Bolsa sobe 0,84%, mas perda mensal é a maior em quase 20 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A recuperação do preço de uma série de ações ajudou a bolsa de valores a encerrar as operações de sexta-feira em alta, mas não impediu que o resultado acumulado no mês fosse o pior registrado em quase 20 anos.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a sexta-feira em alta de 0,84%, aos 47.638 pontos e um volume negociado de R$ 6,956 bilhões. O índice perdeu 0,31% na semana, ao passo que a desvalorização em 12 meses chega a 20,28%. As maiores altas do dia foram as ações da Energias BR (ENBR3), Banco do Brasil (BBAS3) e Oi (OIBR4). Já as maiores baixas ficaram por conta dos papéis das empresas Gol Linhas Aéreas (GOLL4), Marfrig (MRFG3) e Cyrela (CYRE3).

“O Ibovespa terminou o último pregão de janeiro em alta (…) ainda devido às preocupações com os mercados emergentes e em meio aos indicadores econômicos e à temporada de resultados nos Estados Unidos”, diz o BB Investimentos, em relatório assinado pelo analista Nataniel Cezimbra. Apesar do aumento, esta teve o pior mês de janeiro desde 1995.

A bolsa perdeu o patamar de 47 mil logo no começo do dia, ao acompanhar o ritmo visto pelos mercados europeus e norte-americanos diante da instabilidade com os países emergentes. O mau humor aumentou após a divulgação de indicadores econômicos enfraquecidos, como o aumento do déficit comercial da Turquia em 18,7%, para US$ 99,78 bilhões, e o índice de inflação da zona do euro, que caiu para 0,7% na leitura preliminar de janeiro – voltando para o menor patamar recorde atingido, visto anteriormente em outubro do ano passado.

Por outro lado, o desempenho da Petrobras e da Vale foram um dos alicerces para que a bolsa avançasse. Os negócios com os papéis da estatal foram afetados por dados de produção em 2013 e pela expectativa em torno da reunião do conselho de administração, enquanto a mineradora recebeu impulso de investidores que não desejaram manter seus posicionamentos com sinalização de venda antes da divulgação de dados industriais da China.

Além disso, o Banco Central anunciou que o setor público consolidado apresentou superávit primário de R$ 91,306 bilhões em 2013, o que representa 1,90% do PIB – o menor resultado apurado desde 2009, quando o saldo positivo foi de R$ 64,8 bilhões. Em 2012, houve superávit de R$ 104,951 bilhões (2,39% do PIB).

No câmbio, a cotação à vista subiu 0,08%, a R$ 2,4180. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a moeda subiu ao longo da manhã, mas passou a oscilar após a formação da taxa Ptax, que vai servir de referência para a liquidação de contratos derivativos (que atingiu R$ 2,4263), aliado à melhora do real junto com outras moedas de mercados emergentes. Outro ponto que afetou as negociações foi a rolagem de um leilão de linha realizada pelo Banco Central, que movimentou US$ 2,3 bilhões.

Para segunda-feira, os agentes no Brasil vão acompanhar o índice PMI da manufatura, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), os dados de vendas de veículos da Fenabrave e a balança comercial do mês de janeiro. No exterior, destaque para o PMI não manufatura da China (a ser divulgado no domingo), os dados de itens manufaturados e gastos com construção nos Estados Unidos; e o PMI da manufatura na Alemanha, na França, na Inglaterra e na zona do euro, entre outros dados.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Os EUA  tem um jeito muito

    Os EUA  tem um jeito muito especial de quebrar os outros quando eles não vão bem…

    Assim o mundo NUNCA vai descolar deles…

    Eles praticam a politica monetária MUNDIAL, não ajuda muito a aumentar os empregos por lá, mas joga um freio no resto do mundo…

    Eles vão dar um “jeitinho” para China não os ultrapassarem em 2020!

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