Por Gão
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
sexta, 26 de abril de 2024
Por Gão
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Pura poesia! Tem tantas
Pura poesia! Tem tantas outras poesias cantadas que arrepiam, como a dos mineiros da família Guedes, Gulherme Arantes(Pão, e outra que não lembro o nome que diz -” só você, pra dar a minha vida direção…te dar carinho que você merece ter. Eu sei te amar como ninguém..). De arrepiar!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E tantas outras que escuto quando estou afim de amar muito. Bom demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A música é Um dia, um adeus.
A música é Um dia, um adeus. E eu que só conhecia o beto guedes mesmo.
A lista não tem fim mesmo coloquei algumas que chamam atenção mais pela letra que pela melodia.
Letras
Veio D’água
Elba Ramalho
Composição: Luís Ramalho
Um veio d’água na serra
É um olho d’ água
Um veio d’água no rosto
É uma mágoa
A correr
Um pingo d’água no rosto
É uma tristeza
Um pingo d’água na rosa
É uma beleza
Pra se ver
Pode haver angústias no sorriso…”
Pode haver silêncio que difama
Pode estar mentindo quem te jura
Pode estar fingindo quem te ama…”
A moeda tem coroa e cara
O luar também clareia a lama
Pode haver o céu na água clara
Pode haver um véu na tua fama …”
Um veio d’água na serra
É um olho d’ água
Um veio d’água no rosto
É uma mágoa
A correr
Um pingo d’água no rosto
É uma tristeza
Um pingo d’água na rosa
É uma beleza
Pra se ver
Agalopado Alceu Valença
Quando eu canto, seu coração se abala
Pois eu sou porta-voz da incoerência
Desprezando seu gesto de clemência
Sei que o meu pensamento lhe atrapalha
Cego o sol seu cavalo de batalha
Faço a lua brilhar no meio-dia
Tempestade eu transformo em calmaria
Dou um beijo no fio da navalha
Pra dançar e cair nas suas malhas
Gargalhando e sorrindo de agonia
Se acaso eu chorar não se espante
O meu riso e o meu choro não têm planos
Eu canto a dor, o amor, o desengano
E a tristeza infinita dos amantes
Dom Quixote liberto de Cervantes
Descobri que os moinhos são reais
Entre feras, corujas e chacais
Viro pedra no meio do caminho
Viro rosa, vereda de espinhos
Incendeio esses tempos glaciais
Beradeiro
Chico Cesar
Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do equador
E a voz da santa dizendo
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor
A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma motorista
É a cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha céu da boca paulista
Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor os sem teto
Os sem paixão sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de paulo freire
A contenteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sins não contudo
Pé quebrado verso mudo
Grito no hospital da gente
Depende, com Amelinha Fagner
– –
O olho por fora, o dente por dentro
Meu riso na cara do tempo
O olho por dentro, o dente por fora
Meu riso na boca do vento
Conheço a cor dos teus cabelos
Conheço a cor dos olhos teus
É verde, azul, é negro
Como uma noite sem lua, é claro
Como uma frase não dita
É dessa cor, é dessa cor
É dessa cor
Depende do dia, da tarde morena
Sonho Impossível – Maria Bethânia
J. Darion – M. Leigh – Versão Chico Buarque e Ruy Guerra/1972
Para o musical para O Homem de La Mancha de Ruy Guerra
————————————————
Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Espelho CristalinoAlceu Valença
—
Essa rua sem céu, sem horizontes
Foi um rio de águas cristalinas
Serra verde molhada de neblina
Olho d’água sangrava numa fonte
Meu anel cravejado de brilhantes
São os olhos do capitão Corisco
É a luz que incendeia meu ofício
Nessa selva de aço e de antenas
Beija-flor estou chorando suas penas
Derretidas na insensatez do asfalto
Mas
Eu tenho um espelho cristalino
Que uma baiana me mandou de Maceió
Ele tem uma luz que me alumia
Ao meio-dia clareia a luz do sol…
Que me dá o veneno e a coragem
Pra girar nesse imenso carrossel
Flutuar e ser gás paralisante
E saber que a cidade é de papel
Ter a luz do passado e do presente
Viajar pelas veredas do céu
Pra colher três estrelas cintilantes
E pregar nas abas do meu chapéu
Vou clarear o negror do horizonte
É tão brilhante a pedra do meu anel