Saudades do bom futebol e do bom jornalismo, por Ricardo Amaral

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Sou de uma geração privilegiada. Tínhamos o melhor futebol do mundo, e jornais que buscavam sintonia com a alma do país, na vitória e na derrota. Hoje não temos uma coisa nem outra. Basta comparar como os jornais brasileiros se comportaram em dois momentos de dor nacional: as derrotas da Seleção na Copa de 1982 e na de 2014.

Jornalismo e sensibilidade na capa  do Jornal da Tarde em 82. Escárnio e grosseria nas capas de ontem:

Em 82, fomos consolados pela crônica de Carlos Drummond de Andrade, elevada a capa de Esportes do Jornal Brasil e ilustrada por um Chico Caruso que não existe mais. Drummond lambia paternalmente as feridas de um país atônito, e nos convocava a retomar a vida:

Ontem, na capa do UOL,rancor e xenofobia sem sentido contra a Argentina; resumo do incontido desejo de vingança contra a realização bem-sucedida da Copa no Brasil:

Minha geração conheceu o JT, o JB e Telê. Não vou chorar.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

72 Comentários

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  1. comparar a copa de 82 com a

    comparar a copa de 82 com a de 2014 é desonestidade intelectual… as manchetes refletem o que foi uma e o que foi outra… em 82 não houve vergonha, apenas tristeza por um timaço que por alguma razão não ganhou, mas nos deixou orgulhosos.

    1. Desculpe, rapaz: desonesto é

      Desculpe, rapaz: desonesto é tentar medir a intensidade da dor da alma como se mede audiência de TV. Dor é dor, e cada geração lida com a sua. Só posso imaginar o impacto da derrota de 1950 pelo testemunho do meu pai: ele me disse que chorou pela única vez na vida. Minha derrota geracional foi a da Seleção do Telê. A dos meninos de hoje, deve ser a do 7×1. O que nos reserva o futuro?

      Não sei se você era nascido em 1982. Não sei se você reuniu os amigos e fez festa em casa, apesar da ditadura, porque tinha certeza de que aquela seleção era a melhor, talvez a melhor de todos os tempos. Não sei se você sabe o que é perder para uma Itália apenas mediana, com um time de Sócrates, Zico, Cerezo, Falcão, Luizinho, Éder e Oscar (o original). Não podíamos culpar ninguém por aquela derrota (embora muita gente, inclusive os jornalistas esportivos, tenha criticado Telê por não ter levado Reinaldo e por deixar Roberto Dinamite no banco, por confiar demais em Junior, por ter levado Serginho Chulapa). Diante do sobrenatural, só podiámos culpar alguém lá em cima.

      Você, eu e os meninos experimentamos ontem a dor da humilhação. Não sei se você sabe o que é a dor da injustiça. Em 82, nós soubemos. E os jornais ajudaram o país a lidar com esse sentimento. Desculpe, rapaz: desonesta é a imprensa pautada pelo marketing, que não fez uma cobertura crítica ao time do Felipão. Desonesto é controlar os cordeis financeiros do futebol e fingir que não tem responsabilidade pelo resultado.

       

      1. cara, que viagem, a seleção

        cara, que viagem, a seleção de 82 nos deixou orgulhosos, nem sempre o melhor vence… agora foi vergonha futebolística (não vamos misturar nisso o caráter dos jogadores)… por que as manchetes, críticas teriam que ser semelhantes? cada coisa que aparece por aqui… valew

        1.  
          Tem gente que não sabe ler

           

          Tem gente que não sabe ler e tem gente que simplesmente não quer. Nos dois casos, discutir é perda de tempo.

           

          1. ler

            Sabemos ler sim ricardo, acho que o problema de vcs de esquerda que pessam com o figado e não com o cerebro.

          2. Tou pensando com as

            Tou pensando com as palpebras.

            Alguem pode apertar uma estrelinha, por favor?  Eh que eu dormo com esse tipo de comentario…

          1. a questão não é de estomago,

            a questão não é de estomago, seu problema é que a manchete do uol não foi ao gosto petista.

          2. Pepe você não é legal

            Não sou petista.

            A questão é: é a Copa das copas, sim. O placar de 7 X  1 até reforça isso. A UOL pode achar que não é, mas é.

    2. Falei exatamente isso com
      Falei exatamente isso com meus filhos qdo o Jornal Nacional ousou comparar os dois momentos. 82 foi festa o tempo todo, um dos melhores times que já tivemos,até a frustração do Sarriá. O que aconteceu agora foi totalmente diferente. Apenas vexame.

  2. A capa da uol (falha de sp) com

    “o Brasil acordou, o 7 x 1 e Argentina na final, cadê a Copa das Copas” é um resumo do que é hoje a falha de sp. e por extensão TODA a mídia corporativa “brasileira”.

    Alias nem olho mais nem as manchetes dessas “coisas”. E dizer que de 1978 a 1991 eu não passava um dia sem ler uma Folha de SP que não existe mais há anos.

  3. Todas as reportagens foram

    Todas as reportagens foram infelizes, mas nenhuma supera a do Globo de hoje:

     

    Fla-Alemanha derrotou seleção brasileira com Rivelino e Pelé no Maracanã – http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/fla-alemanha-derrotou-selecao-brasileira-com-rivelino-pele-no-maracana-em-1976-13208057

     

    O Globo associa um Flamengo de 1976 com a Alemanha de hoje por causa da camisa? A FlaPress já foi mais contida. Tem tudo para virar um clássico do jornalismo esportivo parcial.

  4. A escola do colunismo social

    A escola do colunismo social venceu.

    Hoje a nossa imprensa é fofoqueira e sensacionalista.

    Não consegue abordar mais nenhum tema com seriedade e profundidade.

    1. Olha, esse Ricardo Amaral não

      Olha, esse Ricardo Amaral não é aquele Ricardo Amaral, este é o problema do datilografismo precisatismo digital!

  5. A Copa das Copas

    Postei no meu Face

    E os abutres que torciam contra o Brasil vão saindo aos poucos e todos faceiros de suas catacumbas para falar de política… Agradeço por ter vivido intensamente uma Copa no meu país! E fico muito feliz que ela tenha sido um grande sucesso! Foi um barato curtir todo esse intercâmbio de raças, pátrias, religiões e culturas no quintal de casa e recebendo elogios sinceros de sorrisos escancarados. Vários novos amigos que prometem voltar em breve! Parabéns para a Alemanha que deu um show de planejamento, técnica e respeito! Perder no campo faz parte. E não é porque não estamos mais na disputa que essa deixa de ser a Copa das Copas! A vitória é do Brasil! Alô, você que relaciona derrota da seleção com resultado de eleição: você é burro.

    1. contradição

      Vc disse leilane “Parabéns para a Alemanha que deu um show de planejamento, técnica e respeito! Perder no campo faz parte” , o brasil não perdeu no campo apenas, perdeu no planejamento, tecnica e respeito , vc resalta que a alemanha ganhou nesses quisitos e o brasil so perdeu na bola? rsrs  Vc ainda se superou em dizer que a vitória é  do brasil !!!!!!

      Associar essa humilhação da seleção com eleição tbm acho que é desonesto, como é desonesto a maioria das colocações da galera que defende o governo do PT a qualquer custo com os argumentos mais criativos possiveis.

      1. Valter,
        Alô, você que

        Valter,

        Alô, você que relaciona derrota da seleção com resultado de eleição: você é burro.

        Vestiu a carapuça!!! 

        FoI só um jogo de futebol, vida que segue!!! 

        1. iluminada leilane

          Iluminada leilane onde vc viu que relacionei futebol com eleição? vcs do Pt que ficam querendo defender ou justificar o estrondoso fracasso do FUTEBOL, não foi so um jogo, foi uma humilhação nacional NO FUTEBOL, to escrevendo em maiuscula a palavra FUTEBOL para deixar bem claro pra vc que nunca falei em politica ou que dilma fosse culpada pela derrota do brasil, e vc me chamando de burro demonstra de forma muito cristalina como vcs de esquerda são agressivos e mal educados, vcs não aceitam o contraditorio, faça uma terapia talvez seu caso tenha conserto !!

      2. Vou traduzir para você:

        A Seleção da Alemanha deu um show de planejamento e técnica e por isso a seleção do Brasil perdeu no campo, que é onde a partida é disputada.

        A vitória foi do Brasil país, por ter organizado uma Copa que está sendo um sucesso. Muitos brasileiros estão tristes, mas para quem não é, o placar de 7 X 1 reforça ainda mais a sensação de uma Copa espetacular.

      3. Mas que beleza é uma partida de futebol

        Como já dizia Skank:

        É uma partida de futebol

        Bola na trave não altera o placar 
        Bola na área sem ninguém pra cabecear 
        Bola na rede pra fazer o gol 
        Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? 

        A bandeira no estádio é um estandarte 
        A flâmula pendurada na parede do quarto 
        O distintivo na camisa do uniforme 
        Que coisa linda, é uma partida de futebol 

        Posso morrer pelo meu time 
        Se ele perder, que dor, imenso crime 
        Posso chorar se ele não ganhar 
        Mas se ele ganha, não adianta 
        Não há garganta que não pare de berrar 

        A chuteira veste o pé descalço 
        O tapete da realeza é verde 
        Olhando para bola eu vejo o sol 
        Está rolando agora, é uma partida de futebol 

        O meio campo é lugar dos craques 
        Que vão levando o time todo pro ataque 
        O centroavante, o mais importante 
        Que emocionante, é uma partida de futebol 

        O goleiro é um homem de elástico 
        Os dois zagueiros tem a chave do cadeado 
        Os laterais fecham a defesa 
        Mas que beleza é uma partida de futebol 

        Bola na trave não altera o placar 
        Bola na área sem ninguém pra cabecear 
        Bola na rede pra fazer o gol 
        Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? 

        O meio campo é lugar dos craques 
        Que vão levando o time todo pro ataque 
        O centroavante, o mais importante 
        Que emocionante, é uma partida de futebol!
         

  6. Comentário.

    Se eu soubesse que a Argentina estaria por aqui, teria ficado por aqui mesmo…

    Piadas infames à parte, o Ricardo Amaral deve falar de uma época em que algumas pessoas liam muito e bem, não tinham diploma de jornalismo e raspavam letra sete na unha.

    Agora, quando eu ligo a tevê em certo horário, vejo em um programa de notícias policiais um jornalista “das antigas” – do finado jornal que tinha sido, em seus princípios, um dos maiores desafios jornalísticos e gráficos que o Brasil já teve – como comentarista, sentado em uma cadeira de rei, um misto de humor, camaradagem e reconhecimento de sua experiência. Por causa dele, consegui entender por qual motivo se dizia, inclusive, que fulano comprava a revista erótica no tempos da censura apenas por causa da reportagem – era uma desculpa que fazia bastante sentido…

    O futebol brasileiro não foi humilhado. Primeiro, que a seleção é apenas uma parte dele. Além disso, a seleção faz parte de uma máquina infernal, profissional, que faz concessões a alguns mandatários da mídia e das empresas patrocinadoras (além dos anunciantes). Imagino que algumas pessoas pensaram ” e por qual motivo não chamaram fulano ou beltrano?” ou “acho que era melhor o sicrano como técnico”. Desde 1982 eu ouço isso, “é preciso mudança no futebol brasileiro”. Não mudou nada, ou quase pouco, Mundiais vieram, canecos levantados – com futebol feio, inclusive, mas quem liga? -, e, assim, empurra-se o problema.

    Sobre o jornalismo de futebol, sinceramente, acho-o banal, superficial, produz não apenas gritaria (Milton Neves style), mas discussões sobre as questões erradas, subserviente, covarde, alimenta e é alimentado pelos baixos instintos de alguns torcedores. Ao contrário do que um antropólogo afirmou – o futebol é onde são vistas regras a serem obedecidas por todos, coletividade com objetivo comum, supostamente atributos civilizatórios -, o jogo é apenas a superfície de um processo bárbaro, violento, irracional, visando à depredação da psique individual, à coletivização irracional, à mistificação por meio de falsos problemas e visões sobre o esporte, enfim, é uma anomia que beira à barbárie.

    Falemos dos jogos (foi um a zero, dois a um, tanto faz…), quantos cartões, faltas, carrinhos por trás. Mas não se diga uma palavra sobre o vazio no meio-de-campo que leva ao chutão pra frente, numa fragilidade que leva o nome pomposo de volume morto, quero dizer, ligação direta.

    E o teu adversário, claro, tem um meio-de-campo decente.

    Não é possível ser realista se é melhor ser psicopata, saber qual sentimento alimentar, qual seleção humilhar, a quem vaiar, a quem colocar a culpa. Ninguém gosta de descobrir que foi novamente enganado.

    E quem enganou? Ora, pergunte pro jornalista que alimentou seu otimismo e, agora, alimenta a xenofobia.

    Da vaia da casa grande à presidenta seguiu-se uma série de vaias durante os hinos das seleções adversárias, coros de quem nunca foi torcedor de verdade, os selfies e o verde-amarelo de um país dividido socialmente.

    Por tudo isso e muito mais, somente falo por mim: não me sinto humilhado. Não fui eu que joguei. A seleção representa uma estrutura em torno do esporte que me parece muito mais do que deplorável. Dizer que uma estrutura que, no mínimo, é deplorável, “representa o país” num evento esportivo mundial, é pedir para ter seu moral no nível mais baixo. Ter a vida pessoal modificada por um evento no qual não se tem o menor interesse, tem-se uma denominação: alienação. As ações não são dadas pelas minhas escolhas, mas pela situação dada que, de forma violenta, leva vc a fazer e a não fazer o que realmente quer ou precisa.

    O Telê e o Saldanha talvez batam um papinho lá no céu.

     

  7. Tudo isso está para a

    Tudo isso está para a Historia, a midia nacional se afunda na lama até o pescoço e já não enganam mais; o discurso raivoso só é aceito por seus iguais, pelos convertidos, eu admirava o JT, o jornal que lia de segunda a sábado (já que não saía aos domingos na sua grande fase) tenho muitos guardados, esse dessa capa antológica tinha, mas minha mãe jogou fora, belos tempos.

    1. absurdo……………centenas de ótimos jogadores por aqui

      e Felipão precisou  fazer uma peregrinação pela Europa para perguntar se o jogador aceitava e se podia ser convocado

      fica a pergunta: optou ou foi obrigado?

  8. Caraca, e eu pensando que era

    Caraca, e eu pensando que era apenas disputa futebolística. Sou ingênuo, mesmo. Mas, vejamos: a cbf (em minúsculas) é privada, a fifa (minúsculas) é privada, a copa é acontecimento particular que, dada a magnitude, exige participação estatal (até demais, pro meu gosto), os clubes de futebol são todos particulares, os estádios, em boa parte, também particulares. Estatais ou parcerias são de Brasília – pobre PT que perde até pro arruda (minúsculas); Manaus (governador do PROS, egresso do PMDB e do PFL,  prefeito, Arthur Virgílio do PSDB); Cuiabá, MT, (governador do PMDB, prefeito do PSB), Rio de Janeiro (tanto o prefeito, quanto o governador são do PMDB); Minas Gerais (governador é do PSDB e o prefeito de BH é do PSB); Rio Grande do Norte (governadora do DEM; prefeito de Natal do PDT); Pernambuco, Recife (parceria público-privada – com arrendamento após a copa ao Náutico: governador Dudu do PSB); Ceará, governador Cid Gomes (PROS, ex PSB); portanto, nada demais perder jogo, perder copa, perder feio, perder bonito. Apenas jogos de futebol explorado por uma multinacional (dita) esportiva que manda e desmanda no pedaço (como qualquer empresa faz em relação aos seus produtos).

  9. Em 1982, o Brasil viva sob

    Em 1982, o Brasil viva sob uma ditadura civil-militar e o governo era a do Gal. João Baptista Figueiredo-  o jornalismo fazia parte da civil, isso explica o comportamento do mesmo consolando o povo.

    Hoje a Presidente é do PT. E o comportamento dos jornalistas hoje é o de instigar, insuflar, manipular  o povo contra a seleção e o governo.

    Portanto o jornalismo continua coerente na sua perversão.

    Quem tem ainda dúvida é só verificar a capa do panfleto esportivo “Lance” e do “Correio”da Bahia edição de hoje.

  10. Xenofobia é exagero!

    A rivalidade cultivada por parte da imprensa contra a Argentina é uma idiotice, mas chamar de xenofobia é um exagero. E a bem da verdade, quem deu o pontapé inicial nesta idiotice foi o Presidente Lula em 2007 quando no discurso comemorativo da escolha do Brasil como sede, falou que o país paria uma copa para “argentino nenhum botar defeito”. Oh boca….

  11. Tbm achei de mau gosto a
    Tbm achei de mau gosto a maior parte das capas de ontem. Mas a derrota de terça não se compara a 1982. Nem, o Brasil.

    Por um lado, a diferença é que o país de hj é muito melhor do que o de 82. Hj, gastamos 6% do PIB com educação é estamos construindo um sistema educacional universal. Naquela época, não passava de 2% e devíamos ter 30% de analfabetos. Não se lia mais que hj. O acesso aos jornais era só mais elitizado.

    Mas o futebol daquele time era muito melhor do que o time de Felipão e Parreira. Se a grande imprensa mistura a dor da derrota futebolística com política, tentando reduzir o sucesso da organização da Copa, não devemos fazer pouco caso da dor esportiva. Futebol é coisa séria. No Brasil, ele precisa melhorar dentro e fora de campo. Tenho enorme simpatia por vários jogadores de nosso time, mas precisamos de melhores técnicos. Que venha um estrangeiro e, se não tivermos a sabedoria de aceitar que isso seria bom, ao menos que seja um técnico diferente. Em vez dos gaúchos retranqueiros, podemos tentar um gaúcho lado B, o Cuca. Em vez de um fã de Pinochet, alguém que duvida e sofre, que admite que a vitória é uma possibilidade. Mas que sabe fazer os times jogarem como se jogava em 1982 e com a eficiência do futebol atual.

  12. honestidade

    Raciocinio desonesto, querer que a reação da imprensa na derrota de 82 por um placar descente de 3×2 com um futebol maravilhoso apresentado pelo brasil seje a mesma reação da imprensa com esse massacre humilhante por 7×1 e um futebol pra la de medíocre é uma palhaçada, esse pessoal de esquerda  não tem discernimento, parece que não enxerga o que se passa na frente de seus olhos e ainda querem inverter tudo e querer condenar a imprensa por criticar esse vexame histórico, ahhh esqueçi qualquer critica aqui se é taxado de pig, coxinha, troll, vira lata……. rsrs Esse pessoal não tem limites para tentar manipular a realidade, não tem vergonha do ridiculo

    1. Honestidade é ajuda a lidar com a dor

        Vou repetir a resposta a um comentarista que assina Pepe Legal:

      Desculpe, rapaz: desonesto é tentar medir a intensidade da dor da alma como se mede audiência de TV. Dor é dor, e cada geração lida com a sua. Só posso imaginar o impacto da derrota de 1950 pelo testemunho do meu pai: ele me disse que chorou pela única vez na vida. Minha derrota geracional foi a da Seleção do Telê. A dos meninos de hoje, deve ser a do 7×1. O que nos reserva o futuro?

      Não sei se você era nascido em 1982. Não sei se você reuniu os amigos e fez festa em casa, apesar da ditadura, porque tinha certeza de que aquela seleção era a melhor, talvez a melhor de todos os tempos. Não sei se você sabe o que é perder para uma Itália apenas mediana, com um time de Sócrates, Zico, Cerezo, Falcão, Luizinho, Éder e Oscar (o original). Não podíamos culpar ninguém por aquela derrota (embora muita gente, inclusive os jornalistas esportivos, tenha criticado Telê por não ter levado Reinaldo e por deixar Roberto Dinamite no banco, por confiar demais em Junior, por ter levado Serginho Chulapa). Diante do sobrenatural, só podiámos culpar alguém lá em cima.

      Você, eu e os meninos experimentamos ontem a dor da humilhação. Não sei se você sabe o que é a dor da injustiça. Em 82, nós soubemos. E os jornais ajudaram o país a lidar com esse sentimento. Desculpe, rapaz: desonesta é a imprensa pautada pelo marketing, que não fez uma cobertura crítica ao time do Felipão. Desonesto é controlar os cordeis financeiros do futebol e fingir que não tem responsabilidade pelo resultado.

       

    2. Desonesto é o raciocínio do

      Desonesto é o raciocínio do seu texto. Eis aí o do Ricardo: “Tínhamos o melhor futebol do mundo, e jornais que buscavam sintonia com a alma do país, na vitória e na derrota. Hoje não temos uma coisa nem outra.”

    3. Pare de dizer asneira

      Cara .

      Desde quando Ricardo Amaral é de esquerda ? Onde vc leu ou ouviu esta sandice ?

      O sujeito é um baita empresário da noite carioca e de SP , promoter de eventos e jornalista de profissão , e está apenas falando a verdade cristalina , inclusive com autoridade para criticar seus colegas de profissão em seu baixo nível de postura e desonestidade intelectual ! E não se furta igualmente de taxar nosso futebol atual de mediocre .

      Enfim , está apenas sendo justo e usando de bom senso , acima de qualquer posição ou preferência política , que é o que menos interessa ( se ele é de direita ou esquerda ) no caso .

      Vergonha e ridículo é , como a nossa imprensa de M… , você distorcer o que está claro , por questões menores de ordem ideológica .

      1. Êpa! Sou de esquerda, sim.

        Caro Eduardo, só pra esclarecer: não sou o empresário Ricardo Amaral, jornalista que nos anos 1960 assinava a coluna Jovem Guarda na Última Hora SP. Sou Ricardo Batista Amaral, jornalista mineiro, radicado em Brasília há 30 anos. E sou de esquerda, sim.

         

      1. Troll

        No vocabulario de vcs esquerdopatas, como mal educados, arrogantes e totalitários que são me taxarem de troll, coxinha, vira lata e coisas afins não alteram em nada o que penso e não intimida, vou continuar sempre que puder postar algum contraponto as sandices que a maioria de vcs bostam aqui(desculpe POSTAM)

  13. Pepe Legal, comparar a copa

    Pepe Legal, comparar a copa de 82 com a de 2014 tem tudo a ver e, se formos ver bem, a de 82 foi pior, pois o Brasil tinha um time cantado em verso e prosa como o melhor do mundo e certamente campeão. Jogou contra a Itália precisando só empatar, e perdeu, quando ouvi gente dizendo, na época, que aquela seleção jogar por empate era até covardia. Sete a um é mais eloquente do que 3 a 2, mas se compararmos o que diziam daqueles craques com o que diziam dos jogadores de hoje, a derrota de 82 foi pior. A seleção de 82 saiu daqui como campeã, e perdeu quando poderia até empatar.

  14. Interessante o contraste: até

    Interessante o contraste: até a poucos dias atrás o inesperado sucesso do povo e governo brasileiros na condução de um evento tão logisticamente complexo como uma Copa do Mundo estava em todas as manchetes; a realidade uma vez mais desfazendo a propaganda negativa da grande mídia. Onde estavam  os protestos, os vôos atrasados, o apagão, a inevitável confirmação da incompetencia brasileira? Muito pelo contrário, o que mais se ouvia e lia era um crescendo de laudas ao povo brasileiro, à boa organização do evento, à beleza do país… O mundo e os próprios brasileiros se davam conta de que as calamidades anunciadas, afinal, não se materializaram. E as pesquisas já começavam a refletir a melhora na auto estima do brasileiro, a “renovação da confiança do povo brasileiro na sua própria competencia” como disse a Dilma, cujos índices de aprovação tambem começavam a subir.

    E não é que desde anteontem as manchetes refletem exatamente o oposto? “Vergonha”, “humilhação” são termos constantes agora na web e nas primeiras páginas. Até o Cristo Redentor, que nunca deixou de abrir os braços quando batíamos recordes de desigualdade e pobreza, hoje cobre o rosto pela vergonha do 7 a 1.

    Uma derrota comum não daria pra levar a esse giro de 180 graus, um placar de 3 a 2 ou mesmo 4 a 1 não seria suficiente. Sómente uma goleada inédita, um record historico poderia anular essa onda de otimismo e autoconfiança no país.

    Essa, senhoras e senhores,  foi a derrota que a direita pediu a Deus (ou ao diabo)…

    Se essa derrota por goleada não tivesse existido, a direita teria que inventá-la.

    Desculpem o cliché, mas ninguem jamais perdeu dinheiro superestimando o machiavelismo da direita brasileira.  

    Onde estão os estatísticos pra nos dar as probabilidades de um resultados desses?

    As ações da bolsa subiram com a derrota. Houve talvez algum movimento atípico no mercado de ações nas vésperas do jogo?

    De repente fatos que não faziam sentido param de destoar e pouco a pouco se encaixam no conjunto: Por que aquela falta totalmente desnecessária do capitão brasileiro contra o goleiro da Colombia, resultando no cartão amarelo e sua ausencia no jogo com a Alemanha? Eu me lembro ter me surpreendido com o absurdo do comportamento do Thiago naquela falta. O rapaz parecia querer cavar a falta contra si mesmo.

    Porque manter o principal atacante da seleção até os minutos finais de um jogo violento que o Brasil estava ganhando, em que as faltas não estavam sendo marcadas, para só tira-lo dalí depois de ter tido uma vértebra fraturada?

    Num só jogo, dois jogadores chaves, o principal atacante e o principal defensor da seleção rapidamente postos “fora da jogada” antes da partida com a Alemanha.

    Não é preciso ter entendimento especializado pra detectar fatos que não fazem sentido numa partida normal de futebol.

    O que dizer do jogo com a Alemanha, quando um técnico experiente faz as escolhas que o Filipão fez. Porque manter na partida um goleiro que tomou quatro goals em seis minutos? Faz sentido? Que condições psicologicas tem esse goleiro pra ter uma  performance aceitável no resto do jogo?

    Um leitor aqui do blogo comentou sobre a total desestruturação tática do time brasileiro encetada pelo Filipão no jogo com a Alemanha. Tambem o exagero no ataque desguarnecendo a defesa num jogo contra uma seleçao ágil em contra ataques, como alemã; um absurdo óbvio até pra mim, que entendo tanto the futebol quanto o Ronaldo entende de influencias históricas e geopolíticas na escolha do premio Nobel. Tambem foi comentada a incompreensível impassividade do Filipão frente ao disastre, a demora em fazer substituições até quando já era muito tarde.

    Senhoras e senhores, esse 7 a 1 foi tão natural quanto a morte do João Paulo I.

  15. A seleção de 82 encanta e é

    A seleção de 82 encanta e é citada até hoje, caso raro de time derrotado que é mais lembrado que o campeão.

    Quando o moderno é ter volantes com qualidade em 82 tinhamos Cerezo e Falcão.

     

     

     

     

     

  16. gramatica
    Em 82 o Brasil jogava o futebol arte.
    Não houve time igual àquele de lá pra cá. Tele Santana merecia todo o respeito.
    Hoje, esta seleção nunca foi unânime. Mas nos canais de informação, a intenção das manchetes foi de render mais audiência mesmo, fazendo da derrota surreal, uma tragédia! Ok foi uma tragédia. Mas dentro do esporte. Se analisarmos e compararmos os advérbios de modo e tratamento da imprensa nas duas ocasiões, uma é para humanos. A outra pra cachorros raivosos alfabetizados.

  17. Mas comparar o que ocorreu em

    Mas comparar o que ocorreu em 82 com o que ocorreu agora é que é mau jornalismo.

    Em 82 eu era cirança e chorei como aquela da capa, mas não houve humilhação. A seleção jogou muito, foi um orgulho. Baita time. Todos de cabeça erguida.

    2014 não tem nada a ver com isso.

  18. Evidentemente o problema

    Evidentemente o problema dessa imprensa não são as manchetes deois da derrota, mas a hipocrisia. Sempre foram entusiastas desa seleção, venderam uma fantasia porque servia a seus propósitos comerciais, ou ideológicos mesmo.

    Mas a situação em 82 não é comparável. Em 2014 a humilhação foi muito maior destaque do que a dor. faz sentido ter ganho as manchetes no lugar da dor.

  19. e outra:
    Aquela seleção foi super campeã, só com a Copa America e os amistosos antes da copa.
    Essa é a Selenike como nós, hexacampeões Brasileiro, tricampeão mundial de clubes copa toyota o glorioso tricolor do morumbi meu SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE.- costumamos dizer!
    Começamos os erros ao tirar a honra de receber uma copa no morumbi. Foi um desrespeito a História do Futebol. Nao que o campeão dos paukistinhas não merecesse o se Estádio. Mas até o Presidente da época, O Presidente Lula ficou surpreso com o Morumbi fora da Copa.
    Este é um capítulo que me causou muita surpresa e aí fui entender que dinheiro público esta sendo disputado por máfias corporativas aos olhos da Justiça.

  20. Impressionante

    Um timaço perde dignamente e um timinho leva o maior sacode da História e o Nassif quer que as capas dos jornais sejam equivalentes e “elegantes”. Ah, dá um tempo.

  21. Jornalismo

    NUNCA TEVE BOM JORNALISMO!…A QUESTÃO É IDEOL[OGICA MESMO!…SE POR ESSA ÉPOCA O PT GOVERNASSE A POSTURA SERIA A MESMA!…

    1. politica

      vcs de esquerda que trazem ideologia, paixão por sigla politica em assunto puramente esportivo, vcs queriam o que? Que a imprensa colocasse na capa BRASIL DA SHOW DE BOLA MAS PERDE POR 7 X1? SE VC QUER IMPRENSA FORA DA REALIDADE VAI PARA COREIA DO NORTE , LA SIM SO SE PUBLICA O QUE É BOM PARA O GOVERNO!!!!

  22. Projeção

    Essa capa da Folha,  pretaaaaaaa, da bem a dimensão de como eles são. Nem isso sabem fazer mais, capas que nos obrigue a olhar duas vezes, parar e comprar o jornal. 

  23. “Sou de uma geração

    “Sou de uma geração privilegiada. Tínhamos o melhor futebol do mundo, e jornais…”

    Eu também.

    Alguns comentaristas estão estranhando a comparação entre os fatos de 1982 e 2014. Estão confundindo os futebol(s) de ontem e hoje, quando devemos comparar a expectativa gerada na população pelos jogos BrasilXItalia(1982) e BrasilXAlemanha(2014). Posso dizer com sinceridade que a decepção do jogo da década de 80 foi muito pior.

    Aquele era um jogo ganho, na nossa cabeça não tinha comparação entre as seleções, a brasileira dava de lavada. A Itália tinha feito uma 1ª fase sofrível, quase não se classificou. Seu maior artilheiro, nosso algoz, tinha ficada um ano suspenso por combinar jogos no campeonato italiano. Tudo estava do nosso lado.

    No da semana passada, senti no meu bairro uma mobilização menor que em outros jogos. Menos cornetas, fogos…Havia um certo desconforto no ar. Uma seleção que vinha ganhando na bacia das almas, desfalcada de seus melhores jogadores, trazia certa insegurança. A surpresa foi o placar, a derrota nem tanto.

    Quanto aos jornais(cada vez mais irrelevantes) basta comparar alguns articulistas. Na época era leitor do saudoso JB, li na minha cama a histórica crônica de Drummond. Na redação, estavam  João Saldanha, Sandro Moreira e muitos outros.

    Hoje, o antigo JB é só uma lembrança na memória. Nas redações da mídia atual, ao invés de escritores como Drummond – que esnobou solenemente a ABL- Hélio Pellegrino… temos os mervais “imortais” da vida, gente medíocre até a medula. Sáo os “imortais”mais mortos do planeta, os “jornaistas” mais vira-latas da História da imprensa brasileira.

  24. A copa das copas

    Acho que o UOL não entendeu o espírito da coisa, a COPA DAS COPAS acontece principalmente, fora de campo, a confraternização entre os povos, estádios lindos, infraestrutura funcionando, aeroportos com níveis de atraso abaixo da média mundial. O Brasil acordou? Será? Ou está em estado letárgico que não consegue enxergar um palmo adiante do seu nariz?

    A copa é a COPA DAS COPAS justamente porque, mesmo dentro de casa, o país anfitrião pode perder por uma goleada histórica, isso não me diminui como brasileiro, talvez ao responsável pela capa, que não se diminuiu, apenas passou a se ver como realmente é, pequeno.

    Essa é a COPA DAS COPAS pelos jogos fantásticos que ocorreram, por ter todos os campeões mundiais, pelas goleadas, pelas zebras, pelas festas nas ruas, pela derrota da seleção brasileira.

    Tem uma frase antiga, que diz: “azar no jogo, sorte no amor!”, quem sabe não é a hora de nos amarmos mais, mais a nós mesmos, mais ao próximo, mais ao nosso Brasil!

  25. O absurdo que ninguém viu.

    … E ninguém, nenhum “grande comentarista” das redes percebeu que o Marcelo foi elemento chave na derrota. Um zagueiro que nunca estava na zaga, deixando um grande vazio na defesa. Isto me parece proposital, a indicar um complô medido e preciso contra o otimismo (vazio, aliás) do povo futebolístico brasileiro.

    Todas as jogadas golísticas da Alemanha foram por aquele buraco deixado pelo Marcelo, que só queria fazer gol, certamente para empanar o brilho do Neymar, o mais invejado dos jogadores.

    No mais, uma grande Copa, apesar da derrota da seleção “brasileira” (mas, excluído Neymar, a serviço do antipetismo). Futebol é jogo, e todo jogo tem elementos de imprevisibilidade. Injustiça foi a eliminação da Bélgica, com o seu futebol maravilhoso, e dos Estados Unidos (que nos deu lição de como um time deve lidar com a desvantagem no placar). Essa seleção, escolhida a dedo pela Mídia para perder, não me passou confiança em nenhum jogo.

    Outra suposta injustiça (ou não?) será a derrota da Alemanha na final. Vão dizer que o time europeu tem mais futebol que o da Argentina. Mas… os hermanos são mais guerreiros e catimbeiros. E no jogo, vale tudo (menos tentativa de assassinato, como a que ocorreu com Neymar). Jogo é jogo, pessoal! Vamos prosseguir com a vida!

    E vamos lá, Hermanos!

  26. Ler UOL/Folha Candidato a Pressão Alta ou Infarto

    Pena que eu não salvei os títulos e as matérias ofensivas ao povo brasileiro que saiu na mídia mundial e reverberado pelo UOL(senão eu colocaria aqui agora).  UOL tem o prazer móbido de repicar notícia de escárnio, tripudios, gozações, e injúrias da mídia internaciona ao povo brasileiro e precisamente da Argentina.

    Somente hoje dia 11/07/2014 UOL colocou em sua página:  “Reclusão, pelada e sarro de vexame brasileiro. A rotina de maradona no RJ”.

    Outra:  Mxi Rodriguez e Aguero reagem com desconfiança a torcida de Neymar.

    UOL É O PORTA-VOZ DOS ESTRANGEIRO – colocaram matéria do DETERMINISMO CLIMÁTICO  para desculpar as derrotas da Itália, Portugal & CIA. 

    Foi um festival de PIRRAÇA, E MATÉRIAS PARA IRRITAR O POVO BRASILEIRO – FIZERAM UM TRABALHO PIOR DO QUE O DO OLÉ DA ARGENTINA.

    UOL/ REDE GLOBO + BAND TENTARAM DE TODAS AS MANEIRAS DENEGRIR O NORDESTE, falavam de “calor infernal” quando a temperatura estava 25º graus em Salvador – gramadas ótimos injuriados etc. etc.

    Me arrependo em não ter salvado os títulos das aberrações do UOL .

    BRASILEIRO QUE AMA A PÁTIA, LER UOL, É SER CANDIDATO A TER PRESSÃO ALTA OU UM INFARTO.

     

     

  27. Temos uma seleção de guris ,

    Temos uma seleção de guris , formada há um ano e meio. Esta seleção perdeu sim de goleada , para uma seleção de veteranos e formada desde 2006. Nossa seleção entrou em campo desfalcada de dois de seus melhores jogadores e enfrentou uma seleção coesa. Nossa seleção não pode ser comparada a nenhuma outra do Brasil , pois nunca houve na nossa história uma seleção com tantos estreantes em Copa.

    E, para finalizar, quem vira as costas na hora da derrota e não é capaz de solidarizar – se com o sofrimento de uma equipe de atletas  , não merece participar da festa no momento da vitória.

    Obrigada pelo artigo , Ricardo Amaral . A imprensa brasileira é tão grotesca , que só fez aumentar meu sentimento de solidariedade para com a seleção. Nem estou mais triste por não termos ido à final. Esses meninos nos trouxeram até as semi , o que não acontecia há alguns anos.

    1. Na realidade o time é velho

      Com exceção do Neymar, do Oscar e de alguns poucos jogadores, quase todo o time está beirando os trinta anos.

      O Felipão ganha no mínimo 1 milhão e meio de reais por ano. Não é um grupo de meninos da periferia que disputava um jogo de fim de semana no pátio da escola.

      Perder é absolutamente normal, perder de sete é inaceitável. Aliás, só foi sete porque eles pisaram no freio. Esse time é uma vergonha monumental. 

    2. Perder, Ganhar, Viver
      Vi

      Perder, Ganhar, Viver

      Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmuIas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo pela quarta vez, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas…

      Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.

      Certamente, fizemos tudo para ganhar esta caprichosa Copa do Mundo. Mas será suficiente fazer tudo, e exigir da sorte um resultado infalível? Não é mais sensato atribuir ao acaso, ao imponderável, até mesmo ao absurdo, um poder de transformação das coisas, capaz de anular os cálculos mais científicos? Se a Seleção fosse à Espanha, terra de castelos míticos, apenas para pegar o caneco e trazê-lo na mala, como propriedade exclusiva e inalienável do Brasil, que mérito haveria nisso? Na realidade, nós fomos lá pelo gosto do incerto, do difícil, da fantasia e do risco, e não para recolher um objeto roubado. A verdade é que não voltamos de mãos vazias porque não trouxemos a taça. Trouxemos alguma coisa boa e palpável, conquista do espírito de competição. Suplantamos quatro seleções igualmente ambiciosas e perdemos para a quinta. A Itália não tinha obrigação de perder para o nosso gênio futebolístico. Em peleja de igual para igual, a sorte não nos contemplou. Paciência, não vamos transformar em desastre nacional o que foi apenas uma experiência, como tantas outras, da volubilidade das coisas.

      Perdendo, após o emocionalismo das lágrimas, readquirimos ou adquirimos, na maioria das cabeças, o senso da moderação, do real contraditório, mas rico de possibilidades, a verdadeira dimensão da vida. Não somos invencíveis. Também não somos uns pobres diabos que jamais atingirão a grandeza, este valor tão relativo, com tendência a evaporar-se. Eu gostaria de passar a mão na cabeça de Telê Santana e de seus jogadores, reservas e reservas de reservas, como Roberto Dinamite, o viajante não utilizado, e dizer-lhes, com esse gesto, o que em palavras seria enfático e meio bobo. Mas o gesto vale por tudo, e bem o compreendemos em sua doçura solidária. Ora, o Telê! Ora, os atletas! Ora, a sorte! A Copa do Mundo de 82 acabou para nós, mas o mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos.

      E agora, amigos torcedores, que tal a gente começar a trabalhar, que o ano já está na segunda metade?

  28. Uma goleada muito estranha

    UMA GOLEADA MUITO ESTRANHA

    Uma derrota para a Alemanha numa Copa do Mundo seria um resultado normal, porém não com esse placar (7×1). Parece que todos estão anestesiados e não conseguem raciocinar sobre esse assunto. Analisando os vídeos dos lances que resultaram em gols a favor da Alemanha, eu observo um detalhe muito importante. Parece que os jogadores brasileiros estavam com os reflexos reduzidos de um modo fora do normal, não tentando dar combate aos adversários a fim de evitar a concretização dos lances que resultaram em gols. Isto sugere a ingestão de alguma substância que tenha ocasionado essa consequência provavelmente durante o almoço dos atletas. Para entender melhor o assunto, eu recomendo o vídeo “O SEGREDO DAS SETE IRMÃS”, disponível no Youtube, dividido em 4 partes, cada uma com a duração aproximada de 1 hora. Quem assiste a esse vídeo, compreende o motivo de tanto ódio que a mídia brasileira, assim como a internacional, e a oposição ao governo Lula-Dilma dedicam ao povo brasileiro especialmente à Petrobras depois da descoberta do Pré-sal. Essa oposição tentou tudo para jogar o povo contra o atual governo, para evitar que o país continue com os seus projetos de desenvolvimento. Como vimos, nada deu certo, e a popularidade do governo continuou inabalável conforme mostraram as pesquisas de opinião, tudo levando a crer que a Dilma será reeleita. Assim, restou uma última e desesperada tentativa que consistiu em fabricar uma derrota da seleção brasileira e atribuir ao governo Dilma essa derrota. Voltando ao jogo da Copa, sabemos que as grandes multinacionais do primeiro mundo são aliadas dos governos norte-americanos e europeus e dos grupos de mídia brasileiros além dos partidos de oposição. Algumas delas, como a Merck e a Novartis, por exemplo, atuam no campo da pesquisa e comercialização de remédios e podem dirigir as suas pesquisas para o bem ou para o mal. Para se ter uma ideia, a indústria americana já desenvolveu uma bomba capaz de explodir um Boeing,mas que cabe num frasco de perfume. Assim, nada mais natural do que uma indústria farmacêutica desenvolver uma substância concentrada que, através de uma gota despejada num recipiente de preparo de uma refeição a ser servida aos jogadores da seleção no almoço do dia da partida, atuaria nos reflexos dos mesmos, desaparecendo algumas horas depois sem deixar o menor vestígio. Quem seria responsável por esse ato? Elementar, meu caro Watson, diria Sherlock Holmes. Qualquer pessoa que trabalhasse no hotel, onde a refeição foi servida, mediante uma propina bem gorda (para essa turma da oposição, isso não é problema). Quanto a uma investigação policial, isto seria impraticável e não chegaria a resultado algum, pois o fato ocorreu em Minas Gerais, onde a Polícia, a Justiça, o Governo e demais autoridades são do PSDB. O mais curioso de tudo isso é que o Aécio, no seu blog, logo após o término da partida, já iniciou a sua propaganda, atribuindo à Dilma a derrota da seleção, como se já soubesse antecipadamente da ocorrência da goleada.

  29. Ricardo Amaral: para tipos

    Ricardo Amaral: para tipos como léo v. e pepe legal, não adianta explicações. Eles não sabem NADA fora da mídia velhaca,  que se pode conckuir pelos comentários limitados de informação real.  Eles só apoiam a bola da fifa-globo, ou seja, aquela que rola, rola, rola….muita grana.  Não a toa, o candidato deles se apresenta em forma de boneco de papelão, ou seja, nem o candidato deles os leva a sério. É mole?

  30. Premissa do artigo é intensamente ridícula

    O resultado de terça não foi apenas a pior derrota do Brasil em 100 anos, foi uma sucessão de recordes em qualquer estatística que você pegar em futebol. Pessoal, acho que vocês ainda estão atordoados. Não foi três a um não. FOI SETE A UM.

    Esse cara só pode estar de brincadeira, deboche completo, comparando dois times e situações completamente diferentes.

    Pelo visto a maioria das pessoas do blog não entende absolutamente nada de futebol.

    PS: Aliás, achei as capas moderadas, tinha que ter sido muito mais forte.

    1. Falta de sensibilidade crítica intensamente ridícula.
      O autor da premissa, a meu ver, não se limita a observar dois fracassos retumbantes protagonizados pela seleção brasileira de futebol. Vai além: através de um recurso comparativo, parte de dois fatos em ocorridos em contextos históricos distintos para apontar -e lamentar- a tênue relação entre as abordagens e os fatores socioeconômicos preponderantes para as suas elaborações. E, com isso, sugere o que caracterizaria, também, um fracasso retumbante da imprensa nacional.

  31. Um jornalista francês

    Um jornalista francês explicou assim as conquistas de Espanha e Alemanha: campeonatos nacionais fortes, todos os jogadores da seleção jogando no país, seleção construída a partir de times locais ( Barcelona e Bayern), valorização de uma “escola” de futebol. Alguma coisa neste comentário me lembra o Brasil entre 1958 e 1970 – e o Botafogo!!!.

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