Revistas acadêmicas fazem mais sucesso nas redes sociais do que em publicações científicas

Jornal GGN – Um estudo recente do Centro de Câncer da Universidade de Colorado mostrou que as revistas acadêmicas, editadas pelos próprios departamentos de pesquisa clínica de hospitais e organizações, têm maior sucesso nas mídias sociais do que os tradicionais veículos científicos voltados à divulgação de estudos médicos. O estudo analisou o desempenho de impacto e número de seguidores de perfis nas mídias sociais de 102 publicações do gênero, em especial as de dermatologia. A pesquisa foi divulgada no Journal of the American Medical Association.

Em geral, o número de seguidores e fãs de departamentos de pesquisa e grupos de estudo tinham, em média, até o dobro do que foi constatado em relação aos perfis oficiais das revistas mais populares. Na época do estudo, a Fundação do Câncer de Pele, por exemplo, tinha 20.119 seguidores no Facebook, e uma rede de dermatologia tinha 11.251. Já a página do Journal of the American Academy of Dermatology no Facebook, administrado pelo próprio autor da pesquisa, Robert Dellavalle, tinha 5.286 fãs na rede social.

Outro exemplo da pesquisa é o New England Journal of Medicine, que, segundo Dellavalle, recebe milhares de leituras por sua presença nas redes sociais. Além disso, o estudo também mostrou que as revistas mais importantes no segmento acadêmico tendem a ter presença forte nas mídias sociais, o que influi no número de seguidores e de acessos. “Especialmente em termos de seguidores no Facebook, as revistas com maior fator de impacto têm o maior número de seguidores”, afirma Dellavalle. Na época do estudo, o New England Journal of Medicine tinha 439.022 fãs no Facebook.

Presença e gestão

A pesquisa concluiu que, tão importante quanto estar presente nas mídias sociais, é a necessidade de criar e gerir essa presença. O estudo constatou que há um declínio acentuado no uso e sucesso de revistas menos conhecidas, abrindo espaço para as mídias mais tradicionais. Dos 102 periódicos de dermatologia estudados, apenas 12,7% tinham presença no Facebook e 13,7%, perfil no Twitter.

“Algumas revistas não têm reconhecido o potencial de abraçar totalmente as redes sociais. Mesmo na comunidade de pesquisadores acadêmicos, há um fator de constante mudança de relevância. Se você não permanecer ativo, você fica para trás no tempo. Com a evolução tecnológica contínua, as organizações que não reconhecem a oportunidade proporcionada pelas sites de redes sociais, correm o risco de ficar marginalizadas por sua incapacidade de assimilar a mídia social como uma forma de comunicação”.

Com informações do Phys.org

Redação

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