Programa de Proteção ao Emprego evita 54 mil demissões

Jornal GGN – Em nove meses, o Programa de Proteção ao Emprego teve 54 mil trabalhadores inscritos no programa que tiveram seus empregos preservadores. Os setores com maior participação no programação forma o automotivo e o metalúrgico. No PPE, as empresas reduzem em até 30% a carga horária dos funcionários, assim como o salário, e metade da redução salarial é ressarcida pelo governo, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. 

No total, o governo gastou R$ 149,7 milhões com o programa, que teve 82% das empresas inscritas na região Sudeste. Para Rafael Moura, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o programa cumpriu seu papel, mas ainda são necessárias medidas para estimular o mercado.

Da Folha

Programa do governo evita 54 mil demissões em 9 meses

Nove meses depois do lançamento do PPE (Programa de Proteção ao Emprego), iniciativa do governo Dilma para evitar demissões, 54 mil trabalhadores foram inscritos no plano e tiveram seus postos preservados.

A indústria, sobretudo os setores automotivo e metalúrgico, concentrou a maior parte dos trabalhadores que foram beneficiados pelo programa (veja quadro).

As empresas inscritas reduzem a carga horária dos funcionários em até 30%, assim como o salário pago. Metade da redução no salário é ressarcida pelo governo, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

O governo gastou R$ 149,7 milhões com o programa.

EFEITO PARCIAL

Nas montadoras, por exemplo, cerca de 30 mil trabalhadores entraram no programa, criado em julho.

Apesar disso, segundo o acompanhamento de vagas formais do Ministério do Trabalho, o número de demissões superou o de contratações em 41 mil nos mesmos nove meses, no subsetor indústria de material de transporte, que inclui montadoras.

Uma das primeiras a aderir ao programa, a montadora Mercedes-Benz inscreveu no PPE 8.900 trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo, que terão estabilidade até agosto deste ano.

A adoção da medida, contudo, não foi suficiente para enfrentar a crise. Como as vendas de veículos comerciais caíram ainda mais neste ano, a montadora colocou cerca de outros 1.500 funcionários em licença remunerada por tempo indeterminado.

Em nota, a Mercedes-Benz diz que, desde 2014, “vem adotando diversas medidas de flexibilidade e gestão de mão de obra para administrar a ociosidade” da fábrica “enquanto não há nenhuma sinalização de recuperação da economia” no país.

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, Rafael Moura afirma que o programa cumpriu seu papel ao evitar cerca de 4.000 demissões nos empresas do setor automobilístico. “O esforço para manter as vagas tem sido satisfatório. Mas defendemos que também sejam adotadas medidas para estimular o mercado”, afirma.

Segundo Moura, ao menos cinco empresas da região encerraram a participação no PPE sem demitir, dos setores metalúrgico e de autopeças, como Schuler, VMG e Pricol.

Considerando todos os setores incluídos no PPE, houve uma concentração geográfica: 82% das vagas são da região Sudeste. Apenas uma empresa do Nordeste (e nenhuma do Centro -Oeste) aderiu ao programa.

O Ministério do Trabalho diz que o PPE “tem atingido seus objetivos”, preservando empregos, direitos e contribuições sociais, e que o governo estuda a possibilidade de torná-lo permanente. 

 

Redação

3 Comentários

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  1. Parcela infima

    Num país do tamanho do nosso 54 mil empregos não é absolutamente nada. Claro que faz toda a diferrença do mundo para quem teve o emprego salvo, mas é muito pouco.

    Faltou o plano para abrigar os 11 milhões de desempregados, mas o único emprego com o qual a presidente Dilma está realmente preocupada é com o dela própria.

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