Programa analisa os riscos do uso excessivo de agrotóxicos

Recente pesquisa da Anvisa mostra que 29% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos
 
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e para discutir os meios para reduzir os impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana decorrentes do uso excessivo de defensivos e pesticidas o apresentador Luis Nassif receberá no programa Brasilianas.org desta noite, às 20h, na TV Brasil, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, o professor de Gestão Ambiental na USP Leste, Luis Cesar Schiesari e o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Orlando Melo de Castro.
 
 
Uma pesquisa divulgada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que 36% das amostras de frutas e verduras analisadas em 2011 continham irregularidades na presença de agrotóxicos, contra 29% das amostras analisadas em 2012. A utilização dessas substâncias químicas em grande quantidade, além de prejudicar a saúde humana, é capaz de causar desequilíbrios ambientais com impactos negativos sobre a produção de alimentos.

No ano passado, o Departamento de Agricultura dos EUA identificou que os agrotóxicos estariam por trás da Síndrome do Colapso das Abelhas, nome dado ao aumento crescente da taxa de mortalidade entre esses insetos em diversas regiões do mundo.
 
Algumas espécies de abelhas são fundamentais para a produtividade agrícola, pois contribuem com a polinização.  O governo norte-americano calcula que nos últimos seis anos o agronegócio local perdeu 2 bilhões de dólares decorrentes do desaparecimento de, pelo menos, 10 milhões de colmeias.
 
O Brasil também vem sofrendo o ‘fenômeno’. Nos últimos dois anos, o país caiu da 5ª para a 10º colocação mundial de exportação de mel por conta do abandono inexplicável de colmeias. Em 2011, o desaparecimento de abelhas chegou a quase 100% em algumas regiões de Santa Catarina,  segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
 
Esta edição do Brasilianas.org foi gravada, logo, excepcionalmente, os telespectadores não poderão mais encaminhar perguntas para os convidados.
 
Onde sintonizar a TV Brasil:
 
UHF Analógico Canal 62 (SP)
UHF Digital Canal 63 (SP)
VHF Canal 2 (RJ), (DF) e (MA)
Net – Canais 4 (SP), 16 (DF), 18 (RJ e MA)
Sky-Direct TV – Canal 116
TVA digital – Canal 181
 
Ou assista pela internet: www.tvbrasil.ebc.com.br

 

Redação

11 Comentários

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  1. Sucesso

    Tema muito bom.

    Se puder entrar nos programas governamentais de agricultura familiar e traçar um paralelo entre o uso de agrotóxico nas lavouras da agroindústria e na familiar, aumentará o grau de informação dos seus ouvintes.

  2. Veneno para todos

    Este é o maior exemplo do sucesso das políticas públicas dos governos de esquerda. Migalhas de recursos para agricultura de base ecológica e bilhões para o agronegócio.

    Como retribuição a forte contribuição do agronegócio nas exportações.

    As políticas públicas para diminuir o uso de agrotóxicos são diversionismos para a população. São ineficazes e propagandistas.

    O MS, MMA, MAPA continuam liberando todas as demandas da indústria química. Vide transgênicos.

    Neste aspecto o retrocesso foi muito grande. Antes havia mobilização da sociedade civil. Hoje somente matérias de jornais.

     

     

    1. Governos do agronegócio.

      Só posso entender como ironia sua primeira frase, pois nem é um sucesso de política do interesse público, nem o governo que a adota pode ser chamado de esquerda.

      A frase ficaria melhor se fosse escrita com os realces assim: Este é o maior exemplo do “sucesso” das políticas públicas dos governos de “esquerda”.
       

      Sinceramente, a máscara está caída, depois de doze anos, alguma conclusão tem de ser retirada: o PT veio para governar para o agronegócio. O conjuntode suas ações são hegemonicamente favoráveis ao latifúndio e às multinacionais; não se conhece medidas que tenham desfavorecido esses setores.

  3. Programa analisa agrotóxicos…

    Os interesses maliciosos sempre juntam a expressa agotóxicos (veneno, segundo ovelho Lutzenberger) , e adubos,DE OUTRO LADO..

    Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa..Jamais chegariamos ao nive de produção agricola do Brasil, sem o uso de adubos, fertilizantesOutra coisa, são os venenos, e os transgtên icos, usados em massa, pelo Brasil, quando nada prova que são INDISPENSAVEIS.. De mais a mais, nossa produção será recusada, na medida em que os compradores verificarem excesso de veneno no produto. Este é o risco que o pais afronta. Falem os agronomos. Ebrantino.

  4. Recomendação…

    Sugiro aos integrantes do blog que não façam o consumo de repolho. Alguns agricultores usam agrotóxicos antes do fechamento das folhas e assim o produto fica preso dentro das mesmas, sendo impossível a retirada por lavagem.

    1. Sugiro que coma, pelo menos, todas as hortaliças orgânicas

      Começar pelas hortaliças, depois pelas frutas, é um grande passo para retirar os agrotóxicos do prato.

      um abraço

  5. É possível assistir o programa depois?

    Nassif,

    Esse programa é gravado ou disponibilizado através do Youtube?

    Não estarei em casa na hora do programa.

    Obrigado!

  6. Prezado Jornalista Nassif

    Prezado Jornalista Nassif : 

    Espero que no programa de logo mais, algumas questões não passem em branco.

    A primeira que posso citar, é em relação à pesquisa da ANVISA. Ocorre que nesta pesquisa, são consideradas irregulares todas as  amostras que contenham um determinado principio ativo que não esteja registrado para o uso de uma determinada cultura no Brasil. Ficou confuso, mas tentarei exemplificar : “um hipotético agrotóxico, milhex, possui registro no Brasil para uso em milho. Aí, nas amostras objeto da pesquisa da ANVISA ele é considerado irregular porque apareceu em amostras de tomate. Cabe aqui um parenteses, embora em outros países o milhex possua registro para uso em tomate, aqui no Brasil o mesmo agrotóxico não possui registro para o uso nesta cultura, porque pela legislação brasileira, cada cultura demanda um registro junto à burocracia. E como o custo de cada registro é altíssimo, e a demanda do mesmo por tomate é baixa, a empresa fabricante opta por não registra-lo para o tomate. Cabe aqui uma segunda informação : há uma comissão na FAO – o CODEX ALIMENTARIUS, cujo trabalho é o de fixar normas e padrões para alimentos .  Estes padrões são aceitos no mundo todo. E lá está constando que o milhex é aceito para tomate, e mais , fixa seus residuos aceitos. Aí voltamos a pesquisa da ANVISA e constatamos a amostra considerada pela mesma como irregular, seria aceita em todo mundo “. O agricultor lançou mão do milhex , apenas porque viu-se sem alternativas. 

    Melhor seria, que a população fosse informada disto, caso contrario cria-se uma situação de pânico absolutamente desnecessário.

    Uma segunda observação sobre o consumo de agrotóxicos pela agricultura. Essencial é, dividir os agrotóxicos vendidos pela área de agricultura. Veremos que o Brasil apesar de grande consumidor, em termos relativos deve estar bem abaixo de vários pa´ses. E novamente isto não nos é informado. 

    Finalmente, cabe observar que a metodologia desta pesquisa da ANVISA não é normatizada. Quanto e em que locais foram feitas as coletas ? Em que épocas? Sem a normatização, não há como afirmar se houve ou não variações. 

     

     

     

  7. Li uma reportagem hoje, que,

    Li uma reportagem hoje, que, aqui no RS, estamos ingerindo (per capta) 33,2 litros de veneno por ano. Como o brasileiro é trambiqueiro, não cumpre leis e necessita ser fiscalizado dia e noite, noite e dia, para seguir “os conformes”, o governo teria que contratar um fiscal (incorruptível) para fiscalizar cada um dos nossos produtores de alimentos. “O que vendo não como”, é a regra. Infelizmente, nosso “cidadão” é totalmente irresponsável para com o outro cidadão. 

    1. Senhora, este é um exemplo

      Senhora, este é um exemplo perfeito da desinformação causada por um dado  estatístico. Qual seria a pertinencia de informar  o consumo per capita de agrotoxicos?A distorção causada é tão grande, que a senhora supõe que estaria “ingerindo” 33,2 litros de veneno por ano.

      O correto seria informar  o consumo de agrotoxicos por hectare cultivado. Aí sim teríamos uma base comparativa.

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