Indústria paulista ganha força após sete meses de queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Atividade sobe 1,3% em janeiro, mas vendas reais caíram 0,3%

Jornal GGN – A atividade na indústria de transformação paulista aumentou 1,3% em janeiro sobre dezembro, interrompendo as quedas registradas desde maio último, segundo pesquisa elaborada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Depecon/Fiesp/Ciesp).

Entre os indicadores de conjuntura, a variável Horas Trabalhadas na Produção registrou avanço de 1,6% na passagem de dezembro para janeiro e foi a principal influência positiva na formação do INA no período. A variável Total de Vendas Reais teve contração de 0,3%, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,5 ponto percentual.

Comparado a janeiro do ano passado, o INA teve um recuo de 11,5%. Segundo os dados apurados, a recuperação de janeiro foi puxada pelo segmento de móveis, com alta de 2,8%, variável com descontos dos efeitos sazonais, mas quando comparado janeiro último com janeiro de 2015, o setor acusou queda de 2,4%. Sobre o mês anterior, as vendas reais cresceram 9,7% e as horas trabalhadas, tiveram alta de 1,2%. Já o Nuci permaneceu estável.

Em termos setoriais, o índice do setor de móveis avançou 2,8% na passagem de dezembro para janeiro, já descontados os efeitos sazonais. Das variáveis acompanhadas, a maior alta, de 9,7%, foi o Total de Vendas Reais. As Horas Trabalhadas na Produção avançaram 1,2%, ao passo que o NUCI ficou estável (0,0 ponto percentual). Frente a janeiro de 2015, o INA do setor apresenta retração de 2,4%.

O INA do setor de metalurgia apresentou leve queda (0,4%) na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, já descontadas as influências sazonais. Todas as variáveis de conjuntura consideradas na formação do resultado geral apresentaram desempenho negativo. As Horas Trabalhadas na Produção caíram 0,3%, o Total de Vendas Reais teve queda de 1,7%, e o NUCI apresentou contração de 0,6 ponto percentual.

O INA do setor de minerais não metálicos (entre os quais o cimento representa cerca de 50%) sofreu retração de 3,7% em janeiro, frente ao mês anterior, na série já dessazonalizada. Houve queda nas três variáveis do indicador: Total de Vendas Reais (-19,8%), Horas Trabalhadas na Produção (-1,1%) e NUCI (- 1,5 ponto percentual). Todos esses resultados estão livres de efeitos sazonais. Em comparação com o mesmo mês de 2015, o setor caiu 13,1%.

Em nota, o diretor do Depecon, Paulo Francini, diz que o resultado do INA de janeiro “é um número pequeno”. Em 2013, 2014 e 2015 a alta em janeiro foi maior que a verificada em 2016. “Eu diria para deixar o otimismo de lado e considerar isso como uma coisa normal dentro de um cenário de queda.”

Na análise do Depecon, a atividade industrial nos próximos meses deverá ter resultados fracos, devido ao cenário adverso, evidenciado por um conjunto amplo de indicadores econômicos, como a confiança do empresariado, que persiste em níveis historicamente deprimidos. A projeção para o INA em 2016 é fechar o ano com uma queda de 5,3%, após recuar 6,2% em 2015 e 6% em 2014.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. É só não deixar o dólar ficar

    É só não deixar o dólar ficar tão desvalorizado, como estava antes. Substituição de importações vem primeiro, depois exportações.

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