“Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”, diz Bolsonaro sobre Herzog

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) disse em entrevista à Marina Godoy, na RedeTV!, que lamenta a morte do jornalista Vladimir Herzog durante a Ditadura Militar, mas “não estava lá” para saber se foi suicídio ou assassinato.
 
“Lamento a morte dele, em que circunstância, se foi suicídio ou morreu torturado. Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”, afirmou. “Alguns inocentes acabaram tendo um fim que não mereciam, no meu entender. O caso do Vladimir Herzog, muitos falam que ele praticou o suicídio”, disse o candidato a presidente da República.
 
Quando pressionado a reconhecer que o jornalista foi assassinado, Bolsonaro disse que “essa é uma história que passou”. Ele também exaltou que, na época pós golpe de 1964, nós tínhamos “liberdade de ir e vir”, tentando encontrar pontos positivos no regime de opressão.
 
A fala de Bolsonaro acontece na mesma semana em que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil a reconhecer o atentado e investigar as causas da morte do jornalista. A sentença trouxe de volta à baila um debate sobre a revisão da Lei da Anistia, para que os criminosos da Ditadura em nome do Estado sejam processados e punidos.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Convenhamos,se a figura falou

    Convenhamos,se a figura falou que” se foi suicídio ou se foi torturado” já é um grande passo. Agora já está admitindo que houve tortura. Mais um pouquinho e ele vai dizer que apoia a tortura.

  2. Fascista e Covarde

    Os fascistas, como Bolsonaro, precisam mentir para continuar enganando as pessoas de boa fé. Não assumem as infâmias que cometem deliberadamente.

    Cometem os crimes à sombra e, hipocritamente, desconversam. São covardes.

  3. Amargo regresso…
    O mundo gira gira e não muda: como diria o Chacrinha: alô Terezinha!!!

    Aos fatos:

    O golpe de 2016 segue o mesmo escript daquele que findou recentemente, ou seja, em 1985, mais exatamente em 1988, com Constituinte….as diferenças entre os dois golpes são poucas:
    1 – a cor do uniforme dos chefes do golpe: o verde oliva daquela época e a cor negra das camisas e togas de Dalangois, Moros et caterva…
    2- Hoje Lula repete Jk, acusado de ter apartamento, imbativel em 65 com eleiçoes suspensas, terminou suicidado…
    3- Bolssonauro, mistura de bolso com dinossauro, jura que é Castelo Branco.
    ….
    Pais fudido esse nosso…alô Terezinha!!!
    O significado do Alô Terezinha
    http://www.panoramatricolor.com.br/sobre-aquele-abraco-do-gilberto-gil-por-thiago-muniz/

    1. O corpo fala
       

      Não sou o Wilson e nem sou analista, mas vou dar meu pitaco.

      Bolsonaro, sentado à vontade, em atitude de poder,  lábios crispados, mão no saco, em atitude de auto afirmação inconsciente de sua macheza e perna cruzada, tendo o pé apontado ostensivamente para Mariana em atitude de  desprezo ou menoscabo.

      Mariana, sorriso de polidez forçada, pés cruzados em direção ao bolsonaro em atitude de discordância ou fechamento  e braços quase cruzados, que pode significar, ouço, mas vou decidir se concordo.

       

  4. Com Bolsonaro eleito: os que reclamarem vão apanhar

    Singer: a direita radicalizou e bloqueou as saídas

     Ouça este conteúdoAudima

    aroeiraferradura

    Ótima análise de André Singer, na Folha,diz que o processo de radicalização política do Brasil – uma obra da mídia e do Judiciário, sobretudo – bloqueou o caminho de conciliações e pactos políticos (que Lula representou e, com parco sucesso, Ciro Gomes tenta reeditar) e nos levou a uma situação em que as eleições parecem mais ser uma porta de entrada para a “crise permanente” que uma saída para os impasses colocados ao país.

    Vale muito a leitura.

    Direita optou por radicalizar

    André Singer , na Folha

    Em menos de cinco meses, as expectativas econômicas sofreram uma séria reversão. Conforme noticiou a Folha na última quinta (5), “em março, a alta esperada para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2018 encostava em 3%, com alguns economistas prevendo algo acima disso”. Agora as projeções caíram para cerca de um terço daquele montante.

    Em outras palavras, o Plano Meirelles deu errado e a ponte para o futuro nos levou ao passado de estagnação dos anos 1980 e 1990. Compreende-se, assim, que o ex-ministro da Fazenda amargue 1% das intenções de voto e Lula continue com mais de 30% nas pesquisas, apesar de preso. 

    Da metade da pirâmide para baixo, o eleitorado quer, sobretudo, voltar ao período em que havia emprego e renda.

    O problema está em como reconstruir as condições para tal retomada. O processo do impeachment, iniciado em 2015 e concluído em 2016, abalou as bases do pacto que permitiu o “milagre” lulista de reduzir a pobreza sem confronto político. Na sequência, a conjuntura foi transformada por importantes mudanças locais e mundiais. 

    Na esteira do golpe parlamentar, e sem a legitimação de um pleito presidencial, houve bloqueio dos gastos públicos, retirada de direitos trabalhistas e abertura do pré-sal para empresas estrangeiras. No plano externo, a ascensão de Donald Trump significou o acirramento dos conflitos globais. 

    As vaias a Ciro Gomes (PDT) e os aplausos a Jair Bolsonaro (PSL) na CNI (Confederação Nacional da Indústria), quarta (4) passada, expressam bem o ambiente polarizado do qual não conseguimos escapar. 

     

    Os apupos vieram quando o candidato do PDT —longe de ser um radical, ainda que intempestivo— apenas afirmou que reabriria o debate sobre as mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). O postulante do PSL, por sua vez, foi ovacionado quando disse que iria colocar “generais nos ministérios”.

    Bolsonaro reiterou que não entende de economia, delegando ao economista ultraliberal Paulo Guedes a formulação dos planos para a área. Mas se propõe a garantir a ordem, por meio de presença militar, para que o capital possa reinar inconteste. “Os senhores são os nossos patrões”, declarou o deputado na CNI.

    Como disse um amigo, a direita está venezuelizando o país. Joga fora a Constituição de 1988 que, bem ou mal, garantiu a fase mais completamente democrática que o Brasil teve. Se forem bem-sucedidos, a instabilidade prosseguirá. Diante de tal ofensiva, fica difícil conciliar. 

     

  5. Enquanto isso, a desunião abre mais espaço

    FHC usa o termo evitar “catástrofe” tentando unir o centro (ou o que se entenda por centro). Enquanto isso, a centro-esquerda não vê que a realidade muda, o tempo muda, o contexto muda e não é perder a identidadee deixar desse negócio de hegemonia a qualquer custo. O custo pode e já está sendo muito caro, inclusive com a maior probabilidade de, ao invés de hegemonizar, quase desaparecer do mapa. Abusos no judiciário e na lava-jato há (não estamos na Noruega), mas fechar os olhos e fazer de conta que nada de grave aconteceu nos governos recentes é parecer uma seita seguiindo seu pastor cegamente.

  6. A coluna de hoje André Singer, na Folha

    Sobre a direitização em marcha. Cita que enquanto Ciro Gomes foi vaiado em palestra na CNI (por não ter papas na língua mesmo diante de uma platéia adversa ao dizer rque iria revisar a reforma trabalhista), por outro lado, Bolsonaro, noutra palestra na CNI,  foi aplaudido quando disse que iria colocar generais nos Ministérios. Gente fina é outra coisa. Engana-se que é parte do povão que vai votar nesse cara. A nossa fina flor do atraso, nossas elites, que querem “o novo”/O acesso limitado é gratuito.

  7. Bolsonaro
    Suicido acontece sim e a cada dia isso aumenta. Ele não disse nenhuma mentira. A Mariana poderia ter feito N perguntas diferentes, mas ela ainda assim insistiu em mais do mesmo. Ridículo.

  8. Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio

    Dinheiro da jbs acontece, pessoal pratica dinheiro da jbs

    Pouca vergonha acontece, pessoal pratica pouca vergonha

    Truculência acontece, pessoal pratica truculência

    Esconder no banheiro acontece, pessoal pratica esconder no banheiro

  9. bom post.

    Quando vejo, ouço, leio sobre  um tipo desses (como o bolsonaro) me assalta uma duvida.

    Alguma coisa saiu errado no  projeto de Deus ( ou na evolução das especies, se preferirem).

    Custa a acreditar

     

  10. Bolsonaro é incapaz de

    Bolsonaro é incapaz de criticar seus ditadores de estimação. E foi interrompido 10 vezes pela Mariana Godoy. Qualquer pessoa decente deve interromper um cretino numa situação dessas.

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