Milton Santos

Milton caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e aos pressupostos teóricos predominantes na ciência geográfica de seu tempo, com críticas ao pensamento conhecido como neopositivista.

de Todos pela Constituição

Milton Santos

Milton Almeida dos Santos nasceu em 3 de maio de 1926, em Brotas de Macaúba (BA). Seus pais eram Adalgisa Umbelina de Almeida Santos e Francisco Irineu dos Santos, ambos professores primários.

Ingressou na escola aos 10 anos, mas já havia sido alfabetizado pelos pais. Apesar de demonstrar interesse por geografia desde a adolescência, Milton formou-se em Direito, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1948. Ao mesmo tempo em que leciona no Colégio Municipal de Ilhéus, passa a colaborar com o jornal local e atuar em movimentos de esquerda.

Em 1956, muda-se com a família para Salvador, onde inicia carreira acadêmica na Universidade de Católica de Salvador. Logo depois, é convidado a fazer doutorado em Geografia na Universidade de Estrasburgo. No retorno ao Brasil, torna-se livre docente em Geografia Humana na UFBA. Durante este período, trabalha brevemente nos governos federal e estadual.

Com o golpe militar de 1964, Milton é demitido da UFBA em 1964, preso e, logo depois, parte para o exílio. Com passagens em universidades prestigiadas, como a Universidade de Tolouse, na França, e o Instituto de Tecnologia de Massachussets, nos Estados Unidos, o intelectual constrói uma carreira acadêmica de prestígio. Retorna ao Brasil no final da década de 70, lecionando primeiro na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, posteriormente, na Universidade de São Paulo (USP).

Em sua vasta e premiada obra, Milton caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e aos pressupostos teóricos predominantes na ciência geográfica de seu tempo, com críticas ao pensamento conhecido como neopositivista. Propõe a concretização de uma “Geografia Nova”, marcada pela crítica ao poder e pela predominância do pensamento marxista. Também era um severo crítico do processo de globalização.

Ao longo da carreira acadêmica, recebeu o título Doutor Honoris Causa em doze universidades brasileiras e sete universidades estrangeiras. Em 1997, Milton aposenta-se da USP, mas permanece lecionando na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da mesma universidade. No dia 24 de junho de 2001, falece em decorrência de complicações oriundas de um câncer, aos 75 anos.

Fonte:

Brasil Escola – https://bit.ly/2qDNk9i

Site Milton Santos – Miltonsantos.com.br

Redação

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