O que há de errado? – comentários sobre o post de Luiza Brunet e a violência

por Matê da Luz

Quando a gente se depara com uma notícia de violência contra a mulher, alguns questionamentos são possíveis: ela está bem? Está protegida? Vai se livrar das cicatrizes da alma? Indo um pouco além, num exercício difícil pra mim, já que a empatia às mulheres e a solidariedade às vítimas de violência me são inerentes, entendo que perguntar “o que aconteceu ali de fato?” faz parte, especialmente praqueles que investigam judicialmente o caso – mas, cá entre nós, o nível de enorme parte dos comentários sobre a queixa de Luiza Brunet contra seu ex-namorado é de assustar. 

Alguns citam a unilateralidade do potal em noticiar o fato. Outros inserem política como motivação à denúncia. Tantos outros dizem que é estranho que ela tenha voltado para o Brasil para fazer a denúncia e não ter feito o trânsito legal em NY. 

Pessoal, socorro! 

É muita falta de sensibilidade, sério… “Por quê? Por que você acha que esta é a verdade absoluta?” – não apenas.

Mas especialmente porque eu não vi um questionamento sequer direcionado ao agressor, mesmo que suposto agressor. Nenhum dos comentários que incitam dúvida sobre o que aconteceu coloca o foco no agressor, e isso, para mim, é cultural. Por que as dúvidas todas envolvem a eracidade da história que Luiza conta? 

Porque a gente está acostumado a culpar a vítima e esta é uma das principais características do machismo.

Vou tentar explicar o que pra mim parece óbvio: a rapidez com que a mente atual está acostumada a associar à mulher a imagem de questionável (temperamento, caráter, conduta) faz com que a figura masculina seja tirada da cena da violência mesmo que seja em contexto de questionamento.

Não quero promover o julgamento do ex. Não desejo que pedras sejam atiradas ou que erros devastem a vida de qualquer pessoa, pois entendo e reconheço como possível que neste mundo exista muita coisa ruim, ruim de verdade. Mas me intriga, e muito, por que de toda sorte de perguntas a serem levantadas neste caso, mas também em tantos outros onde alguém acaba apanhando de outra pessoa, os questionamentos quase nunca envolvem o agressor. 

Alguém ajuda a iluminar aqui?

Aproveito e deixo uma dica que escutei numa dessas conversas boas de compartilhar: uma das garantias de veracidade sobre agressão física é o exame de corpo de delito. Se você sofreu uma agressão, faça, imediatamente, e evite questionamentos maiores neste processo que já é doloroso demais.

Mariana A. Nassif

36 Comentários

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  1. Estou com Luiz Brunnet e não

    Estou com Luiz Brunnet e não abro. Estou, na verdade, contra qualquer pessoa que ouse antes de sair de uma relação amorosa primeiro decida por partir pa uma violência. Serve pra homem e mulher esse meu raciocínio. 

    O que todos, que amam Brunnet, não conseguem se conformar é com o fato dela ter sofrido as agressões nos Estados Unidos e não ter feito lá mesmo um exame legal, enquanto prestava queixa. Soube que ela ligou pra um funcionário do hotel antes de ir embora. Dava pra tomá-lo como testemunha. E que lá mesmo se dirigisse a um hospital. 

    Fica o povo maluco, sem entender porque ela resolveu vir pra cá, e somente depois de tantos dias resolver abrir a boca. 

    Por essas e outras é que tem até quem duvide que ela não sofreu fraturas em quatro costelas, porque uma fratura num dedinho dói pra caramba, imagine em quatro costelas. É isso que o povo não tá entendendo.

    Luiza devia ter demorado a denunciar esse sujeito, mas já que resolveu abrir o bico, deveria ter sido mais detalhista para não suscitar dúvida sobre suas declarações.

    Eu também tô com amaioria, que gostaria que fosse melhor explicada essa história. 

     

  2. Dúvida

    Também fiquei em dúvida quanto a decisão de prestar queixa no Brasil e não nos EUA, mas não comentei.

    Mas discordo de que quisessem tirar o “suposto” agressor de cena. Muitos comentários foram no sentido de que se a queixa tivesse sido feita lá, o cara já estaria preso, ou teria pago uma fiança muito grande.

  3. Não dá para engolir uma

    Não dá para engolir uma pessoa ser espancada, ainda mais nos Estados unidos,  colocar o raio entre as pernas e vir para o Brasil depois de dois meses tornar público o ocorrido, alguma coisa aí não encaixa. Simples, apanhou pode estar no Alasca vai na delegacia, tão  simples, não  foi porquê…….agora o que adianta, nem exame de corpo delito fez, corre o risco de ela ser processada simples assim

    1. História complexa

      A agressão foi em 21 de maio em NY. Volta ao Brasil no 23 de maio e grava cenas da novela. Na segunda semana de junho viajam Luíza e o seu marido para a Grécia. Brigam por ciúme e Luíza passa sozinha o dia dos namorados. O Marido vai para Itália. Ele pede separação em 14 de junho. Luíza entra na justiça por agressão no dia 25 de junho. Agora começa a sair nas redes sociais.

      Há mais evidencia de uma tentativa de extorsão, se utilizando da Lei Maria da Penha. Por isso, é justificada a desconfiança de muitos aqui.

    2. Sim, claro, tem mesmo muita

      Sim, claro, tem mesmo muita coisa errada, mas é contigo e com este teu pensamento machista, egoísta, limitado e desumano. Quando fores tu a vítima de um espancamento no exterior, vindo do teu companheiro bilionário, daí tu vês o que farás: se tu preferirás buscar justiça num país onde és estrangeiro, ou vir pro teu país, junto dos teus, para, sim, ter um pouco mais de garantia que algo possa acontecer de fato. E, ainda assim, a garantia é pouca; imagina fora.

      Olha, que horror, ler comentários assim chega a tirar a esperança na humanidade. Vergonha. Vai te tratar, por favor. E pensa na tua mãe ou irmã ou filha antes de julgar desta forma.

  4. O que há de errado ?

    O que há de errado Matê ? É que entramos numa espiral semelhante a década de trinta do século passado: o crescimento das práticas, ideologia e das forças ultraconservadoras. É uma “revolução/involução”, blindada pela mídia corporativa, e as outras forças internas que todos conhecemos. Como este cultivo do atraso serve a interesses das classes dominantes, nós vemos estes espetáculos deprimentes, de legisladores cinicamente fazendo apologia de estupro, das cretinices de bancadas religiosas, moralistas para a defesa de “princípios” pseudo-morais- religiosos, mas totalmente liberais no que tange ao manuseio de dinheiro público. É isso o que temos para o presente!

  5. Imagine em NYC,prestando

    Imagine em NYC,prestando queixa na delegacia.Primeiro ,munir-se de bom advogado,afinal,o agressor tem dinheiro e muito.E, também , conecções.Bem fez ela,  voltar e organizar aqui sua  acusação.Vale, até  ,exibir  hematomas no “Fantástico”. Afinal ,a vênus carcomida,serve  para alguma coisa.Quando ao post: impecável  ! 

     

     

     

     

  6. Imagine em NYC,prestando

    Imagine em NYC,prestando queixa na delegacia.Primeiro ,munir-se de bom advogado,afinal,o agressor tem dinheiro e muito.E, também , conecções.Bem fez ela,  voltar e organizar aqui sua  acusação.Vale, até  ,exibir  hematomas no “Fantástico”. Afinal ,a vênus carcomida,serve  para alguma coisa.Quando ao post: impecável  ! 

     

     

     

     

  7. Agressão
    Não há o que discutir. O que surpreende nesta história toda é o fato de inúmeros sites de jornais, especialmente quando tratam de amenidades ou famosidades, apresentaram a notícia que o casal havia rompido em viagem à Grécia em junho último. Alguma coisa não está totalmente clara.

  8. Eu estava sendo TECNICO.  Nao

    Eu estava sendo TECNICO.  Nao se pode ser agredido em Nova York e ir reclamar em precaria, despreparada  delegacia de Saso Paulo ou Rio  Isso noa tem a ver com tirar o agressor de cena!

    Tem uma serie de procedimentos recomendados em casos de agressao e estupro que todo mundo ja conhece.

    Similarmnte, todas as minhas duvidas a respeito do “causo dos 33 estupradores” tambem foram tecnicas e igualmente nao tinham a ver com TIRAR os agressores de  cena.

  9. As pessoas estão apontando o

    As pessoas estão apontando o melhor caminho para o agressor ser res-pon-sa-bi-li-za-do; e estranhando por isso não ter sido feito!

    Essa insitência em afirmar que “estão justificando a agressão” e “culpando a vítima” é que é sinistra.

    É compreensível a raiva ao(s) agressor(es), ora, ora. Mas direcioná-la para todos os “machos” por suposição – como já foi feito – não é nem um pouco elogiável.

    1. concordo com você

      Não adianta argumentar com quem não procura entender  quando lê um texto ou um comentário e não reflete sobre tudo o que está escrito; quanto a este caso em particular, que é claro que seria melhor a queixa ter sido feita lá em N.Y., onde o agressor certamente seria processado  e pagaria caro, quando aquí vai ficar por isso mesmo (podem fingir que não, se preferirem), ou no máximo vai pagar meia dúzia de sextas básicas, e estranhar não ter ocorrido a queixa no local, afinal a vítima é uma pessoa esclarecida e com recursos, e o crime foi cometido no exterior.

      Quem não quer, lê e entende o que quer e já acusa de falta de sensibilidade, de querer culpar a vítima, etc., mesmo que você tenha escrito explicitamente que não existe justificativa para uma agressão, ainda mais a uma mulher, que agressores covardes deveriam pagar caro, ter nominado a vítima de vítima e não pelo nome, etc.

      Pessoas autoritárias não levam em consideração argumentos, ou o possível contraditório,  já tem pronto o julgamento, inclusive a pena.

       

       

       

    2. Ninguém fez isso!

      O tópico apenas apontou o machismo — EVIDENTE — da maioria dos comentários questionarem a vítima e nao o agressor. Vc é que parece estar com a pele bem sensível… Por que está se sentindo implicado? Pense nisso.

      1. Desculpe-me, Analu, mas tanto

        Desculpe-me, Analu, mas tanto no outro post quanto neste está clara a insistência em afirmar que estão “culpando a vítima” ou “justificando a agressão”, não obstante os comentadores não terem escrito isso nem de raspão. Eu não li isso em lugar nenhum.

        Não é nenhum excesso de sensibilidade, não. Respeito suas opiniões e argumentações, mas a tentativa de desqualificar chamando de “sensibilidade” ou que estaria eu me “sentindo implicado” também não é nada elogiável, nem como projeção.

        O esforço de manipular o debate neste sentido, supondo algo por trás do que foi dito, sempre em sentido antagônico ao que foi expresso com todas as letras, seria evidência de quê, de astúcia, perspicácia, “sensibilidade” feminina?

        Aceito, pois, que chame de “MACHISMO” que o(s) agressor(es) deva(m) ser res-pon-sa-bi-li-za-do(s). No mundo masculino é assim mesmo. Todos devem ser responsabilizados pelos seu atos. É isso que está dito com todas as letras.

        Na minha opinião é muito bom que cada vez mais mulheres entendam isso; sem precisar ficar “enxergando” sentidos sub reptícios.

        1. Vc nao está querendo entender

          Diante de um relato de uma violência ficar questionando por que a vítima fez isso ou aquilo É sim colocar em desconfiança a palavra ou as intençoes dela. Ela estava num país estranho, longe da família e dos amigos, numa situaçao de dor e de fragilidade, se preferiu dar a queixa aqui ou lá é da conta dela, de mais ninguém. Vc pode até achar que teria sido mais eficaz se ela desse queixa lá, mas nao está na pele dela e ela nao tem obrigaçao nenhuma de agir como vc acha melhor. E, diante de um caso como esse, ficar insistindo nisso? Ora, ora.

          E tb nao quis entender o que eu disse. Nem de longe falei em sensibilidade feminina, até porque nao teve nada de sensibilidade nesse sentido, até muito pelo contrário. Vc no comentário anterior disse que a Matê e nao sei quem mais estariam acusando “todos os homens”, quando ninguém disse isso. Por isso eu disse que vc se sentiu implicado. E como ninguém te acusou de nada — ao menos quando li o tópico, depois nao sei — acho que é uma sensibilidade exagerada. Parece que qualquer atribuiçao de machismo, mesmo quando nao feita diretamente a vc, te incomoda; em minha experiência, isso é uma recusa de admitir o próprio machismo, em qualquer grau que seja.  E fica vendo qualquer outra coisa para evitar admiti-lo.

          Vivemos numa sociedade machista. Até mulheres feministas têm laivos de machismo, claro que vc tb tem. Seria melhor reconhecer isso e procurar evitar as manifestaçoes dele do que pôr uma venda nos olhos. Numa boa.

           

          1. Então é proibido pensar que

            Então é proibido pensar que toda mulher, toda mulher [na verdade, toda pessoa!] agredida deve se dirigir a uma unidade de saúde e à polícia se não for mulher ou não estiver “na pele dela”?

            Caso descumpra essa proilbição deve ser acusado de estar devendo alguma coisa, de “culpar a vítima” ou de “justificar a agressão” (sei, você afirma que isso é “sensibilidade” minha), ou ainda de “pôr uma venda nos olhos” diante do machismo (quando a evolução da legislação é um avanço no combate ao proprio machismo!)?

            Na boa, também, Analu, acho que não deveria ser necessário mesmo “insistir” tanto pra isso ser compreendido.

            Mas… tá tranquilo! A consideração e o respeito continuam! O que está dito está dito e o que não está não está!

            Saudações.

             

          2. Ah Lucinei… Tá raiando a má fé…

            Quem falou em nao ir à polícia etc? Ela foi, fez corpo de delito, tudo o que tinha que fazer. Apenas optou por fazer no Brasil onde provavelmente se sentia mais apoiada. Ficar pondo em dúvida os motivos dela por causa disso é muita falta de solidariedade e de compreensao. Alguns comentários do tópico sao realmente revoltantes (nao estou falando do seu), inclusive por parte de mulher, o que é duplamente mais revoltante.

          3. Ok, você venceu! Não quero

            Ok, você venceu! Não quero que pareça “ma fé”. Encerro por aqui, mais uma vez com votos de que o caso dela e tantos outros se resolvam nos foros competentes onde todos os fatos podem e devem ser apurados e as responsabilidades e punições imputadas com justiça.

            E que prevaleça a civilidade. Como dizia o Mazzaropi (sim, o caipira do cinema): não gosto de intimidade na vida pública nem de abuso na vida privada.

          4. Nesse voto concordamos plenamente

            Abs. Nao fique chateado porque te questionei, nao questionei outros aqui que fizeram comentários péssimos; sinal que te respeito, te acho sensível a argumentos, ao passo que alguns aqui sao caso perdido.

        2. machistas sim

          Sinto muito, o que li dos comentaristas em post da Luiza Brunet era sim, assustador. Questionavam  a conduta da vítima e eram muito, muito machistas.Vc leu?

  10. O que há de errado?

    Bueno… o velho ditado:  “Bata na sua mulher, voce pode não saber porque, mas ela sabe”… essa a nossa  “ideologia”… tira-la (que língua a nossa!) da cabeça não é fácil.

  11. Lirio Albino Parisotto

    Pronto, Matê, aí está o nome do acusado. E talvez uma pista sobre o silêncio em torno de seu nome.

    “Lirio Albino Parisotto (Nova Bassano, 18 de dezembro de 1953) é um empresário brasileiro, é um dos bilionários mais ricos do Brasil e do mundo (601º). Segundo a revista Forbes, tem uma fortuna superior a US$1,2 bilhão. Tem um fundo de investimentos superior a R$1 bilhão na corretora Geração Futuro. É dono de empresas como RBS Santa Catarina, Videolar e Celesc.”

    A RBS Santa Catarina é a Globo. E o moço tem até verbete na Wikipedia… será que isso são pistas?

     

    1. zelotes

      qualquer pessoa em sc sabe que a compra da RBS pelo tal Lírio é apenas para enganar a receita federal, por conta da sonegação zeloteana daquela empresa. Tanto é que, até hoje, recebo ligações da RBS gaúcha ofertando-me assinatura do Diário Catarinense, como se fosse – ainda e sempre – um dos jornais deles em SC. Ainda, se lerem qualquer edição do DC, verão que nadica de nada mudou na linha editorial (são os mesmos de sempre); também a RBSTv de Santa Catarina continua igualzinha a antes de ter sido vendida. A venda da RBS SC é tão verdadeira quanto a queda do lucro da Gerdau, de mais de 1 bilhão para, apenas, 8 milhões. Quem viver, verá.

  12. Matê, ainda nos cabe a

    Matê, ainda nos cabe a defesa  de nossas condutas, mesmo quando agredidas.

    O que os arautos do blog que não gostam de ser chamados de machos, mas agem como se estivéssemos na idade média não fazem é trazer objetividade para o seu questionamento.

    Eles poderiam nos trazer o Manual de Conduta da Vítima, do qual certamente têm conhecimento, ao contrário de nós, e possível foi escrito por um macho adulto branco capacitado a nos dizer o que é bom para nós.

    Ainda, quando ouço essa balela de que “Por que ela não denunciou em NY????? (como se fosse esse o cerne da questão!), acho que a real  pergunta por trás do questionamento é “Por que ele não a agrediu no Brasil, aonde há certeza da impunidade??????”

    Também acho uma graça que os machos de plantão compareçam ao blog para dizer como devemos reagir em caso de agressão de nossos companheiros.

    Gostaria de saber se o fazem porque têm certeza de que seremos, inexoravelmente, agredidas algum dia, como se isso fosse uma sina deslocada da atuação individual e da sociedade, um fato natural.

    Ou ainda se sugerem que deveríamos ter feito isso ou aquilo como condicionante de seu apoio, afinal há vítimas e vítimas…

    A agressão, a repercussão dizem muito sobre nossa lamentável sociedade.

    Enfim, a luta segue.

    Abs,

    Luciana Mota

  13. Luiza Brunet

    Seja o que for, que aconteceu. Luiza saiu com QUATRO COSTELAS QUEBRADAS. E ninguém quebra QUATRO costelas por “obra e graça do Espírito Santo”. Chamando “Maria da Penha”…chamando “Maria da Penha”…câmbio!

    Luiza, “bela, corajosa, e de luta”

  14. HÁ ALGO ERRADO, SIM!

    Diz o ditado polular: “em briga de homem e mulher, ninguém põe a colher”.

    Nunca ficaremos sabendo as reais circunstâncias do ocorrido em Nova Iorque. Mas, uma coisa que me intriga é como a vitima, após a agressão sofrida, não procurou um hospital e a polícia local!  Mistério.Totalmente non sense. Hematomas no rosto e corpo, quatro alegadas costelas quebradas (isso dá uma dor horrível) e não buscou socorro: buscou o aeroporto, no dia seguinte. Veio denunciar no Brasil, onde as leis são relativas, quando se trata da elite. Se denunciasse em NY, o Lírio estaria na gaiola e não sairia tão cedo de lá. Por isso, por não sabemos as circustâncias da briga, onde todos falam tudo e se agridem fisicamente, há sentimentos de culpa de ambos os lados. Mas, quem já teve o desprazer de ser xingado por uma mulher sabe muito bem como funciona a coisa. Tem outro ditado que diz: “o homem, quando perde a cabeça, bate sem saber o porquê: a mulher, sempre sabe porque está apanhando…”

    Desculpe o machismo, sem ser machista, mas ainda vamos ver esses casal reconcilhado!

     

  15. HÁ ALGO ERRADO, SIM!

    Diz o ditado polular: “em briga de homem e mulher, ninguém põe a colher”.

    Nunca ficaremos sabendo as reais circunstâncias do ocorrido em Nova Iorque. Mas, uma coisa que me intriga é como a vitima, após a agressão sofrida, não procurou um hospital e a polícia local!  Mistério.Totalmente non sense. Hematomas no rosto e corpo, quatro alegadas costelas quebradas (isso dá uma dor horrível) e não buscou socorro: buscou o aeroporto, no dia seguinte. Veio denunciar no Brasil, onde as leis são relativas, quando se trata da elite. Se denunciasse em NY, o Lírio estaria na gaiola e não sairia tão cedo de lá. Por isso, por não sabemos as circustâncias da briga, onde todos falam tudo e se agridem fisicamente, há sentimentos de culpa de ambos os lados. Mas, quem já teve o desprazer de ser xingado por uma mulher sabe muito bem como funciona a coisa. Tem outro ditado que diz: “o homem, quando perde a cabeça, bate sem saber o porquê: a mulher, sempre sabe porque está apanhando…”

    Desculpe o machismo, sem ser machista, mas ainda vamos ver esses casal reconciliado!

     

  16. O que há de errado, Matê? É

    O que há de errado, Matê? É nenhum reporter ou autoridade policial brasileira  ter procurado ou intimado  o agressor e perguntar porquê agrediu de forma covarde uma mulher. 

  17. Conheço o Líro pela internet

    Conheço o Líro pela internet de algum tempo, acompanhando fatos da bolsa de valores.

    Ele sempre foi um sujeito ávido por aparecer, gosta de dar palestras e falar dos bilhões que detem.

    Geralmente bilionários gostam de não se expor, preferem o anonimato, ao contrário deste daí.

    Talvez isso explique essa tentativa de se aproximar de alguem como Luiza Brunet que não tem nem perto da fortuna dele, mas, por outro lado, tem muito mais prestígio, nacional e internacional, e muito mais contatos dentro do mundo artistico que ele.

    Tem muito dinheiro, mas no fundo não é um sujeito conhecido como é um Abílio Diniz, um Leman, etc…

    Muito provavelmente esse “choque Cultural” deve ter provocado essa agressão.

    Seria bem mais eficaz que ela tivesse procurado a policia nos EUA, mas enfim, não cabe a nós julga-la em um momento díficil.

    Também não cabe o papel de execrar o sujeito. É preciso deixar ele dar a sua versão. Quanto á parte jurídica ,o fato de o suposto crime ter ocorrido nos EUA e ter sido denunciado no Brasil altura algo ? Isso eu não sei.

     

     

  18. o que há de errado é a lupa que usamos…..

    a nossa unidade de análise é que é limitante. Pensamos numa sucessão de eventos do tipo “bola de bilhar” batendo umas nas outras: dia 21 de maio aconteceu agressão, 23 de maio ela gravou programa de TV, dia 14 de junho aconteceu desentendimento na Grécia, dia 26 de junho denunciou a policia…

    esse raciocinio do tipo “bola de bilhar” (que eu também uso e, portanto, a critica diz respeito a mim também. Apenas usei o exemplo do blog) me parece inadequado pois reduz o acontecimento, que tem várias camadas, a um esquema do tipo: o que é esperado nesse tipo de situação de agressão ? aconteceu tal agressão então é esperado que a pessoa proceda de tal e tal maneira (se nao couber neste modelo, tem dente de coelho na história….)

    a análise contextual do tipo “gaiola de ouro” (http://www.diariodocentrodomundo.com.br/luiza-brunet-e-a-sindrome-da-gaiola-de-ouro-por-nathali-macedo/) nos faz pensar em outro nível de análise, das relações de poder entre homens e mulheres na sociedade: construimos artefatos mais ou menos sofisticados para tentar controlar a outra pessoa com recompensas diversas.

    com uma lente não muito maior que a do Hubble, mas com o necessário distanciamento da cultura, podemos pensar em padrões culturais onde o prazer não poderá ser realizado plenamente (nem mesmo aprisionando o objeto amado em uma ilha em Dubai). A partir de então, as opções são poucas, resta a possibilidade de agressão ou morte no caso perceber que se está perdendo o objeto amado.

     

    Falhamos em não pensar o “principio do prazer” em nossa cultura. Segundo Freud, “o amor sexual nos proporcionou a mais intensa experiência de uma sensação avassaladora de prazer, fornecendo-nos assim o modelo de nossas aspirações de felicidade (.…) o ponto fraco desta técnica é evidente: jamais nos tornamos tão desamparadamente infelizes do que quando perdemos o objeto amado ou o seu amor”. Nossa cultura não sabe o que fazer com o desejo, apesar de Freud ter chamado a atenção para este ponto há muito tempo.

    Atualmente, nossa cultura ainda não possui freios e contrapesos para o caso de agressão e morte no caso de perda de objeto amado. Em geral, costuma-se etiquetar de alguma forma o agressor e isolar em alguma exceção (“é um maluco, isso não é normal, não é uma pessoa normal”…) e continuar tocando a vida. Colocar a cultura no centro da discussão envolve criar um hubble que possa observá-la e inventar outro mundo possivel… se for possivel!

  19. O que há é a simples dinâmica social

    O homem sabe exatamente como ferir uma mulher.

    Toda mulher já experimentou uma humilhação masculina, vinda de desconhecidos na rua ou de pessoas próximas e queridas como o pai e, especialmente e reiteradamente, o companheiro.

    O homem sabe, também, que, socialmente, ele será apoiado, embora pareça, num olhar descuidado e superficial, que não.

    Todo repúdio à violência moral, social, física e sexual direcionada à mulher pela sua condição de mulher é apenas retórico. Se o repúdio fosse real, não seria necessário tanto esforço para que estas violências fossem reconhecidas. E esse esforço, bom lembrar, é milenar e estamos nós aqui, século XXI, ainda suando neste esforço.

    A violência é abominada no abstrato, a mulher é defendida no abstrato, diria, inclusive, que a mulher é amada e desejada também no abstrato, porque a mulher concreta, de carne e osso e sentimentos, precisa lutar e lutar muito para que a violência seja percebida como violência, para que seus sentimentos não sejam desqualificados, para que a sua humanidade não lhe seja negada.

    A cultura corrobora o que escrevi de muitas maneiras e os ditados populares trazidos com prazer aos comentários é apenas uma amostra.

    Luiza, como todas as mulheres na situação dela, está sendo massacrada com todos os estereótipos machistas/patriarcais. Se o companheiro tivesse menos dinheiro que ela, este seria o ponto de crítica: a mulher desesperada sustentando vagabundo porque não consegue viver sem homem (até parece que se relacionar com homem é um erro feminino, não é?). Se o companheiro fosse mais novo, este seria o ponto de crítica. Se ela fizesse a denúncia em NY, este seria o ponto de crítica. Se ela não denunciasse, este seria o ponto de crítica. Se ela perdoasse, este seria o ponto de critica. Ela simplesmente não tem escapatória. A mulher, na sua relação com o homem, não tem escapatória porque está errada a priori.

    O que vemos aqui e em todos os lugares em que este assunto está sendo discutido é a apenas a dinâmica social de desqualificação e humilhação feminina. Não é porque este espaço é progressista que a dinâmica seria diferente. O vocabulário é algo mais rebuscado. Apenas isso.

    Nada de novo sob o sol, infelizmente, afinal as coisas são assim desde… sempre.

  20. Questionamento

    Uma hipótese forte é que ela não fez a denúncia nos EUA por que as leis lá são rigorosas e a polícia investiga com qualidade e se sua história for uma farsa ela poderia ficar presa, não é como no Brasil que com a lei Maria dá injustiça, o homem já é condenado por antecipação, mesmo sendo inocente, é só a mulher denunciar e ele tem que provar que é inocente, contrariando um dos princípios que é a presunção de inocência, ela veio para cá por que aqui o homem sempre é o culpado. É uma hipótese, não uma afirmação.

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