Artistas rejeitam apoio de Israel à Bienal de São Paulo

Jornal GGN – Artistas de diversos países que participarão da 31ª Bienal de São Paulo, divulgaram uma carta aberta nas redes sociais solicitando à Fundação Bienal que recuse o apoio financeiro ofertado pelo estado de Israel. Para o grupo, aceitar o recurso financeiro seria o mesmo que “legitimar agressões e violação do direito internacional e dos direitos humanos em curso em Israel”. 

Da Folha de S.Paulo
 
Em carta aberta, artistas repudiam apoio de Israel à Bienal de São Paulo
 
Por CELSO FILHO – O ESTADO DE S. PAULO
 
Mais de 50 nomes assinam o documento, pedindo que Fundação recuse verba do governo israelense
 
Às vésperas da inauguração da 31ª Bienal de São Paulo, um grupo de 55 artistas de diferentes países publicou uma carta aberta à Fundação da Bienal, pedindo que a instituição recuse o apoio financeiro de Israel ao evento. A carta foi postada na página oficial no Facebook do artista plástico, escritor e arquiteto libanês Tony Chakar.
 
 
De acordo com Chakar, mais artistas devem aderir ao protesto. “Ao aceitar esse financiamento, o nosso trabalho artístico exibido na exposição é prejudicado e, implicitamente, usado para legitimar agressões e violação do direito internacional e dos direitos humanos em curso em Israel”, explica a carta. 
 
Todos os artistas que assinaram a carta terão trabalhos expostos na Bienal, que abre oficialmente para o público no dia 6 de setembro. 
 
Confira a íntegra da carta: 
 
Carta aberta à Fundação Bienal de São Paulo, Nós, os artistas abaixo assinados participantes da 31 Bienal fomos confrontados, às vésperas da abertura da exposição, com o fato de que a Fundação Bienal de São Paulo aceitou dinheiro do Estado de Israel e o logo do Consulado de Israel aparece no pavilhão da Bienal, em suas publicações e em seu website. 
 
Numa época em que o povo de Gaza volta para os escombros de suas casas, destruídas pelo exército israelense, não sentimos que seja aceitável receber patrocínio cultural israelense. Ao aceitar esse financiamento, o nosso trabalho artístico exibido na exposição é prejudicado e, implicitamente, usado para legitimar agressões e violação do direito internacional e dos direitos humanos em curso em Israel. Rejeitamos a tentativa de Israel de se normalizar dentro do contexto de um grande evento cultural internacional no Brasil.
 
Com essa declaração, nós apelamos à Fundação Bienal de São Paulo para recusar esse financiamento e agir sobre esse assunto antes da abertura da exposição. 
 
1. Agnieszka Piksa
2. Alejandra Riera
3. Ana Lira
4. Andreas Maria Fohr
5. Asier Mendizabal
6. Coletivo Chto Delat: Dmitry Vilensky, Tsaplya Olga Egrova e Nikolay
Oleynikov
7. Danica Dakic
8. Débora Maria da Silva (Movimento Mães de Maio)
9. Erick Beltran
10. Etcétera…, Federico Zukerfeld e Loreto Garin Guzman
11. Farid Rakun
12. Francisco Casas e Pedro Lemebel (Yeguas del Apocalipsis)
13. Gabriel Mascaro
14. Graziela Kunsch
15. Grupo Contrafilé
16. Gulsun Karamustafa
17. Halil Altindere
18. Heidi Abderhalden
19. Imogen Stidworthy
20. Ines Doujak
21. Jakob Jakobsen
22. John Barker
23. Jonas Staal
24. Lia Perjovschi e Dan Perjovschi
25. Liesbeth Bik e Jos van der Pol
26. Lilian L’Abbate Kelian
27. Loreto Garin
28. Luis Ernesto Díaz
29. Mapa Teatro – Laboratório de Artistas
30. María Berríos
31. Maria Galindo & Esther Argollo (Mujeres Creando)
32. Mark Lewis
33. Marta Neves
34. Michael Kessus Gedalyovich
35. Miguel A. López
36. Nilbar Güres
37. Otobong Nkanga
38. Pedro G. Romero (Archivo F.X.)
39. Prabhakar Pachpute
40. Rolf Abderhalden
41. Romy Pocztaruk
42. Ruanne Abou-Rahme Basel Abbas
43. Sandi Hilal e Alessandro Petti
44. Santiago Sepúlveda
45. Sergio Zevallo
46. Sheela Gowda
47. Tamar Guimarães e Kasper Akhøj
48. Thiago Martins de Melo
49. Tiago Borges
50. Tony Chakar
51. Voluspa Jarpa
52. Walid Raad
53. Ximena Vargas
54. Yael Bartana
55. Yonamine
 
Redação

16 Comentários

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  1. Com certeza não consta nenhum

    Com certeza não consta nenhum alemão nessa lista. Eles, os alemães, se pelam de medo do macartismo que vigora na sociedade alemã em relação aos sionistas. Ninguém se atreve a criticar os sionistas, a não ser os nazistas.

  2. Ótima iniciativa dos artistas: Recusar o dinheiro nazista!

    Parabéns aos artistas que recusaram o dinheiro sujo destes ladrões de terra e assassinos de crianças.

  3. Crime horroroso

    Alvissareiro, os artistas tomam posição. Enquanto o pig avaliza e justifica como pode, falando em guerra com se dois exercitos se enfrentassem. Houve terror e matança de crianças e idosos.

    Onde os entendidos em política internacional como o o william wack e os historiadores que passam por cima dos fatos e ficam falando bobagens, despistando?

  4. Ha, ha, ha… no ano que vem

    Ha, ha, ha… no ano que vem o nome destes artistas estarão num Relatório de atividades anti-semitas mo Brasil publicado pela Universidade de Tel Aviv. O meu constou no Relatório de 2008.  

    1. Criminosos de guerra………….

      Fabio, vconfesso que fiquei em dúvidas se vc incentiva ou recrimina a atitude destes artistas por fazerem este ato.

      Vc, como disse, no ano passado, constou na lista com anti-semita, ingnoro o motivo!

      Se neste ano também faz parte do movimento, é certo que também constrá na do ano que vem.

      Acho porém que, independentes de listas negras, o protesto é válido, e se torna mais válido aninda, cquando são artistas a abraçar a causa!

      É assim que se começa o movimento de pressão para fazer ver aos que se sulgam acima da lei, que a humanidade ainda não está totalmente morta, e assassinos que praticaram àquelas barbáries contra o Povo Palestino, ainda pagarão por seus atos.

      São criminosos de guerra, genocidas de crianças, velhos e melheres e devem também serem levados a julgamento no Tribunal Peanal Internacional!

      Quanto a constar em listas de anti qualquer coisa, neste caso, deveria ser uma honra para todo e qualquer pessoa que se julga humana!!!!!  

  5.  
    Todo ser humano cujo

     

    Todo ser humano cujo sentimento ainda não tenha se deteriorado e sucumbido sob a avalanche de mentiras, distorções e ocultação dos crimes do governo sionista e dos cartéis de lavagem cerebral de massa. Aqueles e as vítimas do massacre, não se recusam em proclamar sua total desaprovação aos criminosos genocidadas, hoje, detentores do poder total, capaz de transformar e manter o Estado de Isrrael nesta máquina terrorista inigualável.

    Especializada em praticar crimes de guerra e permanecer impune. Nem críticas na imprensa ocidental prospera. Certamente, por conta da corrupção e do dinheiro do complexo industrial militar capítalista. Setor mais lucrativo nos negócios de guerra. Mercacado de acesso exclusivo, do verdadeiro “crime organizado”.

    Orlando

  6. Um monte de

    Um monte de desavergonhados

    Porque nao faz isso com EUA , China ou mesmo União Europeia?

    Ou alguem aqui se esqueceu do papel Criminoso da Otan ao ficar assistindo o Genocido nos Balcãs ou em Ruanda em 94?

    Ou mesmo agora com a mortandade sem limites na Siria ?

    A falta de vergonha somada a conivencia politica + ignorancia tras esse tipo de coisa.

     

  7. Uma tentativa de boicote às

    Uma tentativa de boicote às avessas. O governo israelense financia um evento onde se apresentam artistas israelenses que são críticos ao governo israelense.  Trazer o conflito para o campo das artes ou do esporte é uma tentativa de bloquear o diálogo que terá o efeito inverso ao que se pretende.

    1. No escaninho das artes não pode?

      Existem judeus que são artistas e existem judeus que não são bandidos. É justo que esses judeus não aceitem o logotipo de bandidos – Israel –  entre as bandeiras das nações partícipes da Bienal. É como se estivesse a bandeira da Alemanha nazista entre as demais. É justo que os artistas se posicionem contra o holocausto que o sionismo causa sobre os palestinos. Estupidez dizer que artistas conscientes de seu papel político e histórico estejam “trazendo o conflito para o campo das artes”. O conflito está dentro do mundo, a arte está incluída no mundo. Cada cabeça de bagre que aparece por aqui…

      1. Os artistas podem expressar

        Os artistas podem expressar as suas críticas ao governo israelense *através* de sua arte, mas o boicote às avessas,  fazendo mi-mi-mi em relação a algo elogiável que é o financiamento de eventos culturais como a bienal é infantil, pois não contarão com o apoio de quase ninguém.
        Sem falar que isso não é diferente da lógica dos que discriminam países árabes e/ou islâmicos devido a existência de  extremistas. Ou, seria como se a bandeira brasileira não fosse tolerada ou a bienal fosse boicotada devido ao desrespeito aos direitos humanos que afetam tantos por aqui. Queimar bandeiras é ato de intolerância; e lutar contra a intolerância sendo intolerante é hipocrisia. A criação do estado palestino é uma causa justíssima, mas boicotar financiamento de um evento cultural não vai ajudar em nada.

  8. Via indireta

    Indiretamente, essa corajosa atitude dos artistas manda um recado aos EUA, que por sua são os que sempre incentivaram e protegeram as bestialidades israelenses. Meus aplusos.

  9. 1 shekel = 1 saque

    Sejamos claros. O dinheiro de Israel é imundo. Cada shekel israelense é resultado direto do roubo cometido contra os palestinos. Aceitar essas 30 moedas é aceitar o modo pelo qual elas foram obtidas, ou seja, é aceitar o que nele está embutido: o assassinato de crianças, mulheres, jovens e velhos – todos civis, que nunca estiveram em guerra com os sion-fascistas. Porque não possuem armas.

    É esse o recado dos artistas. Quem assina esse documento não está preocupado coma eficácia do abaixo assinado. Estão demonstrando sua indignação. Como explicar uma coisa tão simples a um sionista?

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