Bolsonaro manifesta solidariedade à PM morto, mas não às 17 vítimas do Alemão

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Nenhuma das 17 vítimas da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão contou com a solidariedade de Jair Bolsonaro

Foto: Reprodução Redes

Nenhuma das 17 vítimas da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão contou com a solidariedade do presidente Jair Bolsonaro. Mas, sim, o único policial militar morto na Operação nesta quinta (21).

Bolsonaro afirmou que a morte do cabo da PM, Bruno de Paula Costa, o comoveu: “A fotografia dele, quando vi aqui até me emocionei, meu colega paraquedista”, disse.

Segundo o mandatário, o PM foi “vitimado por bandidos”. Até agora, somente uma dos 17 mortos foi identificado, Letícia Salles, de 50 anos, que foi atingida por um tiro dentro do carro, enquanto ia visitar o namorado no Alemão. Não era alvo da PM.

Os outros 16 mortos, que não tiveram suas identidades reveladas, seriam “suspeitos de crimes”. Não há, contudo, a confirmação, uma vez que seus nomes não foram divulgados.

O mandatário não manifestou solidariedade à Letícia, ou aos demais mortos. Criticou, ainda, o Supremo Tribunal Federal (STF) por proteger áreas do Rio de Janeiro.

“O lado de cá”

“Quanto mais protegidos, melhor armados eles vão ficando e quando entra em ação, o lado de cá, o lado da lei, muitas vezes sofre baixas como aqui do paraquedista, cabo de Paula. Então, nossos sentimentos”, afirmou.

Segundo a PM, os alvos eram do Comando Vermelho no Complexo do Alemão. Um dos suspeitos teria sido detido. A Operação com equipes do Bope (Batalhão de Operações Expeciais) da PM e da Core (Cordenadoria de Operações e Recursos Especiais) teve início na madrugada desta quinta-feira, durando 12 horas.

Jornal GGN produzirá documentário sobre esquemas da ultradireita mundial e ameaça eleitoral. Saiba aqui como apoiar

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador