estética. E se está servindo também para fazer aflorar o racismo enraizado na alma das elites hipócritas – muito mais vinculadas aos valores da luxúria e ostentação que a turma do funk, declaro pra geral: Sou funkeiro também!

Por Douglas Belchior

Sábado, 30 de novembro, fim de tarde. Várias viaturas da Polícia Militar, Rotam e Batalhão de Missões Especiais cercaram o Shopping Vitória, na Enseada do Suá, no Espírito Santo. Missão: proteger lojistas e consumidores ameaçados por uma gente preta, pobre e funkeira que, “soube-se depois”, não ocuparam o shopping para consumir ou saquear, mas para se proteger da violência da tropa da PM que acabara de encerrar a força o baile Funk que acontecia no Pier ao lado.

Amedrontados, lojistas e consumidores chamaram a polícia e o que se viu foram cenas clássicas de racismo: Nenhum registro de violência, depredação ou qualquer tipo de crime.  Absolutamente nada além da presença física. Nada além do corpo negro, em quantidade e forma inaceitável para aquele lugar, território de gente branca, de fala contida, de roupa adequada.

E a fila indiana; e as mãos na cabeça; e o corpo sem roupa, como que a explicitar cicatrizes nas costas ou marcas de ferro-em-brasa, para que assim não se questione a captura.

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A narrativa de Mirts Sants, ativista do movimento negro do Espírito Santos nos leva até a cena:

“Em Vitória, a Polícia Militar invadiu um pier onde estava sendo realizado um baile funk, alegando que estaria havendo briga entre grupos. Umas dezenas de jovens fugiram, amedrontados, e se refugiaram num shopping próximo. 

Foi a vez, entretanto, de os frequentadores do shopping entrarem em pânico, vendo seu ‘fetiche de segurança’ ameaçado por “indesejáveis, vestidos como num baile funk, de tez escura e fragilizando o limite das vitrines que separam os consumidores de seus desejos”. Resultado: chamaram a PM, acusando os jovens de quererem fazer um arrastão.

A Polícia chegou rapidamente e saiu prendendo todo e qualquer jovem que se enquadrasse no ‘padrão funk’. Fez com que descessem em fila indiana e depois os expôs à execração pública, sentados no chão com as mãos na cabeça. E isso tudo apesar de negar que tenha havido qualquer arrastão, “exceto na versão alarmista dos frequentadores”.

Se chegou a haver algo parecido com uma tentativa de ‘arrastão’ ao que parece é impossível saber. Para alguns dentre os presentes, a negativa da PM teve como motivo “preservar a reputação do shopping como templo de segurança”. Se assim foi, a foto acima, com os jovens sentados no chão sob vigilância, e o vídeo abaixo, mostrando-os sendo forçados a descer em fila indiana sob a mira da Polícia, se tornam ainda mais graves como exemplos de arbítrio, violência e desrespeito aos direitos humanos.  E isso só se torna pior quando acontece ainda sob os aplausos dos ‘consumidores’…”

http://www.youtube.com/watch?v=4nnztJMYtP4]

ENVIE SEU REPÚDIO AO GOVERNADOR DO ES. CLIQUE AQUI!

 

O suposto disparo, a dita “confusão” e o inevitável corre-corre só houve após a chegada da polícia no baile Funk;

O secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia, mente. Afirma não ter havido abuso. “Havia um tumulto e algumas pessoas relataram furtos na praça de alimentação. A polícia agiu corretamente. A intenção era identificar quem invadiu o shopping”, diz ele.

Invasão? Muitos relatos afirmam que os jovens se “abrigaram” no shopping para se proteger! Testemunhas disseram que as pessoas se assustaram foi com a presença e a forma de atuação da polícia dentro do shopping.

E mente ao dizer que “a polícia entrou no shopping após receber informações de que pessoas armadas estariam no local”, algo que não foi constatado pelas revistas feitas no interior do estabelecimento. Os únicos armados, caro secretário, eram seus homens.

Lojistas e consumidores relataram agressões aos ‘suspeitos’: ” Vi um policial dando um soco, de baixo para cima, em um garoto”; “o clima ficou mais tenso ao serem vistos policiais entrando armados no shopping”; “Parte dos que estavam sendo revistados era menores de idade. Vi um garoto sendo jogado no chão por um policial”.

A própria assessoria de comunicação do Shopping Vitória descartou a ocorrência de um arrastão no interior do estabelecimento e afirmou que nenhuma loja foi roubada ou danificada;

Mas ao final, o Secretário assume sua tarefa racista: “Quando se encontra uma atitude suspeita, a abordagem é uma ação normal. A polícia está autorizada a fazer isso. A população tem que entender”, disse ele a um jornal, afirmando que o critério para uma abordagem depende das circunstâncias, perfil das pessoas e quais queixas são apresentadas.

Sim, e é verdade, “Sr. Secretário”: circunstâncias, perfis e queixas, que sempre tem como principal objeto de provocação o corpo negro. Alguma novidade?

REAÇÃO

Lula Rocha, importante militante do movimento negro do Espírito Santo, em conjunto com diversos outros ativistas e organizações do movimento negro e movimentos sociais da capital prometem reagir e organizar um mega baile funk ao ar livre em frente o Shopping Vitória.

Criminalizado como um dia fora a capoeira, o futebol, o samba a MPB e o RAP, o funk moderno é tão contraditório em seu conteúdo quanto o é resistência em sua forma e estética. E se está servindo também para fazer aflorar o racismo enraizado na alma das elites hipócritas – muito mais vinculadas aos valores da luxuria e ostentação que a turma do funk, declaro pra geral: Sou funkeiro também!

[video:http://www.youtube.com/watch?v=pKs-zTR2wto

 

Redação

23 Comentários

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  1. Vamos esperar…

    É possível que não aconteça, mas o fato é que o funk, assim como o samba, tem que se credenciar a virar “cult”, ou “cool”…Aí sim pula de lado no balcão e começa a dar ordens na indústria cultural e na sociedae…

    Quem sabe aparece até um joão gilberto para lhe desacelerar as batidas e criar algo como funk’n’bossa?

    Dias destes, em uma discussão sobre a bosta nova, o que mais se leu e ouviu por aqui foi gente refinada dizer que o tal gênero era um exemplo “superior” se musicalidade, uma “evolução” a nossa atávica e gutural mania de tocar tambores…

    Pois é…esta é a base conceitual que alimenta as polícias de costumes em todo país…

    1.   É, também já pensei

        É, também já pensei nisso… assim como o riquíssimo Jazz surgiu de proto-ritmos vários, a bagunça sonora do Funk também pode dar origem a algo bastante interessante.

        Tem até alguns já meio velhos mas que eu gosto por causa da letra, por exemplo “Rap do Fusquinha”, que chega a ser cômica e cria empatia, e aquela outra que diz (com óbvia marca de autoafirmação): “é som de preto, de favelado / mas quando toca, ninguém fica parado”. Dessa última não conheço o nome.

       

        Só lembrando: Rock n’ Roll era gíria americana, nos anos 20, para o “rala e rola”. Não foi só por causa dos quadris do Elvis que os pastores americanos nos anos 50 odiaram o ritmo.

    2. A história da música pop, da

      A história da música pop, da industria da música para entretenimento de massas é essa, Tia Profana. O blues e rock só sairam do gueto para fazer muita grana quando Elvis e Bill Haley foram na onda dos negros Chuck Berry e Litlle Richards, que permaneceram no lado B do Rock’n Roll. Ou lado P, de preto

      Até outro dia, o Michael Jakson se embranquecia. A Benyonce que disputa com a Lady Gaga a herança da Madonna, como rainha pop, é um avanço. Mas ela alisa o cabelo 

    3. Se credenciar para virar

      Se credenciar para virar “cult”, como assim? Quem disse que o Samba virou cult? Será só porque passou a ser “consumido” pela classe média? Aqui no Rio, todas as vezes que eu e amigos iniciamos nossa roda damos o aiso: aqui é pé no chão e que Oxum nos livre da pecha de ser “cult”!

  2. Enquanto isso em fortaleza

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=XN6Fqe_s7d4 width:560]

     

    É isso mesmo, o racismo não é mais “cordial” e o negro não reconhece mais “seu lugar”, dessa vez é culpa do Lula mesmo com sua nova classe média. Nos últimos dez anos os fascistas foram botando as manguinhas de fora com cobertura total da mídia, perderam a vergonha, infestam a internet, mas é só a sujeira que tava embaixo do tapete. Como diz o movimento negro, a violência no Brasil é pouca diate de situações como essa.

        Esse novo Brasil incomoda não só a vanusa, vai continuar havendo muita resistência mas não tem mais volta não, vão ter que engolir.

  3. Não sei o que é mais triste,

    Não sei o que é mais triste, a cena degradante em si ou os aplausos dos também jovens, encastelados em seus sonhos de um tênis de marca e uma roupa de griff.

  4. Como isso foi visto na cidade spin

    Momento 1: VISÃO.

    Neste momento o estado visionário, como isso seria visto na cidade spin, onde há harmonia entre os sócios da sociedade(leia-se cidade-estado), que são os animais, os seres humanos e as pessoas jurídicas. Não há nada além destas três forças; Lá, o Poder Curador cuida de trazer à tona as contradições que porventura exista entre estes 3 sócios da cidade-estado no sentido de eliminá-las. Estas contradições são nossos bodes que muitas vezes jogamos para debaixo do tapete, nunca chegam ao nível do cognitivo, do conhecimento, tampouco passam pelo momento forma da visualidade.

     

     

    Momento 2: FORMA 

    Começa aqui o momento do contraste para vermos. Iustração ou arte, tanto faz. 

    Polícia abordou vários jovens no shopping. (Foto: Divulgação)

     

    Momento 3: CONHECIMENTO

    A partir de agora o momento conhecimento, a vocação. O texto abaixo é sobre o spin jornalista. Jornalista ou verbalizador, tanto faz. Uma empresa, spin jornalista, pessoa jurídica, atribui seu erro às redes sociais, a conferir:

    Um jornal que acusa, em seus editoriais, as redes sociais de serem histéricas e irresponsáveis, foi ontem refém de seu próprio moralismo. Agiu como o Rei do Camarote: “é preciso agregar valor. Tem de ter Instagram, álbum no Facebook”

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    Nenhuma loja depredada no Shoping Vitória. Nenhum registro de qualquer tipo de violência ou crime. Nada. E a Polícia Militar do ES manda os meninos tirarem a camisa e sentarem no chão da Praça de Alimentação do shopping, para simular a estética do cárcere, quando presos são deixados nus expressando o êxito do “Estado de Direito” em arrancá-los a liberdade em nome da santa propriedade. Depois dessa humilhação, registrada no Instagram dos “micro reis dos camarotes”, a PM levou todos eles em fila indiana para, como Tiradentes, terem suas cabeças jogadas ao racismo inacreditável dessa gente cuja cultura se resume à casquinha do Bob’s, jóias da Vivara e à massa vagabunda da Spoletto, feita do trigo da elite capixaba, expropriadora e selvagem, cujo sobrenome é Buaiz.

    Mas, em grande parte, o racismo foi potencializado pelas reportagens do jornalismo de Vitorinha. A “abordagem policial” do jornalismo online foi do mesmo nível do que a do Batalhão de Missões Especiais. O jornalismo online local fez o serviço de colocar, para o “respeitável público”, a farsa espetacularizada da PM.

     [video:http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=4nnztJMYtP4%5D

    Consumidores de casquinha de Bob’s e jóias da Vivara aplaudem ação da PM dentro do Shopping Vitória. Racismo nosso de cada dia.

    .

    As reportagens (http://migre.me/gPx0L) de A Gazeta e de A Tribuna NÃO ESCUTARAM nenhum daqueles jovens que foram humilhados pela PM. Isso porque o jornalismo, cada vez mais, se faz sem rua. A escuta é telefônica ou via email. Contudo, a cobertura online do Gazeta Online se superou na audácia conservadora, praticando a facebookização do jornalismo online, se comportando igual a um dos trolls contidos na caixa de comentário de suas notícias. A reportagem, preguiçosa, assinada por Jaider Miranda, diz: “durante uma briga, um tiro teria sido disparado”. Teria sido? Foi ou Não? Que raios é esse tempo verbal no jornalismo? Que raios de editora, de nome Andreia Pirajá, é essa que deixou passar essa imprecisão, essa versão da Polícia? Continua a matéria: “a polícia foi chamada ao local para tentar conter um suposto arrastão”. Suposto????? Eu fico me perguntando: o jornalista fez a reportagem de onde? do telefone? Do chat do Facebook? Olhando a sua timeline comovida. Há passagens ainda mais surreais de total falta de clareza e retidão informativa: “Policiais armados entraram no shopping e fizeram várias abordagens”. Quais? Como? Por quê? O que encontraram?

    Para coroar esse abordagem jornalística, criada para dar buzz aos trolls, o Gazeta Online cometeu, antes de qualquer checagem dos fatos, um ato de pura covardia. Criou um álbum de fotos no Facebook chamado Confusão no Shopping. Por que isso é covarde? Porque um álbum, desse jeito, sem contexto informativo algum, é apenas upado para que as pessoas compartilhem as imagens com suas “perspectivas”. É o estilo editorial cuja máxima é “o que rolou nas redes sociais”; e cuja mínima social se traduz em : ˜Toma aí as imagens, façam o que vocês quiserem com elas. Linchem quem vocês acharem cool. Bora curtir!”. O jornal fica omisso, jogando, de novo, para a plateia fascista fazer seus comments livremente. Um jornal que acusa, em seus editoriais, as redes sociais de  serem histéricas e irresponsáveis, foi ontem refém de seu próprio moralismo.  Agiu como o Rei do Camarote: “é preciso agregar valor. Tem de ter Instagram, álbum no Facebook”. Como um jornal de 70 anos publica imagens, sem NENHUMA informação, numa fanpage com 121 mil curtidas? Que nível de responsabilidade vocês possuem com essa fanpage? Nenhuma?

    Um salve – apesar dos pesares – para o repórter Giordany Bossato, de  A Tribuna, que foi mais rápido, arrancando a confissão do secretário de segurança de Segurança Pública André “Batia”, que de modo silógico afirmou: “Durante uma abordagem houve um estampido, possivelmente provocado por uma bombinha”.  Isso teria sido a causa da correria.

    E o funk continua sendo criminalizado tal como o samba era, nos anos 30, na Praça Onze.

    Um bombinha. E um espetáculo racista.

    ———————————

    Às 21h, do domingo, o jornal A Gazeta reviu sua abordagem sobre o acontecimento no Shopping Vitória. A crítica da gente – em rede – é sempre pedagógica.  Apesar do termo “clandestino”, para se remeter ao evento/funk, a reportagem responde bem a questão do meu texto matutino. O repórter descobriu que existe até uma associação de funkeiros.
    E, bem apurada, mostra:
    1. Não houve arrastão no Shopping Vitória.
    2. Não houve tiros.
    3. O que houve foi abuso policial (testemunhado) e cerceamento da liberdade de associação daqueles que querem curtir um pancadão nas ruas da cidade de Vitória.

    Polícia e Shopping Vitória causaram esse alvoroço todo.
    Bom quando o jornal muda e aceita as críticas. E o repórter mostra que sabe fazer jornalismo. Leia o texto na íntegra:http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/12/noticias/cidades/1470393-lojistas-e-funkeiros-criticam-acao-da-policia-dentro-do-shopping.html

     

      

     

  5. Capitães do mato

    No século XIX, o Exército se recusou a servir de capitão do mato para os escravocratas.

    Nos séculos XX e XXI, as pms (com minúsculas, revisor!) jamais esconderam seu prazer em fazer isso.

  6. Tava demorando para a

    Tava demorando para a demagogia pseudo humanista jogar esse fato aqui no blog…rs

    mais uma vez os defensores dos negros ( exceto Joaquim Barbosa claaaro ) estao misturando os fatos com a conivencia politica ideologica de suas visoes obtusas de mundo para falar abobrinha

    Oras bolas, consta que os rapazes estariam em uma festa com som funk e todo munda sabe que isso é sinonimo de problema , houve um tumulto no lado de fora ( ao que parece uma abordagem policial culminou em tiro ) e uma onda de gente invadiu o shopping!

    Oras a PM ´tem o poder de policia e o usou para abordar um grupo em  comportamente que a principio pareceu suspeito, isso é como nas estaçoes de metro onde uma horda de gente entra falando alto para ir para a balada e todo mundo fica apreensivo no vagao pois nao se sabe qual é a deles

    Multidao nao tem rosto, e jovens quando em grupo fazem coisas ( alias nao só jovens ) que jamais fariam sozinhos

    Uma vez la poderiam extrapolar ou nao, poderia ter sido um arraastao ou nao, MAS nao foi um evento rotineiro

    Seria caso de racismo se a PM fosse ate o shopping e abordasse varios jovens que ja estivem em determinado lugares, e tivesse entrado em um fluxo dito normal.

    Mas nao!

    Houve um principio de panico dada a invasão do local de forma abrupta  e a PM cumpriu sua funçao que é fazer policiamento PREVENTIVO e para tal deteve todos para qualificaçao e posterior liberaçao

    A abordagem é mesmo humilhante e vexatoria mas nao ha outro meio de faze-la , nao foi um arrastao porem poderia ter sido

    Falar agora depois de esclarecido os fatos é MUITO FACIL e inundar o blog de baboseiras sociologicas sobre isso tambem.

    Esta de parabens a PM e todo mundo aqui que gosta de bancar o humanista no lugar das pessoas do shopping e na mesma situaçao teria se sentido intimidado!  pois todos estamos fartos de noticias de menores inimputaveis e sendo assim  a reaçao é normal

    O resto é  a histeria pseudo politicamente correta de sempre…

    1. Dei uma olhada em seu perfil,

      Dei uma olhada em seu perfil, caro Leonidas. Constatei que voce é negro, ou mulato, ou “pardo’, como dizem. Ok, a cor da pele não obriga ninguém a ter determinada ideologia. Mas esse fenômeno é recorrente na sociedade brasileira. Quem ascende socialmente muitas vezes fica mais reacionário que a própria elite. É o caso do Barbosa.

      Nesse evento do post, fica claro que a PM só ‘efetuou a abordagem” no baile funk porque “essa musica é coisa de bandido”. Ou “sempre dá problema”, como voce disse. Não há registro algum de tiro ou briga no baile segundo a reportagem.

      Fica claro também que os funkeiros fugiram da policia e se refugiriam no shopping . Aí voce diz que foi invasão. Bom, que se saiba a entrada é livre. Se fosse uma “horda” de Maurichinhos fugindo de uma briga na balada, teriam chamado a policia? Não foi um mar de corpos negros (como diz o autor) que assustou a madame?

      Não houve registro de roubo, depredação nem nada. Então arrastão é por definição “uma aglomeraçao de negros ocupando um espaço que não é deles”.

      Mas foi tudo prevenção né? Bom, se voce considera que um bando de negros (e funkeiros) entrando num shopping acarreta alto risco de ocorrência de crime, antes mesmo que façam qualquer coisa, isso nada mais é do que preconceito. É a definição da palavra. “Fazer conceito a priori”

      1. PM aborda comportamento

        PM aborda comportamento suspeito

        O tipo de musica do evento tem pessimo hsitorico seria incopentencia da Policia omitir isso

        A açao foi legitima ver raça nisso é coisa de gente que nao tem o que fazer e fica posando de sociologo com coisa seria

        Repito dizer o que foi ou nao foi agora é facil, para a Policia havia todas as razoes do mundo para a abordagem

        Tratava-se de gente que compareceu a um tipo de evento com pessimos antecedentes ( baile funk de fato é coisa de marginal moro na periferia extrama zona leste e dizer isso nao é pre conceito é POS conceito

        Ao invadir o shopping as pessoas de la ( QUE NAO SAO RICAS…RS ) se assustaram e acionaram a PM

        A PM fez um trabalho perfeito é só disso que se trata…rs

      2. ninguem assustou ” madame “

        ninguem assustou ” madame ” nenhuma , ate´pq ir em shopping nao faz de ninguem madame

        esse reducionismo é tipico de gente que gosta de argumetaçao falaciosa

        colocando outros miseraveis que estava no shopping passeando ( nem comprando como acontece na imensa maioria das vezes ) na condiçao de mademe vc faz um discursinho mais bacaninha né?

        rs

        nao houver roubo, e nada isso porque eles nao iriam fazer isso ou tambem porque nao deu tempo né?

        afinal a açao da policia foi rapida

        Não eram mauricinhos no shopping assistindo negros sendo presos, ate pq ninguem foi preso foram averiguados, os que estavam no shopping muito possivelmente poderiam ter estado la fora tambem e gostam de funk tambem

        Essa falacia de reduzir todo mundo na hora que interessa de Elite, Madame etc só para construir argumentaçao supostamente justa é de uma má fé horrenda… 

    2. Ou seja, são culpados até

      Ou seja, são culpados até prova em contrário. E olha que de início eu achei que o modo ironia estivesse ligado.

    3. Preconceito racista…

      “consta que os rapazes estariam em uma festa com som funk e todo munda sabe que isso é sinonimo de problema”

      …..então….isso é preconceito também…na forma social.

      o problema não é só o branco racista mas também o negro machista e a mulher classista ou seja a intolerância.

      Lembro quando o problema era o Rock…(bons tempos)  as coisas vão se aprimorando pro melhor ou pior.

  7. Todo mundo é preto, calunga!

    O que chama atenção nessa historia do shopping de Vitoria é que estavam todos ali assistindo a cena, fotografando e filmando e ninguém se manifestou contra a truculência policial e a humilhação imposta às pessoas  presas arbritariamente.  

     

    1. ninguem foi preso , foram

      ninguem foi preso , foram detidos para averiguaçao  e liberados e nao foi arbitrario foi dentro da autonomia que o poder de policia confere a instituçao da PM

      E a açao tinha razao de ser

      Nao viaja…rs

      1. Cara, na boa, eu evito partir

        Cara, na boa, eu evito partir para a agreção, mas vc realmente pede né seu Leonidas. Quanta desonestidade, esse discursinho de que “todos” aqui ficariam intimidados é que é reducionista ao extremo. Realmente o Sr deve achar que a policia não discrimina em função da cor, realmente, vou até armar uma mesa branca aqui em casa para revelar ao finado Amarildo que a policia agiu de “Parabéns”. Vc não tem adjetivos Sr. Leonidas, vc é simplesmente…Leônidas

  8. Bem, conheço quem estava no

    Bem, conheço quem estava no local e sem querer fazer maiores alegorias ideológicas, muitas pessoas que estavam no baile funk entraram correndo e gritando em um local fechado.

    Evidentemente houve tumulto, em qualquer local fechado, se muitas pessoas ingressarem correndo de uma vez, vai dar confusão, e foi o caso.

    Muitas pessoas acharam que fosse um arrastão e o pânico se alastrou – daí a intervenção da polícia.

     

    Nem vou seguir na argumentação senão vai parecer que fico do lado deste tal de Leonidas, o troll tucano aqui do blog.

  9. Não adianta querer aliviar ,

    Não adianta querer aliviar , o individúo quando em grupo , muda o comportamento , fica violento e dentro do efeito manada solta seus instintos mais primitivos . Em BH , o que era para ser uma festa de um time só , o Cruzeiro  , não é que acabou em grossa pancadaria e quebradeira do patrimônio público , o que levou a diretoria do Clube a encerrar a festa .

    Em Vitória o que aconteceu foi uma reunião marcada via internet , e este encontro de funqueiros  em local público deve ser comunicado a polícia previamente , para segurança de todos , mas isto não aconteceu , e situação estava ficando fora de controle e por isso a policía foi chamada e com a chegada da polícia aconteceu o estouro da boiada com a invasão do choping por jovens em sua maioria sem camisa e na correria o que asustou a todos que ali estavam com seus filhos e pais idosos .

    Mas graças a Deus tudo acabou em paz , e fica o aviso pra esta rapaziada fazer suas festas mas avisar os orgão de segurança , o que não custa nada e mostra cidadania e respeito a ordem pública .. Temos que acatar e respeitar as autoridades , ainda no sábado parei ao lado de um caixa rápido , enquanto minha filha saiu do carro fiquei aguardando num local que durante a semana é proibido estacionar e nisto parou uma perua da segurnça do trânsito e o guarda pediu pra mim estacionar corretamente  agumentei que a minha filha ja estava de volta , foi quando ele falou de forma brusca que eu teria que tirar o carro dali , na hora pensei em não obdecer , mas lembrei do aborrecimento de uma multa , e sai , acelerando forte o que foi uma besteira , pois a gasolina e o desgaste do carro fica na minha conta! 

    Saudações a todos do Botelho e muita calma nesta hora!

  10. Bela reportagem… #SQN

    Cara, não sei se você mora em Vitória, assim como as pessoas que comentaram nesse post.

    Também não se estavam lá no momento.

    Vendo pelas fotos e quem estava lá, viu que não tinha só negro sendo escoltado pela PM; tem um monte de branquinho tb.

    Se vocês buscassem saber o q houve, em vez de julgar o que vê na TV/Internet, aposto que não teria mais um post pró-racista-em-tudo na internet.

    Houve tiro, houve briga, houve confusão, tudo no baile funk q tava rolando ali fora. O shopping lotado. Só porque se chama “Shopping”, então é lugar de gente branca rica que escravisou nego que viveu há 400 anos atrás? Não.

    Lá tem gente rica, pobre, branca, preta, amarela, tudo.

    Agora você imagina ouvir tiro do lado de fora, briga… Não chamaria a PM? E os que foram escoltados por ela, um monte com passagem, assalto a mão armada, agressão, tráfico de drogas…

    Então, procurem saber, Sr postador do blog e frequentadores, o que houve, antes de julgar de longe.

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