do Observatório da Imprensa
JORNALISMO ECONÔMICO
Por Luciano Martins Costa
Por outro lado, dizer que a corrupção é um vício antigo como a política é apenas uma forma de relativizar a principal fonte das turbulências que atingem o governo, a se considerar as análises disponíveis sobre as razões que levaram a maioria dos manifestantes aos protestos do domingo (15).
Apesar de a imprensa martelar diariamente que o Brasil passa por uma grave crise econômica, os cidadãos estão longe de sentir em suas vidas os efeitos das contas governamentais desreguladas – pelo menos em termos comparativos, nada que se assemelhe a crises reais, como as que paralisaram o país, ciclicamente, até o advento do Plano Real.
De lá para cá, os brasileiros oscilam entre períodos de bem-estar e surtos de desconforto, como o que aconteceu apenas quatro anos após a consolidação do Real.
O problema é que a verdade sobre a economia brasileira nunca vai para as manchetes e raramente ocupa o precioso tempo do Jornal Nacional. E a verdade diz que, nos últimos doze anos, o país promoveu, pela primeira vez em sua história, um fenômeno massivo de mobilidade social. Esse é o contexto que desaparece no noticiário cotidiano.
Eventualmente, um ou outro jornal precisa recolocar os indicadores no lugar e vemos, por exemplo, reportagens como a que foi publicada pelo Globo no sábado (14/3), véspera da manifestação: “Em 2003, cenário doméstico era pior do que agora”, dizia o título, sobre texto que observava que, há doze anos, o Brasil patinava num mundo em crescimento, enquanto, em 2015, a única das grandes economias que se expande é a americana, o que explica a valorização do dólar.
Apenas uma versão resumida pode ser lida no site do jornal carioca (ver aqui), mas o leitor atento pode ter uma ideia do que a imprensa costuma esconder em suas manchetes.
Não é a economia, estúpido!
Jornalistas gostam de citar a frase do antigo assessor do ex-presidente americano Bill Clinton, James Carville – “É a economia, estúpido!” – para definir o espírito do tempo, em 1992, e apontar o tema que iria decidir a vitória do candidato democrata contra o então presidente George W. Bush.
No Brasil de 2015 é preciso rever a tese de Carville: não é principalmente a economia que move as massas da classe média urbana contra o governo petista, mas o temor de uma crise rosna por trás dos gritos contra a corrupção.
No balanço das manifestações, os jornais tentam compor um cenário no qual a presidente Dilma Rousseff é acuada pelos dois fatores negativos, mas a Folha de S. Paulo e O Globoapostam em manchetes relacionando os protestos principalmente à economia. Apenas oEstado de S. Paulo isola a questão da corrupção, constatando que esse foi o tema central das manifestações, e oferece uma variedade de doze opiniões curtas, mas densas, de cientistas políticos, historiadores e sociólogos sobre o fenômeno do protagonismo das classes médias.
Já se disse aqui, e nunca é demais repetir, que a narrativa jornalística tradicional já não dá conta de interpretar a realidade contemporânea. Uma iniciativa como a do Estadoajuda a reduzir essa deficiência, embora pouco se possa fazer num espaço curto como o que foi oferecido aos analistas. Mas é preciso reconhecer que há uma enorme distância entre o jornalismo panfletário adotado cotidianamente pela imprensa brasileira, que publica vitupérios pela boca de seus articulistas pitbulls, e a diversidade oferecida em pequenas notas de especialistas.
A corrupção é, de fato, uma velha conhecida nossa, mas a mídia tradicional incutiu no público a convicção de que ela acaba de nascer e que impera num cenário de catástrofe econômica. Como na peça do suíço Friedrich Dürrenmatt, a visita da velha senhora encontra nossa aldeia deprimida pela convicção de que fomos à bancarrota, os jornalistas fazem recortes aleatórios da realidade e se percebe que a corrupção está entranhada na própria sociedade.
A vida real costuma imitar a ficção.
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Pode até ser velha ,mas
Pode até ser velha ,mas deixou tataranetos de montão.
Olha este patriota altruísta:
PP virou ‘prostituta’, diz deputado investigado
Um dos parlamentares que serão investigados na Lava Jato, Jerônimo Goergen diz que seu partido não tem ideologia própria e “acabou faz tempo”. Ele cogita deixar a legenda: “PP? Que exploda tudo! Vou cuidar de mim”
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/%E2%80%98pp-e-prostituta-do-petrolao%E2%80%99-diz-deputado-da-sigla/
Admitir que existe corrupção
Admitir que existe corrupção também no seu partido já é algum avanço…
Admitir que “Mentirão” na verdade é um Mensalão também já será algo positivo… apesar de os autores já estarem livres, leves e soltos…
Mas eu conheço os petistas… eles não vão admitir nunca… sempre vai haver um PIG, uma Reforma Política, um Judiciário, uma classe média, uma oposição (esta é pior, eles querem uma oposição que apóie) para botar a culpa…
”’A vida real costuma imitar
”’A vida real costuma imitar a ficção.”
Não no Brasil.
Aqui é a ficção que imita a vida real.
Em nome do comabte a
Em nome do comabte a corrupção nasceu JANIO DA SILVA QUADROS, para se contrapor a Afhemar de Barros, conisderado o arqui-corrupto. Adhemar foi interentor de 1938 a 1041 e governador eleito de 1947 a 1951, antes de Janio.
Janio levantou a bandeira da VASSOURA, uma especie de Lava Jato da época, com isso construiu capital politico contra o ademarismo. Sua tonica era a PERSEGUIÇÃO a corruptos, com estridencia e estardalhaço.
Aplaudido com o grande moralista, na verdade a anti-corrupção tinha muito de teatro. Sua fanto de centro e de equilibrio terminou sua carreira politico de forma desastrosa em 1961, terminando a farsa da anti-corrupção com estrondo.
Janio deu infinitamente mais prejuizo ao Pais do que a corrupção ademarista, tal qual a Lava Jato já está dando um prejuizo planetario ao Pais, incomparavelmente maior que a corrupção que visa combater.
A proposito, como se justifica um Juiz Federal como o do Caso Eike, pilhado em flagrante furto de dinheiro vivo, estar solto, enquanto suspeitos da Lava jato estão presos sem julgamento há meses?
E como se explica levar quadros da casa de Renato Duque antes de qualquer julgamento ? Lembra o piano do Eike, levado para a casa do vizinho do Juiz. Apos 47 anos de formado em Direito, tenho a impressão que o Brasil perdeu as referencias de Estado de Direito, os juizes fazem literalmente o que querem, com, sem, antes de sentença, basta “achar”.
Sem dúvida é uma velha
Sem dúvida é uma velha senhora e que, sob o PT, ficou mais sábia e fisicamente mais preparada.
A velha senhora rejuvenesceu…
““A corrupção não só é uma
““A corrupção não só é uma senhora bastante idosa neste país como ela não poupa ninguém”
“Dilma chama idosos de corruptos”diz o marqueteiro João Santana,
Idosos como você.
Ninguém pergunta quem é o marqueteiro do Sérgio Moro !
Ele sempre “embola” o Tesoureiro do PT em momentos estratégicos das operações combinando direitinho com a “temperatura política.
Ele criou a figura da “Doação legal fruto de propina’>
mas , calma…
a sacanagem é só contra doações legais Petistas.
Michel Temer e companheiros,
Michel Temer e companheiros, como ele todos suspeitos, vão dar as cartas da reforma política.
A presidenta leva as “honras”, pelas tragédias todas dos dias atuais e, à socapa, o PMDB vai fazer a reforma política que lhe convem.
Os vociferantes do dia 15 miram a pessoa errada. Uma pessoa honesta e que, desde o primeiro instante pediu um Plebiscito para a Reforma Política. Quem impede?