Bolsa encerra o mês de março com queda de 0,18%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O último pregão do mês de março se caracterizou pela volatilidade, mediante à divulgação de dados da economia brasileira, as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Senado Federal e o noticiário corporativo. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações do dia em queda de 0,18%, aos 51.150 pontos e com um volume negociado de R$ 6,783 bilhões.

No dia, o avanço das ações da Sabesp e de bancos privados acabou por compensar a queda dos papéis da mineradora Vale. Os papéis da Sabesp subiram após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) autorizar reajuste na conta de água. O aumento será de 13,8% nas contas de água e esgoto, o maior desde 2003.  As ações da Sabesp (SBSP3) avançaram 5,86%, a R$ 17,71.

Por outro lado, os papéis ordinários da Vale (VALE3), com direito a voto em assembleia, caíram 3,65%, a R$ 17,94. Os papéis preferenciais (VALE5), com prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 3,74%, a R$ 15,45. Neste caso, as ações foram afetadas pelo fato de o minério de ferro na China ter atingido seu menor valor desde 2008.

Os agentes acompanharam o pronunciamento do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência no Senado, onde defendeu o ajuste fiscal e tentou convencer os senadores da sua importância para a economia do país.

O governo tem tentado adotar medidas para reduzir as despesas, aumentando encargos e acabando com cortes de tributos, no que tem sido chamado de ajuste fiscal. Contudo, algumas medidas precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, e a preocupação diante dos atritos entre governo e os parlamentares para aprovar o ajuste tem influído no mercado de dólar.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia consecutivo, apresentando uma desvalorização de 1,26%, a R$ 3,191 na venda.

Os dados fiscais divulgados pelo Banco Central nesta terça também foram alvo de análise. O setor público brasileiro (que inclui o governo central, governos estaduais e municipais e empresas estatais) não conseguiu economizar para pagar os juros da dívida pública em fevereiro: o deficit primário mensal foi de R$ 2,3 bilhões, e quando se considera apenas o governo central (composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência social), o resultado foi negativo em R$ 6,7 bilhões.

Ao mesmo tempo, a autoridade monetária realizou o último leilão de venda de novos contratos de dólar no mercado futuro, que integra seu programa de intervenções no mercado de câmbio. Foram vendidos 2 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares): 1,5 mil com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e 500 com vencimento em 1º de março de 2016.

Para quarta-feira, os analistas aguardam a publicação dos dados da produção industrial brasileira; o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor industrial na Alemanha, no Reino Unido e na zona do eiro; e os dados de emprego no setor privado e gastos com construção nos Estados Unidos.

 

(Com Reuters)

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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