Enviado por jns
Liberta-me dos laços da tua doçura, amada minha!
Basta deste vinho de beijos.
Esta pesada nuvem de incenso afoga o meu coração.
Abra as portas e deixe que a luz do sol penetre.
Estou perdido em ti, abafado nas garras dos teus afagos.
Liberta-me do teu feitiço e devolva-me a virilidade para que eu possa oferecer o meu coração libertino.
Rabindranath Tagore, alcunha Gurudev, foi um polímata bengali.
Como poeta, romancista, músico e dramaturgo, reformulou a literatura e a música bengali no final do século XIX e início do século XX.
Como autor de Gitânjali, que em português se chamou “Oferenda Lírica” e seus “versos profundamente sensíveis, frescos e belos”, foi o primeiro não-europeu a conquistar, em 1913, o Nobel de Literatura.
Rabindranath Tagore (07/05/1861 – 07/09/1941
Foto-manipulação: Christophe Kiciak
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Poeta
Um pouco da musica de Tagore. Um album com suas musicas mais populares. A altura do mestre ?
[video:https://youtu.be/rPulIwNF1uk%5D
Liberta-me
[video:https://youtu.be/o0EByCLCLuU width:600]
Minha Canção (RT)
Minha canção te envolverá com sua música, como os abraços sublimes do amor. Tocará o teu rosto como um beijo de graças. Quando estiveres só, se sentará a teu lado e te falará ao ouvido. Minha canção será como asas para os teus sonhos e elevará teu coração até o infinito. Quando a noite escurecer o teu caminho, minha canção brilhará sobre ti como a estrela fiel. Se fixará nos teus lindos olhos e guiará teu olhar até a alma das coisas. Quando minha voz se calar para sempre, minha canção te seguirá em teus pensamentos.
João Bosco e Abel Silva
[video:https://www.youtube.com/watch?v=In9ObckBGEI%5D
Acontece…
[video:https://www.youtube.com/watch?v=nfl1O2uAcss%5D
Vai canoeiro
Nuvem negra cospe fogo
Seu barquinho a navegar
Pecador nasce sem medo
Sai pro mar para pescar
Vai canoeiro…
Vai no balanço do mar
Vai canoeiro
Vai no balanço do mar
Lança a rede canoeiro
Lança a rede no seu mar
Pescador nasce sem medo
Logo cedo sai pro mar
Todo dia vai e volta
Seu sustento vem do mar
Vende o peixe lá na praia
Põe as velas pra secar
Na sua casinha de palha
Seu amor vai encontrar
Solano
[video:https://youtu.be/0k4_aVOKesY width:600]
Barco Abandonado
A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.
Morto corpo da ação sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa, in ‘Cancioneiro’
Foto-manipulação: Christophe Kiciak
Se me é negado o amor (RT)
Se me é negado o amor, por que, então, amanhece;
por que sussurra o vento do sul entre as folhas recém nascidas?
Se me é negado o amor, por que, então,
A noite entristece com nostálgico silêncio as estrelas?
E por que este desatinado coração continua,
Esperançado e louco, olhando o mar infinito?
eu
velho barco delírio
remo a vida sobre um fio
eu canoeiro solitário desafio
levo a dor do mundo nesse rio
Foto-manipulação: Christophe Kiciak
Barcos e canoeiros
[video:https://www.youtube.com/watch?v=f4gYX0tlWso%5D
A SAGA DOS BARCOS
Não apague as marcas, deixe-as pelas águas, com os remos
abandone-as a esmo
entregue-as ao porvir
dos rios serão as almas dos que chegarem de outras vezes.
Os silêncios e os murmúrios
o que importarão,
se o que sempre valerá serão os sonhos das águas
e seu próprio silêncio.
Que restem as pegadas
as súplicas
os seixos
as ramas
que restem !
Odonir Oliveira
Beijo da Saudade
Nas tuas ondas cristalinas
Deixa-me dar-te um beijo
Na tua boca de menina
Deixa-me dar-te um beijo, óh Tejo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Na bôs onda cristalina
Na tua boca de menina
Um beijo de mágoa
Pá bô levá mar, pá mar leval’nha terra
Pá bô levá mar, pá mar leval’nha terra
[video:https://youtu.be/3CIaoEWImt4 width:600]
Beijo da Saudade
Ondas sagradas do Tejo
Deixa-me beijar as tuas águas
Deixa-me dar-te um beijo
Um beijo de mágoa
Um beijo de saudade
Para levar ao mar e o mar à minha terra
Nha terra ê quêl piquinino
È Cabo Verde, quêl quê di meu
Terra que na mar parcê um minino
È fidjo d’oceano
È fidjo di céu
Terra di nha mãe
Terra di nha cretcheu
Nas tuas ondas cristalinas
Deixa-me dar-te um beijo
Na tua boca de menina
[video:https://youtu.be/yPriTp-RFXE width:600]
Corsário
Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
[video:https://www.youtube.com/watch?v=Gy_sAIEIR7c%5D
Malba Tahan
Conheci Tagore e Khalil Gibran através do Homem que Calculava.
Um livro portentoso: você aprende matemática, um pouco de árabe, poesia e um pouco do islamismo, tudo num livro só.
Ganhei de presente de aniversário em 1986, num hotel em Fortaleza. No saguão estava Dominguinhos, que autografou o frontispício. É um dos meus livros mais queridos.
Ildo Lobo
Porton di nos Ilha
[video:https://youtu.be/KX48ABhqZiU width:600]
Amor Pacífico e Fecundo
Não quero amor
que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.
Dá-me esse amor fresco e puro
como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre até ao centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até aos ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor
que conserva tranquilo o coração,
na plenitude da paz!
Rabindranath Tagore, in “O Coração da Primavera”
Tradução de Manuel Simões
Canoeiro
Benilson Toniolo
Não escapei da fuligem
Que o tempo me impôs.
Outros rostos me interrogam
Todas as tardes:
Errei de novo?
Alguns amores me enganaram,
Outros nem chegaram a nascer.
Traí muitos, por neles não ter crido.
Os amigos permanecem intocados,
À espera que eu os descubra.
Fujo sempre de pássaros,
Pela angústia que me causa
Sua breve liberdade.
Sou um andarilho, que a cada dia se despede
E busca aquilo que não sabe.
O vento, que no calor da madorna
Acaricia as canoas à beira-rio,
Bem que podia ser eu…
Vai canoeiro…
Foto-manipulação: Christophe Kiciak
[ Trecho inicial do poema de Benilson Toniolo ]
Tagore recita o Hino da Índia
[video:https://youtu.be/jnsF7uy8KPo width:600]
Ser poeta – Ildo Lobo
[video:https://www.youtube.com/watch?v=zWyRw2rpuLM%5D
N’Cria Ser Poeta
S`na mundo tem mornas e mornas dedicód
Tónt morna bô te mereçê
S`beleza ta trazê inspiração
Esse bô beleza, ê más cum belo horizonte
Infeitód cum bom pôr do sol
Ô um arco-íris mut bem d`stacód.
Amim djam cria ser poeta
Pám fazê um mar di poesia
Pám cumpará que`ss bô beleza d`natureza
Parsem nem mar, nem lua cheia
Nem sol brilhante, nem noit serena
Ta cumpará q`bô formosura e bô corpo.
Pombinha mansa di odjos meigos sem maldade
Bô corpo formoso mas sem vaidade
T`armá quess bô sorriso inocente
Sorriso doce qui ta espertá alguem ambição
Nem q`for d`box tud humilhação
`m crê comquistá bô coração.