Atrás da porta

Atrás da porta

Almir Forte

 

Quando imaginamos um circo sonhamos com suas brincadeiras e fantasias, onde certamente daremos muitas gargalhadas com a apresentação dos palhaços, dos acrobatas, dos dançarinos, dos humoristas e muitas outras atrações que somente existem ali, naquele picadeiro, naquele momento de descontração com a família, os amigos, as pipocas e os refrigerantes.

E ao contrário, o mundo real pode se transformar em um grande pesadelo, quando num momento de inconsciência, permitimos que arrombem a porta e entrem, na esperança de que transformem nossos sonhos em realidade. Isso, aconteceu no Brasil onde o atual presidente, mordomo do mercado financeiro, nos prometeu um novo país, que em nossa inocência ou ignorância acreditamos ser a solução de todos os nossos problemas.

E, aos poucos, vamos assistindo o fim de nossos direitos; o nosso patrimônio público construído ao longo de décadas, como a Eletrobras, que congrega todas as usinas hidrelétricas, nucleares, eólicas e térmicas; o pré-sal; a casa da moeda; os aeroportos internacionais e rodovias, inclusive, parte da Amazônia, sendo colocadas a venda como se o país estivesse em liquidação. A seguir, venderão também a preços de banana o que restar da Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, os CORREIOS e etc.

Os grandes grupos de comunicações fazem a festa, anunciando a entrega do país ao capital internacional como se anunciassem a chegada do ano novo, do grande salvador, da felicidade geral. Comemoram a entrega do patrimônio nacional, assim como comemoraram o golpe contra a democracia – que foi apenas o inicio – a parte principal vem agora, com o retorno do país a condição de párea internacional, submisso, de joelhos diante das grandes potências, pronto para receber ordens e cumpri-las imediatamente.

E os brasileiros que constroem a cada minuto uma parte desse país não merecem serem tratados como um indigente, um morto-vivo, que caminha a esmo em um mundo onde a desilusão e a apatia sejam as únicas saídas. A dignidade de cada um deve ser reconquistada, acreditar que somos capazes de reconstruir o futuro de uma geração sem esperanças, que julgam ter perdido a capacidade de lutar e transformou o lamento em sua única forma de vida.

Estamos vivendo um momento surreal, onde a sociedade aos poucos vai tentando acordar antes da chegada de Freddy Krueger, para o golpe final. Mas, ao mesmo tempo, com medo de abrir os olhos e caminhar até porta para o reencontro com a democracia, com a cidadania, com os seus direitos e a reconquista dos destinos do país. Teme, se deparar com o cão Temer/Cérbero, guardião do mundo de Hades – que imaginam ser o Brasil –, com suas três cabeças e seus dentes afiados pronto para devorar aquele que tentar passar.

Mas, existe algo além dessa porta a qual pretendem nos manter prisioneiros. Vamos acordar, romper a porta, banir o medo, acreditar na liberdade e caminhar em direção ao futuro construindo a união daqueles que amam a democracia e acreditam em um país livre, independente e soberano.

Redação

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