Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

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  1. Dignidade na derrota é

    Dignidade na derrota é fundamental. Isso mostra caráter.

    Jamais buscar bodes expiatórios dentro e muito menos fora do campo é maturidade e prova da moralidade de um povo. Uma seleção de futebol funciona ou não com trabalho coletivo. 

    Ser engenheiro de obra pronta, é fácil, muito fácil, mas é postura abjeta.
    Chutar o derrotado é desumano. É coisa de trogloditas.

    Tentar conspurcar um país por conta de um jogo de futebol é jogar sujo pensando que estamos nos anos 50. Quem fizer isso se dará muito mal. Nem tentem.

    Quanto mais levarmos esta derrota acachapante no futebol como algo que merece ser analisado dentro das quatro linhas, sem levarmos para nossas vidas e muito menos como se fora a derrota de um país (coisa absurda e argumento de gente desclassificada, vira-lata e de péssimo caráter – afinal havia um time fantástico do outro lado), mais seremos capazes de erguer nosso futebol novamente.

    Tratar as derrotas no futebol, mesmo as acachapantes, como algo do jogo, coisa que pode acontecer, só nos fortalecerá como um povo em que o futebol é cultura e alma, mas que sabe o que está fazendo para o mundo, para mais de 3 bilhões de pessoas, a Copa das Copas e isso é o mais importante. 

    E vamos disputar com dignidade o terceiro lugar. Afinal é um jogo e nada mais do que isso. Parabéns aos jogadores alemães e à seleção da Alemanha por sua grande vitória.

    Parabéns para nós todos se tivermos serenidade e maturidade, pois estaremos mostrando ao mundo que sabemos como poucos povos ser passionais e competentes, perdendo, mas dando um show de organização e eficiência na Copa das Copas!

  2. De uma tragédia anunciada
    SOBRE COPAS PERDIDAS E DESASTRES AÉREOS

    Pessoas que conhecem aviação têm uma máxima em que acredito totalmente: “normalmente um desastre aéreo é causado por vários fatores, e não por um apenas”

    Antes de falar do desastre que foi essa copa para o futebol brasileiro, quero lembrar de algumas copas perdidas, na minha opinião, por erros dos nossos técnicos e/ou da liderança do nosso futebol, na figura da famigerada CBF, há décadas nas mãos de gente suspeita de negócios desonestos, corrupção, e atitudes no mínimo exóticas, como a escalação de Dunga como técnico em 2010. Analisemos alguns desses erros, após a nossa conquista mais gloriosa, a conquista do tri-campeonato em 70, no México.

    1 – 1974 – Zagalo não levou a maior estrela do futebol brasileiro na época, Zico, que já despontava como um dos nossos maiores craques de todos os tempos.

    2 – 1978 – Coutinho – Deixou Falcão no Brasil, seguramente o melhor cabeça de área daquela geração.

    3 – 1982 – Por “problemas extra-campo” (não eram “bons moços”), Telê Santana deixa no Brasil, Reinaldo, um gênio na área, e Mário Sérgio, jogador de rara habilidade e na época, o melhor ponta esquerda do Brasil.

    4 – 1986 – Telê exclui Renato Gaúcho, por indisciplina, e perde Leandro, dois craquaços de bola que nos fizeram muita falta.

    5 – 2010 – Dunga deixa Neymar e Ganso no Brasil, simplesmente os maiores jogadores brasileiros, apesar da juventude.

    6 – Em 1994, e 2002, ganhamos APESAR do péssimo trabalho dos técnicos, e não por causa deles. Em 94, uma seleção apenas mediana, muito defensiva, e não fosse o talento excepcional de Romário e Bebeto, não teríamos ganho, e em 2002, sejamos francos, qualquer treinador que tivesse no mesmo time Rivaldo, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, teria sido campeão. Essas duas vitórias apenas ofuscaram os graves problemas do futebol em nosso país, essa é a tese que defendo aqui.

    Agora sim, entro no campo específico da comparação desse desastre de hoje, esse acachapante 7 X 1 com um desastre aéreo.

    Por mais de vinte anos Ricardo Teixeira, um aventureiro que nada sabia de futebol, comandou a CBF, depois de um acordo com a Rede Globo de Televisão, que em troca de benefícios exclusivos, parou de denunciar o cartola, blindando-o na verdade de quaisquer acusações sobre as negociatas de que era suspeito, inclusive de corrupção, desvio de verba e enriquecimento ilícito, com uma multiplicação de patrimônio inexplicável até hoje.

    Ao bancar Ricardo Teixeira no comando do futebol brasileiro, a Rede Globo se tornou o patrono de uma série de desmandos no nosso futebol de 1994 para cá: técnicos fracos, escolhidos por um homem que não é definitivamente afeito ao esporte, só estava interessado no poder e suas benesses, e com isso, toda essa série de escolhas infelizes, que impediram o Brasil de se modernizar na parte técnica!

    Percebamos que em 1994, foram Zagalo e Parreira, em 98, Zagalo, totalmente ultrapassado, era uma seleção com alguns craques, mas desarrumada em campo, em 2002, Felipão, um técnico medíocre, conhecido pela violência com que conquistou seus títulos, e que acabou consagrado pelo título do penta. Em 2006, quem volta? Parreira!!! Um técnico fraco, de poucas vitórias nos clubes, e nenhuma inovação tática, lembro do horror que tínhamos àquela seleção, com Robinho e outros jovens no banco de reservas, enquanto as estrelas de 2002 jogavam abaixo de qualquer expectativa. Em 2010, a invenção de Dunga, e logo depois, a invenção de outro técnico fraco, que em mais de dois anos nada fez pela seleção, Mano Menezes.

    É preciso compreendermos que desde 1974, com raros momentos de exceção, erros cruciais do comando da CBF ou dos treinadores, nosso futebol vem se perdendo no sentido de parar no tempo, e vivendo dos gênios que tivemos, Zico, Adílio, Júnior, Leandro, Andrade, fazendo o Flamengo brilhar por uns cinco, seis anos, o Internacional de Carpegiane e Falcão a mesma coisa, o Atlético de Reinaldo e Cerezzo, e assim sucessivamente, sempre alguns times brilhando por alguns anos, devido à presença de alguns craques decisivos, mas no comando central, e na seleção, medíocres, na maior parte do tempo, em coerência com o comandante, Ricardo Teixeira.

    Registro por fim, que essa mediocridade, em parte, atingiu o colunismo esportivo do Brasil, onde, salvo as exceções, gente como Felipão e Mano Menezes, foram exaltados sem questionamentos, em títulos conquistados, prá lá de duvidosos em relação ao futebol apresentado. E poucos tiveram ou têm hoje, a coragem de botar o dedo na ferida, o empobrecimento do nosso futebol em termos táticos, as péssimas convocações de seleções por técnicos ruins, a corrupção da CBF, o poder de mando da Rede Globo, que tudo podia/pode, por conta da blindagem oferecida a Ricardo Teixeira.

    Em relação à essa copa que para nós se encerra hoje (o que importa se formos terceiro lugar depois dessa derrota histórica???) de modo tão sofrível/sofrido, os mesmos erros de sempre: A Globo bancando Teixeira, apoiando Felipão, nossos cronistas se iludindo em sua maioria com a copa das Confederações, e uma mídia venal e politizada, até os primeiros dias da copa, apostando no “não vai ter copa”, por conta do mal disfarçado ódio e preconceito contra tudo o que venha “dos governos petistas”… – Assim, ninguém questionou a fundo a ausência de craques como Paulo Henrique Ganso (o maior talento, disparado, do futebol brasileiro, depois de Neymar) e a mescla, na convocação, de jogadores experientes, com os novatos!

    Luís Fabiano, Kaká, Robinho, teriam vaga até de titulares nesse time tão fraco, quanto mais como “reservas de luxo”, a serem utilizados em momentos de tensão, de necessidade – até pelo respeito que impõem aos adversários. Ficamos na dependência da genialidade de Neymar.

    Hoje, todas as máscaras caíram, e a fragilidade desse time explodiu, sem o verdadeiro craque da defesa – Tiago Silva – e o gênio do time – Neymar.

    Hulk, coitado, sem culpa alguma, já que quem o escala é o treinador, não serve nem como reserva de uma seleção brasileira, quanto mais como titular, quem quiser, veja os jogos novamente, perceberá que em mais de 50% das vezes que foi acionado, nada fez de útil ou conclusivo. Num time capenga, fraco, um jogador tão ruim assim tecnicamente, destrói ainda mais o time. Willian teria que ser o titular, desde o primeiro jogo, para dialogar com Neymar, Fred, Oscar.

    Nesse jogo de hoje, até um técnico de pelada, teria tirado Hulk do time, e reforçado o meio de campo, entrando com Paulinho, Fernando e Luiz Gustavo ou Henrique, mas três cabeças de área, e não teria havido o buraco no meio de campo, por onde a Alemanha passeou, brincou de jogar bola, porque Hulck e Oscar, Fred e Bernard, não são marcadores por excelência, ou seja, deixamos um rombo entre o meio de campo e a defesa, erro primário, tolo, que nem as inexperientes Gana e EUA cometeram, tanto que endureceram um pouco seus jogos contra essa mesma Alemanha.

    Tragédia anunciada, havíamos pegado apenas seleções medianas, nenhuma sequer perto das “top de linha”, e com o time completo, e justo contra uma das mais fortes, Felipão inventa de “jogar aberto” – teve o que implorou para ter, por sua falta de inteligência tática, sua falta de capacidade de prever o totalmente previsível.

    Acredito que estávamos pedindo por uma derrota assim, há tempos, poderia ter ocorrido algo parecido antes, em seleções de Parreiras, Dungas, Felipões, e sob o comando de uma CBF envolvida em negociatas, de gente que odeia o futebol, bancados, repito, por uma rede Globo cúmplice e criminosa, e com a omissão ou comentários insossos, há décadas, de uma mídia esportiva empobrecida.

    O lado bom desse vexame, é que deixamos temporariamente de ser o “país do futebol”, os alemães enterraram a seleção hoje, TUDO TERÁ QUE SER REINICIADO dos escombros que sobraram, a CBF terá que ser repensada, o domínio da Globo sobre o futebol, terá que ser repensado, nosso futebol pobre, muito dependente de faltas e violência, terá que ser repensado, nossa mídia esportiva terá que ser repensada, e vou além, a FIFA terá que ser repensada, pelos vários episódios de violência que vimos na Copa, com a permissividade dos juízes.
    Aviões não caem por um motivo só – dizem aviadores experientes – sempre é uma CADEIA DE EVENTOS que explica o desastre…

    O vexame de hoje, o futebol pobre em toda a Copa, da seleção brasileira, os erros existentes nas estruturas dos clubes, são também, uma cadeia de eventos infelizes, de um futebol mal dirigido, mal comandado, apoiado por uma mídia corrupta.

    Finalmente, chegou o evento marcante, que nos permite re-começar do zero!

    (eduardo ramos)

  3. Pelo amor de Deus !
    O país

    Pelo amor de Deus !

    O país está em estado choque coletivo por causa de uma partida de futebol.

    Tá certo, perdemos de uma maneira vergonhosa, mas é daí, isso faz parte do esporte.

    E vejam que coisas curiosa.

    Das 28 seleções que já foram embora, quantas gostariam de está no lugar do Brasil para disputar o 3° lugar ?

    Para muitas seleções isso seria um orgulho

    Na pior das hipóteses seremos a 4ª melhor seleção do mundo, mas pela nossa obsessão pelo primeiro lugar isso não significa nada.

    Este é um bom momento para se fazer uma reformulação geral no futebol brasileiro, principalmente quanto ao monopólio do campeonato brasileiro, que por interesse da Globo empurra as partidas durante a semana para depois das 21:00hs.

    O governo federal deveria ter participação mas direta na CBF, mesmo a empresa sendo privada.

    A CBF utiliza os símbolos nacionais, a cor da nossa bandeira, canta oficialmente o hino nacional, e se apropia do nome do país para auferir lucro, por isso deve haver um controle do governo.

    Chegou a hora de se mexer na estrutura do futebol brasileiro

    1. Tambem acho uma aberração,

      Tambem acho uma aberração, futebol é um jogo, é lazer, não é uma guerra, não muda coisa alguma da realidade MAS a amargura da derrota é subproduto do uso do futebol como circo nacional, quando o governo e a midia dão importancia excssiva ao circo para dele colher resultados politico-eleitorais e de faturamento no caso das midias.

      Decretar feriado por causa de jogo é parte dessa manipulação, quando dá errado a conta espetada é igual à vantagem que se tentaria colher com a sorte favorecendo a seleção. Quem criou a instrumentação do futebol como maná para tirar vantagens foram essas instituições, midias e governos, nos anos 50, alem obviamente dos grupos mafiosos que em todo o planeta controlam esse negocio rendoso.

  4. ( Terei que desenhar? )

    (Como atualmente quase que só entro no blog ou principalmente deixo alguma música no multimídia perto da meia-noite e logo depois, certamente muitos participantes não vêem os comentários dos que também escreveram algo nessa faixa de horário). Não é só sobre Plínio Sampaio, que discordo de que ele tenha ido pra direita na eleição de São Paulo. O principal é a crença depositada… e uma variante do Anarquismo (já postei ontem ou anteontem em apenas 2 linhas ou 3. Bem , quem tiver saco que veja lá e veja aqui. 

    (do Post-matriz: “Morre, em São Paulo, Plínio de Arruda Sampaio”

    Plínio deve ser perdoado. E como deve! (Terei que desenhar?)

    Teria sido uma reviravolta pra direita? Quero dizer, não teria sido um sinal do que tinha conhecimento do que nós, simpatizantes, de bases militantes, não cohecíamos e continuamos a não conhecer, nem em ir um passo além de nossos sensos críticos?? Somos tão críticos e analíticos??

    De origem católica, creio que assim continuou, talvez tivesse chegado a seu limite de tolerância ao que contrariasse seu sentido de ética e de moral (quem sabe um lado emocional, também) do que somente é restrito À Direção e próximos da Direção – e, olhe lá: um grupo que se preze pela sua segurança, principalmente um grupo calejado pelas infiltrações passadas seja pelos que estiveram a serviço do regime, seja por todo o tipo de gente (terei que citar um participante aquela frase cuja fonte citada não me lembro? Jorge Amado dizendo que “Os melhores homens que conheci na vida foram no Partido; os piores também).

    Grupo que é calejado, agora me refiro , como amostra, aos de centro-esquerda, monitora até, e também, seus pares, todos os tempos,cada passo, todos os caminhos, todas as pessoas pelas quais passaram importâncias (dinheiro) pra, por exemplo, um Caixa 2. Pra receberem integralmente, pra evitar, digamos assim, tristes perdas.

    Não vejamos, simples ou simploriamente, apenas, uma adesão à direita, ou, melhor falando, a um indivíduo dessa direita versus sua saída de um agrupamento de santos, um ou uns deles mito humildes, um ou outro vítima até de julgamento pela midia que faz a cabeça de boa parte da opinião pública, vejam só, que terrível!… Ainda bem que somos superiores e bem politizados, conscientes.

    Santos também caem em tentação. Alguns raros, por seu brilhantismo, desenvolvem-se a longo prazo, ou vão se revelando ao que já trazem potencialmente, e que, em suas atuações, heróis, vítimas, etc. deixam qq Paulo Autran no bolso.

    Num post-comentário no dia de ontem ou anteontem coloco 2 fontes, uma na versão em português, a outra equivalente só que na versão internacional sempre mais completa e com mais colaborações sobre as várias correntes do Anarquismo (tá lá certamente nem lido, apesar de ser em 3 linhas). Uma delas aborda o anarquismo individual, uma subvariante defende que o indivíduo use todos os meios, todos os meios, pra seu benefício próprio (em teoria, pra que o resto da humanidade um dia vir a uma absoluta liberdade e satisfação de suas necessidades).

    Isto é na teoria , mas que abre uma brecha enorme pra carreiristas (dos bons, é claro). O símbolo mais conhecido do anarquismo em geral (principalmente reconhecido no meio da esquerda ou pelos alfabetizados de qq posição ideológica) é a gravata-borboleta. Sim, sei do que já se falou da gravata-borboleta, inofensiva, ridicularizada, que abre portas, simpática até. Uma opção de gosto muito pessoal. Mas aquela vaidade que se iguala a uma habilidade e inteligencia muito acima da média, diria até que muito muuuuuuito acima (que conheci pessoalmente, não só eu – mas minha pouca antena subiu um pouco, então) é a mesma daqueles que cometem uma traquinagem (uso outra palavra pra não ser processado) e que deixam uma pista como charada, divertindo-se com nós todos que não a tenhamos decifrado (no contexto de um percurso em sua vida).

    Assim, e pra usar uma expressão de seminaristas ou influenciado pelo vocabulário de origem religiosa, Plínio deve ser perdoado. E como deve!

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    1. o pior do passarinho engaiolado é que ele gosta.

      e mais de saco cheio com tanta incompreensão. Meu comentário sobre o Post da orte do Plinio foi sobre um ponto. Há outro comentário sobre futebol foi, sim, sobre o contexto. Isolar o fenômeno atual do futebol é manter viseiras. Mário Quntana escreveu muitos aforismos, um deles diz que o pior do passarinho engaiolado é que ele gosta (sem aspas pq. não decorei a frase dele que vai.

  5. Fui no banheiro, – GOL DA

    Fui no banheiro, 
    – GOL DA ALEMANHA!
    – Fui pegar um refri GOL DA ALEMANHA! 
    – Fui pegar pipoca, GOL DA ALEMANHA! 
    – Fui ver o GOL DA ALEMANHA… OUTRO GOL DA ALEMNHA!

    -Fiquei puto, gritei esperniei … Gol da Alemanhã.

    -Xinguei os jodadores … Gol da Alemanhã

    – Mandei o Felipão para pqp … Gol da Alemanha

    – Quer saber, aloprei e mandei geral sifu, pois já estava de saco cheio… não é que o Brasil fez um gol.

     

  6. Segundo a coluna de Lauro

    Segundo a coluna de Lauro Jardim na VEJA, o adiamento da aposentadoria do Ministro Barnosa vai ATRAPALHAR a transição, o que está irritando o Ministro Lewandowski.  Fazer a transição durante o mês do recesso, JULHO, seria o ideal, agora Barbosa frustou esse trabalho, adiou para Agosto, que já é mês de pleno funcionamento, vai ser uma transição muito mais complicada do que se continuasse como vinha sendo feita com sucesso em Julho.

    Acho que o Ministro Lewandowski não precisa se preocupar, não vai haver transição, o Ministro Barnosa vai ficar.

    1. Pois talvez, seja até melhor

      Pois talvez, seja até melhor A.A., todo mundo já sabe como é JB e, como em agosto o recesso já terá acabado e a Copa tb, fica muito mais fácil para todo mundo acompanhar o que está acontecendo. Basta que o Ministro Lewandowski mande tudo o que está acontecendo para a blogosfera. O que não dá mais é para o país ficar a mercê dessas armações. Aliás, vai ser muito bom que o Brasil inteiro saiba que cargos como o da Presidência de um poder, permitem esse tipo de presepada, ou seja, não comportam qq seriedade, capacidade, compromisso, respeito… QQ um pode ser presidente do CNJ/STF pq isso que JB faz qq debiloide pode fazer tb; não há necessidade de todo esse evento de indicação de presidente, sabatina no senado… ridículo… Se um ministro do STF ( presidente, no caso de JB ) tem esse comportamento e essa falta de compromisso com tudo, imaginem os juízes de primeira instância… Aos poucos a estrutura baseada no mérito vai mostrando a sua cara. Acho muito bom que os demais ministros pensem no que está acontecendo no CNJ pq o Ministro Lewandowski mais uma vez, está lutando sozinho; o resto do judiciário está caladinho o que só vem comprovar que temos um judiciário com 500 JB’s para cada Ricardo Lewandowski e, os que são magistrados mesmo, fazem questão de deixar isso bem claro. Não será de todo ruim, o Brasil, finalmente conhecer seu Judiciário para aprender a parar de falar mal dos políticos.

  7. O brasileiro mesmo na derrota é muito engraçado, rs

    Fui no banheiro mijar tava 0x0 , quando eu voltei tava 5×0 ainda bem que nao caguei kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    1. É assim que ter que ser

      É assim que ter que ser mesmo. Perdeu, perdeu… ainda mais de 7X1, tem mais é que levar na zoeira. Coisa mais sem noção ficar fazendo escândalo por conta de jogo de futebol… Tenho paciência pra isso, não. De qq forma, esse resultado foi pra lá de estranho, sobretudo, depois da saída de Neymar e Thiago Silva, ficou parecendo que tiraram os caras para livrá-los do mico que já sabiam que ia acontecer. A punição a Suarez tb teve essa ” cara”  e a saída de DiMaria, tb. Vamos ver se acontece alguma coisa com o Messi mas, sei lá… melhor esperar a Copa acabar pq qq especulação, agora, fica com pinta de choro de perdedor. O fato é que nem uma boma atômica, pode justificar o que aconteceu hoje. Não tem nada de emocional, psicológico, técnico, ausência de jogadores, etc.. que possa explicar, a gente tá vendo um jogo, acreditar estar vendo o replay de um gol e já ser outro. 5 gols em 20 e poucos minutos nem em pelada. Bora jogar pelo terceiro lugar achando ótimo. Parece que essa Copa ainda vai dar muito o que falar e, o mais seguro é estar bem longe da taça. O Brasil fez a sua parte, fazendo uma tremenda de uma Copa para o mundo inteiro; o resto é com FIFA, CBF e Globo. Acredito que Felipão não explicou direito aos jogadores o que era para ser feito; tudo bem que não era para ganhar mas não era para deixar isso na cara do mundo inteiro. Era, para pelo menos, fingir que estavam tentando. Fizeram isso no segundo tempo. Agora, vamos combinar que a Alemanha tb não precisava ter metido 7 gols; qdo a ficha caiu, começaram até a chutar para fora. Gente, Copa é Copa; os dois times erraram na mão hoje e a FIFA, toda enrolada com a PF, só vai avaliar o que aconteceu hoje; amanhã. Vamos ver o que vai acontecer mas acho que a FIFA subiu no telhado. Tinha que ser na #CopaDasCopas; parece que vai ser a última no ” estilo”. 

      1. Desestruturação tática feita

        Desestruturação tática feita pelo técnico causou apagão emocional

        As modificações do time e a desestruturação.

        Ao todo, exceto o goleiro Júlio César e o centroavante Fred, todo o resto do time sofreu alterações profundas. Explico.

        O que foi visto de forma flagrante:

        A – a troca de posição de David Luis e a entrada de Dante.

        B – A manutenção de um time ofensivo com quatro atacantes – Fred Bernard Oscar e Hulk – sem vocação defensiva – isto é, não marcam, cercam, e não tem noção de posicionamento defensivo, contra uma Alemanha com quatro ou cinco jogadores no meio campo.

        Isso, por si só, já é bastante complicado.

        Mas, ainda assim, porque tanta facilidade.

        Mais dois pontos…

        C – desde o início pode ser observado que o lateral Marcelo (posição lateral esquerda) se somava aos atacantes.

        A idéia – aparentemente era fazer Marcelo se somar a Bernard ou com quem caísse na esquerda (Oscar ou Hulk).

        … para isso, deslocou Luiz Gustavo para cobrir o Marcelo e também eventualmente ir ao ataque, como em outros jogos.

        D – Com isso, quem efetivamente passa a fazer o papel do primeiro homem do meio campo, à frente da zaga é Fernandinho – na realidade trocando de posição com Luiz Gustavo.

        Em outros termos, mais uma modificação(que altera duas posições), sendo que esta segunda se revelou tão desastrosa quanto a primeira.

        E – O lateral Maicon, era a outra novidade, ainda que tivesse jogado contra a Colombia, não há como esquecer que era uma novidade.

        Assim, na defesa, temos na realidade 04 modificações – Maicon em substituição a Daniel Alves, Dante no lugar de David Luis, David Luis no lugar de Tiago Silva e Marcelo numa função mais ofensiva.

        Na primeira linha de meio campo – duas alterações – no lugar de Luiz Gustavo, Fernandinho e no lugar de Fernandinho, Luiz Gustavo e, pior, com novas funções.

        No ataque, a priori, com a entrada de Bernard, e com a “rotatividade” de Oscar Hulk e Bernard, a única posição que não foi mexida foi a de Fred…

        Falar em apagão emocional, sim, mas convenhamos, a desestruturação tática do time foi total.

        Esperar que este time funcionasse coletivamente seria o mesmo que esperar um milagre…ainda mais contra uma equipe… organizada e postada de forma a aproveitar a “ofensividade brasileira”.

        Olhem os gols…

        No primeiro gol, que teve origem num escanteio, cedido pelo lateral Marcelo ao retornar de uma suas incursões no ataque, numa falha absurda, o zagueiro David Luiz esquece que está na posição à esquerda da zaga e vai marcar no outro lado deixando seu setor desguarnecido. Muller apenas escora a bola para as redes… fazia tempo que não via tamanha falha de marcação…

        No segundo e terceiro gols, vê-se claramente um Fernandinho a frente da zaga, completamente perdido, e, ao mesmo tempo, um Luiz Gustavo perdido junto a lateral … ao mesmo tempo a coordenação do miolo da zaga e Maicon na cobertura inexistem…

        O quarto e quinto se originam de perda da bola na frente da zaga… fruto não só do descontrole emocional, mas também do descontrole tático… a zaga e o meio campo não sabem seu lugar ou tarefa e nesta confusão viram presas fáceis…

        …. no segundo tempo… com as correções e a diminuição do ímpeto da Alemanha o Brasil passou a ter chances de gol e se mostrou mais consistente, ainda assim, pressionado para buscar um resultado menos humilhante, deixou o campo aberto aos contraataques, uma especialidade do time alemão….

        Agora a pergunta??

        O que leva um técnico com muitos anos de estrada a fazer improvisações que nem um estagiário faria, é que eu nem o Brasil conseguem entender… 

        1. péssima análise

          depois de tudo, depois de jogos anteriores apertados, somente agora depois de um time infinitamente superior, é fácil fazer e aparecerem análises que se restringem ao jogo de ontem. Particularmente, bem antes, já apontava (mas, claro, a galera não concordava, silenciava). Péssima análise, e longa (mais longa de que alguns comentários deste arrogante e chato novato).

      2. Felipão não é culpado

        Felipão não é culpado, quero dizer, todos somos culpados, por nossa mentalidade. Veja comentário mais acima respondendo a um outro comentarista. A equipe técnica e o técnico têm sua parcela, mas refletem arraigadas concepções sobre a vida e sobre nossa realidade brasileira. Dormimos em berço explêndido e nos orgulhamos equivocadamente com isso. Usamos demasiadamente a emoção do que a ponderação que exige distanciamento pra se enxergar o conjunto, mas isso é muito difícil entre nós.

  8. O Oportunista…

    … e enquanto isso, Eduardo Guimarães em seu blog, mostra um “oportunista” que aproveita desse momento tão vexatório para nós:

     

    1. Cala a boca Aécio

      A maioria dos jogadores da Alemanha já havia jogado noutras Copas. Pq Felipão não convocou um jogador como Kaká? A nossa seleção parecia mais time juvenil, coisa feita para brilhar no programa matinal da Regina Casé. A experiência é tudo. Sou leigo em futebol mas sempre me chamou a atenção a presença de espírito e de corpo de seleções como a alemã. Agora sei que era a experiência em campo,  a experiência venceu. Jogadores veteranos fizeram falta. Cala boca Aécio, vc é um inexperiente, o Brasil nào vai correr esse segundo risco, já basta esse.

    2. De volta para o passado

      De volta para o passado 3

      Proposta de Aécio: Voltar 12 anos no tempo, numa época em que emprego era artigo de luxo (12 milhões de desmpregados) , o crescimento do PIB despencava ( não era prioridade do governo), haviam 40 milhões de miseráveis, juros Selic a 45%, apagão eletrico risco Brasil estava acima de 2000 pontos, fuga em massa de investidores do país e muito mais…

       

      Quer mudanças, tudo bem, mas que sejam para melhor.

      Tenha dó…

  9.  
    Antes ser um vira-latas com

     

    Antes ser um vira-latas com dignidade, do que ser um vira-latas que pensa que é pitbull.

    O que a Alemanha fez foi mostrar que jogo de futebol é jogo em equipe, e a tão conhecida seriedade e dedicação germânicas fazem de um time medíocre uma boa seleção, e de um time bom em um matador.

    Não por outra razão as seleções européias vão, sintomaticamente, dominando o futebol.

    Tivemos sorte de jogar contra 2 seleções sul-americanas, uma africana, uma da américa Central e só uma européia.

    Jeitinho brasileiro pode até funcionar as vezes, mas não sempre. O certo é que o Brasil tem de se reciclar.

    Admitir as falhas e procurar melhorar. Fazer planejamento. Ter dedicação e principalmente humildade.

    E mesmo assim penamos.

    Triste foi ver os jogadores pedirem desculpas aos brasileiros. Eles não tem que pedir desculpas de nada, Nós é quem devíamos pedir desculpas a eles por deixar em cima deles a responsabilidade de trazer aos brasileiros um pouco de felicidade que lhe são negadas no dia-a-dia, nas filas dos hospitais, na educação deficiente, nos preços altos dos nossos supermercados, etc.

    Nos governos petistas, humildade, que é uma virtude, virou palavrão. Quanto maior a soberba, maior o tombo.

     

     

     

     

     

     

     

     

    1. Incentivo a Visitantes não-cadastrados

      Creio que o número de visitantes (coo este acima) seja mil vezes maior do que os que pediram cadastramento. Alguns se manifestam de forma crescente pelo pouco que tenho lido comentários (quando o Post-matriz me interessa, cada vez menos, pois são previsíveis, a Irmandade de caserna, de conventos, de aprisionamentos,por exemplo, são previsíveis). Minha opinião sobre o jogo de ontem: Alemanha jogou muitíssimo bem, não é medíocre. O Brssil foi péssimo. Já disse por aqui que eles abandonaram a concepção de Concentração, isto é uma sábia evolução. Enquanto isso, se mantém (talvez avance pior ainda) o autoritarismo (não o mediano a que estamos acostumados  e até nos portamos e incorporamos ), mas me refiro ao um autoritarismo nazistoide dos técnicos, das equipes dos técnicos, e o nosso atraso também em achar que concentração é necessária e boa, ou um mal necessário para a nossa realidade…. O jeitinho brasileiro tem muito de negativo (e não de positivo, numa relação de qualidades do povo brasileiro, como alguém por aqui já citou, equivocada e bairrista-ufanistamente em relação a, por exemplo, suposta frieza alemã, centro européia, por exemplo). Já conheci alemães, todos os alemães que me foram próximos serem realmente (e não de fachada) liberais, soltos, menos preconceietuosos do que brasileiros com seus mitos. Um Ronaldinho Gaúcho não ser convocado por indisciplina militarista é um erro crasso da penúltima Copa e desta Copa. Também, num mesmo comentário, falei disso: não precisa ser “um descobridor do Brasil”, nem um novato que seja metido a besta, basta não ter tanta viseira, basta avaliar sob um distanciamento, refletir com os botões, informar-se um pouco mais (não se conformar com o que a opinião pública e os plim-plins da vida, refletir também sobre os próopros conceitos). É pedir muito? As irmandades se fecham e mantêm convicções que são dogmas não méritos de antiguidades. O mundo muda, lentamente em nossa mentalidade, e, ai se nao surgissem uns poucos, atrevidos, que pulam pra fora do que anda na linha, ou dão contribuições inéditas.

  10. Israel lança 160 ataques

    Israel lança 160 ataques aéreos na Faixa de Gaza e promete prolongar investida militar

     

    Redação | São Paulo – 09/07/2014 – 08p7

     

    “Da nossa parte, essa não precisa ser uma batalha curta”, afirmou o ministro da Defesa israelense, Moshe Ya’alon. Operação já deixou quase 30 mortos

     

    O exército de Israel lançou 160 ataques aéreos na Faixa de Gaza no início desta quarta-feira (09/07), cobrando a vida de mais nove palestinos. De acordo com fontes médicas, como o Ministério da Saúde de Gaza, agora são 28 os palestinos mortos desde o início da operação “Margem Protetora”, iniciada na segunda-feira à noite. O ministro da Defesa, Moshe Ya’alon, anunciou que a investida militar deve crescer nos próximos dias.

     

    Efe


     

    Palestinos em Ramallah queimam pneus em protesto contra a recente investida à Gaza, promovida pelo exército de Israel
     

     

    A maioria dos mortos é civil — incluindo crianças. Além disso, os bombardeios deixaram mais de 200 pessoas feridas. O deputado Ahmed Tibi, árabe-israelense, acusou as forças armadas de estarem cometendo crimes de guerra em Gaza e “propositalmente eliminando famílias inteiras”.

    De acordo com o jornal israelense Haaretz, Ya’alon afirmou que os ataques a Gaza destruíram armas, infraestrutura, centros de comando, prédios e casas de “terroristas do Hamas”. Ele não se referiu às mortes de civis. “Estamos matando terroristas de diferentes estratos, e essa operação irá se intensificar”, disse. “Da nossa parte, essa não precisa ser uma batalha curta. Continuarems a atingir o Hamas e outros grupos terroristas com força.”

     

    Israel já havia informado antes que havia matado em um ataque Abdullah Dyifala, comandante do Hamas identificado como responsável pelo lançamento de foguetes. Em resposta, milícias palestinas dispararam 45 foguetes em direção ao centro e ao sul de Israel, sem provocar vítimas. Sirenes de alerta soaram ontem à noite e esta manhã em Tel Aviv e Ashkelon.

    A violência na região se intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino, incendiado com gasolina enquanto ainda estava vivo. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, fato que foi negado pelo grupo. O crime aconteceu poucas semanas após o Hamas e o Fatah definirem um acordo histórico de reconciliação — criticado por Israel. 

    Poucas horas depois do início da terceira operação contra o Hamas desde que o grupo assumiu o controle de Gaza, em 2007, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a escalada, ao afirmar que prevê uma campanha bélica “conscienciosa, longa, contínua e dura”. O chefe do governo se reuniu em Tel Aviv com os principais responsáveis de Segurança para avaliar as diferentes opções e destacou a possibilidade de uma operação terrestre de grande escala.

    Além disso, o governo já havia autorizado a mobilização de 40 mil reservistas para a fronteira com Gaza, território palestino cercado por Israel e alvo frequente de investidas militares. A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Treze israelenses, sendo 10 soldados, perderam a vida. 

    Reações

    Em comunicado oficial, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, pediu ao governo israelense que freie a ofensiva e cobrou envolvimento da comunidade internacional para evitar uma escalada bélica que poderia levar instabilidade a toda a região. Segundo a agência de notícias oficial palestina Wafa, Abbas também fez “consultas urgentes” com líderes árabes e de outros países para tentar que o executivo israelense volte atrás na operação.

    A Casa Branca condenou o lançamento de foguetes palestino e manifestou apoio ao direito de Israel de “se defender”. Nenhum comentário foi feito sobre a mortes de civis palestinos.

    Na mesma linha se pronunciou a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo  secretário-geral, Ban Ki-moon, condenou o lançamento de foguetes contra Israel e pediu a máxima moderação às duas partes, depois de forças de segurança israelenses iniciarem uma ofensiva contra a faixa.

    “O secretário-geral está extremamente preocupado com a perigosa escalada de violência, que já causou várias mortes e ferimentos a palestinos como resultado das operações israelenses contra Gaza”, disse o porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric, na entrevista coletiva diária.

    O diplomata, que considera “imperativo restaurar a calma”, pediu que todas as partes tenham “a máxima moderação e evitem mais baixas civis e desestabilização”. Ele ressaltou que também é necessário responder à “insustentável situação em Gaza nas dimensões política, de segurança, humanitária e de desenvolvimento” para conseguir uma solução.

     

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/35958/israel+lanca+160+ataques+aereos+na+faixa+de+gaza+e+promete+prolongar+investida+militar.shtml

  11. Qualquer brasileiro, por

    Qualquer brasileiro, por menos entendido em fubetol, poderia prever derrota pra Alemanha. Não passou pela cabeça, nem mesmo dos germânicos, com certeza, que fosse uma partida tão fácil pra eles. Ouvi comentários sobre um apagão do nossos meninos. Entendi depois o que siginifca isso. Parece mesmo que aqueles primeios chutes a gol obnubilaram as mentes dos nosso brasileiros em campo. Ficaram apagados, sem energia. Agora mesmo é que eles hão de carecer de psicóloga. Mas, Brasil é Brasil, e se subiu tantos degraus, tinha que ser por méritos. Não vejo razão para a nossa seleção se sair tão deprimida. Tem que ter dignidade, e saber perder, como em todo jogo da vida.

    Agora, é partirmos para o campeonato que se avizinha. Vai ser uma jogada muito mais suja do que a aprontada pela FIFA. Haja estômago!

     

  12. A solidão da Palestina
     
     
     A

    A solidão da Palestina

     

     

     

    A nova ofensiva brutal contra Gaza revela, uma vez mais, a solidão dos palestinos.

     

    Não podem contar com ninguém que detenha Israel.

     

    por Emir Sader em 08/07/2014 às 03:42

     

     

    Emir Sader

     

    “O mais difícil é ser a vítima das vítimas”, dizia Edward Said, para expressar uma das dimensões dos obstáculos que encontram os palestinos para lutar contra a ocupação israelense de seus territórios.

    A solidão atual dos palestinos demonstra como essa era apenas uma das tantas dificuldades que eles têm que enfrentar para sobreviver. O direito elementar, aprovado há décadas pela ONU, de ter um Estado Palestino, da mesma forma que existe o Estado de Israel, é bloqueado pelo voto dos EUA no Conselho de Segurança e a ONU não faz nada para contornar essa atitude norte-americana.

    A Palestina segue sendo dois territórios descontínuos – Cisjordânia e Gaza -, o primeiro esquartejado pelos muros, violado pelos assentamentos judeus e ocupado militarmente. Gaza, cercada e atacada a cada tanto, impunemente, como de novo agora. Não existe como Estado e se busca que a Palestina deixe de existir como territórios isolados, ao fazer com que seja economicamente inviável e humanamente insuportável.

    Todos deveriam ir à Palestina – à Cisjordânia e, se conseguissem, a Gaza – para ter uma ideia do que é viver sob ocupação de um Exército racista. Para ver o que significam cotidianamente os muros, que separam a vizinhos, a parentes, a crianças que antes brincavam juntas na rua. Como as senhoras palestinas tem que andar quilômetros para poder cruzar para o outro lado da sua rua, submetidas ao arbítrio de jovens militares racistas de Israel, que controlam as passagens.

    Para ver como esse mesmo tipo de jovens saem, de noite, protegidos por forças militares de Israel, para destruir bens dos palestinos, incluindo oliveiras, que tardam um século para crescer. Que jogam lixo nas ruas dos palestino, que tem que colocar redes de proteção para se defender.

    Para sentir como os palestinos são atacados também no seu orgulho, nos seus espaços mínimos de vida, é preciso ir à Palestina, à Cisjordânia e, se possível, também a Gaza.

    Nada de todos estes sofrimentos justifica ações violentas, mesmo se a gente pensa, quando está lá, como fazem os palestinos para não reagir ao terrorismo cotidiano que se exerce contra eles.

    Inclusive para o primeiro objetivo, que é a unidade nacional da Palestina, porque se trata de uma luta contra o invasor, é preciso unir o país para expulsá-lo. O segundo, dada a correlação de forças internacional, é que é preciso contar com setores em Israel que se convençam de que não vale a pena a ocupação permanente da Palestina, com as incertezas que isso traz para os próprios israelenses.

    Hoje se pode dizer que a construção de um Estado Palestino está em ponto zero. Há um acordo de reunificação entre Gaza e a Cisjordânia, mas Israel diz que não negocia com um governo nascido desse acordo por que o Hamas não reconhece o Estado de Israel. Mahmoud Abbas já afirmou que o novo governo o reconhecerá, mas Israel usa qualquer pretexto para não avançar nas negociações, que só podem desembocar no reconhecimento do Estado Palestino .

    A nova ofensiva brutal contra a desprotegida Gaza revela, uma vez mais, a solidão dos palestinos. Não podem contar com ninguém que detenha Israel. Ninguém que se jogue contra os EUA, pela existência do Estado Palestino.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/A-solidao-da-Palestina/2/31328

  13. Quando Jerusalém-2014 faz

    Quando Jerusalém-2014 faz lembrar Berlim-1933

     

    Por Chemi Shalev

    – on 07/07/2014

     

     

     

    Berlin, NS-Boykott gegen jüdische Geschäfte

     

    Jornalista israelense escreve: cenários não são iguais, mas surto de ódio antipalestino estimulado por Telaviv envergonha história judaica

     

    Por Chemi Shalev, no Haaretz | Tradução: Antonio Martins

    Os velhos jornais no Ocidente não terão coragem de publicar essa matéria. Críticas muito duras ao governo israelense vêm da própria imprensa liberal do país. Precisam ser conhecidas, para que setores interessados em paz e justiça no Oriente Médio saibam que podem encontrar apoio em importantes setores da sociedade israelense. Talvez estejam ainda apáticos, por se sentirem isolados em meio à manada que segue a propaganda oficial e a mídia, hegemonizada pelos setores mais sectários (o diário Haaretz, onde foi publicado o texto a seguir tem 10% dos leitores; os demais jornais são controlados por magnatas estrangeiros da mídia conservadora). 

    O artigo faz analogias entre o ambiente de histeria em Israel, estimulado de forma oportunista por políticos da direita, e o que a Alemanha respirou, nos estágios iniciais do nazismo. A publicação de artigos como esse em Israel, embora chocantes, pode ser vista com esperança de que setores existentes na própria sociedade israelense poderão, um dia, virar o jogo. Mas isso só ocorrerá se houver também forte pressão internacional. 

     

    Trata-se de salvar Israel do fascismo, do isolamento internacional, e de estabelecer entre este país e os palestinos bases para um futuro de paz e boa vizinhança, única forma de ambos escaparem da tragédia humanitária que avança no Oriente Médio. (Sérgio Storch)

    Em 9 de março de 1933, os paramilitares camisas-marrons da SA nazista lançaram uma ofensiva. “Em diversas partes de Berlim, um grande número de pessoas, a maioria das quais aparentemente judias, foi atacado abertamente nas ruas e golpeado. Algumas foram feridas gravemente. A polícia pode apenas recolhê-las e levá-las ao hospital”, relatou o jornal londrino The Guardian. “Os judeus foram espancados pelos camisas-marrons até sangrar nas faces e cabeças”, prosseguiu o jornal. “Diante de meus olhos, paramilitares, babando como bestas histéricas, perseguiram um homem em plena luz do dia e o chicoteavam”, escreveu Walter Gyssling, no jornal.

    Sei que você ultrajou-se antes mesmo de chegar ao final do parágrafo anterior. “Como ele ousa comparar incidentes isolados em Israel com a Alemanha nazista?”, você está pensando. “Isso é uma banalização ofensiva do Holocausto”.

    É claro que você tem razão. Minha intenção não é traçar um paralelo. Meus pais perderam, ambos, suas famílias, durante a II Guerra Mundial. Não preciso ser convencido de que o Holocausto é um crime tão único que figura de modo destacado, mesmo nos anais de outros genocídios premeditados.

    Mas sou um judeu e há cenas no Holocausto que estão gravadas indelevelmente em minha mente, ainda que não estivesse vivo à época. Quando assisti vídeos e vi imagens de gangues de judeus racistas de direita marchando pelas ruas de Jerusalém, cantando “Morte aos Árabes”, caçando árabes aleatoriamente, identificando-os por sua aparência ou sotaque, perseguindo-os em plena luz do dia, “babando como bestas histéricas” e golpeando-os antes que a polícia pudesse chegar, a associação histórica foi automática. Foi o que primeiro saltou à mente. Deveria ser, penso, a primeira coisa a saltar à mente de qualquer judeu.

     

     

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    Israelenses queimam a bandeira palestina e gritar slogans racistas durante um protesto anti-palestino em Gush Etzion.

     

    Não é preciso dizer que Israel de 2014 não é “O Jardim das Bestas”, expressão que Erik Larson usou para descrever, em seu livro, a Alemanha de 1933. O governo de Telaviv não é tolerante com o vigilantismo ou os gângsters, como foram os nazistas por algum tempo, antes que os alemães começassem a se queixar de desordem nas ruas e dos danos à reputação internacional de Berlim. Não tenho duvidas de que a polícia fará todo o possível para prender os assassinos do garoto palestino cujo corpo calcinado foi encontrado numa floresta de Jerusalém. Até rezo para descobrirem que o assassinato não foi um crime de ódio [Em 6/7, a polícia israelense prendeu, de fato, pessoas – judeus ortodoxos de extrema-direita – que confessaram a autoria do crime, evidentemente motivado por ódio e racismo (Nota da Tradução)].

    Mas não nos enganemos. As gangues de valentões judeus promovendo caçadas humanas não são uma aberração. Não foi um acesso incontrolável e único de raiva, que se seguiu à descoberta dos corpos de três estudantes sequestrados. Seu ódio inflamado não existe num vácuo. É uma presença marcante, que cresce a cada dia, engolfando setores cada vez mais amplos da sociedade israelense, alimentada num ambiente de ressentimento, isolamento e auto-vitimização, impulsionado por políticos e “especialistas” – alguns cínicos, outros sinceros – que se cansaram da democracia e suas brechas e que anseiam por ver a imagem de Israel associada a um único Estado, uma única nação e, em algum ponto desta espiral descendente, um único Líder.

    Em apenas 24 horas, uma página do Facebook convocando “revanche” pelos assassinatos dos três garotos sequestrados recebeu dezenas de milhares de “curtidas”, e encheu-se de centenas de apelos explícitos para matar árabes, onde quer que estejam. Outra página, pedindo a execução de “extremistas de esquerda”, alcançou quase dez mil “likes”, em dois dias. Além disso, inúmeros textos na web e nas mídias sociais estão inundados de comentários dos leitores vomitando o pior tipo de bile racista e pedindo morte, destruição e genocídio.

    Estes sentimentos foram ecoados nos últimos dias, ainda que em termos um pouco mais velados, por membros do Knesset [o Parlamento israelense], que citam versos da Torah sobre o Deus da Vingança e sua ordem de extermínio dos amalequitas. David Rubin, que descreve a si mesmo como ex-prefeito de Shiloh, foi mais explícito: em um artigo publicado no Israel National News, ele escreveu: “Um inimigo é um inimigo e a única maneira de vencer esta guerra é destruir o inimigo, sem levar excessivamente em conta quem é soldado e quem é civil. Nós, judeus, atiraremos primeiro nossas bombas sobre alvos militares, mas não há, em absoluto, necessidade de nos sentirmos culpados por arruinarmos as vidas, matarmos ou ferirmos civis inimigos que são, quase sempre, apoiadores do Fatah ou do Hamas”.

    Pairando sobre tudo isso estão o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu governo, que insistem em descrever o conflito com os palestinos em tons rudes de “preto e branco”, “bem contra o mal”; que descrevem os adversários de Israel como incorrigíveis e irredimíveis; que nunca demonstraram o mínimo sinal de empatia ou compreensão, diante das reivindicações de um povo que vive sob ocupação israelense por meio século; que fazem pronunciamentos voltados a desumanizar os palestinos aos olhos do público israelense; que perpetuam o sentimento público de isolamento e injustiça; e que, portanto, estão abrindo caminho para ondas de ódio homicida que começaram a emergir.

    Algumas pessoas ensaiarão um paralelo entre a terrível violência de direita que varreu Israel depois dos Acordos de Oslo e a maré crescente de racismo. Em ambas, está implicado o premiê Netanyahu. De seus discursos virulentos na Praça Sion contra o governo da época ao assassinato de Yitzhak Rabin; e de sua retórica antipalestina áspera à explosão horrível de racismo hoje.

    Mas é uma resposta fácil demais. Não basta culpar Netanyahu, sem questionar o resto de nós, Judeus em Israel ou na Diáspora, os que fecham os olhos e os que desviam o olhar, os que retratam os palestinos como monstros desumanos e os que veem qualquer autocrítica como um ato de traição judaica.

    A comparação certamente é válida: a máxima de Edmund Burke – “Para o triunfo [do mal], basta que os homens bons nada façam” – era correta em Berlim no início dos anos 1930 e permanece verdadeira em Israel. Se nada for feito para reverter a maré, o mal certamente triunfará – e não será preciso esperar muito.

     

    http://outraspalavras.net/capa/quando-jerusalem-2014-faz-lembrar-berlim-1933/

  14. São Paulo, o 5 e o 9 de

    São Paulo, o 5 e o 9 de julho: entre o conservadorismo e o antielitismo

     

     

     

    As tensões entre as datas expressam duas vias colocadas até hoje nos embates políticos paulistas: a saída conservadora e a saída antielitista.

    Gilberto Maringoni

     

     Arquivo

     

    Os dias 5 e 9 de julho condensam caminhos pelos quais a história paulista poderia seguir. São dois tabus no estado. Um é esquecido, o outro é exaltado.

    A primeira data marca uma violenta reação ao poder do atraso, tendo por base setores médios e populares. E a segunda representa a exaltação do atraso, capitaneada pela elite regional.

    Dia 5 de julho, há 88 anos, uma intrincada teia de tensões históricas desaguou no episódio que ficaria conhecido como Revolução de 1924. Suas raízes estão no agravamento de problemas sociais, no autoritarismo dos governos da República Velha e em descontentamentos nos meios militares, que já haviam gerado o movimento tenentista, dois anos antes.

    Naquele duro inverno, em meio a uma crise econômica, eclodiu uma nova sublevação. Tropas do Exército e da Força Pública tomaram quartéis, estações de trem e edifícios públicos e expulsaram da cidade o governador Carlos de Campos. No comando, em sua maioria, camadas da média oficialidade. Quatro dias depois, era instalado um governo provisório, que se manteria até 27 de julho. O país vivia sob o estado de sítio do governo Arthur Bernardes (1922-1926).

    Entre as reivindicações dos revoltosos estavam: “1º Voto secreto; 2º Justiça gratuita e reforma radical no sistema de nomeação e recrutamento dos magistrados (…) e 3º Reforma não nos programas, mas nos métodos de instrução pública”. No plano político, destaca-se ainda “A proibição de reeleição do Presidente da República (…) e dos governadores dos estados”.

    Várias guarnições de cidades próximas aderiram ao movimento. Apesar da falta de um programa claro, setores do operariado organizado apoiaram os revolucionários e exortaram a população a auxiliá-los no que fosse possível.

    Bombas, tiros e mortes
    As ruas da capital foram palco de intensos combates, com direito a fuzilaria, granadas e tiros de morteiros. Cerca de trezentas trincheiras e barricadas foram abertas em diversos bairros.

    A partir do dia 11, o governador deposto, instalado nas colinas da Penha, seguindo determinações do presidente da República, decidiu lançar uma carga de canhões em direção ao centro. O objetivo era aterrorizar a população e forçá-la a se insurgir contra os rebelados.

    De forma intermitente, os bairros operários da Mooca, Ipiranga, Belenzinho, Brás e Centro sofreram bombardeio por vários dias. Casas modestas e fábricas foram reduzidas a escombros e cadáveres multiplicavam-se pelas ruas.

    Sem conseguir dobrar a resistência, o governo federal decidiu bombardear a cidade com aviões de combate.

    O fim da rebelião
    Três semanas depois de iniciada, a rebelião foi acuada. Dos 700 mil habitantes da cidade, cerca de 200 mil fugiram para o interior, acotovelando-se nos trens que saiam da estação da Luz. O saldo dos 23 dias de revolta foi 503 mortos e 4.846 feridos. O número de desabrigados passou de vinte mil. No final da noite do dia 28, cerca de 3,5 mil insurgentes retiraram-se da cidade com pesado armamento em três composições ferroviárias. O destino imediato era Bauru, no centro do estado.

    Deixaram um manifesto, agradecendo o apoio da população: “No desejo de poupar São Paulo de uma destruição desoladora, grosseira e infame, vamos mudar a nossa frente de trabalho e a sede governamental. (…) Deus vos pague o conforto e o ânimo que nos transmitistes”.

    As tensões não cessariam. No ano seguinte, parte dos revolucionários engrossaria a Coluna Prestes (1925-1927). Mais tarde, outros tantos protagonizariam – e venceriam – a Revolução de 30.

    Promovida pelas camadas médias do meio militar, o levante ganhou apoio de parcelas pobres da população. Talvez por isso seja chamada de “a revolução esquecida”.

    A revolução que não foi
    A segunda data, 9 de julho, é marcada pelo estopim de uma revolução que não faz jus ao nome. É exaltada e cultuada como uma manifestação de defesa intransigente da democracia, ela faz parte da criação de certa mitologia gloriosa para São Paulo.

    O evento, em realidade, representa a sublevação da oligarquia cafeeira contra a Revolução de 30, que a retirou do governo e se constituiu no marco definidor do Brasil moderno.

    Aquele processo não pode ser visto apenas como uma tomada de poder por um punhado de descontentes. Suas causas envolvem as contrariedades nos meios militares e tensões do próprio desenvolvimento do país. A crise de 1929 acabara de chegar, colocando em xeque o liberalismo reinante.

    A Revolução consolidou a expansão das relações capitalistas, que trouxe em seu bojo a integração ao mercado – via Estado – de largos contingentes da população. O mecanismo utilizado foi a formalização do trabalho.

    As novas relações sociais e a intervenção do Estado na economia – decisiva para a superação da crise e para o avanço da industrialização – implicaram uma reconfiguração e uma modernização institucional do país. A conseqüência imediata foi a perda da hegemonia da economia cafeeira, centrada principalmente em São Paulo e parte de Minas Gerais. Percebendo as mudanças no horizonte, as classes dominantes locais foram à luta em 1932.

    A locomotiva e os vagões
    Explodiu então a rebelião armada das forças insepultas da República Velha e da elite paulista, querendo recuperar seu domínio sobre o país.

    Tendo na linha de frente a Associação Comercial e a Federação das Indústrias (Fiesp), o levante tinha entre seus líderes sobrenomes importantes do Estado, como Simonsen, Mesquita, Silva Prado, Pacheco e Chaves, Alves de Lima e outros. O movimento contou com expressivo apoio popular, uma vez que os meios de comunicação (rádio, jornais e revistas) reverberaram as demandas das classes altas.

    A campanha que precedeu a sublevação exacerbou uma espécie de nacionalismo paulista, incentivado por grupos separatistas. Entre esses, notabilizava-se o escritor Monteiro Lobato. A síntese da aversão local ao restante do país expressava-se na difundida frase, que classificava o estado como “a locomotiva que puxa 21 vagões vazios”, em referência às demais unidades da federação.

    Contradição em termos
    O objetivo do movimento, derrotado militarmente em 4 de outubro, era derrubar o governo provisório de Getulio Vargas e aprovar uma nova Constituição. Daí a criação do nome “revolução constitucionalista”, uma contradição em termos. Revolução é uma ação decidida a destruir uma ordem estabelecida. A expressão “constitucionalista” expressava uma tentativa recuperação do status quo, regido pela Carta de 1891. Se é “constitucionalista”, não poderia ser “revolução”.

    Os sempre proclamados “ideais de 1932” são vagas referências à constitucionalidade e à democracia. Mas não existia, por parte da elite, nenhuma formulação que fosse muito além da recuperação da hegemonia paulista (leia-se, dos cafeicultores).

    Exatos oitenta anos depois, o 9 de julho segue comemorado como a data magna do estado, uma espécie de 7 de setembro local. E os acontecimentos de 5 de julho de 1924 continuam como páginas obscuras de um passado distante.

    A elite paulista voltaria ao poder em 1994, pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso e do PSDB. Seu mote foi dado no discurso de despedida do senado, em 1994: “Um pedaço do nosso passado político ainda atravanca o presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas, ao seu modelo de desenvolvimento autárquico e ao seu Estado intervencionista”.

    Os objetivos desse setor continuaram os mesmos, décadas depois: realizar a contra-Revolução de 30.

    As tensões entre as datas – 5 e 9 de julho – expressam duas vias colocadas até hoje nos embates políticos paulistas: a saída conservadora e a saída antielitista. 
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    Jornalista, cartunista e doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), Gilberto Maringoni é candidato ao governo de São Paulo pela Frente de Esquerda (PCB, Psol, PSTU).

     

    Texto originalmente publicado em 08 de julho de 2012.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Sao-Paulo-o-5-e-o-9-de-julho-entre-o-conservadorismo-e-o-antielitismo/4/31339

  15. Traição a sua identidade

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    Brasil paga com derrota monstruosa a traição à sua identidade

    por SANTIAGO SEGUROLA   Hoje

    Maracanazo foi o adjetivo superlativo que definiu a derrota do Brasil na final do Mundial de 1950. Foi trasladado para a memória coletiva do futebol para representar a surpresa, a dor e a larga ferida de um resultado imprevisto. Parece impossível, no entanto, encontrar uma palavra, um adjetivo, por mais superlativo que seja, que transmita a magnitude da derrota que sofreu ontem o Brasil em Belo Horizonte.

    Não há um momento parecido na história do futebol. Sofreu sete golos da Alemanha, cinco na primeira parte, três deles no intervalo de três minutos. Afundou-se diante da sua torcida , minutos depois de jogadores e adeptos terem entoado fervorosamente o hino brasileiro. Rapidamente chegaram os golos, o espanto e finalmente as vaias. Num país onde o futebol é uma religião, a goleada é mais do que uma catástrofe. Não se sabe o alcance das suas consequências, mas provavelmente terá consideráveis efeitos políticos e sociais.

    Como sucedeu na goleada que a Espanha sofreu diante da Holanda, o resultado convida mais ao choque do que à análise. O Brasil não jogou bem neste Mundial. Não o podia fazer. Não lhe restava nem um grama da sua velha identidade. Contra a Alemanha faltaram Thiago Silva e Neymar, os seus dois melhores futebolistas. Em 1962, o Brasil perdeu Pelé e ganhou o Mundial. No país mais fértil do futebol não deveria haver lugar para Fred ou para Jo. Não é possível um bom Brasil com Luiz Gustavo, Dante, Paulinho ou o atual Maicon.

    A equipa traiu a identidade mais marcada do planeta. E a bofetada foi monumental. No seu campo e no seu Mundial, foi esmagado como uma formiga por um rival que passava a bola e controlava o tempo e os espaços com sabedoria. Essa equipa era a Alemanha, a única que respeitou a herança do velho Brasil.

     

  16. A derrota e a disputa pelo

    A derrota e a disputa pelo imaginário brasileiro

     

     

    O jogral conservador ganhará decibéis redobrados na tentativa de transformar a humilhação esportiva na metáfora de um Brasil corroído pelo desgoverno.

     

    por: Saul Leblon

    A seleção brasileira foi mastigada  até a alma pelas mandíbulas alemãs nesta 3ª feira, na disputa das semifinais da Copa do Mundo.

    Depois de tomar quatro gols em seis minutos no primeiro tempo, a equipe montada por Felipe Scolari  tirou o uniforme e vestiu o manto de um zumbi coletivo.

    Morta, arrastou-se  pelo gramado do Mineirão,  de onde saiu carregando o fardo de  uma goleada histórica por 7 x 1.

    A derrota atinge a estrutura do futebol brasileiro.

    A exemplo  do que ocorreu  na economia nos últimos trinta anos, o futebol viveu um processo de primarização.

    Clubes que deveriam ser fontes de talentos, com forte investimento em categorias de base,  tornaram-se exportadores  de brotos verdes.

    Ao ensaiarem seu diferencial nos gramados, garotos  já são monetizados e remetidos a clubes do exterior,  que cuidam de completar sua formação. 

    Alguns,  caso de  David Luiz, só para citar um exemplo,  voltam depois consagrados, quase desconhecidos aqui, para compor uma seleção que convive mais tempo no avião do que nos gramados.

    Nas cadeias da globalização da bola, o Brasil se rendeu ao papel de fornecedor de matéria-prima.

    A dependência financeira dos clubes em relação às cotas de transmissões esportivas dos grandes campeonatos regionais e nacionais é outro torniquete da atrofia que explodiu no Mineirão.

    As redes de tevê  ficam com a parte do leão da publicidade milionária das transmissões futebolísticas –fonte de uma das maiores audiências da televisão brasileira.

    Donas do caixa, redes como a Globo, fazem gato e sapato dos clubes, obrigando jogadores a uma ciranda insana de tabelas e competições que se sobrepõem em ritmo alucinante, para servirem à conveniência das grades e da receita publicitária.

    É praticamente impossível sobreviver fora da ciranda e, dentro dela, impera o imediatismo: não há tempo,  nem recurso,  para investir em formação de atletas nas categorias de base.

    A pressão brutal por resultados –-se  não ‘subir’  ou, pior, se  ‘cair’, o clube perde a cota da tevê–  obriga dirigentes à caça insaciável por jogadores tarimbados, em detrimento da revelação própria nos quadros juvenis.

    A reiteração entre audiência e cotas premia os clubes maiores criando um círculo de ferro que condena o grosso das demais agremiações  à marginalização.

    No triênio 2016/19, por exemplo, a Globo prevê pagar  R$ 4,11 bi por direitos de transmissão no Brasil. Desse total, três clubes, Corinthians, Flamengo e São Paulo ficarão com quase R$ 500 milhões.

    O restante será rateado pelas agremiações  do resto do país.

    No futebol inglês e no alemão, o critério é mais equânime.

    Na Alemanha a verba é  dividida em cotas iguais entre todos os clubes. Na Inglaterra, 70% do total é dividido em partes iguais, ficando 30% para ‘prêmios’ por classificação e audiência.

    Na Alemanha, ademais, há uma rede capilarizada de escolas de futebol, que compõe um sistema nacional  de formação de atletas, revelação de talentos, bem como preparação de técnicos e juízes.

    Centros de treinamento de alto nível  focados em categorias de base, como o do São Paulo FC, são raros no Brasil, que viu morrer o celeiro do futebol de várzea sem que se pusesse nada no lugar.

    Adestradas na lógica da mão para a boca, as torcidas se transformam em certificadoras dessa engrenagem sôfrega.

    Não raro com o uso da violência, cobram  resultados e  contratações  milionárias  dos cartolas, que usam o álibi das uniformizadas para a rendição incondicional ao mercantilismo esportivo.

    Ao contrário da equidistância que seus candidatos cobravam de Dilma ainda há pouco, quando o time de Felipão  avançava na classificação, a derrota nacional na Copa do Mundo certamente será explorada pelo conservadorismo.

    A disputa pelo imaginário brasileiro ganhará decibéis redobrados a partir de agora, na tentação rastejante de  transformar  a humilhação esportiva  na metáfora de um Brasil  corroído pelo ‘desgoverno petista’.

    O tiro pode sair pela culatra.

    A tese não é apenas  oportunista.

    Ela é errada.

    O que acontece é simplesmente o oposto.

    A estrutura do futebol brasileiro, na verdade, está aquém dos avanços sociais e políticos assistidos  no país nas últimas décadas.

    Há um descompasso entre a sociedade e o gramado.

    A caixa preta da Fifa  –reafirmada no intercurso entre cambistas e filhos de dirigentes, como se viu em episódio recente no Rio de Janeiro– é apenas a expressão global do sistema autoritário e nada transparente dominante em várias ligas nacionais.

    A do Brasil, com a CBF, é um caso superlativo.

    Dominada por um punhado de coronéis da bola,  requer um corajoso  processo de oxigenação, equivalente à  reforma  preconizada por Dilma para o sistema político brasileiro.

    Trata-se de democratizar os centros de decisão, bem como as legislações relativas à compra e venda de atletas, evitar sua venda precoce ao exterior,   ademais de remodelar os circuitos das competições e libertar o caixa dos clubes da tutela asfixiante das tevês, para que possam , de uma vez por todas, converterem-se, de fato, em  academias de formação e difusão esportiva.

    O conjunto atinge diretamente o núcleo duro dos  interesses e valores com os quais o conservadorismo compactua  para voltar ao poder.

    A quem desdenha da necessidade de um planejamento nacional em qualquer esfera –da industrialização, ao direcionamento do crédito, passando pelo controle de capitais e do câmbio–  cabe perguntar: se não temos uma política nacional para o futebol, como se pode pleitear uma seleção nacional à altura das  nossas expectativas?

    Enquanto ficamos na dependência de um Neymar, o grupo  da Alemanha joga junto há 10 anos.

    Pode-se manipular o imaginário da derrota na catarse das próximas horas. Mas será difícil sustentar o oportunismo  se ele for confrontado com uma visão clara e desassombrada das linhas de passagem que podem devolver ao futebol brasileiro o brilho que ele já teve um dia, e ao seu torcedor, a alegria trincada neste  sombrio oito de julho de 2014.

     

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/A-derrota-e-a-disputa-pelo-imaginario-brasileiro/31340

    1. Faltou os “empresários” do futebol, donos dos passes

      Na foto com o Mick Jager tinha o iraniano que foi dono do corínthias, Jurra não sei das quantas, que têm o passe de 8 jogadores da nossa seleção.

      Quem é o dono do time?

      Mais ainda, este é mais um, como os que foram presos pela polícia, que não gostam do Brasil e queriam vingança.

      Este pessoal que cuida do Pão & Circo no Brasil estão dando bobeira com o Circo. e com o Pão.

      Não me parece ser o melhor movimento.

  17. Copa

    Do blog do Professor Hariovaldo:

    http://www.hariovaldo.com.br/site/2014/07/08/dinheiro-desviado-impede-a-compra-da-copa-por-dilma/

     Barão de Munchausen8 de julho de 2014 at 20:34

    Confrades,

    O Kajuru estava certo. Tudo estava acordado. Acontece que o pagamento foi desviado. Os alemães ficaram muito irritados e quando os alemães ficam irritados tudo pode acontecer. Deu no que deu. Quem pagou o pato foi o pobre do Júlio Cesar que, perplexo, viu sete bolas penetrarem no seu arco.

    E por falar em Sete…

    O CMAPP – Centro Munchausen de Análises e Pesquísas Políticas – informa:

    PASSA-SETE APOIA AÉCIO!

    Em sorteio realizado na sede paulistana do CMAPP foi escolhida para visita a cidade de “Passa-Sete” (RS).

    A bela cidade gaúcha de Passa-Sete, localizada na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense, próxima à cidade de Segredo, é habitada por 5.159 passa-setenses aecistas.

    Conhecidos pela sua extrema dedicação à nossa causa, os passa-setenses estão fazendo um extraordinário trabalho de proselitismo político em favor da candidatura Aécio em toda a mesorregião..

    Fontes cemapianas qualificadas atestam também o grande favoritismo de Aécio nas cidades mineiras de Passa-Quatro, Passa Tempo, Passa-Vinte e Passabém e na cidade potiguar de Passa-e-Fica.

    Avante Aecistas! Vamos reduzir nossos adversários a pó já no primeiro turno!.

     

  18. Meritocracia e Redução da Desigualdade

    Você defende mal o que parece ser seu ponto de vista.

    Para combater desigualdades sociais e econômicas, deve-se atacar a meritocracia? O ataque à meritocracia resolve desigualdades? Claro que não.

    A redução das desigualdades passa por caminhos muito diferentes deste seu ataque. Um deles é educação pública (gratuita) de qualidade, desde o pré-primário. E aí entra a meritocracia. Não há sistema de educação de qualidade que não se assente nela. Boas escolas são aquelas em que os melhores alunos e professores têm reconhecimento e recompensa, sendo sempre estimulados a melhorar. Sistemas de educação que NÃO se assentam no primado do mérito (onde todos são promovidos independentemente de aproveitamento, como a tal da progressão continuada, que, aliás, foi praticada no Rio e São Paulo) ACENTUAM a desigualdade. Se você quer de fato ajudar a reduzir desigualdades, um caminho é ajudar a construir uma educação pública, aberta a todos, de qualidade, assentada, por isso, na meritocracia.

    A redução das desigualdades passa, também, por sistema público (gratuito) de saúde de qualidade. Novamente, para que tal sistema seja de boa qualidade, tem de se assentar na meritocracia, óbvio. Aos melhores profissionais de saúde, as melhores recompensas e o maior reconhecimento. É claro que os melhores profissionais de saúde têm de ser reconhecidos, pois produzem melhores resultados para a população; além disso, a todos profissionais é passada a clara mensagem de que, quanto melhor trabalharem, melhor serão recompensados. Como, em geral, as pessoas buscam reconhecimento e renda, de preferência por caminhos éticos, o primado meritocrático contribui para a elevação da qualidade do sistema como um todo. Ademais, contribui para a melhoria das condições de trabalho, pois compadrio e nepotismo são enfraquecidos, reduzindo injustiças. Uma vez que a população em geral tenha acesso a serviço público de saúde que ofereça atenção pré-natal de qualidade, orientação e acompanhamento pós-natal de qualidade, programa vacinal de qualidade e remédios quando necessário, haverá a tendência das pessoas ficarem em pé de igualdade na aquisição de conhecimento nas escolas públicas e privadas. Como se vê, também por este caminho redutor de desigualdade, a meritocracia é essencial.

    Há, ainda, para ajudar a reduzir a desigualdade, necessidade de garantir a segurança alimentar da gestante e filhos. Assim, você também pode ajudar a reduzir as desigualdades contribuindo para melhorar a eficácia e a eficiência do Bolsa-Família. Mas veja, sistemas eficazes e eficientes requerem comprometimento da organização com a qualidade, e isto só se consegue sob a meritocracia. Os funcionários do sistema têm de estar comprometidos com a qualidade e, para tanto, os que mais contribuírem para a qualidade do programa, aqueles com mais mérito, têm de ser recompensados. Ademais, além das condicionalidades para permanecer no programa, as famílias que tirarem melhor proveito dos benefícios, e um critério de avaliação do aproveitamento do benefício é o desempenho escolar dos filhos (mérito), têm de ser premiadas. A premiação das famílias cujos filhos tenham melhor desempenho escolar estimulará as demais a buscar o mesmo resultado, reduzindo a desigualdade. Aqui, igualmente, o sistema meritocrático é fundamental.

    É claro que, em tese, você poderia tentar trilhar o caminho de uma revolução socialista que estatizasse os meios de produção, acabando teoricamente com explorados e exploradores, reduzindo, assim, a desigualdade, mas não parece haver condições para tal, tanto agora, quanto em futuro visível. Talvez, por este caminho, se conseguisse trilhá-lo, você reduzisse desigualdades, mas, não se iluda, mesmo e principalmente nele, a meritocracia seria essencial. Leve em conta, porém, que política é a arte do possível.

    A meritocracia não é invenção capitalista, meu caro. Vem de muito antes, vem de antes da civilização, da época em que mais éramos primatas do que humanos. A natureza nos impôs a competição para ter o privilégio de procriar: machos tinham (e têm) de lutar entre si, um processo de seleção dos com mais mérito (mais forte e mais adaptado ao ambiente, e, agora, com mais fama ou dinheiro, ou cultura, isto é, tanto antes, quanto agora, com mais poder) para usufruírem do privilégio. O propósito do processo é produzir descendência com mais chances de sobreviver, e não o de perpetuar desigualdades, como você diria. E, em verdade, na natureza, tudo é competição, e só os melhores, isto é, os com mais mérito, sobrevivem. Isso é bom? Essa competição toda é boa? Não, não é, mas é assim, trata-se de fato da vida que acontece há muito tempo e por toda parte. Meritocracia não é invenção capitalista.

    É claro que um sistema meritocrático feito por humanos pode e deve ter características “humanas”, ou melhor, humanistas, que amenizem os efeitos adversos da competição inerente aos sistemas meritocráticos. Contudo, não se pode abdicar da meritocracia, e não se abdica: mesmo os que a combatem, na hora de escolher um médico em situação de crise, por exemplo, escolherão sempre o que tiver mais mérito (conhecimento, comprometimento com o doente, mais experiência etc.) dentro de suas possibilidades. Fora da meritocracia, repito, não há salvação.

    Dada a pergunta que me faz, vê-se que você quer enriquecer e quer enriquecer sem trabalhar. No entanto, você diz que meu comentário é pequeno burguês e reacionário! Seu desejo revelado na pergunta, um ato falho, ele, sim, é burguês (não sei se pequeno-burguês): ficar rico explorando a mais valia alheia, pois sem trabalhar. Quanto reacionarismo esconde o seu coração, meu caro.

    Atacar a meritocracia e o trabalho, como você faz, não leva a nada. Em vez de atacar e tentar destruir, ofereça soluções, ajude a construir. Destruir, e infundadamente, só atrapalha.

  19. As fotos mais bonitas da Copa

    Estas duas, sem dúvida:

    As duas piores: 

    Aqui, uma análise objetiva do jogo, com fotos reveladoras, que os “jornalistas” brasileiros de futebol, passionais e amadores, jamais conseguirão produzir: 

    http://babb.telegraph.co.uk/2014/07/anatomy-of-a-drubbing-how-and-why-brazil-were-annihilated-by-germany/

    E aqui, uma foto da Avenida Brasil (o meio de zaga da Seleção):

    http://www.nytimes.com/interactive/2014/07/08/sports/worldcup/brazil-vs-germany.html?smid=tw-nytimes

  20. Acidentes de trabalho no

    Acidentes de trabalho no Brasil: uma tragédia não denunciada

    http://www.brasildefato.com.br/node/29118

    Público PT

    Em artigo, Jacqueline Carrijo, auditora fiscal do Trabalho, expõe os números e condições alarmantes dos acidentes de trabalho no Brasil que, segundo ela, é “tsunâmico”: uma média de 700 mil por ano

    08/07/2014

    Por Jacqueline Carrijo

    É com pesar e muito respeito a todas as vítimas que escrevo as linhas abaixo. 

    O número de acidentes do trabalho no Brasil é tsunâmico. A média é de 700.000 por ano. A má gestão, a falta de educação e cultura de segurança nas empresas, falta de fiscalização pela falta de auditores fiscais do trabalho e estrutura eficaz do MTE, as economias perigosas, o lucro a todo custo favorecem as tragédias humanas  que atingem trabalhadores todos os dias no Brasil. E enquanto o Governo brasileiro e todas as autoridades do trabalho não tratarem esse assunto com a seriedade, responsabilidade que ele exige, não temos expectativas que haverá reduções. 

    Para conhecimento leiam os dados oficiais da previdência social para ter uma noção, pequena amostra da quantidade de acidentes. Eu digo amostra por que os dados não revelam a dimensão real, fiel do problema.  Afinal de contas a regra nacional é a sub notificação ou a não comunicação do acidente do trabalho. Todas as autoridades do trabalho (juízes, procuradores, auditores fiscais) sabem disso. Enfrentamos esse problema todos os dias,  mas a não comunicação é uma realidade nos vários setores econômicos. Há falta de dados dos informais e informação insuficiente dos militares, servidores públicos (munic/est/federais – professores, policiais, profissionais da saúde, motoristas não têm dados de acidentes do trabalho fiéis à sua real condição de trabalho).  

    Milhares de trabalhadores e suas famílias sofrem com mortes, mutilações, distúrbios mentais provocados por ambientes do trabalho inseguros. Isso é muito sério, grave. Além da dor,  sofrimento que cada pessoa carrega, desagregação familiar, de aumentar a pobreza haja vista que a morte, mutilação, afastamentos temporários e permanentes das pessoas do trabalho agravam a pobreza – será que alguém duvida ou não conhece as dificuldades de sobrevivência dos trabalhadores acidentados e suas famílias? -,  mostra de maneira evidente e sangrenta a que ponto chega a discriminação, desigualdade social no Brasil. 

    A falta de acesso à educação pública de qualidade em todo o território nacional, a falta de boas e seguras oportunidades de trabalho/emprego empurram os trabalhadores para correr riscos de doença e morte no trabalho para garantir a sobrevivência. Eu fui formada com o conceito de que TRABALHO É VIDA, e como AFT ocupo cargo que existe para proteger a vida, mas o que vejo no meu exercício funcional é que o trabalho está matando, mutilando, adoecendo crianças, jovens, velhos, homens, mulheres. E sim, há muito trabalho infantil no Brasil e muitas crianças adoecem e morrem no trabalho, também…O trabalhador está sendo tratado com insignificância e a construção de uma sociedade livre, justa, pacífica, solidária considerada apenas um sonho bonito dos idealistas, e não um objetivo fundamental do Estado brasileiro.   

    Nós, auditores do trabalho, estamos no esforço nacional para reduzir os acidentes, as desigualdades que atingem trabalhadores rurais, do setor de transportes, saúde, frigoríficos, teleatendimento, construção civil, indústria…. Mas hoje estamos num momento crítico, além do nosso número super reduzido de auditores que prejudica a aplicação das normas de proteção e do trabalho eficaz incessante do setor patronal de retirar a autoridade dos AFTs, temos que dedicar esforços e lutar muito  para manter normas de proteção. 

    NR 12, 31, a Lei 12619 (revogada) vieram da conquista tripartite, da luta da classe trabalhadora, mas que hoje estão sob ataque,  e os trabalhadores cada vez mais ameaçados de doença e morte nos ambientes do trabalho. É essa a herança dos políticos desse governo? O selo institucional de morte e abandono da classe trabalhadora? A regulação da restrição de direitos? Eu digo isso com profunda tristeza. Eu coordeno e executo missões institucionais, faço investigações de acidentes, trabalho, realizo fortemente trabalhos para prevenção de agravos mas não sem me comover, sem sofrer junto com os trabalhadores, famílias com todos que buscam no Estado a esperança de justiça. 

    Eu tenho posição definida. A desregulamentação, a suspensão, a revogação de normas protetivas existentes por outras que desprotegem a vida coloca o Estado, a União, os Governos e todas as entidades que apoiam as mudanças prejudiciais são tão responsáveis quanto os gestores públicos e privados que desprezam a vida, a saúde e segurança dos trabalhadores. 

    NÃO PODEMOS ADMITIR RETROCESSOS SOCIAIS. ISSO É INCONSTITUCIONAL, ILEGAL, IMORAL, DESUMANO.  ENTIDADES DE CLASSE, DEFENDAM OS  TRABALHADORES NÃO PERMITAM QUE ISSO ACONTEÇA.    

    A NR 12  veio para salvar vidas, mas os interesses econômicos novamente estão falando mais alto e há risco grave de suspensão desse norma de máquinas e equipamentos. Nós, auditores do trabalho, junto com o SINAIT (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho) lutamos pela manutenção da NR 12, NR 31 (trabalho rural) , da Lei 12619 (lamentavelmente revogada na semana passada e que também veio para salvar vida de trabalhadores motoristas), defendemos o art. 149 do CP, lutamos por mais AFTs. Lutamos para defender os trabalhadores de todos os abusos que são cometidos, até mesmo os praticados pelo governo. É dessa instituição ISENTA que faço parte, e que tem a obrigação legal de velar pelo fiel cumprimento das normas de proteção dos trabalhadores.  

    Mas a nossa luta, que é a luta de todos os trabalhadores brasileiros, está sendo perdida. Os trabalhadores estão perdendo todos os dias direitos, garantias, e onde está a reação contundente das entidades de classe? Denúncias na OIT, pedidos para as entidades…nada resolve. O MPT, MPF entrou com medidas judiciais para contratação de mais AFTs, mas até agora continuamos com o quadro super reduzido. Matam nossos colegas e não há punição, matam trabalhadores no trabalho e tudo fica por isso mesmo sem condenação criminal, retiram direitos da classe trabalhadora e as entidades de classe não reagem…Que País é esse? Da injustiça, da impunidade, da indiferença com os interesses coletivos relevantes para a elevação social. 

    Eu confesso que fiquei muito abalada com os últimos acontecimentos, com as batalhas que estamos perdendo, mas mesmo assim continuamos, realizamos esforço nacional para defender a classe trabalhadora de todos os ataques que estão sofrendo as normas conquistadas para proteger os trabalhadores. Mas eu pergunto: aonde está a classe trabalhadora para defender os seus direitos e interesses? É preciso que as Centrais Sindicais, Confederações, Federações, Sindicatos impeçam todos esses retrocessos, prejuízos iminentes que ameaçam a integridade física, mental, identidade moral dos trabalhadores brasileiros. Como cidadã e auditora fiscal do trabalho estou indignada com todos os esforços exitosos dos maus empregadores que favorecem as mortes, doenças, a pobreza dos trabalhadores brasileiros. E mais indignada ainda com a falta de reação eficaz das entidades de classe. Mas a minha revolta não provoca constrangimento algum, não muda nada. O que eu posso fazer é desabafar e continuar trabalhando. 

    Eu fico analisando tudo que está “sobrando” para defender os trabalhadores, e pensando: ATÉ QUANDO OS TRABALHADORES FICARÃO INERTES, EXPECTANTES? É intolerável tanto desrespeito, tantos maus tratos. É preciso REAGIR. 

    Jacqueline Carrijo é auditora Fiscal do TrabalhoCoordenadora das Auditorias do Trabalho no Setor de Transportes de Cargas e Passageiros-SRTE/GOGoiania-GO

     

  21. Querido Brasil, precisamos conversar

    http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/querido-brasil-precisamos-conversar/2014/07/09/

    Do blog da Rosana Hermann.

    Querido Brasil, precisamos conversar

    j0FXcgw Querido Brasil, precisamos conversar

    Querido Brasil,

    É claro que eu estou triste, magoada, chateada, me sentindo derrotada e cheia de vergonha. Foi um vexame o que aconteceu com a gente, não tem palavra melhor. Mas é na derrota que a gente mostra quem é, mostra o caráter. Porque na vitória, assim como na riqueza, todo mundo é lindo e feliz. Quero ver quem sobrevive a um tsunami e reconstroi tudo. Mas vamos lá, vamos pro que faz sentido, a lição que a gente tira de tudo isso.

    Deixa eu respirar fundo. Inspirar, soltar o ar. Pronto.

    Vamos começar pelas coisas boas.

    Brasil, você é abençoado em muitos, muitos sentidos. Quer ver? Nosso jogo de cintura.. Da capoeira ao samba, que coisa mais linda o nosso corpo que dança! Faz a gente rir até do Príncipe inglês tentando dar uns passinhos. Aliás, o ‘passinho’ dos garotos é mais uma prova desse dom pro remelexo. E o ritmo? Cara, não tem quem não se contamine com nossas baterias de escola de samba, o Olodum, as batidas nas antigas caixas de fósforo. O Brasil todo canta e dança do seu jeito, o mundo inteiro nos aplaude. Somos bons de hardware e de software, uma mistura perfeita de quadril com ginga!

    E a nossa intuição? Meu D’us como eu amo isso. Parece que a gente tem um canal a mais com o divino, todos nos religamos mesmo com o Cosmo. Sem falar da nossa fé, que é quase um patrimônio histórico.

    Nem vou falar do talento pro esporte e pro futebol, porque a surra de salsicha que a gente levou ontem da Alemanha ainda tá doendo. Mas a gente sabe que temos uma sabedoria corporal impressionante.

    E tem a alegria, a hospitalidade, a simpatia, a empatia, todos esses campos de sentimentos e afetos que a gente sabe que domina aqui no Brasil. A prova disso é que povos de todo o mundo que vieram pra copa estão encantados com a gente. Vieram, ficaram e querem voltar! Somos, no sentido mais amplo do termo, encantadores. Encantamos com o olhar, o sorriso, o abraço.

    Somos físicos, somos quentes.

    Tem outra coisa que a gente tem, mas cai numa região complicada, a sensualidade. Digo complicada porque tem uma linha perigosa que separa a liberdade da exploração sexual de crianças, uma das coisas mais horríveis que temos aqui.

    Mas antes de partir pras coisas ruins, vamos a mais algumas coisas maravilhosas que você tem: a criatividade e o bom humor.

    Sério, a capacidade de criar, inventar, a forma ‘safa’ de sobreviver, a competência pra inventar piada de tudo, desde dar nome pra nova onde de gripes até criar programas de humor, somos o máximo.

    Mas aí começa o problema. A mesma criatividade e capacidade de inventar que a gente tem, é aplicada na forma de corromper tudo, de subverter qualquer tipo de ordem com o ‘jeitinho, de burlar o que foi combinado com o maldito legado da Lei de Gerson.

    Somos um pais imenso, lindo, tropical, com a melhor fauna e flora, com praias, estrelas, matas, um povo cheio de malemolência!

    Afinal, o que é que está dando errado??

    Eu tenho um palpite:

    – estamos confundindo ALIMENTO com TEMPERO.

    O Brasil tem TEMPERO BOM. O melhor tempero do mundo. Tempero é a mistura de detalhes, do sal com pimentinha, do toque do dendê com o côco (fodam-se os acentos) , da salsinha, cebolinha e coentro. TEMPERO é o nosso forte.

    Comida sem tempero é horrível. Alimenta, mas não dá prazer. É como comer papel ou viver de pílulas de astronauta. Tempero é essencial.

    Mas só de TEMPERO não dá pra viver!

    BRASIL, acorda pra vida que é isso que a gente tá fazendo!

    Estamos usando MAL todos os nosso temperos naturais, a alegria, a criatividade, o bom humor,  como se eles fossem ARROZ, FEIJAO, BIFE E ALFACE!

    A gente tem que ter o ALIMENTO BASICO pra depois temperar!

    Que alimento básico?

    Educação, competência, organização, concentração, coragem, espírito de equipe, bom senso, discernimento!

    Essas coisas que a seleção alemã tem e a nossa não!!!

    Você é adorável, Brasil, e eu te amo de verdade.

    Mas pra gente continuar junto, você vai ter que rever alguns conceitos.

    A criatividade é o tempero, mas o conhecimento é o alimento.

    O feriado é o tempero, mas a produtividade é o alimento.

    O Plano B, a saída inteligente, são temperos, mas seguir o que foi combinado, como a Constituição, a Lei , tem que ser o alimento básico.

    Nesse momento, o prato de arroz feijão que a gente precisa é aprender com os vencedores.

    Vamos copiar a limpeza dos japoneses, a capacidade de reconstruir um pais arrasado por um cataclisma. Vamos copiar o jeito grato dos colombianos (esquece o Z…) para com a cidade de Santos. Vamos copiar a organização e RESPEITO DIGNO da seleção alemã que venceu sem nos humilhar.

    Não é pra parar de ser alegre, mas essa ~zuera~  infinita e ilimitada vai nos transformar em hienas perdedoras e histéricas.
    Zuera é legal como sobremesa, mas não adianta dar um único brigadeiro pra uma criança desnutrida em uma vida!
    Falta BASE pra gente!

    Vamos copiar a Coreia que fez uma revolução educacional!

    Brasil, mostra tua cara, antes que outra Alemanha arranque nossa máscara! 

    Você tem TUDO pra dar certo, Brasil, mas você tem que querer. E trabalhar. E parar de se ILUDIR.

    Brasil, pare com essa bobagem de apenas ‘acreditar em seu sonho’ e esperar que ‘caia do céu’.

    D’us dá pra quem se ajuda, quem cedo madruga, quem batalha!

    Viver de se enganar, de fingir, de hipocrisia social, de fofocar 24 horas por dia, de zoar 12 meses por ano, só vai nos levar ao… D’usdará. Ao vexame.

    Brasil, levanta. Levanta, sim. Mas mantenha a espinha ereta.

    Sacode a poeira. Sacode sim. Mas depois passa um ASPIRADOR ou VARRE a poeira que caiu em vez de deixar LIXO PRO OUTRO LIMPAR.

    Dá a volta por cima, sim, mas por cima da nossa própria VERGONHA , sem se sentir POR CIMA dois outros com inveja e desejo de ser superior.

    Tempero, Brasil, é o seu talento.
    Mas tempero só faz efeito se tiver comida pra temperar.

    No momento, não temos prato nem alimento.
    E ainda fica a dor de saber que temos água, mas não temos a copa.

    Chora, sim, Brasil.
    Chora, porque o choro é a última prova de que ainda existe vergonha, no bom sentido.
    Vergonha é a dor de descobrir a distância entre a ilusão sonhada e a realidade vivida.

    Como se explica o 7 a 1?

    Fácil.

    Além da Alemanha ganhar  a gente ainda perdeu.
    Foi uma pororoca entre o esforço e o otimismo, entre o preparo e a improviso, entre o conhecimento e a intuição.

    Brasil, vamos lá.
    Vamos crescer, amadurecer.
    Porque a fruta madura é a que gera sementes e novas árvores.

    Pra frente, Brasil.
    Mas antes de ir pra frente, olhe sempre pra verificar que não estamos diante de um precipício.

    Te amo, Bra.
    #tamojunto

     

    Rosana,

    uma brasileira

  22. Sobre Luciano Huck, Dunga, Barbosa e seleção brasileira

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/adilson-filho-2.html

    Do blog do Azenha.

    Adilson Filho: Luciano Huck ter mais acesso à seleção brasileira é o retrato do consórcio Globo-CBF

    publicado em 9 de julho de 2014 às 15:18

    aecio-neves-e-luciano-huck-comemoram-juntos

    por Adilson Filho, especial para o Viomundo

    Eu gostaria de falar só uma coisa aqui e essa é exclusiva pra quem já chutou, pelo menos, ‘uma laranja de fim de feira’ num golzinho de rua. Sete a um foi um placar mentiroso, isso mesmo, fictício, um sete um, pra inglês ver.

    O jogo de ontem, se fosse levado ao “pé da chuteira” pelos alemães – que foram sim piedosos conosco – ,teria um placar de 10, 11 a 0 (pelo menos). Dos 35 min do primeiro tempo pra cima, o que aconteceu não foi um jogo de futebol de Copa do Mundo, mas uma concessão de um time de marmanjos a outro time ‘café com leite’ que até um 1 golzinho foi dado de lambuja.

    HUMILHAÇÃO ABSOLUTA DO MAIS ALTO NÍVEL jamais vista!

    Esse é um ponto, alguns outros:

    1. Eu tenho análises sobre o trabalho de Felipão, desde 2001, quando assumiu e fez a pior preparação da história da seleção, inclusive de 2002, quando, numa Copa fácil pra gente, fez de tudo, mas de tudo, para que perdêssemos.

    2. O vexame incomensurável do futebol brasileiro numa Copa do Mundo não se deu ontem não. Para refrescar a nossa memória, isso aconteceu no baile do Zidane em 2006, naquele trem da alegria fajuto de Ronaldinho Gaúcho & cia, cheio de gente obesa, arrogante, de brinquinho, bandana, comandadas pelo maior engodo do futebol nacional: Carlos Alberto Parreira.

    3. Em 2006, Dunga, um homem honrado, líder, capitão do tetracampeonato, um atleta nato, sério e honesto, chegou para dar uma cara ao que havia sobrado do nosso futebol…

    Reuniu o que pode de uma geração acabada melancolicamente na birita, na lasanha e no sebo da vaidade , deu um padrão a equipe (goste-se ou não os saudosistas) e ganhou TUDO o que viu pela frente, espancando as grandes seleções como Portugal (6 a 2), Inglaterra, Itália duas vezes, Argentina toda hora e de goleada, Uruguai lá dentro depois de 30 anos.

    Ainda ganhou ainda Copa América de forma inquestionável, Confederações idem, teve a melhor campanha do Brasil em eliminatórias com duas rodadas de antecedência (!) e que perdeu, sim (pois perder é do futebol), por um gol, num jogo para a seleção holandesa onde ainda abrimos o placar.  Seleção essa que hoje tá aí mostrando sua força e que venderia o título mundial pra Espanha caríssimo e no ‘último minuto’ da prorrogação…

    4. Pois Dunga, por ter cometido o ‘pecado’ de barrar os privilégios daquela emissora do Jardim Botânico, foi tratado como um pária da nação, um lixo humano, tendo sua cabeça inclusive enterrada numa lixeira da Comlurb, ironicamente, na capa de um jornal imundo.

    5. Pois bem, no dia seguinte à sua retirada a CBF vai ao “Bem amigos” (Ricardo Teixeira, que ainda podia circular livre por aí, na época), de corpo presente, e devolve a seleção brasileira para Rede Globo de Televisão.

    Abreviando muito, o resultado está aí. Volta Parreira (aquele do vexame de 2006).  Volta Felipão, essa mesma mentalidade atrasada e bronca, mas alinhada ao consórcio Globo-CBF, onde Luciano Huck tem mais acesso com seu helicóptero aos jogadores da seleção do que jornalistas esportivos de outras emissoras e isso é inaceitabilíssimo!

    6. Não custa lembrar que foi o menino dourado da Vênus Platinada – o organizador efusivo da campanha de Aécio Neves no Rio de Janeiro – que, durante a Copa do Mundo, incentivou as mulheres brasileiras a “se darem bem” e arranjarem seu gringo por aí.

    Pois são essas e outras pessoas de mesmo naipe que obtiveram novamente os privilégios outrora negado quando Dunga era treinador.

    7. Hoje, no meio a disso tudo que tá aí que já nem sei mais o nome, eu honro e louvo aqui o nome desses dois atletas dignos demonizados pela nação. Barbosa, nosso goleiro de 50, um sujeito simples que morreu quase literalmente de desgosto e injustiçado , e Dunga que nos deu um título mundial , que na Copa seguinte, em 98, foi lá e bateu de novo aquele pênalti, e que fez um trabalho digno e bem avaliado (por quem entende pelo menos) como treinador.

    Ao mesmo tempo, eu mando, sim, para o quinto dos infernos toda essa corja sem vergonha, arrogante e perversa de cartolas corruptos, jornalistas indecentes e treinadores medíocres /prepotentes que destruíram de forma muito competente, ao longo dos anos o futebol brasileiro, até chegar ao dia mais escroto (não tenho outra palavra) da história desse esporte que dificilmente será superado por outra seleção.

    Vocês conseguiram esse feito inédito, mas pela linha torta que vocês escreveram o nome do nosso futebol na história, no dia de ontem, dois homens tiveram a sua honra lavada – um ainda está vivo, e volta a ter o seu lugar na galeria dos grandes, o outro já morreu, mas pode descansar a paz dos justos, que pra vocês, poderosos senhores da vaidade, nunca importou nada mesmo.

  23. (Novamente solicito meu descadastramento o mais rápido)

    Olá, solicito novamente meu descadastramento o mais rápido que lhes forem possível.
    antecipadamente grato,

    (Enviado, internamente, ao Blog pelo Contato )

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