IBOPE responde a GGN: dados do Jornal Nacional estão corretos

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O IBOPE divulgou nota em resposta ao Jornal GGN sobre a publicação “Jornal Nacional altera resultados da pesquisa Ibope-CNI“. Na reportagem, é apontada a divergência entre dados fornecidos pelo Instituto e aqueles transmitidos pelo Jornal Nacional, da Rede Globo. “Esclarecemos que tanto os dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), quanto aqueles apresentados pelo Jornal Nacional, no dia 17 de dezembro, estão corretos”, disse o IBOPE.
 
Na publicação do GGN, foi informado que a pesquisa IBOPE apresentou números de aprovação do governo Dilma Rousseff em crescimento, representando aumento de popularidade da presidente. Entretanto, o Jornal Nacional teria divulgado uma série histórica não mencionada no material do Instituto, que provocaria o inverso: uma queda de aprovação no governo.
 
“Ocorre que a CNI divulga apenas os dados das pesquisas contratadas por eles, cuja periodicidade é trimestral (março, junho, setembro e dezembro). Já o JN apresentou as variações incluindo dados de levantamentos do IBOPE Inteligência feitos no mês de outubro, a pedido da TV Globo”, explicou o IBOPE.

 
“Como as pesquisas contratadas pelas duas instituições têm a mesma metodologia, as informações podem ser comparadas”, concluiu, na nota oficial.
 
Leia a nota na íntegra:
 
Esclarecimento IBOPE Inteligência
 
Em relação às pesquisas realizadas pelo IBOPE Inteligência que apresentam a avaliação do Governo Federal de acordo com a opinião do brasileiro, esclarecemos que tanto os dados apresentados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), quando aqueles apresentados pelo Jornal Nacional, no dia 17 de dezembro, estão corretos. Ocorre que a CNI divulga apenas os dados das pesquisas contratadas por eles, cuja periodicidade é trimestral (março, junho, setembro e dezembro). Já o JN apresentou as variações incluindo dados de levantamentos do IBOPE Inteligência feitos no mês de outubro, a pedido da TV Globo. Como as pesquisas contratadas pelas duas instituições têm a mesma metodologia, as informações podem ser comparadas.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

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  1. E porque cargas d’agua

    E porque cargas d’agua comparar outubro e pular direto para dezembro? Como a gente diz: explica, mas nao justifica. Neste caso, justifica, mas nao explica!!!

  2. Estamos em dezembro, um

    Estamos em dezembro, um levantamento feito em outubro , no mínimo esta desatualizado.  Faltou a pesquisa de novembro encomendada pela globo. Um atraso destes levanta dúvidas do interesse deles em  mostrar o crescimento da aprovação de Dilma. Talvez estejam esperando outra queda de aprovação no futuro para ir de encontro ao editorial deles.

  3. Ta Explicado!

    Nassif: me desculpe, mas às vezes você não sabe ler nas estrelas a mágica dos “Institutos” . São a mesma fonte o IBOP inteligência e o IBOP boataria. A pesquisa, também, é só uma. O resultado vai distribuido, distintamente, para a “inteligência” e para a “boataria”.  Os textos seguem diretamente para a RepubliKa de Hyghienopolys que, após aprovação do Farol de Alexandria, são entregues, por sorteio, à grande mídia televisiva, via JN, e à grande mídia impressa, via algumas revistas e jornais do PiG. Como a “metodologia” é a mesma, tanto faz, como tanto fez. O querem é bagunçar, cruzando “boatos” e “mentiras” entre si. Sempre fizeram assim, por quê mudariam agora?

  4. Adivinha quem está errado?

    15 de outubro = 54+40+6 = 100

    23 de outubro = 56+38+5 = 99

    24 de outubro = 58+37+5 = 100

    17 de dezembro= 52+41+8 = 101

    Em duas datas as contas não fecham. Principalmente 17 de dezembro onde a soma passa de 100%. Pelo jeito o estagiário tá sem calculadora.

  5. Parabens, Nassif: Você é

    Parabens, Nassif: Você é aquele menino que com o dedo num insignificante buraco de um  dique, salvou a Holanda de uma inundação catastrófica.  O discurso do Tófoli, com certeza teria sido outro, não fosse seu alerta; tudo detalhado, passo a passo. Nada a ver com o texto da matéria, mas tudo a ver com o seu contexto.

  6. se compararmos os dados

    se compararmos os dados anteriores às manifestções de 2013

    então a dilma caiu bastante, não é mesmo?

    é manipulação, óbvia.

    “o que é bom para o governo progressista a gente omite.

    o que é ruim a gente divulga”.

    o arquivo do entulho autoritário chamado grande mídia

    parece um SNI  da era ditatorial.

  7. IBOPE jacta est, pesquisa feita por repetentes em Matemática.

    Intervalo de confinça:em pesquisas estatísticas, divulga-se como “intervalo de confiança” a probabilidade de a pesquisa ser refeita e dar os mesmos resultados. Usa-se por padrão, em pesquisas eleitorais, o intevalo de 95%. Significa que se a pesquisa for repetida 100 vezes, em 95 os resultados estarão dentro de erro pretendido (em torno de 2%). Na Bahia d todos os orixás, davam a vitóri para governador do candidato da Direita. Venceu a esquerda. Houve um erro de mais de 20%,inaceitável por quaisquer padrões existentes. Mas o IBOPE justificou o erro. Quem justifica confundir um rato com um elefante, justifica qualquer coisa.

    1. Na Mosca!

      Tadeu: parabéns pela aula sobre “pesquisa estatística”. Esta de “intervalo de confiança” eu não conhecia. Penso ser aquela que o PiG denomina “margem de erro”. Mas seus detalhes são ricos e instrutivos. Sempre achei que o leitor do Nassif fosse bom de raciocínio. Mas alguns, como você, são melhores. O IBOPE não é “apenas”; é “mais um”, que se vale desta ciência feita para ajudar o mundo a entender quantitativamente as coisas, mas que, por obra e graça de um bando da escória humana, vem sendo usada para deturpar os fatos e enganar os de boa fé das pessoas. Obrigado pelos esclarecimentos.

  8. Arredondando a raiz quadrada….

    IAh, para informação do distinto leitorado: uma pesquisa assim sempre dá em números quebrados. Na TV, eles são arredondados. mas há critério: 0,5% a 0,9%, arredonda-se para cima. 0,4% a 0,1%, arredonda-se para baixo. Mas deve-se investigar as tendências, para a soma dos arredondamentos dar exatamente 100%. Se isso não for observado, haverá pesquisas com mais e menos de 100%. Não se esqueçam, na verdade, uma pesquisa dessas pode ter umas 5 casas decimais.

    1. muda tudio para nao mudar

      Como sou igual ou pior que 90% dos brasileiros que estao C…. e andando para o que pensa o cartel midiatico.Raciocino com a minha burrissima “aritimetica”,que se eu enfiar a cabeça num micro ondas a 50 graus e enfiar os pes num freezer a 50 negativos,tenho 25% de media nas pesquisas e garanto que vai chover nessa semana mais de 80% do previsto para os proximos 3 meses.Ah! A Petrobras vai plantar cana para fabricar cachaça e lançar açoes em Toquio.O turismo em Cuba aumentou devido ao imaginario midiatico e tem muito neguinho classe media alta esperando ver comunista sem batina comendo crianças nas ruas.Colecionador de carros ja pensa em trocar uno a alcool pelas reliquias que andam e rodam em Cuba.Disparou o Nasdaq dos buicão.

  9. O terceiro erro.

    A Globo manipulou informação agora em dezembro e pode ter sonegado informação em outubro, na antevéspera da votação de 2º turno.

    Quando, por casualidade, assisti à noite a reportagem do Jornal Nacional sobre o assunto, já havia lido antes, durante a tarde, no site da Folha o resultado da pesquisa CNI/IBOPE.

    A minha impressão foi esta: a Globo manipulou dados com a intenção de transformar o que era aumento da popularidade da Presidente Dilma no seu contrário. E não estava errada minha impressão, pois, enxertar dados de uma pesquisa em outra é manupulação.

    O IBOPE informa que amba têm a mesma “metodologia”. Pois bem, isso  significa que tem a mesma base de dados, o mesmo número de entrevistados e a mesma margem de erro?

    Enfim, na manhã seguinte, comentei no post do do Nassif:

    “A Globo cometeu dois erros grosseiros:manipulou dados estatísticos, dados podem ser verificáveis, e desconsiderou a internet. Manipulou à noite dados já conhecidos porque divulgados nos portais à tarde. Manipulou dados às 21hs e 3 hs depois, a manipulação já estava divulgada e os dados apresentados.

    Só resta a Globo buscar um laudo do perito Molina “provando” que havia um segundo objeto na pesquisa”.

    O segundo objeto eu já desconfiava qual era. Os dados enxertados referiam-se à pesquisas realizadas na campanha eleitoral.

    Pois aí pode estar o terceiro erro grosseiro. Não assisto a Globo, mas quem assite pode me dizer se, na antevéspera da votação do 2º turno, a Globo apresentou esses resultados que mostravam a aprovação da presidente em uma ascendente com um pico de aprovação de 58%.

    Se não mostrou, manipulou agora e sonegou essa informação dos eleitores na época.

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