BID prevê crescimento de 3% para América Latina e Caribe em 2014

Jornal GGN – O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)divulgou relatório prevendo crescimento de 3% para a economia da América Latina. O documento “Recuperação Global e Normalização Monetária: Escapando de uma Crônica Anunciada” foi divulgado hoje durante a 55ª Assembleia Anual de Governadores, na Costa do Sauípe (BA).
 
Do Valor Online
 
Economia cresce 3% na América Latina e Caribe este ano e 3,3% em 2015
 
Edna Simão
 
Mesmo com a esperada recuperação dos Estados Unidos e Europa, as economias da América Latina e do Caribe devem registrar um crescimento econômico de apenas 3% neste ano e de 3,3% em 2015, segundo o Relatório Macroeconômico para a América Latina e o Caribe de 2014 intitulado “Recuperação Global e Normalização Monetária: Escapando de uma Crônica Anunciada”. O documento foi divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) durante a sua 55ª Assembleia Anual de Governadores, que termina neste domingo na Costa do Sauípe (BA).
 
Se confirmada a previsão de 3% para este ano, o crescimento será ligeiramente superior aos 2,8% apurados no ano passado. Na reunião do BID de 2013, realizada no Panamá, a expectativa era de uma expansão de 3,9% do PIB ao ano ao longo de cinco anos. Agora a média para 2015 e 2018 é de um aumento de 3,5%.
 
“Voltamos a crescer na média dos últimos 30 anos”, disse o economista-chefe do BID, José Juan Ruíz, acrescentando que o valor é baixo para atender as demandas cada vez maiores da população que passou a integrar a nova classe média.
 
Em 2013, conforme o economista, México, Brasil, Argentina e Venezuela, cresceram abaixo das expectativas do BID, o que prejudicou a expansão da região como um todo. Apesar do cenário para 2014 não ter mudado muito, a perspectiva de Ruíz é de que uma expansão mais vigorosa nos Estados Unidos represente um impacto positivo relevante sobre as taxas de crescimento na América Latina e no Caribe.
 
O relatório do BID chama atenção para dois riscos potenciais na região. O primeiro deles se trata dos choques financeiros se as elevações de juros nos Estados Unidos forem mais rápidas do que o esperado. “Olhando para o futuro, taxas de juros mais altas nos Estados Unidos poderiam significar uma redução nos fluxos de capital, o que prejudicará o crescimento e, em alguns casos, levará a depreciações cambiais e inflação mais alta”, destaca o documento.
 
Além disso, o documento ressalta que a desaceleração do ritmo de crescimento da China, que passará também a ser mais concentrado no mercado doméstico do que no externo, deixará mais vulneráveis os países da América do Sul, como por exemplo o Brasil.
 
“Para a região como um todo o risco positivo de um maior crescimento nos Estados Unidos e os riscos negativos de baixa nos preços de ativos e menor crescimento na China podem ser mutuamente excludentes, mas os países na região estão expostos a esses riscos de formas diferentes. México, América Central e Caribe poderão se beneficiar em uma situação de crescimento maior nos Estados Unidos e crescimento menor na China, mas o resultado na América do Sul poderá ser um crescimento mais lento”, informa o relatório do BID.
 
O economista-chefe do BID disse que fator que continua sendo preocupante é deterioração fiscal dos países que adotaram medidas anticíclicas para enfrentar os efeitos da crise internacional e agora dificilmente conseguirão revertê-las. Segundo ele, os países da América Latina e do Caribe elevaram em 58% suas despesas, sendo que a maior parte dessa elevação (40%) se trata de gastos inflexíveis (folha de salários, subsídios e transferências).
 
Sem espaço fiscal a saída para que as economias da América Latina e do Caribe voltarem a registrar melhores taxas de crescimento é fazer reformas que visem o aumento da produtividade de sua economia.
 
Mesmo sendo considerado baixo, o relatório frisa o risco de um cenário chamado de Parada Súbita nos fluxos de capital na região da América Latina e do Caribe. Segundo o BID, este é um evento mais dramático, cujo impacto depende do déficit fiscal do país, do déficit de conta corrente e do nível de dolarização e reservas, entre outras variáveis.
 
Outro ponto citado no relatório é o aumento das emissões de empresas no exterior. Segundo Ruíz, o BID menciona ainda no documento, sem muito detalhamento, a ampliação das operações. A intenção é chamar atenção dos países para que fiquem atentos ao comportamento e repercussão que essa ampliação pode ter nas economias.
 
 
Redação

1 Comentário

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  1.  Lula já disse que  Dilma deu

     Lula já disse que  Dilma deu um tiro no pé ao comentar sobre a compra sa refinaria ”passapratraz”

      Eu não sei se foi o pé esquerdo ou direito.

       Por via das dúvidas ambos firarão engessados.

       Explico: Se a AL crescerá 3 por cento, e o Brasil( quer faz parte dela) crescerá uns 2, como ficamos perante a regiÃO?

           Com os pés engessados, tomara que não tenhamos outras ”’explicações” pra engessar as mãos tbm.

               Ditado chinês: ” É melhor ficar quieto do que dizer algo que te prejudique que vc pensa que pode ajuda- lo”

                Norma brasileira:Vai que cola pro igorante povo brasileiro.

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