Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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A perseguição a Lula e a destruição do sentido ético, por Aldo Fornazieri

A perseguição a Lula e a destruição do sentido ético

por Aldo Fornazieri

Na peça Galileu Galilei, Bertolt Brecht estabelece uma polêmica acerca do sentido e do significado do herói. Em conversa com seu secretário Andreas o sábio italiano enfrenta a angústia de defender a verdade de que a Terra não é centro do sistema planetário sabendo que a Santa Inquisição lhe ceifaria a vida ou de negar a verdade e continuar mantendo a dádiva da vida. Andreas, jovem idealista, incita o mestre a defender a verdade da evidência científica argumentando que a possível morte o tornará herói. Entre as ponderações dos argumentos, Andreas declara: “Pobre do povo que não tem herói!”. Ao que Galileu responde: ” Não Andreas. Pobre do povo que precisa de herói!”.

Brecht adota o partido de Galileu, mas penso que se enganou. A tese interpretativa da negação do herói sustenta que um povo que precisa de herói não é um povo liberto. É um povo escravo de fato ou escravo da ignorância e do medo. Sustenta-se que a liberdade é uma atitude coletiva que se isenta da necessidade do herói. Muitos marxistas esposaram a tese de Brecht, mas não Gramsci, por exemplo, que compreendeu perfeitamente não só a importância do herói, mas também a força simbólica do mito que deveria ser encarnada na ideia de partido como moderno príncipe sem, contudo, suprimir o papel do líder, do herói no sentido da sua individuação.

Não há uma oposição entre o papel do herói e a construção de uma vontade coletiva. Aliás, não há registro na história dos povos que indique o surgimento de uma potente vontade coletiva transformadora sem a existência de um líder-guia, de um herói. A preponderância de um e de outro – herói ou vontade coletiva – depende muito das circunstâncias, da cultura de cada povo e das virtudes presentes em um ou na outra. Os gregos antigos, por exemplo, enfatizaram sobremaneira a importância do herói. Já, na República romana, os líderes destacaram a vontade coletiva do povo e suas virtudes como a força de construção de um sentido grandioso de Roma, criando uma das primeiras teorias do destino manifesto.

De qualquer forma os heróis desempenharam um papel fundamental para referenciar as atitudes humanas, as atitudes de um povo. E, mesmo neste mundo liquefeito de hoje, neste mundo da impermanência, eles continuam a desempenhar um papel positivo. É verdade que existe mais de um modelo de herói e, na tipologia grega clássica, temos praticamente uma antípoda entre Aquiles que faz grandes feitos, pela sua ousadia, e morre jovem para  projetar-se na memória eterna dos humanos e Ulisses que, com sua prudência, enfrenta todo tipo de adversidade, mas chega a uma velhice triunfante.

O herói é um portador de virtudes – coragem, ousadia, prudência, etc. – mas, acima de tudo, como referencia moral da conduta do povo e dos cidadãos e como referência ética que orienta do sentido de futuro da cidade ou da nação, ele se define também pela exemplaridade de seus atos e de sua conduta. Atos e condutas exemplares são o amalgama que unificará e agregará o povo e será o fundamento da lei justa que, em grande medida, substituirá a própria função do herói, já que o povo encontrou o seu fundamento moral e ético.

O herói expressa também um recurso simbólico extraordinário, capaz de mobilizar energias e princípios nos momentos de crise ou nos momentos de realização de elevados empreendimentos coletivos. Quase todos os povos têm seus heróis e seus líderes significativos, mal ou os bem, lançam mãos a esses recursos simbólicos. Não por acaso, em seu discurso de despedida, Obama, em face a este momento angustiante em que vivem os Estados Unidos, recorreu duas ou três vezes aos Pais Fundadores.

As elites brasileiras e a destruição ética do país

Costuma-se dizer que o povo brasileiro não tem heróis no sentido nacional, popular e político do termo. Há uma boa dose de verdade nisso. A singularidade da nossa desditosa história, a indigência da nossa formação política e cultural, a carência de movimentos nacionais e populares na nossa formação,  fraqueza das nossas virtudes coletivas e as dos nossos líderes e, principalmente, a violência recorrente das elites e do Estado contra os movimentos e líderes que lutaram por direitos e bem estar coletivo constituem causas dessa carência de heróis.

Em que pese tudo isto, existem, contudo, em nossa história, dois líderes que se aproximam da ideia de herói no sentido nacional, popular e político do termo. Trata-se de Getúlio Vargas e de Lula. Claro que quando se fala de Lula há algo de problemático na medida em que nunca é possível dizer algo definitivo de quem está vivo. Mas, com essa ressalva, cabe reconhecer que Vargas e Lula são os dois líderes nacionais que mais imprimiram um sentido ético à nação, no sentido de tentar unificá-la em torno do propósito de uma sociedade justa e do bem estar coletivo. O termo “ética” aqui é empregado no seu senso aristotélico, vinculado aos fins públicos comuns do bem estar e da justiça.

Dito isto cabe observar que tanto Vargas, quando vivo e mesmo que morto, e Lula em vida, sofrem uma perseguição tenaz por parte de setores das elites. Ao querer se destruir sua representação simbólica quer-se destruir a sua expressão enquanto referencial do sentido ético do Brasil e de seu povo. Quer-se destruir aquela energia simbólica que pode ser fonte de emanação de lutas e mobilizações, no presente e no futuro, por mais direitos e justiça. Quer-se destruir o sentido orientador da ideia de igualdade na construção de uma sociedade mais justa e digna. A destruição de Vargas e de Lula é a destruição de uma reserva de combate, por mais contradições e paradoxos que ambos representem. O fato é que as elites brasileiras sequer suportam a presença e a simbologia de figuras como Vargas e Lula mesmo que em seus governos partes das elites tenham sido beneficiadas.

É também nesta chave compreensiva que se deve entender a perseguição impiedosa que o juiz Moro, o procurador geral da República Rodrigo Janot, os procuradores representados na figura de Deltan Dallagnol e setores da Polícia Federal e do Judiciário movem contra Lula. De todos os processos e indiciamentos contra o ex-presidente, até agora, não há razoabilidade em nenhum deles. A perseguição, as denúncias vazias, os vazamentos seletivos, contudo, estimularam o golpe-impeachment e promoverem danos irreparáveis a Lula.

Como explicar a conduta desses agentes da persecução? Claro que existem interesses pessoais e políticos na perseguição, vaidades, ódios, rancores e frustrações. Mas esses agentes não deixam de ser a representação da violência atávica das elites brasileiras contra todo o sentido da construção ética de uma sociedade justa e igual e de tudo o que significa luta nacional e popular por direitos. Como serviçais das elites, esses agentes não deixam de se sentirem donos do Estado, donos dos instrumentos da violência concentrada, portadores de uma imemorial consciência dos privilégios patrimonialistas.

Direitos, justiça e igualdade e a constituição ética do Brasil e da sociedade, portanto, são ameaças aos interesses, ao poder e ao mando das elites e de seus agentes. De tempos em tempos promovem uma degola das conquistas alcançadas através das lutas. É isto que se está vendo neste momento com o governo Temer. Nestes surtos violentos e destrutivos da agregação social e do sentido ético, agridem também com mais violência as representações simbólicas dessas lutas e dessa construção. Os movimentos sociais e políticos progressistas precisam compreender que quando se trata de democracia, direitos, liberdade, justiça e igualdade nunca há uma garantia definitiva. A manutenção das conquistas e sua ampliação requer lutas e mobilizações permanentes.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

36 Comentários

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  1. Mas Aldo, o PT tem que
    Mas Aldo, o PT tem que ajoelhar no milho e se penitenciar por ser igual aos outros ou o partido é o príncipe moderno? Escolha uma das duas teorias, senão o seu discurso fica esquizofrênico.

    De resto, nada do que você escreveu é novidade. Muitos analistas já chegaram a essas mesmas conclusões quando você se perdia no mesmo moralismo barato que agora denuncia.

  2. Lula tem que ser preso.

    Esta é a afirmação mais lógica que existe. Não sei porque ainda não foi. Se ele não for preso a população brasileira tem o dever de mandar todo mundo ir para aquela lugar.

    Se ele não for preso será o maracanasso nas redes virtuais… Lula será elevado ao status de Che!!!

  3. Não Consigo Entender

    Realmente não consigo entender esta defesa absolutamente parcial e idolatria por este senhor.

     

    Sinceramente me parece que estamos falando de alguém acima de qualquer suspeita e lei.

     

    Quando o que ouvimos nas gravações já seriam o suficiente para que deixássemos o estado brasileiro agir.

     

    Esta politização da criminalidade não fará bem a sociedade brasileira, talvez a uma ou duas pessoas no máximo

      1. Não Sei..

        Frederico, 

         

        Não entendi o seu comentario sobre o meu, mas dos 5 processos uns tem mais de 20.000 paginas outros mais de 100.000

         

        É de lá que saira a justiça e não da imprensa, como ninguem leu ou publicou ainda…

         

        Acho imaturo formação de juizo de valor

        1. Meu caro senhor, no foro gaúcho há processos históricos….

          Meu caro senhor, no foro gaúcho há processos históricos que são medidos por volumes e não mais por páginas, o que acontece? Em quase 100 anos nenhum juiz consegue chegar a ums sentença definitiva.

          Como diz o vulgar ditado brasileiro: Se tamanho fosse documento, elefante era dono do circo.

          1. Pelo o que eu entendi

            Ola Senhor remaestri, 

             

            Com todo o respeito, mas não entendi a sua colocação.

            a) Devemos ignorar o estado de direito, eliminando o direito a acusação e defesa porque existem processos muito grandes?

            b) O senhor acha que é pela imprensa que se busca a verdade?

            c) Ou o historico do Réu é suficiente para inocenta-lo preventivamente ?

          2. Mais ou menos assim

            Maestri,

             

            Na linha dos didatos.

             

            Jaboti não sobe em arvore, se ele está lá é porque alguém colocou.

             

            Não brigue com a lei, a chance de você ganhar é pequena, brigue por mudar a lei, a chance é maior.

             

            É este o rito que sera seguido.

    1. Não falou coisa com coisa,

      Não falou coisa com coisa, meu senhor. Lula não está acima da lei, os fatos mostram que ele está abaixo. Nenhum direito constitucioal do cidadão vale para ele. Prisão coerxitiva sem necessidade, grampos em seus advogados, publicidade de conversas privadas e por aí vai.

      Mas há sim quem está acima da lei. Aécio, Serra, FHC e principalmente os Marinho, que não precisam paagar imposto, e podem ocultar patrimônio numa boa.

      Aqui vai uma marchinha para o senhor pular carnaval, quem sabe no bloco dos coxinhas

       

      [video:https://youtu.be/NQnTtVMb7WI align:left] 

      1. Pode ser que sim

        Mas pode ser que tenha falado.

         

        Estas interpretações da defesa do Lula cabe no discurso de qualquer Réu do judiciario brasileiro e não é exclusivadade dele, alias dos 70% condenados em segunda instancia falaram a mesma coisa, mas não deu midia.

        Repetindo, dos 5 processos uns tem mais de 20.000 paginas outros mais de 100.000 paginas

        É de lá que saira a justiça e não da imprensa, como ninguem leu ou publicou ainda…

        Acho imaturo formação de juizo de valor neste momento

        1. Se fosse imparcial

          E acompanhasse as discussões sobre a perseguição policialesca ao Lula saberia que os crimes citados envolvem até agora apenas um apartamento que está registrado em nome da OAS e um sitio de amigo de longa data! E tivesse lido o texto teria percebido este comentário do autor: “De todos os processos e indiciamentos contra o ex-presidente, até agora, não há razoabilidade em nenhum deles. A perseguição, as denúncias vazias, os vazamentos seletivos, contudo, estimularam o golpe-impeachment e promoverem danos irreparáveis a Lula.” A não ser que tenha alguma informação sigilosa que moro e trupe desconhecem, estes 5 processos e 100 mil páginas tão parecendo o seriado do Seinfeld. Um seriado ou processo sobre o nada!

          1. Senhor

            Senhor não tire o direito do nosso funcionário público fazer seu papel, nos o pagamos para isto.

             

            Todo o Réu no Brasil pode alegar o que o senhor narra.

             

            Não estou fazendo julgamento precipitado, se ele for inocente que aproveite os benefícios, se for culpado que pague o que lhe for imposto.

             

            Não o defendo e nem acuso

             

            Não suporto está politização do processo civil.

             

            E como contribuinte preciso acreditar que os nossos servidores estejam aptos a exercer o cargo.

             

            Nao brigue contra a lei, são destas 100.000 páginas que sairá a justiça.

          2. Já ouviu falar

            De ditadura? De perseguição política? Destas 100 mil páginas não saíram nada. Por isto Lula continua intocável. Se houvesse uma vírgula ali de seriedade, estes Pitbull da justiça já o teriam levado em cana! Só há ali estrume e manipulação política com interesse em anular o ex presidente Lula. E a vontade dos tolos em vê-lo fora do governo. E por favor, não fija imparcialidade. Ninguém aqui é tolo para acreditar nisto!

    2. Aqui o Sr. se revela.

      Prezado,

      Há poucos dia eu e o Sr. travamos um debate civilizado. Mas com este comentário tolo, maldoso e mal fundamentado o Sr. está revelando que não é apenas um ex-petista, mas um reacionário, cheio de ódio pelo Lula, pelo PT e seus líderes. 

      1. Ola João, 
         
        Tudo bem com

        Ola João, 

         

        Tudo bem com você, sempre bom falar com você, mas este é mais do mesmo que falamos.

        Estamos politizando o judiciario.

        Sim eu sou um ex-petista decepcionado com o partido e não voto em ninguem.

        Se desejarem prender todos os CITADOS na LAVA-JATO tem o meu apoio independente de partido, TODOS.

        A minha avaliação pessoal é que crime de corrupção é EDIONDO pois mata muitos em silencio.

        Eu tenho visto esta exposição demasiada da Politização do Caso em busca de blindagem, já falamos sobre isto e não é que eu mudei de opinão, quando mais utilizada esta tatica maior é será a minha decepção.

        Acho este foro democrativo e por isto gosto de manifestar aqui, sei que sou minoria, mas desejo expor o meu pensamento.

        Na minha cabeça (reacionária ou não) não cabe olhares laterais ou de excessão para o caso.

        Desculpe, achei que você tinha percebido isto na nossa ultima conversa.

        Forte e sincero abraço

  4. O Lula com a conciliação e a

    O Lula com a conciliação e a Dilma com o controle remoto imaginaram uma elite brasileira que nunca existiu.

    A elite que perseguiu Getúlio, JK e Goulart e que aplaudia o Médici, estava aí atormentando o Brizola. Fazendo o estardalhaço de 89 na figura da globo e da fiesp. E apoiando o neoliberalismo lesa-pátria.

    Foi ingenuidade fatal a tentativa de pactuar com o sistema podre.

  5. A perseguição ao Lula está destruindo o país…

    A perseguição ao Lula está destruindo o país. Todos os setores golpistas possuem um único argumento viável eleitoralmente: ser anti-Lula e anti-PT. E é preciso reconhecer que a mídia está conseguindo atingir seu objetivo. O PT passou a ser odiado pela classe média e perdeu boa parte de sua base social.

    A cidade de São Paulo possui 8,8 milhões de eleitores e nas eleições municipais o quadro mais promissor do PT, o Haddad, recebeu apenas 700 mil votos. A campanha contra o ex-prefeito paulista sintetiza o êxito da mídia. O Haddad, sem sombra de dúvidas, é o mais promissor quadro da esquerda, inteligente, competente, honesto, bem articulado e humilde. Mesmo assim foi derrotado fruto de uma conjuntura muito peculiar que é a campanha de disseminação do ódio à esquerda e ao PT.

    Em 2018 não será diferente, provavelmente o Lula chegue ao segundo turno, mas será derrotado. Isso porque apesar de ter as maiores intenções de votos, o ex-presidente é o candidato com maior rejeição. A consequência lógica de uma eventual candidatura do Lula será o surgimento de um anti-Lula.

    Portanto, será um erro estratégico o Lula se candidatar em 2018 à presidência. Além de prolongar toda a campanha de destruição de sua imagem e seu legado, impedirá a renovação da esquerda e a possibilidade de por fim a toda essa campanha de destruição em massa do país.

    Também, uma candidatura Lula e outra do Ciro Gomes farão com que a centro esquerda fique rachada e se autodestrua. Imaginem a tragédia o Lula e o Ciro Gomes do segundo turno se agredindo mutuamente enquanto a Casa Grande celebra o espetáculo.

    Por outro lado, se o Lula e o PT se aliarem ao Ciro e o PDT, não só vencerão as eleições com ampla margem de vantagem, uma vez que o Lula tem o apoio da esquerda organizada e o Ciro tem o apoio da classe média, mas também, essa aliança poderá conquistar o inimaginável, o governo do Estado de São Paulo, reduto cativo dos tucanos.

    Derrotar o PSDB em São Paulo será um feito tão importante quanto conquistar o Planalto. A aliança Lula e Ciro Gomes é a única alternativa viável para impedir a destruição definitiva do país.

    1. Caro Wilton,eu tb gostava da

      Caro Wilton,eu tb gostava da idéia de Ciro candidato,até ver a entrevista dele na Globonews

       todo orgulhoso pq estava na Globonews,aí a entrevistadora pergunta a ele aonde se informa na

      internet ele disse “No Uol”,é mole,ficou com vergonha de mencionar os blogs sujos,coisa q para

      quem é progressista é obrigatório hj em dia,só por isso ví q Ciro não é nada confiável,vira casaca fácil,fácil!!

      1. A mente intelectual por trás de Ciro Gomes é o Roberto Mangabeir

        A mente intelectual por trás de Ciro Gomes é o Roberto Mangabeira Unger. O Ciro é apenas um político como qualquer outro. Quem dará a roupagem do seu eventual governo serão  os quadros que ele indicar para o Ministério da Fazenda, Casa Civil e Banco Central. A partir dessa análise poderemos ter uma prévia do quer seria um governo Ciro Gomes.

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=JgLiEhf0chQ%5D

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=WQzTRaH76vw%5D

  6. Nomes

    João Luis Cartucho Campos Drigoeira

      É realmente nome bem grande, e apesar de mesmo foco, um caso de personalidade multipla, ora uma critica pelos princípios da  esquerda e ora pelos princípios da direita, e todos batem palma para o golpe  Temer, Geddel,  Aécio etc………..

  7. Esse excepcional texto do

    Esse excepcional texto do Fornazieri o redime de qualquer um daqueles em que se deixa levar por suas desavenças com o PT. O melhor já escrito por ele. Na minha opinião perfeito.

    Apenas faço um adendo, a unica luz no fim do túnel para a esquerda, nesse momento, é Lula reconextar-se com o povão. Essa sinergia foi abalada, mas não destruída. E aos poucos vem se restabelcendo, basta ver as pesquisas.

    E não basta prendê. Sem batom na cueca, não vão conseguir impedir a volta da sintonia entre Lula e o povão.

  8. Votos


    É interessante ver o esforço inaudito dos “ciristas” em procurar todo tipo de argumento  para afastar Lula da disputa em 2018. Lula candidato seria imbatível. Esse seria o maior problema deles. Seu candidato teria, mais uma vez, de adiar a concretização do sonho. Claro, havendo Justiça (com J maiúsculo) no Brasil…

    1. Não comprovado
      O ex presidente Lula participou de cinco eleições majoritárias para o maior posto dá nação. Perdeu três, ganhou duas. Nenhuma em primeiro turno. Pela história não se comprova que ele é imbatível.

  9. Até quem enfim, Sr. Aldo Fornazieri!!!

    Prezados leitores,

    Quem lê meus comentários sabe que tenho sido um os mais duros críticos de Aldo Fornazieri, Wanderley Guilherme dos Santos e outros chamados ‘intelectuais esquerdistas’. Este artigo confirma que eu tenho razão nas críticas que faço. 

    A primeira parte do texto nada mais é do que aquilo que, no jornalismo, é chamado ‘nariz de cera’, ou seja, um longo preâmbulo, contendo considerações, variações, divagações, na tentativa de contextualizar o assunto, antes de abordar o tema central que será tratado na análise. 

    A parte que interesa mesmo, dispensando a leitura do ‘nariz de cera’, é a segunda, intitulada “As elites brasileiras e a destruição ética do país”. Nela AF expõe com clareza aquilo que outros analistas já fizeram e a que a maioria dos leitores do GGN e dos blogs e portais progressistas já constataram. Lula, o personagem central desta análise, diz exatamente o mesmo acerca dessas elites, desde que se lançou candidato à presidência da república pela primeira vez e mesmo antes disso, quando foi deputado federal e líder sindical. A imprensa venal e criminosa, com seus colonistas, não se cansa de zombar de Lula, usando do preconceito e ódio de classe, citando a espressão “zelites”, quando querem atacar Lula; isso é puro preconceito e ódio de classe, explorando um problema de fala e pronúncia, que todos sabemos Lula possuir. sérgio moro, esse juiz criminoso contumaz, se refere a Lula como o “nine”, zombando de uma defiiência que Lula possui em decorrência de um acidente de trabalho; quem relata isso é ninguém menos que o venal ricardo noblat, lambe-botas do governo golpista de michel tmer e comparsas. A entrevista de Eugênio Aragão, publicada hoje, revela a grosseria, ingratidão, a inveja, a parcialidade e o ódio de Rodrigo Janot em relação ao ex-presidente Lula.

    Há dois anos me refiro à chamada “Operação Lava a Jato” pelo que ela de fato é: uma ORCRIM institucional, composta por policiais federais, procuradores do MP e juízes. Há fartas e cabais provas disso. A entrevista de Eugênio Aragão, expondo o cadáver fétido de Rodrigo Janot, é mais uma delas.

    Aldo Fornazieri sempre soube dessa perseguição a Lula, mas preferiu atrair os holofotes do PIG e criticar o PT e a Esquerda, durante vários anos. Só agora o sociólogo e professor tomou coragem para dizer o óbvio que dele cobramos há muito tempo.

     

    1. Até estranhei! Mas vamos dar um crédito ao rapaz.

      Até estranhei! Mas vamos dar um crédito ao rapaz, talvez ele consigua enxergar o que milhões de pessoas já enxergaram.

  10. O Rei está nú

    O Rei está nú, sem as vestimentas da honestidade. A fantasia de grande líder já não lhe cabe, foi ruída pela pelos ratos que até então eram seus aliados. Seus súditos gritam: o rei está nú, mas a corte ignora. Prefere virar o rosto para não ver a vergonha do seu Rei.

  11. Meus herois morreram de overdose…

    O Brasil é tão carente de herois e se tem em baixa-estima, que qualquer pessoa que faça um pouco a mais que a média ja se torna um. E ai, como sempre, vira alvo da “elite” mesquinha. Eh so olhar para a HIstoria e desde D. João VI que temos a mesma elite tacanha e imoral.

  12. Para mim, Brizola é muito

    Para mim, Brizola é muito mais herói que Lula ou Getúlio e foi ignorado pelo autor. Basta lembrar da campanha da legalidade e da forma como ele enfrentou os golpistas de sua época, mobilizando a população e chegando a correr risco de vida. Quem fez algo próximo disso no Brasil depois da independência ?

  13. Também considero um dos

    Também considero um dos melhores textos do professor Aldo. Quanto ao PT, definitivamente, em vez de propor uma assembleia constituinte  que, finalmente, oportunizará à direita destruir de vez as conquisstas sociais consagradas na Carta de 1988, deveria, sim, fazer uma autocrítica e pedir desculpas à população, e lutar pela restauração constitucional-democrática. 

  14. Também considero um dos

    Também considero um dos melhores textos do professor Aldo. Quanto ao PT, definitivamente, em vez de propor uma assembleia constituinte  que, finalmente, oportunizará à direita destruir de vez as conquisstas sociais consagradas na Carta de 1988, deveria, sim, fazer uma autocrítica e pedir desculpas à população, e lutar pela restauração constitucional-democrática. 

    1. Acelino, permita-me ponderar

      Acelino, permita-me ponderar sobre a questão de pedido de desculpas do PT à sociedade. Concordaria se, anteriormente, pedidos de deculpas fossem feitas: primeiro pelos 3 poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, estamos em contínua construção, e o que vemos hoje é resultado desta construção histórica. Todo o legislativo deve-nos desculpas. Descendo na base da pirâmide do poder, o funcionalismo público, também deveria pedir-nos desculpas, o aparelhamento ideológico retira o republicanismo e até urbanismo na prestação dos serviços. Querer que só o Pt peça desculpas é fazer o jogo dos hipócritas.

  15. A vez do povão

    A estupidez provocada pela inveja, pela correção de erros, pela valorização cidadã e pelo leque de oportunidades disponibilizadas, finalmente, para população excluída fez aumentar significativamente a violência e o ódio, que a elite e seus serviçais já praticavam contra os patrocinadores e os beneficiados por essa valorização social, 

    Está perfeita a afirmação de que; ” A destruição de Vargas e de Lula é a destruição de uma reserva de combate, por mais contradições e paradoxos que ambos representem.”

    O que diriam, se fossem feito rodízios de concentrações públicas, nos locais frequentados pela insensível e arrogante elite golpista? Se houvesse concentração dos excluídos em frente ao escritório? Em frente do clube? Ao lado do automóvel? Em frente ao condomínio? Em frente ao restaurante? ….

    É claro que jamais seria impedido o direito de ir e vir, de quem quer que fosse (viu PM?).

    Seriam vários e vários repetidos acontecimentos de concentração de pessoas, que estariam exercendo o seu direito de protestar e se fazer ouvir, quando bem quiser, onde quiser.

  16. Não é mero acaso a

    Não é mero acaso a aproximação e a identificação de Moro, Janot, Dallagnol, setores da Polícia Federal e do Judiciário com os EUA, um país agora, mais que nunca, aberta e assumidamente inimigo nosso, que nos ataca – à nossa Economia e à nossa inalienável nacionalidade – usando da chamada “lawfare” com a mesma crueldade com que usa a “warfare” contra outros países. Já vem nos atacando desde, sei lá… desde o IPES-IBAD e até antes disso, mas nunca havia sido tão escancarado que aquele país alicia e suporta forças nacionais brasileiras contra o próprio Brasil.

    Mas a ideia não é destruir à pessoa do Lula, é destruir a imagem de Lula como o brasileiro comum que pode e deve prosperar. Porque o importante nessa história não é o ser pessoal de Lula e sim sua imagem. Destruir a pessoa de Lula elevaria sua imagem ao invés de destruí-la. A questão é a imagem. E quem além dos gestores de empresas privadas, firmas como “Globo”, “OESP”, Abril, “Folha” etc., enfim os meios de comunicação de massa tem poder para manipular imagens?

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