O choro potiguar de Diogo Guanabara e a Banda Macaxeira e Jazz

Passei um final de semana agradabilíssimo em Natal, uma das cidades mais simpáticas do país e terra natal do meu saudoso amigo, seu Nestor.

Como em outras partes do país, há uma molecada fantástica no choro, convivendo e aprendendo com as grandes referências da música local.

Aqui, o grupo Diogo Guanabara, Macaxeira e Jazz. Pela foto da contracapa, dá para fazer que é um pessoal muito jovem. O CD é de alguns anos atrás. Estive em uma rodada com eles, agora. Diogo tornou-se um multiinstrumentista e arranjador de primeiríssima. É nome certo para o cenário nacional.

Fiquei surpreso em saber que ele se iniciou no bandollim aos 9 anos, depois de ouvir o meu “Roda de Choro`. De uma família simpatícissima, quatro irmãos feilhos de um casal adorável, a mãe, pedagoga, contou que até os 9 anos Diogo era hiperativo, não conseguindo se concentrar em cada e alvo de constantes reclamações da escola.

Quando descobriu o choro, encontrou o rumo. Conseguiiu domar sua hiperatividade, tornou-se centrado, o mais metódico dos irmãos, segundo a mãe, e canalizou a energia para o empreendedorismo cultural. É dele a iniciativa de realizar anualmente o Festival de Choro do Rio Grande do Norte, celebrando os grandes nomes do choro e da canção potiguar.



Luis Nassif

2 Comentários

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  1. Talentos natalenses

    Diogo Guanabara e Macaxeira Jazz é o nome dessa turma que eleva a música instrumental norte-rio-grandense. E eu, que tomava uma cerveja com os pais de Diogo, quando ele dedilhava as primeiras notas, fico muito feli z em ver o reconhecimento de um chorista com Nassif.

  2. Voltei a Natal, minha cidade

    Voltei a Natal, minha cidade de nascimento, após muita décadas vivendo entre Rio e Brasília. Bairrista não sou, porém entendi desde cedo que neste meu lugar sempre existiu uma cultura artística variada e importante, que só carecem, de há muito de incentivos, sendo, a meu juízo, o maior deles, a me causarem espanto: a falta de integração entre tantos; possível inveja de alguns, ou mesmo a ausência de amor pela cidade, ou estado.

    Já tive oprotunidade de aqui revelar esse sentimento triste que trago no peito contra meus conterrâneos, ao mencionar a Rainha do Chorinho, Admilde Fonseca, ou Núbia Lafaiette, uma das maiores vozes desse país, entre tantas personalidades artísticas, ou não, mas que deram ao RN um nome, uma voz, sem que os próprios daqui sobessem reverenciá-las devidamente.

    Tudo que vi após a morte de Admedilde e Núbia, de mais importante, foi através de emissoras de telvisão de São Paulo, considerando que Ademilde foi contemporânea das grandes artistas de rádio, como Ângela Maria, e tantas mais, que vinham a Natal para se hospedarem na casa de uma irmã.

    Antes de inciarem as divulgações dos eventos da Copa, a miss Brasil eleita foi uma garota de Natal. Muito elegante e bela, essa moça teve todos os mimos do mundo de todos os cantos, menos da própria terra. 

    Há pouco tempo soube que Roberta Sá, ua grande cantora, é daqui de Natal. Marina Elali fez e faz sucesso muito mais lá fora que em Natal.

    Enfim, isso são apenas algumas lembranças que me chegam neste momento pra expressar o que sinto desse meu povo, que, embalados também pela imprensa local, seguem muito mais os padrões de fora, esquecendo o tesouro que há aqui dentro.

    Certamente o jornalista, e conhecido músico Luiz Nassif não veio aqui por mero acaso, mas para dar força e prestígio a quem, por certo, mereceu com sua presença de mestre. 

    Infelizmente não pude estar na UFRN nesses dias de espetáculo musical, por falta de companhia, mas fiquei antenada, e pude ver alguns vídeos pelo meu Face.

     

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