Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Luis Nassif

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  1. Cidades que perdem habitantes

    Publicada em: 22/04/2014 18:54

    População diminuiu em 19 cidades do Sul de Minas, três estão próximas a LavrasDezenove cidades do Sul de Minas decresceram em 13 anos, elas tiveram redução no número de habitantes

    Em IItutinga,  o número de habitantes passou de 4.140 mil em 2.000, para 3.976 em 2013. Foto extraída do site oficial da Prefeitura de Itutinga

     

    Presenciou algo interessante? Fotografe e envie para o Click do Leitor do Jornal de Lavras. Envie pelo WhatsApp: (35) 9925-5481, ou pelo e-mail: [email protected]

    O Sul de Minas é uma das regiões mais prósperas do Estado, as cidades crescem e se desenvolvem através da instalação de cursos superiores, de indústrias, comércio e outros, como Lavras, por exemplo, que no ano 2000 tinha uma população de 78.772 mil e, onze anos depois, este número pulou para 93.231 mil habitantes e em dois anos, em 2013, para 98.172 mil.

    Mas não são todas as cidades que se desenvolvem, algumas chegam até mesmo a perder moradores e registrar números negativos. Em 2013, foram 19 cidades do Sul de Minas que decresceram, algumas estão localizadas bem próximo de Lavras, como Itumirim, Itutinga e Coqueiral.

    Em Itumirim, no Censo de 2.000, aquela cidade contabilizou 6.391 moradores; 13 anos depois, apresentou um número menor de habitantes: 6.263 moradores, um saldo de – 2%. Itutinga também decresceu, em 2.000 o Censo acusou 4.140 mil habitantes e em 2013, 3.976 moradores, um saldo negativo de – 4%. Coqueiral também encolheu em 13 anos. No ano 2.000 aquela cidade tinha 9.612 mil moradores e em 2013, um número menor: 9.492 mil pessoas, um saldo negativo de – 1,2%.

    Além dessas, outras 16 cidades da região também diminuíram a sua população: Brasópolis, que perdeu – 1,2%, passando de 15.165 mil no ano 2000 para 14.982 mil, em 2013; Córrego do Bom Jesus, – 3,3%, de 3.949 mil para 3.819 mil em 13 anos; Dom Viçoso, de 3.133 para 3.074 mil moradores, registrando um saldo negativo de – 1,9%; Itamogi, de 10.723 para 10.572, – 1,4%; Jesuânia, 4.823 para 4.899, um saldo de – 1,6%; Pedralva caiu – 2,7%, de 12.009 para 11.683 mil moradores; Pratápolis, – 2,6%, de 9.217 para 8.975; Santa Rita de Caldas caiu – 2,7%, de 9.500 para 9.239; Santana da Vargem também caiu, aquela cidade perdeu – 1,9% de seus moradores, antes tinha 7.521 pessoas e agora, 7.379 habitantes.

    As cidades de Maria da Fé e São Tomás de Aquino foram as que registraram menores perdas. Maria da Fé perdeu – 0,4%, baixando de 14.607 para 14.551 habitantes, São Tomás de Aquino caiu de 7.303 para 7.257, uma redução de – 0,6%.

    Cinco cidades do Sul de Minas tiveram as maiores perdas: Marmelópolis, Munhoz, Pouso Alto, São Pedro da União e Senador Bento. Em Marmelópolis foi registrada uma queda de – 9,5%, a população daquela cidade decresceu de 3.293 para 2.979; Munhoz perdeu – 4,6% de sua população, caindo de 6.656 para 6.351; Pouso Alto caiu – 7,7%, de 6.813 para 6.291.

    Duas cidades foram destaques nesta queda: São Pedro da União perdeu – 10% de sua população, aquela cidade decresceu de 5.618 para 5.054 moradores. Mas a cidade que mais perdeu foi Senador Bento, foi mais de ¼ de sua população que desapareceu. Senador Bento registrou no Censo de 2000 uma população de 2.452 mil habitantes, 13 anos depois este número despencou para 1.804 moradores, uma perda de – 26,4%.

     

  2. Rússia pode responder como na Geórgia

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    Se houver ataque a russos na Ucrânia

    Rússia pode responder como na Geórgia, diz Lavrov

    por Lusa Hoje

    Homem armado pró-russo monta guarda em frente ao gabinete da presidência da câmara de SlavianskHomem armado pró-russo monta guarda em frente ao gabinete da presidência da câmara de Slaviansk Fotografia © Reuters

    A Rússia responderá a qualquer ataque aos seus interesses na Ucrânia como fez na Geórgia em 2008, através de uma intervenção militar, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.

    “Se os nossos interesses legítimos, os interesses dos russos, forem atacados diretamente, como foram, por exemplo, na Ossétia do Sul (república separatista da Geórgia), não vejo outra maneira de responder, no respeito pelo direito internacional”, disse Lavrov ao canal de televisão RT.

    “Um ataque contra cidadãos russos é um ataque à Rússia”, acrescentou.

    Em 2008, a Rússia interveio militarmente na Geórgia e, após um conflito armado de cinco dias, reconheceu a independência das repúblicas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkházia.

    As declarações do ministro russo seguem-se ao anúncio pelas autoridades ucranianas do reinício da operação “antiterrorista” contra as forças separatistas do leste da Ucrânia, horas depois da partida do país do vice-presidente norte-americano, Joe Biden.

    Na entrevista à RT, Serguei Lavrov considerou que as decisões do Governo ucraniano são “dirigidas” pelos Estados Unidos.

    “É evidente que os Estados Unidos escolheram o momento da visita do vice-presidente para anunciar a retomada da operação, operação que tinha sido lançada imediatamente após a visita a Kiev de John Brennon (diretor da CIA)”, disse Lavrov.

    “Não tenho nenhuma razão para não acreditar que os norte-americanos dirigem o espetáculo da maneira mais direta”, disse.

    O ministro russo acrescentou que Kiev não está a cumprir as disposições do acordo de Genebra, assinado na quinta-feira pela Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia.

    “Kiev não cumpriu nada do que tinha de começar a cumprir do que foi acordado em Genebra”, disse.

    A Ucrânia e os Estados Unidos também acusam a Rússia de não cumprir o acordo de Genebra, reiterando os apelos para que Moscovo se distancie das forças separatistas do leste ucraniano.

    O acordo de Genebra prevê entre outras medidas o desarmamento de todos os grupos ilegais e a evacuação de todos os edifícios públicos ocupados, na capital, onde se mantêm manifestantes na praça Maidan, ou no leste do país, onde forças separatistas tomaram edifícios governamentais em várias cidades.

    MDR // VM

     

  3. KKK – prá rir ou prá chorar?

    A Supremacia Branca

    Klu Klux Klan está aumentando extraordinariamente o número de membros nos Estados Unidos.

    “O Federal Bureau of Investigation (FBI), o Southern Poverty Law Center (SPLC)  e a  Anti-Defamation League (ADL) dão apoio velado para a adesão a KKK, que está ocorrendo a uma das taxas mais alarmantes de todos os tempos “.

    The Huffington Post  |  Emily Thomas  |  21/04/2014

    “Qualquer um que não faça parte da Klan é considerado estrangeiro. Essas orientações são os dogmas da nossa fraternidade”

    Vigilantes de Bairro na Pensilvânia

    Em resposta a uma série de recentes arrombamentos, os Tradicionalistas Cavaleiros Americanos da Ku Klux Klan formaram grupos de vigilância de bairro em Fairview Township, após terem distribuido folhetos que prometem:

    “Você pode dormir esta noite sabendo que a Klan está acordada!”

    Os folhetos também apareceram nas portas das casas ao longo da Ridge Road, em 18 de abril, de acordo com informações da PennLive.

    kkk relógio de vizinhança

    Panfleto anuncia a criação do ‘Neighborhood Watch’ em Fairview Township.

    “É como qualquer programa de vigilância da vizinhança. Não está apontando como alvo qualquer etnia específica (…)”, disse Frank Ancona, Assistente e Presidente Imperial da KKK, à PennLive.

    “Nós não odiamos as pessoas. Somos uma organização que cuida da nossa raça. Acreditamos na separação racial. Deus criou cada espécie conforme a sua espécie e viu que assim estava bom.”

    De acordo com o seu site, a organização – com sede em Parque Hills, no Missouri, com ramificações em cada estado, incluindo o Hawaii – é “não violenta” e é formada por “um grupo de cumpridores da lei”, composto inteiramente de cristãos brancos, que foi “mal interpretada por muitos anos.”

    A seção Quem Somos do site da KKK acrescenta:  

    KKK

    “Os Cavaleiros Tradicionalista Americanos da Ku Klux Klan são uma organização cristã, branca e patriótica que baseia as suas raízes na Ku Klux Klan do início do século 20. Somos uma organização não violenta que acredita na preservação da raça branca e na Constituição dos Estados Unidos, como foi originalmente escrita para proteger os nossos direitos contra todos os invasores estrangeiros. Acreditamos no direito de portar armas contra todos que ameaçam a nossa casa e a nossa família.”

    O Huffington Post fez uma chamada telefônica para a organização dos Tradicionalista Cavaleiros Americanos da Ku Klux Klan que não foi imediatamente retornada.

    Panfletos semelhantes, promovendo programas de vigilância de bairro pela KKK, comerçaram a aparecer em outros estados em todo o país a partir do ano passado. 

    Em julho de 2013, panfletos com o mesmo slogan como os dos folhetos da Pensilvânia, foram distribuidos nas portas das residências em Springfield, no Missouri. Em janeiro de 2014, o mesmo material foi flagrado nas calçadas das casa no Estado da Virgínia.

    “Nós escolhemos o nosso o nosso caminho e atiramos (o folheto da KKK) no lixo”, disse  Sarah Peachee, residente da Virgínia, à NBC. “Nós não estamos interessados ​​em ler sobre isso.”

    ***

    “Queremos permanecer brancos!”

    Imperial Wizard Frank Ancona1.jpg

    “Não é uma coisa odiosa querer manter a supremacia branca.”

    “Qualquer um que não faça parte da Klan é considerado estrangeiro. Essas as coisas são os dogmas da nossa fraternidade” – disse Frank Ancona (foto), Assistente Imperial dos  Tradicionalista Cavaleiros Americanos da Ku Klux Klan, na Virgínia. 

    ***

    De acordo com o site do pastor Johnny Clary, ex-membro da KKK – que já foi um dos líderes nacionais mais nefastos da Klan na América – que agora promove a unidade racial, os membros da KKK estão aumentado extraordinariamente desde que Barack Obama tomou posse.

    “Há pelo menos 1.000 organizações brancas de poder que operam, com o nome da Ku Klux Klan ou sob outros nomes, com a mesma agenda e exatamente as mesmas crenças nos Estados Unidos.”

    Clary também afirma que o “”O Federal Bureau of Investigation (FBI), o Southern Poverty Law Center SPLC)  e a  Anti-Defamation League (ADL)  estão dando apoio velado para a adesão que está ocorrendo a uma das taxas mais alarmantes de todos os tempos “.

    Ancona concorda com a avaliação de Clary em que os números de membros da sua organização triplicaram e observa que o processo de recrutamento é altamente vigoroso também. Ancona diz que” os folhetos de recrutamento, que foram distribuídos para aqueles que afirmam que não participam do grupo, estavam chamando a atenção de inúmeras pessoas que estão ansiosas para participar”.

    VÍDEOS

    A ABC apresenta Imagens ritualísticas e a saudação nazista da KKK

    [video:http://youtu.be/5VzKRI7JbVk%5D

    [video:http://youtu.be/vu0NuJ7mcgk%5D

    A CNN especula sobre a reorganização da KKK nos Estados Unidos

    [video:http://youtu.be/bksYFKqZ7mM%5D

    Informações e imagens: Huffington Post; Penn Live; News One; Traditionalist American Knights

  4. Sabesp

    Estadão/São Paulo

    Vilã das perdas, metade da tubulação da Sabesp no centro tem mais de 30 anos

    (…)

    “Em 2013, a empresa perdeu 31,2% de toda a água produzida entre a estação de tratamento e a caixa d’água dos consumidores, conforme o Estado revelou em fevereiro. O índice representa cerca de 950 bilhões de litros – quantidade equivalente a quase todo o “volume útil” do Sistema Cantareira, que tem capacidade para 981 bilhões de litros.”

     

  5. Professor é demitido após postar conto erótico em blog

    Professor é demitido após postar conto erótico em blog

    Formado em Letras e Teologia, docente disse que o fato de exercer o magistério não pode cercear sua liberdade de escrever e criar; blog tem advertência voltada para internautas menores de 18 anos

    22 de abril de 2014 | 19h 09
     inCompartilharJosé Maria Tomazela – O Estado de S. Paulo

    SOROCABA – Um professor de gramática e literatura foi demitido de uma escola particular de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no 8, depois de ter postado capítulos de um conto erótico em seu blog pessoal na internet. A escola alegou ter recebido reclamações dos pais de alunos contra o teor pornográfico dos textos. O professor, que leciona no ensino fundamental, com alunos entre 10 e 15 anos, alegou que o blog não tinha a ver com sua atividade pedagógica.

    De acordo com a direção do estabelecimento, os pais reclamaram que o conteúdo do blog foi parar nas redes sociais, possibilitando o acesso dos alunos. Alguns contos tinham apelo ostensivamente erótico, como Ninfetinha, Leves Gemidos e De Quatro. Em sua defesa, o docente alegou que não utilizava o conteúdo do blog em classe. Formado em Letras e Teologia, ele disse que o fato de exercer o magistério não pode cercear sua liberdade de escrever e criar. Além disso, o blog continha uma advertência sobre o conteúdo, voltado para internautas maiores de 18 anos.

    Após a dispensa, ele postou no blog e no Facebook que havia sido demitido sem chance de defesa. Em entrevista ao jornal O Vale, ele se considerou injustiçado. “Alegaram que os pais queriam processar a escola e a mim, sendo assim acharam melhor me demitir.”

    Segundo ele, seu perfil na rede social é visto apenas pelos seus amigos. “O problema é que vivemos em uma sociedade hipócrita, pois crianças e adolescentes assistem novelas com cenas fortíssimas de sexo em horários inapropriados. O intuito dos meus textos não é prejudicar, mas promover reflexão.”

    O professor leciona há dez anos e, fora do expediente, produz crônicas e contos que pretende reunir em um livro. “Pretendo seguir carreira como escritor e não quero ser visto como um libertino ou depravado. Jamais instiguei algum aluno a ler meus contos.”

    O caso repercutiu nas redes sociais. “Contos eróticos é o nome bonitinho que deram para pornografia”, postou José Antonio da Silva. “Ah, o professor pegou pesado. Que tal se os pais prestassem atenção também nas novelas, nos quadros de sexo exibidos livremente?”, respondeu o internauta que se identificou apenas como Paulo.

    1. Mas eh logico e evidente que

      Mas eh logico e evidente que ele foi despedido, o que mais ele tava esperando?!  Nenhuma reclamacao dos pais?!

      Antes estivesse acontecendo somente no Brasil!  Que nada:  ta acontecendo no mundo inteiro com varias profissoes, e nao da pra dizer que ta todo mundo errado.

  6. ONG usa filosofia contra violência doméstica
    ONG usa filosofia contra violência doméstica

    Por Vasconcelo Quadros e Ana Flávia Oliveira – iG São Paulo |

    23/04/2014 15:02

     
    Coordenador diz que reincidência é baixa e participantes sugerem que ‘terapia’ seja adotada oficialmente pelo governo
    Vasconcelo Quadros/iG
    Homens enquadrados na Lei Maria da Penha participam de grupo de reflexão para agressores

    Em uma das salas de uma casa na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, um marceneiro, que faz trabalhos artesanais em casa, um zelador, um porteiro, um motorista e fiscal de uma empresa de ônibus se encontram pela segunda vez na vida.

    Sentados em um círculo, eles conversam por duas horas entre si e com o filósofo e sociólogo Sérgio Barbosa, que media o encontro. Poderia ser apenas mais uma reunião entre amigos, mas não é. O principal assunto é o preferido da maior parte dos homens: a mulher. Mas, diferente de parte das conversas de bar, esses profissionais discutem o papel da mulher e do homem na sociedade atual e tentam, ao longo das 16 sessões que são obrigados a frequentar o grupo, discutir o tema até conseguirem descontruir a ideia do machismo ainda presente neles e na sociedade. 

    Os quatro participantes chegaram a sede da ONG Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde encaminnhados pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher da Barra Funda após terem se envolvido em violência dentro de casa. Um deles agrediu a enteada, o outro a mulher e a enteada e os outros dois, as mulheres. 

    Com o compromisso de não dar nomes, o iG acompanhou a segunda sessão do grupo de uma nova turma. Os integrantes são trabalhadores, homens de boa índole e pais de família que, de repente, se viram envolvidos numa cilada cuja motivação e reais consequências ignoravam.

    Barbosa abre a conversa com uma pergunta genérica: O que é ser homem na sociedade?  “É ser responsável, viver com coragem, amor e respeito ao próximo”, responde o motorista. “É o homem quem orienta os filhos sobre as ruas, respeito e responsabilidade”, complementa o zelador.

    Desenvolve-se a partir daí um longo diálogo sobre o papel do homem como provedor. Os quatro parecem já ter desenvolvido empatia e cumplicidade quando o tema é a “injustiça” e a “desnecessidade” de terem sido enquadrados na Lei Maria da Penha. Afinal, ainda que tenham cometido uma agressão, se acham responsáveis pela manutenção da família. 

    O filósofo então inverte a mão. Pergunta o que representa a mulher na sociedade. A resposta dos quatro é praticamente a mesma: cuidar da casa e dos filhos. “Mas os dois têm os mesmos direitos?”, provoca o mediador. “A gente se baseia na mãe da gente…”, diz o zelador. O marceneiro, um peruano de formação militar, lembra que o machismo é um traço antigo e predominante na América Latina. “O homem é mandão”, completa o zelador. “Há muito machismo que ainda não foi erradicado”, sentencia o motorista.

    ‘Mulher pode ir sozinha para balada?’

    O filósofo aponta então a desigualdade nas relações e cutuca: “E se a mulher decidir ir sozinha a um bar ou a uma balada?”. Os quatro se mexem desconfortavelmente nas cadeiras, concordam que, em tese, a mulher teria esse direito, mas depois recorrem ao velho recurso: “A sociedade acha que mulher casada que vai sozinha ao bar ou balada não presta”, defende-se o zelador. “A tradição das baladas começou com os homens”, ensina o motorista. “Natural não é”, completa o porteiro. 

    Filósofo Sérgio Barbosa, coordenador do programa. Foto: Vasconcelo Quadros/iGReflexão é mais eficaz que cadeia para mudar agressor. Foto: Vasconcelo Quadros/iGReflexão é mais eficaz que cadeia para mudar agressor. Foto: Vasconcelo Quadros/iGONG emprega filosofia para desconstruir cultura da violência doméstica. Foto: Vasconcelo Quadros/iG

    A conversa começa com trivialidades, passa para análise, conceituações, novos papéis do homem e da mulher para, então chegar ao ponto que desagrada os homens: a nova mulher conquistou espaços e isso, em qualquer camada, estressa o homem e torna relação conflituosa. O homem, que já vem sendo espremido, não aceita ser encurralado numa discussão. 

    “Mulher não pode enfrentar”, diz o zelador. “Elas gostam de medir a ‘febre’ da gente”, corrobora o motorista. “Têm mordomia, não pegam o ‘busão’”. Cheguei eram 10h e ela ainda dormia. Passou a noite na internet”, protesta o porteiro. O peruano reclamou que a enteada o debochou. 

    O filósofo explica que a palavra violência se origina do grego. Seu significado é força e energia para mover obstáculos. No português, a violência ganhou conotação de agressão que, na essência, tem também outro sentido. “É a perda de controle”, responde o zelador. O filósofo faz com que todos percebam que a perda de controle também se estabelece quando um quer controlar o outro. Acaba arrancando uma profusão de surpreendentes exemplos.

    “Quando a gente diz para a mulher que ela não precisa sair para comprar o açúcar, está tentando controlar”, observa o porteiro. “Se a mulher diz ao vizinho que ele só pode estacionar o carro na garagem se falar antes com o marido, também está concordando que é controlada”, diz o zelador. “Amar também se torna um ato de controle se não tomar cuidado”, filosofa o motorista. De repente parece que todos percebem a contradição: a explosão de violência é a perda de controle de si, do outro e da situação.

    E quando se chega a esse ponto, o custo é elevado: “É o fim de tudo”, conclui o zelador, sob a concordância de todos. A sessão deixa aos quatro a constatação de que ao assumir sozinho o mando da casa, o homem cai na armadilha e, sem o controle, descamba para a violência.

    Ainda que se sintam “vítimas” de uma lei “injusta”, todos se dizem arrependidos e voltariam no tempo para se corrigir. São pessoas de vida simples, que destoam da tradicional clientela da justiça. O grande pecado aparente é a falta de reflexão sobre atos do dia a dia das relações, como entender que atitudes intempestivas ou extremadas geram a violência – uma opção tão desnecessária quanto democrática na distribuição de seus efeitos nocivos. Um deles, por exemplo, amargou 40 dias de cadeia.

    Luz no fim do túnel

    O tratamento é uma luz no fim do túnel. O motorista, que vive o estresse do trânsito paulistano, contou que ao deixar a primeira sessão, há duas semanas, sentiu-se tão aliviado que, ao ter seu carro fechado, deixou o outro passar com uma tranquilidade que nunca havia experimentado. “Em outro momento, teria ido pra cima”, contou.

    Animados com os efeitos do programa, os quatro participantes sugerem que o tratamento faça parte de um programa preventivo do governo para orientar a população e, assim, evitar que as contradições de uma cultura impregnada de machismo e autoritarismo se transformem em casos de polícia.

    “Para eles pode ser uma terapia. Para nós é reflexão”, diz o filósofo Barbosa. Segundo ele, o índice de reincidência é baixissímo. “A gente só sabe se ele de fato comete violência novamente ao sair daqui, se houver nova denúncia. Mas de 162 homens atendidos, apenas três voltaram”. Antes do programa, segundo ele, a reincidência beirava a 70%.

    Num país com níveis escabrosos de violência social, de caótico sistema penitenciário e de elevado sentimento de punição, a justiça parece ter enxergado pelo menos uma fresta numa janela que os gregos desenvolveram há dois milênios e meio: a reflexão filosófica para tratar problemas de relacionamento é mais eficaz que cadeia.

     

  7. Gestão Haddad amplia parceria com bancos para atender imigrantes

    Gestão Haddad amplia parceria com bancos para atender imigrantes em São Paulo

    http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/04/gestao-haddad-amplia-parceria-com-bancos-para-atender-imigrantes-em-sao-paulo-2378.html

    Durante cerimônia, secretário de Direitos Humanos, Rogério Sottili, reivindicou voto universal para imigrantes e criticou governo do Acre por envio de haitianos para SP sem diálogo

    por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 23/04/2014 11:26, última modificação 23/04/2014 12:01

    A parceria com o Banco do Brasil vai além da estabelecida com a Caixa Econômica Federal

    São Paulo – A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da prefeitura de São Paulo e o Banco do Brasil firmaram, na noite de ontem (22) um convênio para atendimento bancário da população imigrante e de refugiados que vivem na capital paulista. O acordo permitirá aos estrangeiros de qualquer país abrir conta corrente ou poupança, obter crédito e enviar recursos financeiros ao exterior. A parceria com o Banco do Brasil vai além da estabelecida com a Caixa Econômica Federal, assinada em outubro do ano passado, que só atende pessoas dos países que compõem o Mercosul.

    Segundo o secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, o processo é um pequeno passo dentro do desenvolvimento de uma política pública para os imigrantes na cidade. “Com esse ato, avançamos mais um pouco no compromisso do prefeito Fernando Haddad (PT) com a população imigrante. Vocês devem ser tratados respeito e dignidade”, disse, durante celebração do convênio no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da cidade.

    “Eu não entendo como isso nunca foi feito. É bom para as pessoas e é bom para os bancos, afinal são milhares de imigrantes vivendo na capital paulista. E não é só uma questão de segurança, mas, de cidadania, por que ter acesso a crédito é importante para construir a vida”, completou.

    São Paulo tem 390 mil imigrantes com a situação regularizada. Considerados os que não obtiveram os documentos, a população se eleva a pelo menos 500 mil.

    Muitos deles guardam as economias em casa, o que chamou atenção de assaltantes que passaram a atacar com frequência as moradias de imigrantes. Em um desses casos, o menino Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, acabou assassinado com um tiro, durante um roubo à casa em que vivia com os pais, na zona leste da capital.

    O secretário da Associação de Imigrantes Senegaleses no Brasil e representante eleito do Conselho Participativo na subprefeitura da Sé, Massar Sarr, destacou o papel de São Paulo nas ações pelos imigrantes. “A cidade está escrevendo uma nova página na história da imigração no Brasil. A bancarização é um exemplo para todo o mundo”, afirmou.

    Ele lembrou que os imigrantes sofrem bastante, em caráter pessoal, ao deixar os países de origem e mesmo as famílias. Além disso, Sarr disse que sentem o impacto da violência e a falta de estrutura na cidade. “Os assaltos vêm crescendo muito. Um incêndio em um prédio que abrigava africanos queimou não só pertences, mas também economias”, comentou.

    No entanto, apesar da alegria pela medida, o representante reivindicou outros avanços no tratamento dos imigrantes. “Temos muita necessidade de cursos de português, seja em escolas públicas ou entidades culturais, como esta em que estamos. Isso facilitaria o ingresso no mercado de trabalho e também a troca cultural”, explicou.

    O superintendente de Governo do Banco do Brasil em São Paulo, Evaldo Estevão Borges, ressaltou que receber os imigrantes é uma obrigação da cidade e do país. “Somos uma das maiores economias e uma das maiores cidades do mundo. E eu não tinha noção de como isso é importante antes de estar aqui.”

    Durante a cerimônia, os imigrantes Moussa Sangare, de Senegal, e Sun Shih Cheng, da China, receberam cartões de correntistas do Banco do Brasil.

    Direito de voto

    Sottili aproveitou a cerimônia para defender o direito de voto universal dos imigrantes no Brasil. “Não adianta dizer que respeitamos os estrangeiros que vivem em nosso país, se eles não têm o direito de participar da vida política brasileira através do voto”, destacou.

    O secretário lembrou a eleição de imigrantes para o Conselho Participativo Municipal de São Paulo, realizada no dia 30 de março, em que foram escolhidos 20 representantes para subprefeituras com população estrangeira de, ao menos, 0,5% da população total do distrito.

    Ele pretende apresentar a proposta de participação dos imigrantes em eleições na Conferência Nacional sobre Imigração que será realizada em São Paulo, no fim de maio. “Eles trabalham, produzem cultura e atuam na política como qualquer outra pessoa. Portanto, o direito de voto deve ser garantido também”, declarou.

    Haitianos

    O secretário criticou a atitude do governo do Acre, governado pelo petista Sebastião Viana, de enviar refugiados haitianos para São Paulo sem qualquer comunicação com a prefeitura paulistana.

    “Não podemos aceitar o que ocorreu com os haitianos enviados do Acre para São Paulo, tratados de qualquer jeito, viajando dias de ônibus e sem nenhum atendimento preparado para recebê-los”, protestou.

    Segundo Sottili, entre 800 e 1900 imigrantes devem desembarcar em São Paulo. Seiscentos chegaram desde o último dia 10 e outros devem chegar nos próximos dias. Eles têm se dirigido a equipamentos públicos e igrejas, como a Paróquia Nossa Senhora da Paz, na rua do Glicério, centro da capital.

    “Não é possível que se trate assim uma questão humanitária. Não é um problema receber os imigrantes do Haiti, mas isso precisa ser feito com planejamento”, argumentou.

    O secretário explicou que a prefeitura dialoga com entidades assistenciais e estuda a ampliação emergencial dos serviços de assistência social na cidade para receber os haitianos da melhor maneira possível.

  8. Relação com Cachoeira não provoca perda de mandato

    Relação com Cachoeira não provoca perda de mandato do deputado federal Carlos Lereia(PSDB-GO), ah se fosse petista!

     

    Plenário aprova suspensão do mandato de Leréia por 90 dias

     

    O Plenário aprovou, por 353 votos a 26, o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que recomenda a suspensão, por 90 dias, do mandato do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

    Gustavo Lima/Câmara dos DeputadosOrdem do Dia. Dep. Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO)Leréia se defendeu em Plenário e negou participação em ilegalidades com Carlinhos Cachoeira. 

    Leréia foi condenado pelo conselho em setembro de 2013, devido a relações de amizade com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal.

    A suspensão do mandato passa a valer a partir da publicação de uma resolução no Diário da Câmara incorporando a decisão do Plenário. O deputado suspenso ficará sem salário, cota parlamentar ou verba de gabinete. Todos os funcionários do gabinete perdem o cargo assim que a decisão for publicada.

    Nenhum suplente assume o mandato durante o período de suspensão. Isso somente poderia ocorrer se a suspensão fosse maior que 120 dias.

    O parecer do deputado Sérgio Brito (PSD-BA) pela suspensão do mandato foi acolhido no Conselho de Ética após os conselheiros terem rejeitado outro parecer, do deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), que recomendava a perda de mandato.

    Na sessão de hoje do Plenário, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, explicou que, se o Plenário rejeitasse o parecer pela suspensão, seria votada, em seguida, a representação da Mesa Diretora que pedia a perda do mandato do parlamentar.

    http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/466492-PLENARIO-APROVA-SUSPENSAO-DO-MANDATO-DE-LEREIA-POR-90-DIAS.html

     

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