Levy diz que ajuste não deve afetar direitos trabalhistas

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira (4) que o ajuste fiscal deverá ser feito sem retirar direitos trabalhistas. De acordo com ele, as medidas propostas pelo governo, como as medidas provisórias 664 e 665, que alteram as regras de acesso ao seguro-desemprego e ao seguro-defeso, “não retiram nenhum direito do trabalhador”.
 
“Fazer os ajustes necessários é absolutamente indispensável para retomarmos o caminho do crescimento. Esse ajuste tem de ser distribuído por todos os setores. Obviamente os trabalhadores estão dispostos. Teremos de fazer isso sem retirar nenhum direito dos trabalhadores.”
 
“O PT já se posicionou a favor da 664 e da 665, que são medidas extremamente importantes e, com essa característica, elas não retiram nenhum direito do trabalhador, ao contrário, elas fortalecem a Previdência Social. Elas estão dando uma disciplina para o seguro-defeso”, acrescentou em entrevista à imprensa após participar de evento comemorativo aos 15 anos do jornal Valor Econômico, em São Paulo.
 
O ministro disse ainda que o ajuste fiscal afetará o setor empresarial em curto prazo e que, em médio prazo, as medidas trarão um ambiente sustentável para o setor. “As empresas também terão de se adaptar a uma situação talvez menos cômoda no curto prazo mas, tenho certeza, muito mais proveitosa, sustentável, no médio prazo. Impossível querer viver de maneira permanente com acomodações, até desonerações, que talvez refletissem o momento passado”, disse, lembrando que as políticas anticíclicas do governo esgotaram sua capacidade de produzir resultados.

 
Levy espera que o ajuste fiscal seja aprovado pelo Congresso ainda no primeiro semestre. Segundo ele, o ajuste é apenas uma primeira etapa de um ajuste maior, o ajuste econômico, que pretende colocar em prática em 2016. “A postergação não é uma boa política. E o medo de fazer um ajuste rápido não é um bom conselheiro. Até porque o ajuste é uma primeira etapa. O ajuste fiscal é uma primeira etapa do ajuste econômico, que nós teremos que fazer para responder à mudança do cenário mundial. A mudança do fim do ciclo das commodities”, disse.
 
O ministro destacou também que a aprovação no Congresso está condicionada a um esforço do governo para o esclarecer os parlamentares sobre as medidas. “Quando os deputados entendem o que está ali, quando não é vencido por um slogan, que tenta colocar uma coisa que não é verdade, quando alguém tenta fazer política em cima de alguma coisa que não é política, há um enorme conforto.”
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

9 Comentários

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  1. A próxima é ele dizer que a

    A próxima é ele dizer que a Terra é quadrada e que terceiriação não precariza o trabalho.

    Impressionante o esforço que faem para mudar a realidade com palavras.

  2. Esse levy é um pau-mandado do

    Esse levy é um pau-mandado do Mercado. É óbvio que as políticas anti-cíclicas não esgotaram a sua capacidade de produzir resultados, o que NUNCA produziu resultado algum, ou antes, sempreproduziu resultados negativos para o País, é a leniência do Governo com as ZELITES ZELOTES sonegadoras OFFSHORE inimputáveis. O resto é trololó de fundamentalistas do ‘mercado’, o queridinho das mesmas ZELITES ZELOTES de sempre.

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  3. Esse levy é um pau-mandado do

    Esse levy é um pau-mandado do Mercado. É óbvio que as políticas anti-cíclicas não esgotaram a sua capacidade de produzir resultados, o que NUNCA produziu resultado algum, ou antes, sempreproduziu resultados negativos para o País, é a leniência do Governo com as ZELITES ZELOTES sonegadoras OFFSHORE inimputáveis. O resto é trololó de fundamentalistas do ‘mercado’, o queridinho das mesmas ZELITES ZELOTES de sempre.

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  4. Nenhum direito afetado. Só

    Nenhum direito afetado. Só temos pagar a conta do ajuste, afinal o 1% da população mais rica que possui 60% da riquesa nacional não pode arcar com a parte que lhe cabe nos custos, né%

    Ademais, o que é um por cento da população, né mesmo. Deixa que nóis, os 99% paga.

  5. Maravilha! O Levy falou…

    É quanto basta! Se o Levy falou, já me sinto aliviado!

    “Profundo”, o cara, né não? Saca a frase: “Quando os deputados entendem o que está ali, quando não é vencido por um slogan, que tenta colocar uma coisa que não é verdade, quando alguém tenta fazer política em cima de alguma coisa que não é política, há um enorme conforto.”

    É isso aí: Levy, o “pro_fundo”

  6. Pensão por morte temporária e de 50%

    Eu acho que a proposta do governo foi perversa e burra. Em vez de combater as fraudes, aplicando redutor em função da diferença de idade entre o aposentado e o suposto esposo/a oportunista, tipo homem com 80 anos e esposa com 20, diferença > 20 anos, eles sacrificaram todo mundo. Retrocesso social. Cadê o Imposto sobre as Grandes Fortunas? Os trabalhadores e aposentados perdem sim. E muito!!! Pior só o PLC 30/2015, da terceirização selvagem, que o Eduardo Cunha tirou do inferno.

  7. Empresário não não trabalhar com taxa de retorno negativa

    Qualquer pangaré monetarista sabe, e o FHC aprendeu tarde demais,  ser improvável o Brasil, ou qualquer país possa crescer de maneira auto-sustentada se governo mantem  custo do capital continuadamente superior à remuneração média dos  investimentos produtivos .  Não existe razões para proteger interesses de banqueiros, exceto para potencial sócio.

    Empresário não é suicida, não faz filantropia de trabalhar com taxa de retorno negativa.

    A redução da taxa SELIC de juros de 13.5%.a.a.. é a atitude fundamental para a retomada do crescimento e que produzirá o alivio fundamental das contas publicas do Brasil  R$ 2.4 TRI@ R$324 bilhões por ano de despesa de juros. E manter taxas superior a média internacional é PREVARICAÇÃO.

    Levy é transparente para Dilma e para toda torcida corintiana , elE viaja para prestar contas para investidores estrangeiros. Quanto mais tempo prorroga o sangramento prometido pelos tucanos…. Que felicidade, que felicidade ..

    Ações e discursos de Levy  são as principais causas da brutal queda do PIB nacional e aumento da inflação,depressão e desemprego de 2 dígitos, repeteco de Fraga no comando do governo do intelectual sociólogo.

    Logo o melhor ajuste econômico  de Dilma a ser enviado ao congresso é avisar o fim desses patéticos discursos / lavagem cerebral do Ministro da Fazenda.  Simples, por efeito da avaliação de desempenho proceder a demissão.

     

     

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