Caetano, relaxa, o Facebook já está contando sua história

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – Do Facebook vem a resposta ao clamor de famosos contra as biografias não autorizadas. Uma página foi criada para produzir “a mais pirata e coletiva biografia não autorizada” de Caetano Veloso. Com menos de 24 horas no ar, a página já conta com 1.184 ‘curtidas’ e várias contribuições. A última, nada pirata, é um pequeno vídeo com Caetano tentando falar Hashtag. Não aconselhada para menores, a foto de Caetano, nu, postada por sua então mulher, Paula Lavigne, no Twitter.

http://youtu.be/pEb0b80oKLg]

Em sua apresentação, a página traz o seguinte: “Parece que Caetano não gosta de biografias. Mas nós gostamos. Então vamos escrever coletivamente a primeira biografia não autorizada deste ícone da MPB. Poste sua história aqui, mande pra gente vídeos, imagens, frases e tudo mais o que você souber sobre ele – ou não”.

E para não dizer que as informações são cheinhas de disse-me-disse, a página traz a biografia autorizada do Wikipedia. Mas é sempre bom esmiuçar uma contribuição, vinda de um site de variedades, que faz um post só com a informação de que Caetano estaciona o carro, atravessa a rua, olha para o fotógrafo e espera o carro de volta. Tudo isso acompanhado da ironia: “Nossa, este dia foi polêmico”.

As pessoas vão contribuindo. O assunto pegou.

Outra abordagem da biografia do muso, foi o bate boca entre Paula Lavigne e Mônica Bergamo, na última quarta-feira, pelo Twitter. O embate aconteceu após reportagem da Folha sobre o tema das “não autorizadas”. Paula chiou, Mônica respondeu com twittada de que ela tentou ler matéria antes da publicação e a solicitação foi negada e Lavigne disparou suas farpas sem piedade: “’Deixa de ser chata e recalcada. Você não tem mais o que fazer não! Mulher encalhada é foda”. O destempero da ex-mulher de Caetano não pegou bem nas redes sociais.

Como todos sabem, e a página da biografia no Facebook não deixou de fora, Lavigne pode ser ex-mulher, mas é presidente da diretoria do grupo Procure Saber, formado por Caetano, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Djavan e Erasmo Carlos. E como se nota, são contrários à publicação daquelas não autorizadas mas, conforme o Painel do Leitor da Folha revelou, não são a favor da autorização prévia, mas sim “propõe que direitos e obrigações sejam equânimes, e que não haja abusos à guisa de proteger direitos que não estão sendo violados”. Mônica retrucou que Lavigne mandou e-mail com opinião contrária à publicação. E Lavigne gritou no Twitter: “Botem a fita da minha entrevista dada a Juliana na internet! Vao censurar a fita? Já pedi isso? Vão censurar a fita?”.

E não termina por aí, já que os seguidores de ambas começaram a discutir o assunto. Então Lavigne colocou: “Gente, vou sair desse twiter. Está muita baixaria! Não dá para aguentar @monicabergamo levando a sério os retwiters! Francamente”. E mais: “eu tenho q trabalhar. @monicabergamo ganha para encher o saco das pessoas. Eu nao. Tw ñ paga as minhas contas. Estou indo! Vamos elevar o astral”. E este foi o ponto final colocado por Lavigne na discussão. 

E as contribuições vão chegando.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=mCM2MvnMt3c

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

21 Comentários

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  1. Caetano está tendo um orgasmo

    Caetano está tendo um orgasmo duplo com toda essa história, tudo que ele adora, mas……  que tal atualizarmos os tempos e criar uma biografia não autorizada da Marina Silva, seria muito mais util a população.

  2. O Caetano “Ou Nao” Veloso

    O Caetano “Ou Nao” Veloso conseguiu ser “detestado/amado” tanto pela esquerda como pela direita, ele conseguiu a unanimidade que tanto perseguiu…..hehehehehe

    Particularmente acho o Cae sensacional, e’ figura querida e necessaria para o Brasil….ou alguem acha que um qualquer poderia escrever  algo tao bonito..

    É no xaréu que brilha a prata luz do céu
    E o povo negro entendeu que o grande vencedor
    Se ergue além da dor
    Tudo chegou sobrevivente num navio
    Quem descobriu o Brasil?
    Foi o negro que viu a crueldade bem de frente
    E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente

    Adoro o “queixadinha”, tanto que vou postar esse videiozinho Chico&Caetano da Grobo…

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=3YKmFjA23hM#t=387

     

  3. Biografias

    Ao meu ver essa discussão é totalmente imbecil!

    Como diz o Veríssimo, Caetano virou um chato, revelou ser um carlista de primeira, mas nem por isso deve ser desrespeitado em seus direitos, ou seja, direitos sobre a sua personalidade e cidadania!

    Não existe desculpas como a de que ele e os demais são celebridades, as leis não fazem distinções nesse sentido. Não há no ordenamento jurídico algum “salvo” ou “exceto”. Cidadão é cidadão! Ou relativizemos isso também?

    Quer fazer uma biografia de alguém? Peça autorização ao(a) próprio(a) ou a seus descendentes!

     

  4. Censura Prévia

    É … “é proibido proibir”… o dos outros, lógico !…

    Se alguém publica uma biografia, declarada explicitamente como “NÃO AUTORIZADA”, isto é suficiente para que se caracterize que ela pode ou não retratar os fatos e ser meramente fofoca, fantasia ou má fé.

    Será sempre uma coletânea de reportagens, notícias, opiniões e quetais..

    Como uma recente do José Dirceu.

    Que o leitor julgue ou o biografado e seus interessados processem pelo que discordarem.

    Qualquer outro tipo de proibição é CENSURA PRÉVIA.

    Ou meramente (como diz a Paulinha “bem amada”) querer ganhar grana com o trabalho alheio e os direitos de “patente” de sua própria fama.

    Principalmente os que dela vivem.

  5. Ja li muito sobre esse

    Ja li muito sobre esse obscurantismo de proibir biografias nao autorizadas, minha opiniao,  que nem vou discorrer por que nao preciso, e’ completamente favoravel as suas publicacacoes. Proibir a publicacao de biografias nao autorizadas e’ o primeiro passo para em seguida se proibir livros com A Privataria Tucana ou O Pais dos Petralhas, e logo logo a vertente sai da literatura e vai para o cinema e .para a televisao.

    Biografia autorizada e’ hagiografia…

     

     

  6. Será que a autora do texto

    Será que a autora do texto gostaria que sua “biografia” caísse na rede e, sobretudo, fosse “enriquecida” com todos aqueles detalhes intimos/constrangedores que poucos sabem? Será que tudo que iria nessa “biografia” seria verdade?

    Acho essa “biografia” do Caetano, no Facebook, um atentado à privacidade e um desrespeito ao individuo.

    1. Orlando:
      Voce tem toda a

      Orlando:

      Voce tem toda a razão.

      Mas vivemos tempos horriveis, onde a mediocridade e a imbecilidade ganharam corpo.

      Detesto esse Caetano Veloso.

      Porem ele tem todo o direito de preservar a sua intimidade.

      Alias, ele como nos todos.

      Triste sera o dia em que o ser humano venha perder esse fundamental direito. Estaremos expostos a qualquer curiosidade, sem limites.

      Estamos caminhando neste sentido.

      Virou moda escutar o trabalho de um musico e achar que não devemos pagar por ele. O mesmo para assistir um filme ou ler um livro.

      As pessoas estão começando considerar normal usufruir de um trabalho alheio sem pagar por ele.

      Os que defendem o basico direito pela remuneração de qualquer trabalho passaram a ser os”reacionarios” da sociedade.

      É a inversão total de valores.

      A internet, que muitos aqui, classificam como a salvadora da humanidade é uma faca de dois gumes.

      Quem é cretino,com ela encontra um instrumento perfeito para se tornar ainda mais cretino.

       

  7. Depois de’ Dirceu, a

    Depois de’ Dirceu, a biografia’ ( com 99%  de informação errada ) abriu-se a porteira das biografias não autorizadas. Ou a justiça só vale pra Roberto Carlos?

    …Caetano depois da morte de painho (ACM) nunca mais foi o mesmo, ou não.

  8. To c*gando e andando pro

    To c*gando e andando pro Caetano. De chato já basta eu.

    Mesmo que publiquem qualquer coisa dele, não vou ler.

    E olha que eu gosto de muitas músicas do cara, mas ele é mais chato que cortar o dedo com papel.

  9. O Caetano Veloso, O Chico

    O Caetano Veloso, O Chico Buarque, O Djavan e demais estão querendo fechar a Folha, O Estadão, O Globo e demais. Ao juntar as mentiras (ou não) não autorizadas do filho do Lula e do Lula que estes jornais publicam diariamente formariam uma bibliografia não autorizada. Ou micro biografia, cada elas. 

  10. Cara, pena, o grande Chico

    Cara, pena, o grande Chico Buarque, junto com estes decadentes. Ainda, não acredito, se, Chico, és, cai fora desta “thurma”

  11. Caetano merece sua Paula

    Assim como Pelé, Caetano é bom de bola mas assim como Pelé suas opinioes nao fazem gols, muito menos belas músicas.

    Perdoe-me Pelé pelo paralelo, agora cada um tem  a Paula Lavigne que merece!

    José Emílio Guedes Lages- Belo Horizonte

  12. Caetano o “chato”

    Há muito tempo não dou importancia  ao que este “pavão rebuscado”, com “pose” de intelectual diz ou defende, ele é similar a Arnaldo Jabour valoriza a forma más tem um discurso  “oco”  e sem fundamentação , ou seja, só diz m…. discurso de classe média reacionária com roupagem de progressista.

    Alias, Caetano tenta compensar sua mediocre    produção artistica atual ,por suas polêmicas de “adolescente sexagenário”, se não fosse por suas posições polêmicas não estaria na mídia e ele precisa muito de exposição.

  13. Nunca vi. Juro!

    Eu não minto nem suporto mentira. Por isso afirmo…
    Sim, já vi enterro de anão! Sim, já vi cabeça de bacalhau! Sim, já vi japonesa loura!
    O que ainda não vi – e duvido que verei – é biógrafo fazer biografia (autorizada ou não) de si (próprio) ou de outros biógrafos. Isso nunca vi! E eu não minto nem suporto conversa fiada! 

  14. Caetano é um grande cantor,

    Caetano é um grande cantor, compositor e músico. Já foi bom também como agitador cultural. Mas, de uns tempos para cá, ele mesmo tratou de descredibilizar o seu viés “militante político”, por assim dizer.

    Sobre a polêmica das biografias não autorizadas, é a eterna discussão acerca do quanto uma personagem pública pode reivindicar para si direitos de personalidade normalmente previstos para todos no ordenamento jurídico.

    Um dos que mais falaram sobre isso nos últimos tempos foi o Pedro Cardoso, ator da Rede Globo, famoso pela personagem Agustinho do seriado “A Grande Família”. Cardoso acha um absurdo o trabalho dos paparazzi. Segundo ele, quando ele sai na rua com a família, ele estária exercitando os seus direitos de cidadão, concedidos pela Constituição, e a atuação dos paparazzi representaria uma violação aos direitos de intimidade, privacidade e etc.

    Mutatis Mutandis, é mais ou menos a mesma discussão sobre as biografias não autorizadas.

    O problema é que, de há muito, entende-se que figuras públicas não gozam exatamente das mesmas proteções dos direitos de personalidade que incidem na maioria dos casos.

    Por exemplo, para publicar uma foto de uma pessoa pública (políticos, por exemplo) num jornal ou órgão de comunicação não é necessária qualquer autorização do fotografado.

    A verdade é que as pessoas que lidam com o grande público, que exercem influência sobre as pessoas, que constroem a história das suas vidas inseridas num âmbito coletivo, que ultrapassa e muito o âmbito individual, não podem realmente querer bloquear a curiosidade das pessoas que naturalmente deriva do próprio perfil social que ela ostenta.

    É certo que as pessoas públicas, artistas, escritores, políticos, enfim, celebridades em geral, não deixam de ser titulares de direitos individuais, como os direitos de personalidade.

    Mas penso que, no caso deles, é preciso existir naturalmente uma flexibilização desses direitos de personalidade, sob pena de deslegitimar sua presença no ambiente coletivo, desde já afastados os abusos, evidentemente.

    Uma pessoa não pode pretender ter uma ampla penetração ou influência na sociedade e, ao mesmo tempo, manter-se incólume às investidas que naturalmente surgirão em sua vida privada. Parece-me existir claramente uma incompatibilidade entre ser uma celebridade e, ao mesmo tempo, pretender afastar as pessoas dos fatos que compõem a sua vida.

    Quem quer manter privacidade, intimidade e etc, num nível normal, como o da maioria das pessoas, deveria desistir de ser uma celebridade.

    Não que uma celebridade não tenha direito à intimidade, à privacidade e etc. Claro que ela tem, pois não deixa de ser pessoa humana. O problema é que o nível de exercício desses direitos é claramente diferente do nível exercido pelas pessoas normais.

    É um ônus com o qual é preciso arcar.

    Dito isso, eu sou favorável à publicação das biografias não autorizadas, sem afastar qualquer reparação devida em virtude da violação de algum direito do biografado.

    A liberdade de expressão existe, mas não é um passe-livre para cometimento de abusos e violações aos direitos de personalidade das pessoas. Neste caso, o biógrafo pode escrever livremente (in casu, sem precisar de autorização prévia do biografado ou de seus familiares), mas não estará livre de poder ser responsabilizado, caso viole direitos de personalidade do biografado (um exemplo seria o de uma biografia claramente encomendada para atacar a pessoa do biografado, por meio de mentiras, narração falsa dos fatos, parcialidade desmedida, falta de ética no trato de assuntos delicados e etc). Esse ônus também recai sobre os biógrafos, sob pena de colocá-los acima de todas as demais pessoas quando o assunto é liberdade de expressão, o que não é algo aceitável, obviamente. Acredito que essa seja a melhor solução, que já é lugar comum na jurisprudência e no direito brasileiro.

    Todo direito deve ser exercido dentro de parâmetros de responsabilidade civil. A liberdade não pode ser exercida sem essa noção, sem esse limite, senão vira um instrumento de tirania, de opressão.

  15. Parece que saiu pela culatra. Parece…

    Pois Zé… Parece que a tentativa de “irritar” o movimento “Procure Saber” (se o objetivo era esse), saiu pela culatra porque – consta – que a responsável pelo Grupo “adorou” a biografia considerada “pirata”, publicada no “Livro-da-Cara”. Pelo menos alguém noticiou isso. Clique aqui para ver…

    E quando alguns defendem isso de que “depois a justiça decide” (em relação a possíveis estragos ou mentiras nas “biografias não autorizadas”) me pergunto se eles estão se referindo a algum país que tem a justiça célere e rigorosa. Será?  | 00655. 

     

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