Dilma vê recuperação da economia mesmo sem ajuda externa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A presidente Dilma Rousseff afirmou que a economia do país vai se recuperar ao longo dos próximos anos, mesmo sem que o cenário internacional apresente melhora, o que representa uma mudança no discurso depois de considerar que o baixo crescimento do país era decorrente da fraca atividade externa.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, Dilma indicou que o seu governo terá que adotar “medidas drásticas” na economia no ano que vem, como o aumento das taxas de juros para novos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), anunciado na última semana. Porém, a presidente disse que tais medidas não vão afetar os programas sociais e que não existe uma estimativa de cortes orçamentários ou de aumento de receitas para 2015.

Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidenta não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. “Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro”, afirmou.

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidenta mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. “A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providencias para melhorar nossa produtividade”, destacou.

Na saída do evento, Dilma Rousseff  admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.

A presidenta disse ainda que vai anunciar os novos ministros de seu governo até o próximo dia 29, e antecipou que fará consultas ao Ministério Público (MP) antes de decidir. “Eu consultarei o MP mais uma vez. Para qualquer pessoa que for indicar, eu consultarei”, afirmou. A sinalização esperada pelo governo é sobre nomes citados nas delações premiadas de presos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga irregularidades em negócios da Petrobras. Durante café da manhã com jornalistas, Dilma lembrou que tem pedido informações ao órgão, mas completou: “Eu só quero que me diga sim ou não. Não quero saber o que eles não podem me dizer”.

Ainda em relação às denúncias envolvendo a estatal, ela informou que vai anunciar, depois dos ministros empossados, o segundo escalão do governo que envolve diretorias de bancos e instâncias consultivas, como o Conselho de Administração da Petrobras.

“Até por consideração com o novo ministro. Sem ter nomeado o ministro de Minas e Energia, como eu indico um conselho que é subordinado a ele?”, explicou. Dilma voltou a afirmar que não pretende trocar a presidenta da Petrobras, Graça Foster, e manifestou confiança na atual dirigente da estatal. “Tem que ter prova apresentada sobre qualquer conduta da presidente. Eu conheço a Graça Foster, sei da sua seriedade e lisura. É importante saber qual é a prova. Não vejo nenhum indício de irregularidade na diretoria da Petrobras”, acrescentou.

A presidenta defendeu que as investigações continuem, mas classificou como “simplistas” as suspeitas de que Graça Foster sabia das irregularidades por ocupar o maior cargo da empresa. A mesma expressão foi usada para as críticas às indicações políticas de alguns cargos. “Eu não vou demonizar indicações políticas. É de um simplismo grotesco. O problema do Brasil não é se são políticos ou técnicos. Ninguém está acima do bem e do mal”, avaliou.

Com informações da Reuters e Agência Brasil.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

6 Comentários

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  1. Dilma está me decepsionando

    Dilma está me decepsionando com a nova equipe econômica do mercado, mais ela é muito coerente no que fala em favor do Brasil.

    Os bancos estão fazendo o serviço de alienação das pessoas, portanto, o crescimento de demandas do mercado interno estará correspondido com dinheiro digital.

    A Petrobras não precisa correr para se endividar, uma vez que as ações estão num nível baixo, e se o valor de mercado elevar o preço das ações ela mesmo, Petrobras, puxa o investimento externo nas bolsas.

    Investimento externo em infra-estrutura retira recursos das contas externas; praticamente, fica sem equilíbrio sem um retorno satisfátório da demanda interna ou externa, que estão em baixa.

    Não adianta compor uma relação artificial do governo, quando o empresariado já é competente.

  2. A presidenta Dilma tem razão

    A presidenta Dilma tem razão em dizer que a economia crescerá independetemente de ajuda externa.Aqui,diferentemente dos países europeus e dos EUA,não temos um mercado maduro,ou seja,ainda há muito espaço para o crescimento do país com a ampliação de nosso mercado interno,daí a presidenta continuar a garantir apolítica de valorização do salário mínimo e dos salários em geral.

    Também,e a mídia porca deste país esquece-se disso,já que não noticia,obras importantes do PAC continuam em andamento e,a medida que forem sendo concluídas,trarão maior incremento a economia do país e,muitas vezes,redução de importações,como no caso da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e o Comperj em Itaguaí,no Rio de Janeiro.

    Tudo isso somado aos esforços realizados na inovação e na educação trarão sem dúvida alguma grandes ganhos para o país.

  3. SOU CONTRA.

    Abrir o capital de uma Empresa Pública – não esquecendo que o serviço bancário é um serviço público – é abrir as portas para entrada de interesses privados e financeiros num banco tão especial quanto a CEF, que lida essencialmente com interesse público, cujo objetivo não pode ser encher os acionistas de dividentos etc, como fez a Sabesp.

  4. O vento parece estar virando!

    Parece que a sorte está sorrido pra Presidenta e por extensão pro Brasil!

    Apesar dos postes sem luz que teimam em permanecer ao redor!

  5. a recuperação economica virá

    a recuperação economica virá normalmente com a manutenção

    da política que deu certo nestes últimos doe anos,

    ampliando o que já pa foi feito.,…

  6. Otimismo válido

    O Brasil ainda é um país em construção, com inumeras obras a serem realizadas, e com um mercado interno em crescimento e ativo.

    O salario medio esta mantido, e subindo. 

    O novo patamar do dolar, vai incentivar novamente nossas exportações de produtos acabados.

    O investimento em educação vai a patamares jamais vistos. Porisso as grandes multinacionais da área estão investindo pesado e comprando universidades mal administradas.

    Obras importantes estao sendo terminadas, dando lugar a outras tambem importantes. Mas muita coisa foi feita nestes ultimos 12 anos, como jamais aconteceu no país. 

    As reservas, imensas, estão se mantendo, e darão condições excepcionais para obras de infra estrutura em todo o país. A única coisa que esta faltando, é uma oposição responsavel,  com atitudes menos guerrilheiras e mais lúcidas, até para granjear respeito da população. E o grande nó está para ser desatado: a grande mídia, esta em derrocada, perdendo cada vez mais o poder de eleger presidentes ( Globo e Collor, p. ex.).

    E embora Dilma nao leve em conta o mundo externo, na verdade, haverá ao que tudo indica, um crescimento mundial da ordem de 3%, o que garantirá ao  Brasil nova condição economica.

    Vamos lá, Presidenta. 

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