Especialistas analisam o cenário pós-condenação de Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Seis visões sobre a condenação de Lula
 
Por Valério Paiva
 
Analistas projetam possíveis efeitos da sentença de Sérgio Moro
 
Do Jornal da Unicamp

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado, em primeira instância, a nove anos e seis meses de prisão em um dos processos que responde na 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba. De acordo com a sentença do juiz Sérgio Moro, Lula recebeu propina de 3,7 milhões de reais da construtora OAS. Ele responderá em liberdade enquanto recorre em instância superior – Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Jornal da Unicamp ouviu seis analistas que avaliam os efeitos que a condenação de Lula poderá ter na cena política brasileira, bem como a legitimidade da decisão da Justiça Federal do Paraná.

André Kaysel Velasco e Cruz (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp)

Foto: Reprodução

O impacto que a condenação pode vir a ter é muito grande. Acho sintomático inclusive que ela tenha sido anunciada no dia seguinte à votação da reforma trabalhista no Senado. Pensando em ações anteriores do grupo da Lava Jato, que costuma ser muito cioso do timing político, não me parece ser uma simples coincidência. Embora não tenha havido muita capacidade de resistência a essas reformas, o grupo que hoje está no poder e seus aliados no Judiciário sabem que essas reformas são impopulares.

Ademais, as pesquisas mostram que Lula vinha crescendo na preferência popular. Não me parece, portanto, que o cronograma da condenação tenha sido casual.

É sempre bom lembrar, porém, que é uma condenação em primeira instância e que ainda precisa ser confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região [TRF-4], que vem dando sinais contraditórios. No ano passado, por exemplo, tomou uma decisão que avalizava os procedimentos da Lava Jato em termos legais, mas recentemente absolveu João Vaccari Neto em uma das ações em que ele está envolvido. Não dá para saber o que vai acontecer.

Agora, se a condenação for confirmada em tempo hábil no âmbito do calendário eleitoral, sai da disputa quem é hoje o candidato com maior intenção de voto, o que tira da eleição uma força política muito importante. O impacto, sem dúvida, será muito grande. Há muitos potenciais desdobramentos no horizonte.

Outro ponto que se discute é a legalidade mais do que questionável da condenação, que é muito frágil e carece de provas. O contraste dela com a absolvição de Aécio Neves, no Senado, por seus pares, num caso distinto, já que as provas são um tanto mais contundentes, expõe cada vez mais o viés não apenas partidário, mas também de classes das instituições brasileiras. Isto tende a desacreditá-las, e aqui falo também do Judiciário. O Judiciário nunca foi uma instância politicamente neutra, mas quando ele tira o véu de imparcialidade, esse poder se expõe, fragilizando sua legitimidade, sua própria razão de ser.

Por outro lado, do ponto de vista de Lula, tornou-se premente a necessidade de ele se defender. Trata-se não apenas de uma defesa jurídica, mas também política, que envolve a disputa em torno do seu legado e a possibilidade de voltar ao poder. Lula terá de tomar uma posição inclusive mais clara em relação ao que vem sendo implantando pelo atual governo desde o golpe do ano passado.

Carlos Pereira (Fundação Getúlio Vargas-FGV)

Foto: Reprodução

Primeiramente, gostaria de destacar o aspecto histórico, inusitado, que é ter um presidente da República condenado por crime corrupção. Isto mostra a independência e a capacidade organizacional, técnica e profissional das organizações de controle no Brasil. Essas organizações se tornaram independentes, fugindo do controle dos políticos. Trata-se de um aspecto a ser destacado. São poucas as democracias no mundo em que as instituições de controle conquistaram autonomia – e isto ocorreu no Brasil. O resultado é revelador de uma capacidade muito grande de impor limites aos políticos.

Com relação à decisão da primeira instância, entendo que o processo transcorrerá dentro da normalidade e dos preceitos democráticos. Não acredito que vai vingar esse discurso do ex-presidente Lula de se fazer de vítima e atribuir a condenação a uma decisão política. Acredito que esse discurso e o grau de mobilização, do entorno de Lula, serão bastante esvaziados no decorrer do tempo. Antevejo que a sociedade, diante da quantidade de evidências do envolvimento do ex-presidente em atos de corrupção, não irá para as ruas em sua defesa. Apenas os mais engajados e os mais dependentes da estrutura partidária tenderão a se mobilizar.

Quanto à estrutura partidária, tenho muito receio de que o PT se desagregue. Seria muito ruim para o Brasil e para a América Latina, uma vez que o Partido dos Trabalhadores é muito importante para a democracia e para a política brasileira. Trata-se de uma referência de esquerda viável eleitoralmente.

Caso a decisão seja confirmada pela segunda instância, é bem possível que o PT se desagregue. Imagino que serão dois os caminhos a seguir pelo partido caso isso aconteça. O primeiro seria o da refundação, de reestruturação, de livrar-se do peso de Lula e buscar outras referências e novas agendas. Ou pode acontecer também um esvaziamento, por meio do qual as principais lideranças migrem para outras siglas ou mesmo criem uma nova agremiação de esquerda, fazendo com que o PT definhe e vire um partido médio ou pequeno.

Quanto ao cenário político, não acredito que a condenação de Lula tenha reflexos. A oposição é hoje minoritária no Congresso, e a coalizão dominante, que apoia as reformas, é majoritária. Então, a despeito de quem seja o presidente da Câmara ou da República, se Temer ou Maia, não acredito que a agenda de reformas vai arrefecer. Acho que as reformas são consistentes, têm o apoio da sociedade e buscam uma inclusão social responsável, o que foi negligenciado pelos governos do PT.

José Arthur Gianotti (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – Cebrap)

Foto: Reprodução

O Lula foi um daqueles pegos pela operação Lava Jato. Ele foi sentenciado em um documento de 300 páginas que, me parece, é muito bem feito. Vamos ver se as outras instâncias vão confirmar ou não. Do ponto de vista político, como era previsto, ele se faz de vítima. Disse ontem que apenas o povo brasileiro pode lhe tirar do poder. Ocorre que estamos num Estado de Direito, e todos estamos submetidos à lei. Se for comprovado o crime, por este mesmo Estado de Direito, o condenado deve pagar por ele, seja quem for.

Em caso de condenação, não projeto nada, não sei o que está acontecendo no Brasil. A crise é muito grande. Bem maior, por exemplo, que a de 1964. Não sei o que vai sobrar do sistema político. Nós fomos governados por sistemas corruptos ao longo dos últimos anos – a corrupção era intrínseca ao sistema. Isto causou uma reação, tanto política como jurídica. Nós estamos em plena luta entre essa reação, na qual tem loucos dos dois lados, e que tem corruptos de um lado só.

O que pode sair desse embate? Não sei ao certo. Podemos ter uma volta ao populismo totalmente desbragado ou um passo novo para a democracia. Não há nada decidido. Se voltar o populismo, nós regredimos ao governo anterior. Se tivermos um governo democrático, vamos sair da crise, mas não está garantido que iremos sair do século 20.

O Brasil está extremamente atrasado no campo da geração de riquezas. Seja de que lado for, de esquerda ou direita, é preciso distribuir riqueza e, hoje, a única que produzimos é oriunda do agronegócio. Não dá para manter o Brasil nessas condições.

Tenho medo de que o Brasil não saia do século 20. O capitalismo está passando por uma enorme transformação. Os partidos estão sendo reformulados nos Estados Unidos, na Europa, no mundo todo. O resultado é um enorme desenvolvimento tecnológico. O Brasil está tendo isso? Qual é a nossa chance de sairmos do século 20? Esse é o grande problema.

Pablo Ortellado (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP)

Foto: IEA|USP

Em primeiro lugar, acho que a decisão não é nada surpreendente. Todos que acompanham os desdobramentos desse processo, desde o seu início, sabem que o resultado já era esperado. Em segundo lugar, acho que a condenação reforça a divisão política no país. Nem tanto no campo institucional, uma vez que, a despeito dos antagonismos entre o grupo do PT e o grupo do PSDB e DEM, esse sistema sabe se recompor.

O que está polarizado, dividido de uma maneira irreconciliável, é a sociedade civil brasileira. Essa condenação reforça o entendimento, dos dois lados do espectro político, do que está acontecendo com o país. Um lado vai dizer que a sentença é a confirmação de que Lula era o chefe da quadrilha; o outro lado vai alegar que ele está sofrendo perseguição política, motivada por uma tentativa de reversão dos ganhos sociais conquistados ao longo de seus mandatos.

Do ponto de vista da organização política da sociedade brasileira, portanto, essa condenação acentua e aprofunda a polarização política em curso. 

Valeriano Mendes Ferreira Costa (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp)

Foto: Antoninho Perri

O próprio fato de um cientista político ser consultado pela imprensa, em razão da condenação de Lula, já mostra que a decisão tem um grau de contaminação política muito grande, independentemente do seu caráter técnico. Seu conteúdo político é incontornável, ela não está fundamentada exclusivamente no contexto jurídico.

Essa condenação, caso confirmada em segunda instância, terá impactos políticos muito fortes, a começar da desorganização da corrida eleitoral para 2018, além de aumentar a polarização de vários segmentos da política e da sociedade civil. No que diz respeito à eleição, pode haver uma perda de referência, pois Lula seria o candidato contra o qual todos os demais candidatos se voltariam. Sem ele no páreo, os candidatos sairão atirando a esmo.

Outra questão diz respeito ao clima político. Não há dúvida de que haverá uma radicalização nas posições. Por incrível que pareça e a despeito de tudo noticiado frequentemente, Lula é a personagem mais moderada nesse processo. Juntamente com Fernando Henrique Cardoso, é quem mais tem capacidade de articulação. Ambos cumpriram um papel muito importante nos últimos 30 anos. São figuras centrais no desenvolvimento e no fortalecimento da democracia brasileira. Sem Lula, sem a presença dessa figura moderadora, é quase certo que os ânimos vão se acirrar, sobretudo entre a esquerda e a direita.

Esse cenário é muito ruim. Tivemos, no passado, inúmeros exemplos em que essa polarização levou à destruição da democracia, ao fechamento político. Não descarto, por exemplo, a adoção de um sistema eleitoral mais controlável, com a implantação do parlamentarismo. Tudo pode acontecer.  

Walquiria Leão Rego (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp)

Foto: Antoninho Perri

A condenação faz parte do golpe parlamentar, jurídico e midiático desferido contra a democracia brasileira no ano passado. Criminalizar a esquerda é uma velha tática adotada historicamente pela direita. Foi assim desde sempre. Há inúmeras experiências que poderiam ser aqui elencadas, de Getúlio Vargas a João Goulart. Basta se informar um pouco, ler sobre a história política brasileira, para entender esses processos. Essa tem sido nossa triste história. 

Acompanho o processo contra Lula como qualquer cidadã. Procuro me informar, do ponto de vista jurídico, lendo textos e artigos, conheço o ex-presidente, sei que ele é incapaz de corrupção, todo mundo sabe que aquele tríplex não é dele – inclusive a força tarefa de Curitiba. Ocorre que eles prometeram a cabeça do presidente Lula e a destruição do PT. Não só para a direita brasileira, mas também para representantes das conexões internacionais. Trata-se de um golpe bem urdido.

A principal razão é tirar o Lula das eleições de 2018. Sabemos que isso está no programa deles desde sempre. Já tinham tentando esse golpe em 2002, fazendo uma campanha terrorista cujo tema era que, caso eleito Lula, o Brasil ia afundar; voltaram a fazer em 2005, com a farsa absoluta do mensalão, e assim foi. Como disse, faz parte de criminalizar a esquerda e tirá-la da disputa eleitoral. Portanto, é um golpe contra a democracia.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

29 Comentários

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    1. Não estão nem no judiciário

      Não estão nem no judiciário nem no legislativo, nem no executivo, locais que supostamente foram “aparelhados” pelo PT (imagine se não fossem). Enquanto esses 90% continuarem pobres e com poucas oportunidades (como a direita gosta), os “donos” da caneta serão os outros 10%.

  1. Na altura do campeonato..

    Após todos os fatos que a Lava Jato já protagonizou, na investigação e vazamento seletivo, no intuito de atingir Lula, PT e associados e o Supremo revelar o seu bandido de estimação, atestam a parcialidade de qualquer análise que não considera esse viés político-midiático-judicial.

    É cegueira política deliberada, desonestidade intelectual, burrice ou tudo isso junto e misturado!

  2. Muro

    Três dos doutores, que não podem ser burros, são golpistas, fingindo que estamos num estado democrático. A cara de pau desses canalhas é impressionante. Dois estão em cima do muro e ficam no ramerame ‘da análise intelectual’, bem PSDB. Só Walquíria chama o golpe por seu nome, sem tergiversar.

    Em resumo, com esses nossos ‘intelectuais’  o Brasil tá fudido e mal pago.

  3. Falou e disse.

    “O Judiciário nunca foi uma instância politicamente neutra, mas quando ele tira o véu de imparcialidade, esse poder se expõe, fragilizando sua legitimidade, sua própria razão de ser.”

  4. Comentarios…

    Bom…o Gianotti é aquilo que já se sabe. Nada novo. Defendeu os amigos de longa data. Faria o mesmo se TODOS eles estivessem dentro deste covil. Sorte minha. Não tenho nenhum lá. 

    Agora o Carlos Pereira…sempre é muito elegante na apresentação dos problemas. O problema (para mim) é o resultado líquido dos textos. Normalmente o segundo passo no texto não vai além da área percorrida pelo primeiro – mas ficamos com a elegância. Mas dizer coisas como: 1) “Primeiramente, gostaria de destacar o aspecto histórico, inusitado, que é ter um presidente da República condenado por crime corrupção.” Não é inusitado. Não sei como ignora isto – uma baita imprecisão histórica. Está ai JK para mostrar isto – tem  Lacerda também, mas foi presidente embora presidenciavel (Ele desconhece?); 2) “Isto mostra a independência e a capacidade organizacional, técnica e profissional das organizações de controle no Brasil. Essas organizações se tornaram independentes, fugindo do controle dos políticos.” Isto sim é inusitado! Um professor de CP que não lê jornal ou os lê, aceita tudo que lê embrulhado como vem; 3)  “O resultado é revelador de uma capacidade muito grande de impor limites aos políticos.” Bom isto dispensa comentários; e, por fim – mas tem mais lá – 4) “Não acredito que vai vingar esse discurso do ex-presidente Lula de se fazer de vítima e atribuir a condenação a uma decisão política. Acredito que esse discurso e o grau de mobilização, do entorno de Lula, serão bastante esvaziados no decorrer do tempo. Antevejo que a sociedade, diante da quantidade de evidências do envolvimento do ex-presidente em atos de corrupção, não irá para as ruas em sua defesa”. É algo a conferir. Percebe-se uma certa aspiração a Merval Pereira. O que faz o convivio na Casa das Garças…Como diria Zé Trindade: “O que é a natureza…?”

  5. Eu ia comentar as análises de

    Eu ia comentar as análises de Carlos Pereira (Fundação Getúlio Vargas-FGV) e de José Arthur Gianotti (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento – Cebrap) , mas achei melhor não. Apesar de ter na ponta da língua (ou do teclado) o que eles são, tento me abster ao máximo do uso de palavras de baixo calão.

  6. Fico pensando pra que serve

    Fico pensando pra que serve as ciências sociais: para um bando de doutores vir a público e falar um monte de bobagens? Com exceção do comentário de Walquiria Leão, as opiniões dos demais não passam de um show de obviedades sem nenhum senso crítico. Frequentemente, leio comentários de leitores mais inteligentes do que a verborragia destes “sábios”. Aliás, jornalistas como Nassif, PHA, Fernando Brito, Rui Costa Pimenta, entre outros, ou o sociólogo Alejandro Acosta e o economista Nildo Ouriques, estão anos luz à frente destes papagaios que jamais fizeram nada relevante do ponto de vista intelectual.

  7. Incide em desonestidade

    Incide em desonestidade intelectual extrema e descarada quem faz afirmação do tipo “Lula se faz de vítima”, caso desse Carlos Pereira(“muito prazer”) e o filósofo Jose Arthur Gianotti.

    Por mais que se discorde ou desgoste de Lula é impossíveo negar, porque se trata de FATOS, REALIDADE, a perseguição que sofre desde que era líder sindical nos meados da década de 70. Lula sempre foi desprezado pelas elites e boa parte da classe média. O epílogo desse processo foi exatamente esse processo surreal e essa esdrúxula condenação na base das ilações, convicções e senões.

    Sim, doutor Gianotti: estamos num Estado de Direito. Mas esse fator não induz apenas ao cumprimento das leis ou das decisões judiciais. Muito pelo contrário: é por ele que se pode tanto expressar a insatisfação pelo que se acha uma injustiça como também criticar os agentes do Estado que aplicam as leis. Situam-se no mesmo plano jurídico o dever de acatarmos decisões judiciais e o direito que temos de criticá-las, como também aos seus operadores. Serão por acaso “deuses do olimpo”?

    O tom pomposo e solene da expressão “aspecto histórico, inusitado” desse servidor da FGV deixa entrever de que lado está da trincheira. Só porque uma decisão é inédita não se torna legitima e não repudiável. Aspectos históricos e inusitados também são a politização do Judiciário e a instrumentalização desse para desrespeito à ordem institucional no que se constitui um paradoxo. Ou alguém duvida que sem a Lava a Jato e o STF o governo legitimo de teria sido golpeado?

    Com relação ao enaltecimento da autonomia das instituições de controle o Mundo todo está errado e estamos, solitariamente, certos, não é mesmo? Democracias seculares, como a dos EUA, Inglaterra, França etc, deveriam importar nossa jabuticaba, não é assim, doutor? Ora, convenhamos….

    O que fizemos foi exatamente o contrário: exacerbações, extrapolações e disfunções jamais podem ser apreendidas como avanços numa área onde deve prevalecer a discrição, a contenção e a estrita legalidade. Democracia nenhuma no Mundo civilizado acataria instituições de controle fora de controle. 

    1. Falácias Fascistas

      Carlos Pereira (FGV) e Gianotti (USP) são fascistas envergonhados.

      São daqueles intelectuais servis usados pelas tiranias para defenderem as falácias de autoridade.

    2. Jb, eu fico estarrecido com

      Jb, eu fico estarrecido com pessoas que se dizem intelectuais e tem a pachorra de afirmar que o Lula se faz de vítima depois de tanta canalhice contra ele ?  será que estes caras são deste planeta? Será que são capazes de ter um mínimo de discernimento intecelcutal e enxergar a realidade dos fatos e perceberm o quanto a justiça sacaneia o Lula todo santo dia ? Dizer que o o resutado dessa farsa de julganmento foi bem elaborada é de doer atá coluna vertebral de qualquer pessoa minimamente bem informada.

  8. Desembargador pró-Moro é “filhote da ditadura”


    *

    Atualizado 15/7: MORO/GLOBO INTIMIDADOS POR LULA: “LEÃO” DE CURITIBA… MIOU! – DE NOVO!

    Por Romulus

    Muitos leitores vieram me perguntar o que eu achei da condenação de Lula por Sergio Moro ontem. Queriam saber “quando eu ia publicar um artigo sobre isso”.

    Confesso que, assim que saiu a notícia, além de postagem sumária nas redes sociais, não pretendia escrever sobre isso não.

    E por quê?

    Ora, porque essa “notícia” foi uma…

    – … NÃO-notícia!

    Pior: foi uma não-notícia visando, justamente, a virar a pauta do noticiário em relação a notícias de verdade.

    Ia lá eu fazer o jogo da Globo/ Moro e ajudar a pauta fake a subir?

    Tratando dela especificamente?

    Não…

    Nada disso!

    Não que o (não) acontecimento seja irrelevante…

    Não é bem isso…

    A questão é a minha “pegada” como analista…

    Como os leitores já sabem, pensando ~estrategicamente~, meu foco costuma ser muito mais no ~subtexto~ do que nos textos disparados pelos diversos atores do jogo político.

    E em “atores do jogo político” entram, evidentemente, a Globo e Sergio Moro.

    Muito mais importante do que a condenação de Lula por Moro – per se – são:

     

    (i) a sua timidez!;

    (ii) o timing;

    (iii) as limitações técnicas; e

    (iv) os movimentos casados da Globo para tentar pautar os seus desdobramentos.

     

    Passemos, pois, à análise desse subtexto.
     

    LEIA MAIS »

     

     

    1. Sim, sim….

      De fato, o “T. T. Flowers” foi interventor na prefeitura de Porto Alegre, justamente nos período mais horroroso da ditadura…

  9. se conseguirem fraudar a eleição com a retirada de Lula…

    estarei torcendo para que provem do próprio veneno

    ou torcendo pela vitória do Bolsonaro

  10. Pequena exceção….

    Com um única exceção clara – não contando os que ficaram em cima do muro – dá para constatar: que pessoalzinho reacionário…. Saravá!

  11. A seleção destes  “

    A seleção destes  ” especialistas ” ta parecendo com os debates da globonews , onde os selecionados tem as mesmas opiniões dos donos da globo. Nós aqui do blog mereciamos melhores ” cientistas politicos ” para expor opiniões realistas , fundamentadas e sem preferencia politica. Dizer que Lula se faz de vitima , é uma opinião rasteira , desonesta e depõe contra o proprio especialista . Nassif , este post tem que ser refeito , ta muito ruim . O ódio de classe parece ter contaminado as opiniões.

  12. Carlos Pereira, em que país você mora?
    É uma gracinha esse Carlos Pereira – FGV. Afirmar que as reformas têm apoio popular é muita falta de juízo – ou de respeito para com a inteligência dos leitores.

  13. ESSES ESPECIALISTAS ……….

    uma pequena amostra da indigência cultural que grassa nas universidades brasileiras.

    Minha análise : Lula será inabilitado , mas não será preso. Isso já tá decidido. 

    Fernando Haddad para presidente , com apoio do  Lula . É a melhor estratégia . 

  14. Curioso este post

    Gianotti,  é um ignorante culto, ou como dizem os franceses, um idiot-savant.  Savant  por ter lido muitos livros, mas idiot  porque não aprendeu nada com  eles. Continua como sempre desfiando  a grosseria culta,  e destilando todo o seu preconceito, que tem compromisso apenas com o proprio ego. Se juntou com seus iguais para fazer da social democracia um PSDB neoliberal. Agora  ele tem a coragem de dizer que aquela peça jurídica de Moro foi muito bem feita. Qualquer  pessoa  com um ḿinimo de discernimento  e de honestidade intelectual, jamais diria isto, mesmo sendo anti Lula saberia reconhecer a facciosidade daquela peça política. Até Reinaldo Azevedo supera as boutades de Gianotti, cada vez mais próximo de Olavo.   Porque não dizem claramente que apoiam isto como apoiaram, o golpe, apenas para tirar aquele operário do poder. Eles já tinham um pavor muito grande, de que,  ao final do governo Dilma a volta de Lula seria o término das possibilidades das políticas elitistas que tanto defendem. Mas a sapiência destes senhores é tão grande que apostaram em Temer,  ( afinal é um daqueles entes das Arcadas,que  dizem de boca cheia:” Temer é um dos nossos, é um jurista” ) e agora estão apostando em Maia. Para não falarmos desde o início, quando apostaram em Aécio, terceirizaram um governo para Cunha e agora apostam em Dória. Sem dúvida é coisa de idiot-savant. São o partido do  Estados Unidos do Brasil.

    De todos acima me parece que apenas a Walquíria é um Leão.

     

  15. que porcaria..

    rapá, este texto revela a síntese da opinião de “especialistas” e revela também que nós estamos fudidos.. está tudo dominado.. nossos “especialistas” são tapados, muitos aí mostraram uma visão curta, rasteira, deturpada.. onde esses caras tem obtido informação? Na Globo?? O pior é que esses caras é vão formar os vários outros, inclusive procuradores e juízes, que nos levaram à situação atual.. é uma indigência intelectual que me fez entender como é possível alguém como a janaina paschoal dar aulas na USP.. que desgraça de buraco nos metemos, onde foi que perdemos o fio da meada?

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