Desemprego cresce e chega a 11,8% no terceiro trimestre

Jornal GGN – Dados divulgados hoje (27)  da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) mostram que a taxa de desemprego cresceu 0,5 percentual no terceiro trimestre na comparação com o período anterior.  A taxa de desemprego está agora em 11,8%, com 12 milhões de pessoas desocupadas, uma aumento de 3,8% em relação ao trimestre encerrado em junho.

Apesar da piora nos índices de emprego, os números da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma evolução no salário real do trabalhador, apesar de ainda estar abaixo do valor do mesmo trimestre de 2015.

 
O rendimento médio real  habitualmente recebido ficou em R$ 2.015,00 em setembro, representando uma elevação de 0,9% na comparação com o trimestre de abril a junho, quando o rendimento médio era de R$ 1997,00.
 
Houve uma queda de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado,  quandoo salário médio real era de R$ 2059.
 
A Pnad também mostra que a população ocupada em setembro deste ano era de 89,9 milhões de pessoas, 1,1% menor que a taxa registrada de abril a junho.
 
A diminuição em relação ao mesmo trimestre do ano passado foi de 2,4%, uma queda de 2,3 milhões de pessoas ocupada. De acordo com o IBGE, esta é a primeira vez desde o segundo trimestre de 2013 que a população ocupada fica abaixo dos 90 milhões de empregados.

Quando comparada a igual trimestre de 2015, houve queda de 2,4% na população ocupada, uma retração de 2,3 milhões de pessoas no contingente de pessoas ocupadas no país em um ano.

 
 
Redação

3 Comentários

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  1. E o que é que o Temer tem a ver com isso?

    Em 30 de setembro deste ano (2016), em vez do Presidente ilegítimo Michel Temer apontar uma solução para o alto índice de desemprego, ele simplesmente disse que a culpa não é dele:

    “Chegamos a quase 12 milhões de desempregados e reitero que a culpa não foi minha.” – Michel Temer

    Se o Michel Temer fosse médico, quando um paciente chegasse esfaqueado ao hospital, em vez de socorrer o paciente, ele diria: “Acaba de chegar um paciente esfaqueado. A culpa não é minha.”

    No dia 8 de outubro, interessado em aprovar a PEC da maldade, ele mudou radicalmente o seu discurso:

    “O nosso governo se preocupa com o desemprego. Para cuidar do desemprego, precisamos fazer um controle das contas públicas do País. Como se faz esse controle? É com uma norma legislativa, uma PEC que estabelece um teto para os gastos públicos. É isso que estamos fazendo. Com o apoio do Congresso, nos próximos dias teremos aprovado esse teto dos gastos públicos.” – Michel Temer

    Sem os gastos públicos, a fim de compensar os reduzidos gastos privados, a economia vai arrefecer ainda mais em vez de se aquecer o desemprego vai crescer exponencialmente. Não há nada tão ruim que não possa piorar.

  2.  O desemprego aumenta e

     O desemprego aumenta e arrecadação cai novamente. Alguma surpresa? Praticamente todas as medidas da “excelente” equipe econômica são recessivas (e quando o produto cai, a arrecadação cai mais ainda; isto é conhecido por todos). Vejamos:

    1. Elevação dos juros reais. O setor produtivo, pesadamente endividado (procuram os textos do Felipe Rezende), vê sua situação ficar ainda mais dramática.

    2. Anúncio de reforma drástica da previdência. Se o futuro está ameaçado, o que você faz? Tenta poupar mais, ou seja, consumir menos, o que diminui a demanda agregada e, portanto, o produto e a arrecadação.

    3. Valorização absurda da taxa de câmbio (de 4 em fevereiro para pouco mais de 3 agora). Logo, exportações mais caras, importações mais baratas. Logo, menos demanda agregada, etc.

    4. PEC 241. Não entrou em vigor, é claro, mas ameaça o futuro de todos. As empresas que vendem para o estado percebem que as suas receitas podem cair drasticamente no futuro. É evidente que não é hora de contratar ou investir. O público em geral vê que os serviços (educação, saúde, etc.), que eram fornecidos pelo estado, terão de ser pagos ou simplesmente cortados do orçamento familiar. Logo, não é hora de gastar; melhor poupar. Tudo isso diminui a demanda etc.

    5. Destruição da Petrobras como principal instrumento de investimentos com conteúdo nacional (até os patos da FIESP e assemelhados começam a acordar; e olha que temos a mais burra liderança empresarial da história da via láctea… ou não, afinal, alugar galpões não propriamente uma atividade industrial.).

    6. Política externa que levou o Brasil ao isolamento nos BRICS; afinal quem confia em um informante dos EUA?

    Se tudo o que a “excelente” equipe econômica faz é recessivo por que diabos não haveríamos de ter… recessão? Estamos a repetir, de forma exponenciada, o desastre Levy. Insano, não é? Mas sejamos justos: Levy tinha, pelo menos, a desculpa de que era um programa de combate à inflação, que vendeu como curto e indolor (a Dilma comprou…). Já o atual “time dos sonhos” defronta-se com uma recessão brutal. Pretende combatê-la apoiando-se na falácia do choque de confiança, no qual não confia nenhum economista sério e informado. A verdade é que temos a mais incompetente equipe econômica de todos os tempos, fielmente seguida pelo nosso deplorável “jornalismo” econômico.

    E mais. O golpe destruiu as nossas instituições. O executivo não tem legitimidade alguma. O traíra sem voto é provisório. O ministro da justiça, ao qual a PF é (?) subordinada, não passa de uma piada, ou melhor, uma tragédia. O judiciário e o MP, esses irresponsáveis, liquidaram com o setor de construção pesada e promoveram uma insegurança jurídica cavalar. A convulsão social e o caos institucional crescem. A juventude, com razão, se revolta. Perceberam que a reforma do estado é com eles mesmo: na educação, na saúde, em suas improváveis aposentadorias, na sustentação de seus pais roubados e empobrecidos na velhice, nas horas de trabalho, no descanso remunerado…

    É claro que tudo isso é recessivo. Mas devemos reconhecer: FHC, que me parece o grande mentor do golpe, consolidou de vez seu lugar na história deste país. Jamais será esquecido.

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