Avanço das commodities impulsiona mercado; bolsa sobe 2,26%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, dólar cai 2,29% e atinge menor valor desde julho de 2015

Jornal GGN – A bolsa brasileira encerrou as operações de quarta-feira acima dos 51 mil pontos, favorecida pelo bom humor do mercado internacional e a falta de novos dados sobre o cenário político brasileiro. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações do dia em alta de 2,26%, aos 51.629 pontos e com um volume negociado de R$ 7,081 bilhões. Com isso, o índice acumula alta de 6,51% em junho e valorização de 19,1% no ano.

“O índice doméstico principiou em rápida ascensão em sua primeira hora de negociação e foi mantendo uma paulatina tendência ascendente até seu fechamento, com condizente volume financeiro”, diz o BB Investimentos, em relatório. A Petrobras, que foi favorecida pelo aumento da produção anunciado e pela escalada dos preços do petróleo, capitaneou a valorização ponderada no índice, bem como foram destaques positivos os papéis dos setores de banco e siderurgia.  No caso da Petrobras, as ações preferenciais (PETR4) saltaram 8,93%, a R$ 9,39, enquanto os papéis ordinários (PETR3) avançaram 8,27%, a R$ 12,05. Além do aumento da produção e do avanço dos preços do petróleo no exterior, a estatal abriu processo para a venda de terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) no Rio de Janeiro e no Ceará e das usinas termelétricas associadas aos terminais.

“As importações da China cederam -0,4% em maio, versus -10,9% em abril – acima do esperado pelo mercado, de -6,8%, bem como, somou-se a perspectiva de mercado advinda da véspera, de elevação da probabilidade da alta de juros pelo Fed (EUA) para mais tarde este ano, induziram um avanço generalizado das commodities”, ressaltam os analistas. O petróleo tipo Brent na ICE (Londres) avançou 2,08%, fechando em US$ 52,51 por barril e o tipo WTI subiu 1,72%, encerrando em US$ 51,23 por barril.

Na agenda doméstica, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acelerou para 0,78% em maio, versus 0,61% em abril, ficando um pouco acima do previsto pelo mercado (0,75%), passando a acumular +4,05% no ano. Esta foi a maior taxa para os meses demais desde 2008 (+0,79%) e o índice acumulado em 12 meses, que vinha em queda desde fevereiro deste ano, deu uma pausa em sua trajetória, acumulando 9,32% até maio, ante 9,28% até abril. Os preços administrados em maio, cuja elevação estimou-se em 1,40% (0,66% em abril), com altas de águas e esgoto (10,37%) e energia elétrica (2,28%), pressionaram para cima a inflação. Assim, o grupo habitação avançou 1,79% no mês (-0,38% em abril) e contribuiu com 0,27 ponto percentual para o resultado geral.

No câmbio, a cotação do dólar caiu 2,29% e fechou a R$ 3,37 na venda – a quarta queda consecutiva da moeda e o menor valor de fechamento em mais de 10 meses – a moeda chegou a R$ 3,329 em 29 de julho de 2015. Desta forma, a moeda acumula quedas de 6,72% no mês e de 14,65% no ano.

As operações com a moeda foram norteadas pela expectativa de menor intervenção do Banco Central no mercado de câmbio sob o comando de Ilan Goldfajn, aprovado na véspera pelo Senado para a presidência do BC. Durante sabatina no Senado realizada na terça-feira, Goldfajn defendeu o respeito ao regime de câmbio flutuante, o que serviu de gatilho para o ajuste no mercado de câmbio.

O cenário externo favorável também influenciou a queda do dólar – a queda abaixo do esperado para as importações da China, aliada ao aumento nos preços do petróleo no mercado internacional favoreciam o desempenho de moedas emergentes, como o real.

Para quinta-feira, os agentes aguardam a publicação da primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) no Brasil; dados semanais de pedidos de seguro-desemprego e vendas no atacado dos Estados Unidos; balança comercial da Alemanha e da Inglaterra.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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