Dilma enfrenta turbulências mundiais na defesa da economia

Banco Central acelerou a queda da taxa Selic para 9,75% ao ano: movimento coordenado com Dilma para enfrentar a guerra cambial e proteger a economia brasileira
 
 
 
Redução de juros para a promoção do desenvolvimento e superação da guerra cambial

Foi quebrada a barreira dos 10% da taxa Selic. Os economistas tupiniquins, notadamente os de inclinação ultraliberal, têm um dogma que propagam como verdade absoluta: não é possível, no Brasil, reduzir os juros básicos da economia além dos 10% ao ano, sob pena de se desencadear um processo inflacionário e se perder o controle sobre ele. Uma crença que, costuma ironizar o analista econômico Luiz Nassif, é como jabuticaba, pois só existe no Brasil!

Claro que o risco de inflação existe em qualquer economia do mundo, que esteja repentinamente aquecida. O aumento súbito do consumo de bens, seja ele gerado pelo crescimento espontâneo da demanda ou por estímulos artificiais resulta, muitas vezes, em aumento de preços. Se uma economia não está dotada de capacidade produtiva para prover os bens demandados pelo mercado, seja porque ela não possui capacidade instalada, tanto em termos das plantas físicas das empresas, quanto em termos da capacidade de escoamento do que é produzido, ou, ainda, porque o grau de fechamento de seu mercado interno impede a entrada de produtos externos, o resultado, quase sempre, é inflação.

Foi isto o que historicamente ocorreu no Brasil. Um mercado consumidor minúsculo, que não ultrapassava 25% da população, sempre que era momentaneamente aquecido levava a aumento de preços, pois as empresas não estavam preparadas nem tinham maior interesse em produzir mais do que vinham produzindo até ali e, além disso, as barreiras alfandegárias tornavam proibitiva a entrada de produtos externos. Era este o motivo também pelo qual se afirmava que não se podia aumentar o salário mínimo nem distribuir renda no país. O aumento de renda geraria um aumento repentino de consumo de produtos básicos, como leite, carne e alimentos em geral, assim como roupas e pequenos eletrodomésticos, e não haveria produtos a serem ofertados. A consequência seria que os preços subiriam às alturas e a inflação sairia de controle.

O risco inflacionário existe ainda hoje, mas, nas condições atuais da economia brasileira e mundial, ele se tornou apenas teórico. No plano interno brasileiro, a “abertura dos portos” e o aumento paulatino do mercado consumidor, fruto da pequena (mas significativa) distribuição de renda e do aumento dos ganhos salariais ocorridos nos últimos anos, fez com que as empresas expandissem sua capacidade produtiva e se voltassem para suprir as demandas locais emergentes…

 
 
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Redação

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