Poesias cantadas

Por Gão

 

Redação

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  1. Pura poesia! Tem tantas

    Pura poesia! Tem tantas outras poesias cantadas que arrepiam, como a dos mineiros da família Guedes, Gulherme Arantes(Pão, e outra que não lembro o nome que diz -” só você, pra dar a minha vida direção…te dar carinho que você merece ter. Eu sei te amar como ninguém..). De arrepiar!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E tantas outras que escuto quando estou afim de amar muito. Bom demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    1. A música é Um dia, um adeus.

      A música é Um dia, um adeus. E eu que só conhecia o beto guedes mesmo.

      A lista não tem fim mesmo coloquei algumas que chamam atenção mais pela letra que pela melodia.

  2. Letras

    Veio D’água
    Elba Ramalho
    Composição: Luís Ramalho

    Um veio d’água na serra
    É um olho d’ água
    Um veio d’água no rosto
    É uma mágoa
    A correr

    Um pingo d’água no rosto
    É uma tristeza
    Um pingo d’água na rosa
    É uma beleza
    Pra se ver

    Pode haver angústias no sorriso…”
    Pode haver silêncio que difama
    Pode estar mentindo quem te jura
    Pode estar fingindo quem te ama…”

    A moeda tem coroa e cara
    O luar também clareia a lama
    Pode haver o céu na água clara
    Pode haver um véu na tua fama …”

    Um veio d’água na serra
    É um olho d’ água
    Um veio d’água no rosto
    É uma mágoa
    A correr

    Um pingo d’água no rosto
    É uma tristeza
    Um pingo d’água na rosa
    É uma beleza
    Pra se ver

     

    Agalopado  Alceu Valença    

     

    Quando eu canto, seu coração se abala
    Pois eu sou porta-voz da incoerência
    Desprezando seu gesto de clemência
    Sei que o meu pensamento lhe atrapalha
    Cego o sol seu cavalo de batalha
    Faço a lua brilhar no meio-dia
    Tempestade eu transformo em calmaria
    Dou um beijo no fio da navalha
    Pra dançar e cair nas suas malhas
    Gargalhando e sorrindo de agonia

    Se acaso eu chorar não se espante
    O meu riso e o meu choro não têm planos
    Eu canto a dor, o amor, o desengano
    E a tristeza infinita dos amantes
    Dom Quixote liberto de Cervantes
    Descobri que os moinhos são reais
    Entre feras, corujas e chacais
    Viro pedra no meio do caminho
    Viro rosa, vereda de espinhos
    Incendeio esses tempos glaciais

     

    Beradeiro

    Chico Cesar

    Os olhos tristes da fita
    Rodando no gravador
    Uma moça cosendo roupa
    Com a linha do equador
    E a voz da santa dizendo
    O que é que eu tô fazendo
    Cá em cima desse andor
    A tinta pinta o asfalto
    Enfeita a alma motorista
    É a cor na cor da cidade
    Batom no lábio nortista
    O olhar vê tons tão sudestes
    E o beijo que vós me nordestes
    Arranha céu da boca paulista
    Cadeiras elétricas da baiana
    Sentença que o turista cheire
    E os sem amor os sem teto
    Os sem paixão sem alqueire
    No peito dos sem peito uma seta
    E a cigana analfabeta
    Lendo a mão de paulo freire
    A contenteza do triste
    Tristezura do contente
    Vozes de faca cortando
    Como o riso da serpente
    São sons de sins não contudo
    Pé quebrado verso mudo
    Grito no hospital da gente

     Depende, com Amelinha    Fagner   
    – –
    O olho por fora, o dente por dentro

    Meu riso na cara do tempo

    O olho por dentro, o dente por fora

    Meu riso na boca do vento

    Conheço a cor dos teus cabelos

    Conheço a cor dos olhos teus

    É verde, azul, é negro

    Como uma noite sem lua, é claro

    Como uma frase não dita

    É dessa cor, é dessa cor

    É dessa cor

    Depende do dia, da tarde morena

    Sonho Impossível – Maria Bethânia

    J. Darion – M. Leigh – Versão Chico Buarque e Ruy Guerra/1972
    Para o musical para O Homem de La Mancha de Ruy Guerra

    ————————————————
    Sonhar
    Mais um sonho impossível
    Lutar
    Quando é fácil ceder
    Vencer o inimigo invencível
    Negar quando a regra é vender
    Sofrer a tortura implacável
    Romper a incabível prisão
    Voar num limite improvável
    Tocar o inacessível chão
    É minha lei, é minha questão
    Virar esse mundo
    Cravar esse chão
    Não me importa saber
    Se é terrível demais
    Quantas guerras terei que vencer
    Por um pouco de paz
    E amanhã, se esse chão que eu beijei
    For meu leito e perdão
    Vou saber que valeu delirar
    E morrer de paixão
    E assim, seja lá como for
    Vai ter fim a infinita aflição
    E o mundo vai ver uma flor
    Brotar do impossível chão

       Espelho CristalinoAlceu Valença 

    Essa rua sem céu, sem horizontes
    Foi um rio de águas cristalinas
    Serra verde molhada de neblina
    Olho d’água sangrava numa fonte
    Meu anel cravejado de brilhantes
    São os olhos do capitão Corisco
    É a luz que incendeia meu ofício
    Nessa selva de aço e de antenas
    Beija-flor estou chorando suas penas
    Derretidas na insensatez do asfalto

    Mas
    Eu tenho um espelho cristalino
    Que uma baiana me mandou de Maceió
    Ele tem uma luz que me alumia
    Ao meio-dia clareia a luz do sol…

    Que me dá o veneno e a coragem
    Pra girar nesse imenso carrossel
    Flutuar e ser gás paralisante
    E saber que a cidade é de papel
    Ter a luz do passado e do presente
    Viajar pelas veredas do céu
    Pra colher três estrelas cintilantes
    E pregar nas abas do meu chapéu
    Vou clarear o negror do horizonte
    É tão brilhante a pedra do meu anel

      

     

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