Você está perdido no mundo como eu?, por Matê da Luz

“Are you lost in the world like me?”, música do Moby e que está bombando nas timelines da minha bolha no Facebook, trouxe lágrimas de catarse pra minha sexta-feira.

https://www.youtube.com/watch?v=VASywEuqFd8 width:700 height:394

O umbigo mudou de lugar e agora está na sétima versão construída. O problema não é a ferramenta, mas sim que ela tenha se transformado em fim: quando tudo se resume a uma verdade postada, às curtidas e compartilhadas presas em uma tela de mini-polegadas, há algo muito estranho num mundão tão grande.

Tudo bem que a TPM e a atual conjuntura do País contribuam fortemente pra que eu tenha essa crise de choro preso há tanto tempo que já nem sei onde ela começa ou quando bem vai terminar – eu e meus processos de limpeza, tempestiva como mamãe Iansã. Tudo bem, mas se você clicar no vídeo e conseguir se desprender do seu próprio vício de só olhar pra baixo, quem sabe, vai compartilhar comigo do desespero de estarmos ignorando o mundo ao redor em tantos níveis que quase somente uma catástrofe pode nos acordar.

Os despertares da alma, estes que manipulam as mãos na direção que desejamos ou, em níveis absurdos de caos, devemos (porque existe o livre-arbítrio, sim não duvido, mas existe também a vontade maior e invisível, esta que reposiciona as energias quer a gente queira quer não), são sempre bastante doloridos. Doloridos e pesados – tá parecendo bem com o clima lá fora-aqui dentro, não é mesmo?

 

Com o caos é uma das mais ricas oportunidades para a reordem, convido a todos e cada um de vocês a refletir sobre a órbita dos seus olhos, o direcionamento das suas mãos e pra onde tem ido o desejo do seu fazer.

Você está perdido no mundo como eu?

Que bom, mais gente pra transformar. Vamos nessa? 

 

Mariana A. Nassif

5 Comentários

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  1. “convido a todos e cada um de

    “convido a todos e cada um de vocês a refletir sobre a órbita dos seus olhos, o direcionamento das suas mãos e pra onde tem ido o desejo do seu fazer”:

    Na minha casa eh facil.  Eh so perguntar pro FBI.

  2. Esse Clip é Incrível , 
    Pois

    Esse Clip é Incrível , 

    Pois é também  me sinto confuso nestes tempos tão surreais.

    Obrigado por comparilhar

     

  3. Vamos! 🙂
    A propósito, Matê

    Vamos! 🙂

    A propósito, Matê da Luz, já há muito mais gente se reposicionando do que a gente vê. É que uma das características dessas pessoas é cuidar para que essas suas organizações fiquem fora da mídia, não fazem alarde. Sabe a tal de “descentralização”? Pois é, está em curso…

    Agora, sobre o vídeo, acho estranho um detalhe: o cara que se sente sozinho é uma criança e, por exemplo, o cara que assedia a moça no metrô, um dos “grandes”. Sabe aquela história da propaganda comercial estimular uma eterna adolescência, uma molecagem inconsequente sem fim, porque adolescente compra mais e por impulso? Pois é, por mais idade que a pessoa tenha, por maior o poder econômico e político que detenha – pode ser que eu seja louco mas – não consigo enxergar essa pessoa senão como adolescente, molecada, criança mesmo…

    Eu teria desenhado uma pessoa adulta, consequente, responsável e mesmo assim – ou por isso mesmo – pasma, estupefata no lugar do menino protagonista… Não arrogante, que arrogância também denota imaturidade, e sim apenas pasma e entristecida.

    A imaturidade daquela gente posuda e louca que está assolando o mundo é mostrada, a meu ver, com muita precisão e eloquência no finzinho do filme “O Capital” (2012), do Costa-Gavras.

    Aceito seu convite e deixo o meu. 🙂

  4. Um clip que diz muito sobre
    Um clip que diz muito sobre nosso tempo……… e um estranho paradoxo: quem não se sente perdido, talvez seja apenas alguém que já se perdeu de si mesmo e nem percebeu.

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