A seleção perdeu, e daí?

 

Os comentaristas esportivos falam em Mineiraço. A expressão não significa muito para mim. Nasci em 1964, portanto, só tenho conhecimento do Maracanaço como fenômeno histórico. Não vivi aquela derrota, não chorei aos pés de Ghiggia.

 

Quando tinha 6 anos o Brasil ganhou a Copa do Mundo, mas naquela época eu não gostava de futebol. Na verdade, pouco ou nada lembro daquele grande feito nacional. Em 1970 eu só conseguia sentir saudades e ódio do meu pai. Acreditava que ele era culpado por ser eu um filho de mãe separada em Eldorado-SP. Não sabia que o Brasil  vivia sob u ditadura e que ele, sendo comunista e fichado no DOPS desde a década de 1950, vivia se deslocando de uma pensão para um hotel e de um hotel para outro com medo de ser preso e torturado pelos homens de Fleury e do Ustra.

 

A Copa do Mundo de 1974 foi um fiasco para o Brasil, a de 1978 um desastre em favor da Argentina. Mas em 1977 o Corinthians foi campeão e pude saborear meu primeiro grande título. Comemoramos nas ruas do Jardim das Flores e, depois, no Largo de Osasco. Quando várias lojas começaram a ser saqueadas e a PM chegou a festa acabou em pancadaria e corre corre. Corri.

 

Gostei muito da Copa do Mundo de 1982. Inesquecíveis exibições, vitórias suadas e belíssimos gols antes da derrota dramática para a Itália. Ganhamos o tetra e o penta, mas não as seleções de Romário e Ronaldo nunca conseguirão ocupar meu coração como a de Sócrates e Falcão. Hoje a Alemanha goleou Felipão. Não fiquei nem surpreso nem deprimido.

 

Perder ou ganhar fazem parte do jogo. Perder jogando bem é sem dúvida alguma melhor que ganhar jogando mal. E a verdade é que nossa seleção vinha jogando mal. Hoje a Alemanha ganhou porque colocou a melhor seleção em campo. Se os alemães fossem desclassificados o esporte teria sido derrotado.

 

A derrota foi da seleção, não do Brasil. Nosso país provou que é capaz de dar uma goelada no pessimismo daqueles que insistiam que não haveria Copa, que haveria caos aéreo, que os estádios não ficariam prontos, que os turistas seriam maltratados, que o retorno do evento seria nulo. A seleção fez feito, mas o Brasil fez a Copa das Copas e colherá os frutos nos próximos anos com um substancial aumento do turismo.

 

As arenas levantadas para a Copa do Mundo são modernas e belíssimas. O povo brasileiro desfrutará as mesmas por décadas. Neste momento estou bem menos inclinado a chorar a derrota da seleção brasileira do que feliz e esperançoso. Um dia verei o Corinthians ser campeão lá no Fielzão. Mas antes disto quero ver Dilma Rousseff reeleita e no primeiro turno.

 

Vi muita gente comemorando a derrota da seleção na internet porque isto levaria a uma inevitável vitória de Aécio Neves. A euforia da oposição só me faz rir. Em seu livro “O sorriso de Nicolau”, Maurizio Viroli conta que quando Savanarola estava no auge de seu poder o jovem Maquiavel não foi um piagnoni, um ‘choramingas’ seguidor do dominicano incendiário. De fato, a carreira pública de Maquiavel começou em 28 de maio de 1498, cindo dias após a execução de Savanarola. O biografo de Maquiavel assegura que o ilustre florentino:

 

“Anos depois, irá descrever Savanarola como um ‘profeta desarmado’. Disse também que, assim como todos os outros profetas desarmados, ele também fora derrotado por contar apenas com a força de suas palavras para mater a união de seus seguidores, tendo que se esforçar constantemente para não ser abandonado por eles quando mais precisava de seu auxílio.” (O sorriso de Nicolau, Maurizio Viroli, editora Estação Liberdade, p. 45)

 

A eleição de Dilma Rousseff não estava atrelada à Copa do Mundo. A derrota da seleção brasileiro não afetará sua candidatura, pois ela pertence a um grande partido bem estruturado que conta com centenas de milhares de membros e milhões de simpatizantes ativos. Aécio Neves só pode contar com seus amigos na imprensa e uma horda de cabos eleitorais remunerados. O governo de Dilma Rousseff tem feito bem ao Brasil e ao povo brasileiro. O de Aécio Neves destruiu as finanças de Minas Gerais.

 

Há alguns dias o candidato tucano disse que se for eleito isto fará muito bem a ele. O Brasil não merece a eleição de Aécio Neves. Mas supondo que, amargurada com a derrota da seleção para a Alemanha, a maioria dos brasileiros o coloque no Palácio do Planalto duvido muito que o tucano termine seu mandato. O PSDB não é um partido, apenas uma legenda. Na primeira grande crise (que pode muito bem ser desencadeada pelo próprio Aécio Neves ao reduzir o salário mínimo e provocar desemprego) o presidente tucano ficaria sem sustentação popular. Não tendo uma sustentação partidária (como Lula e Dilma tiveram, fato que lhes permitiu seguir governando apesar das crises reais e fabricadas pela imprensa), Aécio Neves acabará exatamente como Savanarola: abandonado por seus infiéis seguidores no momento em que mais precisar de auxílio.

 

Fernando Collor também acreditou que conseguiria governar o Brasil se apoiando numa legenda, sem um partido político sólido e apesar da falta de apoio popular. Se fosse só um pouco inteligente, Aécio Neves teria aprendido algumas lições com seu colega senador. Tragicamente, porém, nos últimos 4 anos a frequencia do candidato a presidente do PSDB no Senado foi bem menor que a de Collor. Duvido muito que Aécio Neves tenha tido humildade e tempo de aprender algo com o ex-presidente.

 

O povo brasileiro foi capaz de eleger Dilma Rousseff apesar do espetáculo do Mensalão. Tem maturidade suficiente para reeleger a candidata do PT apesar da derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo? Creio que sim, mas se  estiver enganado Aécio Neves receberá a presidência não como um prêmio e sim como uma maldição.

 
Fábio de Oliveira Ribeiro

48 Comentários

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  1.   Bobagem, amigo. Não se

      Bobagem, amigo. Não se preocupe.

      Pode até rolar uma pesquisa eleitoral feita na saída do Mineirão, mas depois de uma semana mesmo o brasileiro mais alienado já sacudiu a poeira e vai saber diferenciar eleição de Copa.

      Quem mistura esses assuntos é porque já odeia o governo, e procura um pretexto qualquer para malhar.

  2. Jamais houve qualquer relação

    Jamais houve qualquer relação entre resultado de Copa e eleições.

    O povo brasileiro não é idiota. O mesmo não se pode dizer de certos jornalistas e “comentadores” de nossa mídia varonil….

    “Vergonha passageira” não deve afetar sucesso fora dos campos, diz americano

    Alessandra Corrêa

    De Nova York para a BBC Brasil

     BBC

    Brasilianista acredita que trauma irá passar rápido

    A dramática derrota por 7 x 1 sofrida pela seleção brasileira nesta terça-feira, no jogo contra a Alemanha, será uma “vergonha passageira” e não deve afetar a imagem do país, segundo o brasilianista Peter Hakim, presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, com sede em Washington.

    “Vai passar muito rápido. Não acho que vá ter muito impacto na imagem do Brasil, em sua influência no mundo”, diz Hakim.

    Para ele, o sucesso da Copa do Mundo até agora – apesar da derrota da seleção brasileira – está apagando a imagem negativa que se formou sobre o Brasil durante os preparativos.

    “Antes do início da Copa, houve muitas reportagens negativas sobre os preparativos do Brasil, na imprensa nacional e brasileira. Falavam sobre os fracassos do Brasil em se preparar para a competição de forma eficiente”, disse Hakim à BBC Brasil.

    O analista observa que as críticas eram de que os trabalhos estavam lentos, que o Brasil não conseguiria deixar tudo pronto a tempo e que a organização estava sendo feito de forma desleixada.

    Segundo Hakim, essa imagem mudou após o início da competição, quando tudo correu bem.

    “O fato é que os jogos em si correram extremamente bem, os estádios estão bonitos, multidões estão acompanhando, os protestos têm sido limitados. A Copa do Mundo está apagando a imagem do Brasil como de certa forma incompetente nos preparativos”, afirma.

    O analista afirma que, caso as previsões fossem corretas, o Brasil corria o risco de ser visto como um país de terceira classe em termos de capacidade de organização de infraestrutura.

    “Mas isso já passou, a maioria está falando sobre como os jogos foram bem. O Brasil não será visto como bem-sucedido com sua seleção, mas será reconhecido como um país que cumpriu o que se esperava dele”, acredita.

    Eleições

    Para o analista, o desempenho do Brasil no campeonato não deve ter impacto nas eleições.

    Hakim afirma que os brasileiros “são espertos o suficiente” para garantir que o resultado em uma partida de futebol não afete o resultado de uma eleição.

    “O futebol desperta paixões enormes (no Brasil), mas isso não significa que vá afetar a maneira como as pessoas votam.”

     

  3. No Planalto, Aécio só precisa

    No Planalto, Aécio só precisa ter o tempo necessário para passar uma lei impedindo presidentes de ficar além de duas vêzes, ou ex-presidentes de voltar a concorrer. Já seria uma benção.

  4. Basofilias

    Como tetra safenado e tri stensilado vinha acompanhando os jogos meio como expectador distante e não diretamente envolvido. Perder é normal em qualquer jogo, mas levar de 7×1 no futebol não é NORMAL nem em pelada de várzea.

    Não quero enfartar, MAS TEMOS QUE ANALISAR de forma isenta o que aconteceu. Que tá tudo errado está evidente! É preciso colocar, ponto por ponto, onde estão os erros clamorosos desta desastrada atuação da nossa seleção.

    Não podemos confiar cegamente no voluntarismo tirânico de um treinador que não aceita sugestões, que seleciona mal, escala mal, treina mal! Se ao menos tivesse sorte, mas já afundou outros times. Portanto, fomos todos tolos em deixar o destino de nossa seleção nas mãos das bazófias do tal senhor.

    Haja coração! Cadê o meu cardiologista…

    1. Concordo com vc! Alguma coisa

      Concordo com vc! Alguma coisa saiu errado. Devia ter terminado no 10 X 0. No melhor estilo 5 vira 10 acaba.

  5. Seleção é o nosso Polvo Paul

    Na verdade, a história recente mostra que o efeito seria ao contrário:

    Quando a seleção ganha o mundial (1994 e 2002), o povo troca de governo.

    Quando a seleção perde o mundial (1998, 2006 e 2010), o povo mantém o governo.

    2014 não será diferente.

     

  6. E daí…nada, está tudo bem

    Você está igual ao Daniel Alves que disse que isso não é trágico e que perder de 1 ou de 7 dá na mesma.

    Foi ridículo, Brasil tomou 4 gols de pelada e tinha caixa pra 10 ou 12.

    Não vai influenciar em nada na eleição, Dilma vai se reeleger do mesmo modo, quer gostem ou não.

    Agora é torcer para a Argentina ir para a final, pq imagina se enfrentamos eles e ainda por cima ficarmos em 4?

  7. Se o Brasil tivesse perdido

    Se o Brasil tivesse perdido de pouco, o AECIM PÓ PARÁ poderia capitalizar… com uma derrota de 7 x 1,  quem decide o seu voto com base no resultado de campo vai de Pr. HEVERALDO, se tiver tendências à direita, ou LUCIANA GENRO, se pender para a sinistra… ou seja, o resultado foi “um ponto fora de curva”, quem quizer capitalizar também vai ter que ser…

    hehehehe

     

  8. O coral das carpideiras não

    O coral das carpideiras não para de se lamentar na Globo, amplificando a tragédia. Caras e bocas se juntam para representar um luto nacional que não creio que ocorrerá. Afora os black blocs alugados, as populações das periferias manipuladas por milicianos e traficantes e os trombonistas das mídias de sempre, a vida vai continuar. As pessoas precisam trabalhar e a imensa maioria delas não é tocadora de trombone, embora escute seu barulho.

    Pessoalmente, acho que foi melhor sairmos na semifinal do que na final. A derrota acachapante do time do Felipão para o time alemão, é consequência quase inevitável – digo quase, porque vez e outra jogos de futebol terminam em zêbras monumentais – do confronto entre um time escalado por um treinador cheio de crenças e convicções pessoais, que confundiu a Copa das Confederações com a Copa do Mundo, e outro time cujo elenco joga junto a seis anos, cujo treinador é capaz de mudar, jôgo a jôgo, a escalação do time a fim de melhor enfrentar o adversário seguinte. Como em toda vez que a Seleção Brasileira entra numa competição, demite-se o Presidente da República e transfere-se para os jogadores, a responsabilidade de levar o país nas costas. Como o treinador é um – no dizer dos comentaristas – motivador não diplomado, o que para mim é muito diferente de ser técnico, o elenco não suportou o fardo que a mídia e a nossa cultura colocaram em suas costas e sucumbiu, principalmente após a saída de Neymar. No início do retiro na Granja Comary, a CBF demitiu a psicóloga que cuidava da cabeça da garotada. Foi chamada de volta após a fratura sofrida por Neymar, que lhe custará entre um e dois meses de afastamento dos campos para preparar em quatro dias, as cabeças abaladas do time e da equipe técnica. Na entrevista coletiva que concedeu depois do jôgo, Felipão limitou-se a assumir a culpa pelo desastre e pedir desculpas aos torcedores. Nenhuma explicação, se é que existe. Dos jogadores, o que se viu foi o ápice do descontrole durante o jôgo e a perplexidade que caracteriza o desconhecimento que – em tudo na vida – devemos ter consciência de nós mesmos e das circunstância em que estamos inseridos.

    Malgrado o desapontamento pela goleada sofrida, aos olhos das outras Nações, o Brasil sai da Copa maior do que entrou. Para além da oportuna alavancagem que o Mundial propiciou às obras de infraestrutura nas cidades sede dos jogos e da saída de Manaus do isolamento a ela imposto pela desinformação,  foram os brasileiros comuns – sem empreiteiras, sem COL e sem mídia – que esculpiram a bela imagem que o Brasil amealhou na comunidade internacional.

    Ou nós acabamos com a CBF, ou ela acabará com o futebol brasileiro.

     

     

      1. A questão não é essa, caia na real

        A questão é o que o povo vai entender, assimilar, da situação.

        A culpa do Governo do PT, não da Dilma, exatamente, que ela é apenas uma pessoa no meio de gente que fica palpitando e atrapalhando o governo dela, é que não soube agir para diminuir os conflitos que surgem todos os dias na sociedade brasileira. A Copa do Mundo é só um exemplo disso.

        E o clima que foi criado com a Copa do Mundo foi o pior possível. As coisas ficaram mais ou menos calmas apenas nas vésperas do evento. O clima de tensão vinha se arrastando durante muito tempo. Isso afetou a cabeça dos jogadores da seleção brasileira, essa contaminação política toda.

        PS: Apaguei o comentário anterior para corrigir alguns erros e acrescentar outros trechos. O comentário está imediatamente abaixo.

        1. Verdade? Dilma treinou e
          Verdade? Dilma treinou e escalou a seleção, depois pediu para a mesma perder para a Alemanha porque ela é descendente de europeus. Ha, ha, ha… tucano desesperado caiu na área e cometeu um pênalti.

  9. Texto comprometido e que quer tapar o sol com a paneira

    O problema é a arrogância de quem quer desmerecer ou diminuir o ocorrido ontem como se não fosse nada demais. Começa logo com o título do post, ridículo. Como assim “o Brasil perdeu, e daí”?

    O Brasil perdeu vergonhosamente, vexatoriamente, levou uma goleada humilhante em casa, numa semi-final de Copa do Mundo. É a maior derrota brasileira em Copas do Mundo. Uma humilhação internacional sem precedentes, indigna a derrota. Não foi uma mera derrota, uma derrota simples, como outra qualquer. Reflete o atual momento da sociedade brasileira, cheia de conflitos que o governo federal não sabe intermediar, não sabe equacionar, tudo isso gerando insegurança, tensão, temor, instabilidade emocional.

    O Governo Federal tem sim responsabilidade pelo atual cenário de conflitos e desentendimentos da sociedade brasileira. Acusa a a oposição, a grande imprensa, os tucanos, enfim, a elite de oposição de ser a responsável por todas as misérias históricas do país. Todos esses que criticam o Governo, de acordo com o próprio, com o partido que está no poder, são culpados pela concentração de renda, pela desigualdade social, enfim, por todos os indicadores sociais que sempre impediram o desenvolvimento brasileiro, ao passo que o governo do PT é o único responsável por tudo de bom, o que antes de 2003 não existia, frise-se. Nesse discurso, o país nasceu em 2003 e tudo de bom se deve única exclusivamente ao governo do PT.

    A par desse discurso nada conciliador, desse discurso sectário e que naturalmente atrai o conflito, o confronto, o desentendimento, que gera tensão, insegurança e instabilidade emocional, temos a postura do governo do PT de, ao mesmo temo que tem uma visão tão demonizadora da oposição (elite, grande imprensa, demotucanos, etc), não age para romper definitivamente com isso. Fica na embromação. O PT critica a oposição por meio de panfletos ou notas do partido, mas não toma nenhuma atitude concreta contra todos os males que ela, a oposição, supostamente causa. Ou então é o Lula que aparece e fica dando alfinetadinhas insignificantes, que só servem para jogar mais lenha na fogueira do conflito, dos desentendimentos, da tensão, da instabilidade emocional.

    Por esses dias, o Lula disse que a diferença entre o PT e “eles”, era que o PT supostamente não varria a sujeira para debaixo do tapete. Esse tipo de declaração é leviana e irresponsável, quando vinda de um ex-presidente da república. Se o Lula sabia que houve esse tipo de coisa, por que não agiu antes? Por que não denunciou quem tinha que ser denunciado? Por que não colocou o Ministro da Justiça para pedir a abertura de inquéritos policiais para apurar os casos que foram supostamente varridos para debaixo do tapete?

    Quer dizer, é o tipo de declaração política que só serve para causar picuinha, confusão e incentiva o desentendimento, o conflito, de forma irresponsável. Ai quando vem o bombardeio pela imprensa, o PT arrega e fica soltando notinhas oficiais que ninguém dá atenção.

    O PT não é uma esquerda compromissada com os princípios que naturalmente decorrem das posições que ele diz assumir. Na Venezuela e na Bolívia, os governos bolivarianos partiram para ações concretas que realmente atingiam a raíz do problema, assumindo todos os riscos disso. E aqui não vem ao caso as diferenças sociais e econômicas que eventualmente fizeram os governos bolivarianos não serem tão bem sucedidos. Isso também é um elemento que faz parte do contexto, isto é, quem assume certos princípios políticos deve estar disposto a arcar com as consequências das suas escolhas, com o grau de ruptura que elas provocam. O PT não está disposto a isso, mas fica agindo como se estivesse. Não, não está.

    Reclama da imprensa, por exemplo, mas não tem coragem de propor uma regulamentação que coíba DEMOCRATICAMENTE os abusos. Isso só para citar um exemplo. E aí fica reclamando da grande imprensa incentivar o povo contra o governo, aumentando a fogueira dos conflitos, da tensão, dos desentendimentos, colocando o povo para boicotar coisas que normalmente seriam identificadas com o Brasil, como uma Copa do Mundo.

    E aí o post quer diminuir o impacto da derrota humilhante da seleção brasileira para proteger a reeleição de Dilma.

    Como assim ” o Brasil perdeu, e daí”, meu caro? Como querer diminuir o que aconteceu ontem, sem fazer nenhuma leitura séria da situação, inclusive política?

    É gravíssima a situação. Compromete seriamente o futebol brasileiro, sua imagem internacional. E é sim diretamente uma consequência da situação de conflitos do país, que não consegue seguir o seu rumo de forma equilibrada.

    Só mesmo quem repete a arrogância dos que cinicamente negam o mensalão, o esquema de corrupção organizado pelo PT durante o governo Lula, que comprou apoio político na Câmara dos Deputados, caracterizado pelo pagamento de milhões de reais a líderes da base aliada, pode achar que não houve nada demais na derrota do Brasil ontem por humilhantes 7 x 1 para a Alemanha numa semi-final de Copa do Mundo disputada em casa!

    É a mesma postura dos jogadores da seleção brasileira e da comissão técnica: todos ficavam com raiva, respondiam arrogantemente às perguntas que de longe falassem sobre os problemas da seleção em campo. Arrogância pura. Ninguém tinha um pingo de auto-crítica. É a mesma coisa de quem é do governo ou do PT, simpatizante, etc, e nega o mensalão. Exatamente a mesma arrogância, de não reconhecer os erros, atacar os críticos, etc.

    Pode se prepararar: a derrota humilhante de ontem da seleção brasilera vai afetar diretamente a reeleição da Dilma. Para mim, ela começa a campanha extremamente atingida com essa derrota humilhante, 7 x 1, uma goleada indigna em casa. A sensação de frustração vai contaminar a imagem do Governo junto à opinião pública.

    1. Tucano detesta futebol, ópio
      Tucano detesta futebol, ópio das massas ignaras. Mas quando pode tirar proveito de uma derrota todo tucano misteriosamente se torna um torcedor exaltado.

      Aécio Neves foi visto no Mineirão. O pé frio do PSDB secou a seleção, os votos dele também secarão.

      1. Você pode falar o que quiser, não adianta nada

        Será assim que as coisas serão percebidas pelo povo. Já está sendo, na verdade. A reeleição está comprometida. No mínimo, seriamente ameaçada.

        O teu comportamento é o mesmo de sempre dos que apoiam interessadamente o governo: ficam tirando o corpo fora, dizendo que não é nada disso, querendo diminuir os efeitos nefastos da situação para o governo. É a política da versão dos fatos e não a da realidade. Estão ferrados com essa postura, que só traz impopularidade, antipatia.

        O título do teu post é emblemático da arrogância que vai arrastar a reeleição para o beleléu. Se a Dilma perder, será por causa desse tipo de atitude. O povo vinculará essa atitude arrogante, sem auto-crítica, diante de um fracasso tão humilhante e catastrófico do país, como uma postura recalcitrante de quem fica tentando enganar as pessoas, com mentiras e fantasias, vendendo gato por lebre.

        1. Todo mundo sabe que o PSDB

          Todo mundo sabe que o PSDB paga seus militantes.

          Quanto Alessandre de Argolo está ganhando para trollar aqui e em que moeda?

        2. Mãe Dinaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

          Incorporou neste cara,  o mesmo que no ano passado afirmou enfaticamente nas manifestações coxinhas que a Dilma estava liquidada e eu rolei de rir na cara do sujeito. Agora vem com nova bola de cristal e o o papo da reeleição comprometida por um jogo de futebol. Cara, se tu pagasse mico de verdade por cada besteira que escreveu aqui eu montava um zoológico coxinha! Estou comemorando o sucesso das copas das copas. E tu que também disse que não haveria copa engoliu a manga com caroço! E em novembro vai ter seu narigão tucanão debicado que nem galinha poedeira. Há, pode ficar com o premio de consolação, SP. Só os paulistas para ficarem sem água e votarem em peso nele novamente. 

    2. Vamos chorar para sempre.

      Perfeito, Alessandre. O post é ridículo. Levamos uma goleada de 7X1, e daí? A Alemanha, que teve dificuldade para vencer todos os jogos até então, nos humilhou perante 4 bilhões de telespectadores. E daí? Bom, em 1950 o Brasil perdeu de 2X1 no Maracanã e chora até hoje. Choraremos essa lavada enquanto houver futebol no Brasil. E é também hora de parar com essa história da Copa das Copas, brilhantemente organizada pelo governo Dilma, mas bombardeada o tempo todo pela mídia. Várias vezes figurões da Fifa vieram ao Brasil, vistoriaram as obras e acabaram passando pitos humilhantes no governo. Numa das vezes, foi dito que o governo precisava levar um chute na bunda para levar a sério os seus compromissos. Na correria de última hora, tivemos alguns acidentes em estádios em construção. Finalmente, tivemos esse desabamento no viaduto em BH. Dos dois mortos, um era meu conhecido e o vi poucos dias ates de morrer. Um jovem de 25 anos. Culpa do Aécio, bradaram alguns “comentaristas” deste blog. A Dilma não tem culpa nenhuma. Sua pressão para que terminassem as coisas a toque de caixa pretende ser esquecida. Dia 8/6, ela esteve em BH e “inaugurou” com pompa e triunfalismo de político em campanha o corredor de trânsito que incluía o viaduto que desmoronou. Obra que se atrasou principalmente por atrasos na liberação do dinheiro federal, que correspondia a metade dos custos.

      Em parte, essa derrota pode ser debitada a essa conversa de complexo de vira lata que o pt joga em cima de qualquer um que não concorda que tudo está indo muito bem. A seleção brasileira andava em ônibus pintado com a presunçosa expressão “Prepare-se. Estamos a caminho do hexa”. Mediante qualquer questionamento da nossa preparação, Felipão dava um coice padrão Dilma no repórter. A Alemanha treinou todos os dias (exceto um, após um jogo com prorrogação) enquanto esteve no Brasil. O Felipão dava folga de dois dias após cada jogo. Após o jogo com o Chile, deu três.

    3. Correto: a derrota foi

      Correto: a derrota foi vexatória e comprometeu o conceito(mais um mito) de que somos a ponta de lança do futebol mundial. 

      Entretanto, o teu comentário foi além da crítica razoável para se transformar num festival de obviedades, subjetividades e extrapolações. O que se prenunciava como um arrazoado que ajudaria a colocar as coisas nos seus lugares se transformou, ao contrário,  numa espécie de “descarrego” por conta de contencioso político com o PT e o atual esquema de Poder.

       Reflete o atual momento da sociedade brasileira, cheia de conflitos que o governo federal não sabe intermediar, não sabe equacionar, tudo isso gerando insegurança, tensão, temor, instabilidade emocional.

      Truísmo puro: desde quando a sociedade brasileira foi destituída de conflitos? Falácia non sequitur. Mesmo que vivenciássemos esse “momento”, por que e como isso se alastraria para uma partida de futebol? E se eventualmente tivéssemos saídos vitoriosos(a derrota e a vitória são contingentes) o que sustentarias? 

      O Governo Federal tem sim responsabilidade pelo atual cenário de conflitos e desentendimentos da sociedade brasileira. Acusa a a oposição, a grande imprensa, os tucanos, enfim, a elite de oposição de ser a responsável por todas as misérias históricas do país………E blá blá blá blá

      Se queres criticar o governo, que o faça num post respectivo, e não desfilando tuas objeçoes políticas e pessoais através de perorações de cunho SUBJETIVO. Opinião é igual a nádegas: cada uma tem a sua. 

      Em suma, Argolo, objetivamente só se salva desse teu longo comentário em termos de consonância com o tema tratado o primeiro período do texto. O resto, a depender dos pendores dos leitores, pode ser acolhido ou então jogado na lata do lixo. Componho, no caso, a grei que opta pela segunda opção.

       

       

       

  10. argumentos totalmente sem lógica

    o que tenho a dizer são só 2 coisas.

    1. não da pra considerar a opinião de quem acha que o governo que um governo que rouba descaradamente de Dilma Rousseff  (Lula tb porem ele nunca sabe de nada) tem feito bem ao Brasil e ao povo brasileiro

    2. o Brasil não perdeu. ele sequer lutou. passou vergonha mesmo.  Na verdade, só parou de disfarçar, porque já estava ruim há muito tempo, chegou se arrastando na semi final.

    A unica coisa boa é que o Brasil para de ser o pais de futebol. Melhor começarmos ser referencia em outra coisa.

    Tem várias a ser trabalhadas.. educação, emprego, saude, corrupcao.

    Estamos engatinhando em tudo. simples assim.

     

     

    1. Você confunde o Brasil com a
      Você confunde o Brasil com a seleção brasileira de futebol. Acusa Dilma de corrupção e não apresenta provas.
      E por falar em corrupção, fale-me mais sobre a roubalheira tucana em São Paulo e sobre as acusações de roubalheira que pesam sobre Aécio Neves. Ha, ha, ha…

  11. Falou ..falou  um monte de

    Falou ..falou  um monte de obviedades para no final dizer que

    é eleitor de Aécio.Esse tipo de postagem é de uma indigência

    mental.. passa a impressão de querer desqualificar o blog   e

    seus frequentadores. Urubus de casaca, podem ficar com medo

    mesmo a ideia sempre será a de  extingui-los.

    1. Ler e não entender não chega
      Ler e não entender não chega a ser um defeito, desde que a pessoa releia antes de comentar com base numa versão distorcida do que foi escrito.

  12. Derrota qualquer?
    7×1 nao eh

    Derrota qualquer?

    7×1 nao eh derrota qualquer. Eh humilhante! Vexame!

    Quem gosta de futebol se lembra de todos os vexames cometidos!

    Meu Sao Paulo perdeu de 7×2 pra Portuguesa em 1998 com Nelsinho Batista

    Meu Sao Paulo perdeu de 7×1 pro Vasco em 2001 com Muricy Ramalho.

    Meu Brasil perdeu de 7×1 pra Alemanha em 2014 com Luis Felipe Escolari.

  13. Nenhum politico de oposiçaõ

    Nenhum politico de oposiçaõ foi para TV  cobrar sobre  o

    possivel super faturamento das obras da copa etc..Todos

    caladinhos com medo de se queimar.Vamos ver qual deles

    vai atirar no pé e querer levar vantagem  em cima da derrota

    da seleção e sua eliminação. Essa gente não entende  de 

    povo , mas parece que estão mais espertos.

    #sovaiterdilma

  14. futebol não é questão de vida ou morte

    Caro Fábio, na copa de 70 eu tinha 7 anos e foi lá que aprendi a gostar ,torcer e fazer do futebol uma das atividades que mais pratiquei na vida. Para mim a seleção brasileira veio primeiro, o Corinthians depois. Se as copas do mundo trouxeram alegrias indescritiveis como em 70, também me trouxeram tristezas lancinantes como em 1982 e finalmente em 1998 a derrota para a França foi um divisor de aguas onde entendi que seleção brasileira é um conjunto de mercenários apatridas e que nunca mais me entregaria ao apoio incondicional da seleção. Me enganei. Por diversas razões nesta copa de 2014 voltei a me envolver com a seleção, mas diferentemente de outras copas torço também pelos resultados extra-campo que espero tragam mais apoio a reeleição da presidenta Dilma. Entretanto o que ocorreu ontem contra a Alemanha me remete ao campo esportivo e o resultado foi sim catastrofico, humilhante. Não há boleiro ou futebolista brasileiro que não tenha sido ultrajado pelo soberba da comissão técnica e pela nossa incompetencia administrativa. A derrota de ontem foi um novo marco pessoal na minha relação com a seleção brasileira, dificilmente voltarei a torcer por uma seleção em copas,como amante do futebol passarei apenas a apreciar o futebol. Caro Fabio, meus pais nunca foram politizados ,embora eu seja, e o que eu queria mesmo é responder a sua pergunta , “a seleção perdeu, e daí ? ” . Parafraseando um técnico inglês que não me recordo o nome : “Futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito, muito, mais importante que isto”.

  15. Ulderico: acho que algum

    Ulderico: acho que algum helicóptero afetou as idéias. O teu candidato de papelão vai acabar virando boneco inflável, aquele que balança atordoado para ser notado. Enquanto tu beijas o boneco de papelão, teu candidato “cheiroso”, a gente, que ama o próprio país e luta para deixá-lo cada vez mais independente e digno, vai vibrando com o desempenho de ter sido sede da COPA DAS COPAS e com o ÚNICO governo com coragem de fazer algo tão grande e espetacular. A água do cantareira te espera, vai! Eu nem pretendo mais passar por sp, já que os trens, água, segurança, educação e pcc parecem ser a mesma coisa.,

  16. “A seleção perdeu, e daí?” e daí… e daí que

    A seleção perdeu, e daí?

    e daí…

    e daí que nunca antes na história deste país

    a seleção do país do futebol perdeu, na copa fifa, de 7×1 mais o apagão impagável

    dos 6 minutos 4 gols 1 catástrofe nacional!

    antes vingasse o manifesto das ruas das redes #nãovaitercopa a termos de carregar nas costas largas

    pelo resto da vida de gerações e gerações de bravos brasileiros a vergonha escandalosa do mineiraço

    diante da cavalaria das valquírias alemãs abençoados pelo deus sol e os orixás da bahia de todos os santos…

    enquanto nossa “seleção no estrangeiro” concentrada enclausurada casmurra tal qual frangos de granja comary

    na nevoenta sempre nevoenta fria úmida insalubre monástica “europeia” serra das teresópolis.

    sem chance!

     

  17. “A seleção perdeu, e

    A seleção perdeu, e daí?

    … a seleção chama-se futebol arte de um povo emoção viva da nação…

    futebol – patrimônio da brasilidade, como água pro vinho é o da francesada 

    instituição de estado: diz respeito à regulação controle de qualidade zelo político 

    tal qual garantir confiança soberana da moeda da língua do éthos da coesão nacional

    futebol – patrimônio da brasilidade da identidade nacional da ludicidade do povo pela bola

    …amarelou…

    “sentiu vestiu” 

    a camisa amarela:

    amarelou! amarelou!

    6 min. 4 gols 1 catástrofe!

    imagem-metáfora do país humilhado envergonhado na sua emoção sociocultural razão do ser brasil

    imagem-metáfora de um governo responsável por não cuidar do patrimônio lúdico-épico do povo brasileiro

    como é possível o governo de resistência à ditadura delegar o futebol nas mãos sujas cartoliais do dedo-duro?

     

     

  18. Do blog.revistavisao.com.br/

     

    Só não concordei muito ocm a parte da Argentina… heheheh

    “O mundo inteiro assistiu ontem (08/07) ao maior fiasco da história da Seleção Brasileira de Futebol. Nunca antes, na “história deste país”, nosso escrete canarinho havia sido tão humilhado e massacrado nos gramados (e ainda mais numa semifinal de Copa do Mundo, na nossa casa, e com o alemão Klose fazendo 16 gols em copas exatamente contra nós e superando o nosso Ronaldinho, que assistia a tudo no estádio). 

    O que penso disso?

    1) Trata-se apenas de uma partida de futebol (catastrófica, “histórica”, “vexatória”, “humilhante”, mas apenas uma partida de futebol. A própria Espanha, campeã do mundo em 2010, levou 5 x 1 na estréia no Brasil contra a Holanda. Portugal, neste mesma Copa, caiu de 4 x 0 da mesma Alemanha (e eles tem o Cristiano Ronaldo, o melhor jogador de futebol do mundo). Perder faz parte do futebol – aí está a graça e a magia desse e de todos os demais esportes). 

    2) A Copa do Mundo não estava comprada (como muitos diziam);

    3) Quer queiram ou não os críticos, essa foi a melhor Copa do Mundo já realizada até agora (estádios cheios, jogos inesquecíveis – como o de ontem, por exemplo – , jogadas sensacionais, um país todo mobilizado – e até nos Estados Unidos dava 20 mil pessoas numa praça assistindo os jogos de sua seleção). 

    4) Faltou maturidade e experiência à nossa seleção – Depois que levou o primeiro gol, simplesmente se perdeu em campo (“desandou a maionese”, como se diz). Depois levou mais 4 gols em apenas seis minutos – sinal do total descontrole emocional, descompasso e falta de maturidade em campo). Os constantes choros dos jogadores, nos jogos anteriores, foi a maior prova dessa falta de maturidade e experiência. 

    5) O time precisa treinar mais – ficar mais tempo se preparando  antes de uma competição tão importante (neste ano, com a Copa em casa, a seleção foi convocada definitivamente 20 dias antes da primeira partida – um absurdo completo). E não se deve “endeusar” tanto apenas um jogador. Futebol é esporte coletivo (vide o exemplo da Alemanha, que joga “afinada e coesa” igual uma orquestra). 

    6) Houve muita pressão psicológica sobre nossos jogadores e comissão técnica (todos cobravam que ganhassem a Copa de qualquer maneira para nos “vingar” de 1950. A imprensa em cima, a torcida em cima o tempo todo… ). Deviam ter levado o time lá para o interior da Amazônia e expulsar de lá a Rede Globo e todos os cartolas. Aí quem sabe os jogadores teriam menos exposição e ficassem mais focados no seu trabalho). 

    7) O Brasil não é mais o país do futebol (e faz tempo). Temos de nos convencer disso. E começar a investir mais na base (começando pelos nossos times profissionais). Dá pena ver os jogos do campeonato brasileiro (vocês não acham?); 

    8) Mostramos ao mundo nossa simpatia, hospitalidade e alegria ao receber aos milhares de turistas que vieram nos visitar. Somos sim, um povo diferenciado. E isso vai refletir na imagem do país para o resto do mundo. 

    9) Perdemos de 7 x 1. E daí? Foi apenas uma derrota numa competição esportiva. Nada mais do que isso. 

    10) De minha parte, continuo amando o Brasil e tudo o que temos de bom (inclusive nossos jogadores, que são humanos e fracassaram). E odiando a corrupção, a malandragem, o jeitinho, a safadeza, a maldade, a roubalheira (que acontece no Brasil e em todos os lugares do mundo – e devem ser rechaçados sempre, não só no tempo das eleições e da Copa do Mundo). 

    11) Se o Brasil tivesse vencido a partida contra a Alemanha, hoje eu estaria feliz com mais uma final. Mas no domingo tudo iria acabar (mesmo com o título e com a festa). Estou triste. Mas a vida continua. Assim como nas vitórias, tenho de ganhar o pão nosso de cada dia com muito esforço, trabalho, dedicação e empenho. E procuro viver isso e ensinar isso a meus filhos. E não é o mesmo que acontece com você, amigo? 

    12) A vida segue. E no sábado estarei em frente à TV torcendo pelo terceiro lugar da nossa seleção (cheio de medo, claro. Mas estarei lá). E no domingo vou ver a final da Copa e torcer para que seja um grande jogo e que, de preferência, vença aquele time que melhor jogar e merecer (inclusive pode ser a Argentina, por que não?). 

    Abraços e beijos a todos. Viva o Brasil. Viva o esporte. Viva o futebol. E viva a Copa no Brasil e as Olimpíadas no RJ daqui a dois anos.” 

    Loreno Siega – Diretor de Redação – Revista Visão

  19. chamada infeliz

    A seleção perdeu, e daí?

     

    E daí que a alma do torcedor brasileiro sofreu, sete vezes, as indeléveis punhaladas alemãs?

     

     

    “ATÉ MESMO os alemães ficaram surpresos com resultado do jogo”

    Marcos Uchôa | Belo Horizonte, MG

     


     

    E não é o bastante, ATÉ MESMO para o mais emperdenido e sectário ativista político?

    1. Fale-me mais sobre a

      Fale-me mais sobre a diferença entre a União (pessoa jurídica de direito publico, cujo presidente é eleito por todos os eleitores brasileiros) e a CBF (pessoa jurídica de direito privado cujo presidente é eleito por alguns pilantras)? A seleção é da CBF e não do Brasil. Se vc não sabe distinguir as duas coisas é retardado, se sabe e pensa que eu não sei fazer isto é retardado ao quadrado. Ha, ha, ha…

  20. Melhor tópico dessa leva de tópicos sobre futebol

    Até parece que houve uma catástrofe nacional, um terremoto, um cliclone. FOI APENAS UM JOGO! De semi-final de Copa, OK, foi chato, OK, mas SÓ ISSO. Ninguém morreu, a vida continua. E a Copa foi um sucesso apesar da nossa derrota em campo. 

  21. Estava pensando comigo sobre

    Estava pensando comigo sobre a Imprensa e o Futebol brasileiro e sua estrutura nos times, saiu este texto.

    O que nos resta é entender que a estrutura viciada do Futebol brasileiro, onde quem tem mais condições de persuasão na opinião pública, que é a Grande Imprensa e em especial a Rede Globo: nunca pensou em colaborar na transformação do Futebol brasileiro em um Patrimônio da Nação, esta porque se beneficia dele.

    Lembro quando o Governo Argentino resolveu tornar o Futebol um bem universal no País Argentina, colocando suas transmissões em Rede Pública, a gritaria da Imprensa brasileira foi grande, contra a decisão do Governo argentino. Um lembrete: o Brasil foi o único País da Copa sem transmissão estatal (pública).

    Sabe aquela discussão privado X público (estatal) que era uma ingerência do poder público sobre o produto Futebol. Este era o nível da discussão, não mais que isto.

    A Imprensa, concordemos, parte dela entende que é preciso modificar a estrutura do Futebol brasileiro, a começar pela promiscuidade da relação CBF/FIFA e os direitos de transmissão, que na verdade acabam atravancando quaisquer mudanças na realidade futebolística do Brasil.

    Duas organizações corruptas como FIFA e CBF se aliam com quem aceita se omitir de denunciá-las e aceita os conchavos entre as partes para existência de exclusividade na transmissão.

    Nós não vamos ter um Futebol melhor no Brasil, enquanto se olhar para o Futebol como uma galinha dos ovos de ouro, quase que exclusivamente, como um produto rentável ao extremo, e que eu não quero “largar o osso”.

    Não cabe ao Governo tomar a iniciativa de mudar a CBF para mudar o Futebol brasileiro e sua estrutura no Brasil; A CBF é uma entidade privada! Porém, se existisse um interesse da sociedade por mudanças e um apoio da Imprensa brasileira, talvez, se possa caminhar no sentido de mudança da CBF por dentro.

    Porém, é preciso ir além da ideia de que tornar o Futebol brasileiro de todos e um Patrimônio nacional seja “estatizá-lo”.

    O resto da grande Imprensa brasileira que não seja a Rede Globo, infelizmente, tem certo receio de opinar e encampar uma mudança nesta articulação CBF/FIFA e Rede Globo, talvez, por medo de uma retaliação de trabalho futuro na emissora, até de uma credencial e/ou um direito futuro para transmissão de um evento ligado ao Futebol e tudo fica como está.

    Enquanto a gente não solucionar quem deve ser o organizador do Futebol no Brasil e como fiscalizá-lo para haver transparência nos seus atos, desde a organização dos campeonatos, das equipes que participam sem alianças espúrias de clubes, federações e a entidade, das seleções de base (quem é convocado e quem é o treinador), até a seleção principal, passando por quem transmite, pelo STJD, etc. não se terão resultados seguros dentro de campo.

    Nós temos uma realidade diversa hoje, que é a do Brasil urbano, a maioria esmagadora dos brasileiros mora nas cidades e nas cidades pouco há áreas livres para a prática do Futebol. Hoje é preciso das escolinhas de Futebol, não se fazem mais craques como antigamente, como nos tempos dos campos de terra batida pelo Brasil afora. Aqui perto de casa, área central de São Paulo, havia grandes áreas para a prática do Futebol, até construírem a Avenida 23 de maio, hoje elas são escassas. As áreas urbanas são, quase sempre, edificadas e quando há um terreno livre ele é cercado, murado: é propriedade particular. Não tem nem quadras poliesportivas de livre acesso. É preciso reestruturar até o acesso ao jogo de Futebol nas cidades do Brasil e reestruturar o conceito de vitória, muito arraigada ao tamanho + altura e preparo físico do atleta, nas categorias de base, onde, treinadores querem mais é levantar a TAÇA e se mostrarem capazes de chegar ao time de cima, ao grande clube, do que se preocuparem na formação de atletas com todos os fundamentos prontos e Profissionais completos, quando de suas chegadas ao time Profissional.

    Treinador de categoria de base é para formar atletas ou ganhar títulos?

    Aqui no Brasil se escolhe muito jogador pelo porte físico e altura, infelizmente. E, se valoriza o título até de fraldinha. Afora todo o assédio de empresários para com garotos de 12, 13 anos de idade, criando um mundo de sonhos, que se realiza para pouquíssimos desses atletas. A maioria dos jogadores profissionais ganhará, se tanto, 1 salário mínimo. O garoto com 12 anos de idade já tem empresário (dono do jogador), já tem o passe fatiado e propostas de jogar no exterior. Porém, pouca formação cidadã para o atleta se dá; e se este não vingar no Futebol o que será dele?

    A necessidade de rápida profissionalização, por causa da concorrência estrangeira na compra dos melhores jogadores – não os grandalhões que ganham os títulos das categorias de base pela força física, retira do atleta a sua formação plena como jogador, este nem bem disputa algumas partidas e já tem de substituir outro jovem jogador vendido para a Europa e outras partes do mundo. Os empresários vendem logo seus atletas, porque é rentável a venda, imagina receber 4, 5, 10 milhões de reais de uma tacada só num investimento que foi de, por exemplo, 1000 reais mês, por 3/4/5 ou 6 anos?

    Esta reestruturação do Futebol pode ou não ser uma prerrogativa do Estado brasileiro? O Futebol deve ser um produto mercantilizado como é hoje ou um patrimônio de todos os brasileiros? Eis as perguntas que deixo. 

  22. O Blog nnão aborda o (enorme) autoritarismo no futebol

    Não é uma guerra. Não é uma questão de vida ou morte, como diz literalmente um participante. Mas o Blog não posta referências sobre o autoritarismo não só no futebol, não só no técnico, não só na disciplina militaresca dos campos de… concentração (precisei usar esta força de expressão em postagem mais de uma vez). Não falo do autoritarismo a que estamos acostumados no cotidiano frequentemente, mas de um autoritarismo nazistóide. Porque não se abordou isto? Descartar um Ronaldinho Gaucho por não baixar a cabeça e mandar pra aquele lugar o confinamento? Não são animais, são gente, é diferente (Vandré, mal plagiado). Por que não, ao menos, adaptou o comentário deste que ainda vos fala (poderia adaptar, mudar palavras só pra que ricardo_almeida não aparecesse, fosse cada vez mais escorraçado. Não é uma questão de vaidade humana, e quem assim julgar que se f… Somos inocentes úteis a este método já abandonado pelos times centro-europeus. O Blog, o Dono do Blog e sua Equipe querem mesmo que o Post diário Multimídia não seja conhecida ou não cresça, por exemplo. Lá está lucianohortencio e, coincidência, lá se recolheu ricardo_almeida que tantas críticas frontais já fez ao blogueiro e à sua Irmandade, e entro em contradição ao me meter por aqui (sim, agora fica mais claro: se transforma num blog menos sério, menos responsável, perdeu as rédeas ou deixou o barco à deriva incoerentemente sem uma regulamentação deste meio (media, do latim, mídia nome em português). Empurra mais gente pra fora, empurra. Unicidade ou tendendo à visão única (exceções confirmam a regra nos últimos tempos) me lembra partido único, falsos debates, só faltam fuzilar os “dissidentes”. Ficaram zangadinhos, o blogueiro e sua equipe? Da Irmandade previsível nem tem mais graça falar sobre ela.

  23. (Novamente solicito meu descadastramento o mais rápido)

    Olá, solicito novamente meu descadastramento o mais rápido que lhes forem possível.
    antecipadamente grato,

    (Enviado, internamente, ao Blog pelo Contato )

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