Os Presidenciáveis e o Casamento LGBT

Ao contrário de tantos países onde o Casamento Igualitário entrou de modo áspero nas campanhas presidenciais (como em França e Estados Unidos em 2012), no Brasil, felizmente, não se prevê algo semelhante para 2014. Pelo menos, até onde se sabe, nenhum presidenciável é contrário.

E viva a mobilização política dos LGBTs, porque essa conquista é nossa!

E viva a solidariedade e os evidentes e sinceros esforços dos simpatizantes, na mídia, no Judiciário, na academia, na comunidade artística, porque essa conquista é de vocês!

Se o assunto entrou em pauta, se alguns políticos evoluíram suas posições a respeito, se já foi bem encaminhado, não é resultado do acaso, mas dessa movimentação.

As poucas manifestações em contrário vêm do Congresso, da parte de deputados do PSC, PDT e PSD, em 20 de novembro passado 🙁http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/comissao-aprova-projeto-que-susta-decisao-do-cnj-sobre-casamento-gay.html)

A presidente Dilma Rousseff e o presidenciável José Serra já se manifestaram, em 2010, favoráveis à União Civil, mas não se conhece declarações deles a respeito do Casamento Igualitário, depois da resolução do CNJ de maio deste ano.

Vejamos as posições mais recentes, manifestadas em entrevistas ou em ações, daqueles especulados como presidenciáveis, a respeito de Casamento Igualitário, que é diferente de simples União Civil Homoafetiva.

AÉCIO NEVES – PSDB – 06/2013

ÉPOCA – O que o senhor acha do casamento gay?

Aécio – Essa já é uma realidade. Não me oponho em nada.

http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2013/06/aecio-neves-e-preciso-ter-coragem-para-fazer-diferente-trecho.html

 

EDUARDO CAMPOS – PSB – 11/2013

“O debate sobre o casamento gay é vencido, o Brasil já reconhece isso na aposentadoria e nos direitos civis.”

http://oglobo.globo.com/pais/para-eduardo-campos-os-que-apostam-em-crise-entre-psb-rede-vao-perder-muito-10737548

 

MARINA SILVA – PSB – 10/2013

“Em relação a ter os direitos civis eu acho que tem todos os direitos. Ninguém pode ser discriminado por sexo, raça, cor, enfim… As pessoas devem ser tratadas em igualdade de condição. Quando você fala a palavra casamento eu evoco para mim a ideia de sacramento, como sacramento não [concordo], como direito civil sim.”

http://noticias.gospelprime.com.br/video-marina-silva-roda-viva/

 

JOAQUIM BARBOSA – sem partido – 05/2013

(obs.: JB é apontado como presidenciável em algumas pesquisas, posto que tem a possibilidade de decidir sobre isso até abril.)

“O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta terça-feira (14), por maioria de votos (14 a 1), uma resolução que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento… Segundo o presidente do CNJ e autor da proposta, Joaquim Barbosa, que também é presidente do STF, a resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo Supremo, que liberou a união estável homoafetiva.”

http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/05/apos-uniao-estavel-gay-podera-casar-em-cartorio-decide-cnj.html

 

RANDOLFE RODRIGUES – PSOL – 06/2013

“A resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga cartórios a registrar casamentos civis entre homossexuais e a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento será tema de uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. O requerimento, aprovado na quinta-feira, foi apresentado pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA). A ideia em questão é apoiar o casamento civil por meio de lei, indo além do que já foi assegurado por decisão. 

Na justificação do requerimento, os senadores classificam de “histórico” para milhares de brasileiros o dia em que o CNJ baixou a resolução enquadrando os cartórios – muitos ainda se recusavam a formalizar as uniões, alegando a ausência de previsão legal. Reconhecem que, na prática, o CNJ legalizou, pela via judicial, o casamento igualitário. Porém, consideram que a “igualdade proclamada na Constituição brasileira” precisa se materializar de forma plena, por “força de lei”. Como afirmam, seria alcançar “o efeito simbólico de reconhecimento jurídico da dignidade LGBTs”. ”

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/06/07/interna_politica,401516/senado-vai-discutir-transformacao-de-unioes-homoafetivas-em-casamento.shtml

 

Redação

20 Comentários

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  1. Observação…
    Eu não dei

    Observação…

    Eu não dei nenhuma preferência a veículos, apenas pesquisei pelo Google. Achei curioso que 4 das 6 matérias citadas sejam de veículos das organizações Globo.

    1. Você acha curioso…

      …que a famiglia marigno apoie o casamento gay? Em qual planeta você viveu nos últimos 20 anos? A cria da time-life continua obedecendo as ordens de sempre, dos mesmos chefes de antes.

      1. Na verdade não acho muito

        Na verdade não acho muito curioso não…

        Não pelos motivos que você cita. Sério que você acha que poderes norte-americanos iriam tentar influenciar o Brasil nisso? E depois que aconteceu?

        x-x-x-x-x-x-x

        Se fosse há um ano atrás, poderia ser parte de uma estratégia conjunta Globo-PSDB 

        Só que o PSDB perdeu o bonde de propagandear o Casamento Gay de SP, regulamentado meses antes do nacional e objeto de já algumas cerimônias coletivas patrocinadas pelo poder público.

        A esta altura não tem impacto nenhum a não ser lembrar para LGBTs quem fala sobre isso.

        O que nem é importante porque isso já é tido como certo e tal. A CNBB, por exemplo, não fala mais a respeito.

        O post é para apontar que esse assunto “já foi”.

        O que realmente importa é como os presidenciáveis pretendem lidar com a homofobia. Mudanças legais? Ações administrativas em ministérios?

        E a esse respeito já teve editorial em O Globo (que já foi post aqui.)

        Também é notável que a blogosfera progressista quase não comenta o assunto. Digo quase por não ter certeza, porque na verdade eu acho que não comenta.

        Só que ainda não teve nenhum político expressivo falando nada…

        A não ser Roberto Freire… No dia em que a Convenção do PPS decidiu pelo PSB…

        Ligue os pontos.

         

      2. Casamento Homoafetivo

        Caro Jorge Nogueira,

        o estabelecimento do casamento homoafetivo, dá aos milhões de brasileiros discriminados, os mesmos direitos que os héteros já têm. Você acha justo que uma parcela de trabalhadores contribuintes não tenham os mesmos direitos que os héteros têm? Por que, afinal? Veja bem, nenhum hétero é obrigado a casar-se com uma pessoa do mesmo sexo. Eu sou hétero e não vejo que estejam tantando me obrigar a casar com outro homem. Ou seja, absolutamente nada muda para mim, para você o para qualquer outra pessoa hétero. Muda para os mais de 20 milhões de pessoas da classe GLBT. Somente isso. O preconceito é uma doença da alma, assim, julgue uma pessoa somente pelo conteúdo de seu caráter, e nada mais.

    2. Isso teria uma explicação, o

      Isso teria uma explicação, o efeito “Filter Bubble” (http://en.wikipedia.org/wiki/Filter_bubble), literalmente um filtro-bolha, nos sites de busca e outros serviços da rede.

      À medida em que empresas da Web se esforçam para fornecer serviços sob medida para nossos gostos pessoais (incluindo notícias e resultados de pesquisa), acontece uma perigosa e não intencional conseqüência: Caímos na cilada dos “filtros-bolha” e não somos expostos à informações que poderiam desafiar ou ampliar nossa visão de mundo. Eli Pariser argumenta vigorosamente que isto, definitivamente, mostrar-se-á ruim para nós e para a democracia. (Obs.: Esse parágrafo foi copiado do site onde está o TED).

      Segue o link para um TED explicando a situação, que se bobear, na época alguém já postou aqui.

      http://www.ted.com/talks/eli_pariser_beware_online_filter_bubbles.html

      1. Boa explicação, depois verei

        Boa explicação, depois verei os detalhes, pois esses fatos devem ter sido narrados por FSP, Estadão, etc.

        Mas nos últimos tempos tem sido assim: pensar em uma matéria que eu gostaria que existisse (sem saber se existe), colocar algumas palavras-chave e pimba, a matéria existe! E rapidamente achada.

        Acho até blogs gospel elogiando homoafetividade.

        Mas editorial de domingo sobre homofobia só vi em ‘O Globo’ e matéria celebrando o Casamento Gay só vi em “Época’ e ‘Época São Paulo’ (‘Veja’ também fez matéria, só que parcialmente crítica.)

    3. MULHERFOBIA, lei da física

      MULHERFOBIA, lei da física “dois corpos não ocupam o mesmo espaço”…..Em todas as sociedades homosexual, as mulheres eram tratadas como ser inferior, em uma sociedade homosexual atual, nem todas poderá  usar um lenço rosa e ser a rainha do deserto…O gay  homem afeminado não existe se não houver a diminuição moral da mulher!. 

  2. Um aparte

    No caso específico de Joaquim Barbosa acredito que ele apoie a união, desde que não seja entre petistas. Nesse caso ele considera, a priori, que não se trata de casamento e sim união para a prática de crimes.

    Se um dos dois pretendentes, ou ambos, for detentor de mandato eletivo, agrava-se a pena. 

  3. parabens

    Caro Gunter, há pouco tivemos um debate pouco mais acirrado. Gostaria de dizer que não guardo qualquer mágoa.

    Debato apenas ao nível das idéias e o considero muito preparado.

    Meus sinceros parabéns pelas suas conquistas.

  4. Pesquisas e pragmatismo

    Eu li que no Uruguai, conforme pesquisa realizada, 60% da população foi contra o projeto da legalização do consumo/comercialização da maconha. Gostaria de saber como é que ficam os que praticam governar junto com marqueteiros e pesquisadores de opinião, que sempre dão a palavra final.

    Nos EUA, na era Bush, parecia que o obscurantismo tinha vindo pra ficar: era um tal de papo de criacionismo, um tal de papo de valores da familiã cristã que dava até medo. Mas agora, com Obama, que abertamente defende alguns temas (como o casamento Lgbt, maior controle sobre porte de armas), esta “onda conversadora” parece se arrefecer, inclusive sendo fundamental para a sua vitória no ano passado.

    Aí, eu fico me perguntando até que ponto é importante, do ponto de vista eleitoral, este “fundamentalismo cristão” pois, se de um lado perde-se votos, de outro temos que considerar, ainda mais tendo em vista 2006/2010, que o eleitor mais pobre votou muito mais pensando no bolso (Bolsa Família, aumentos do S.M.) do que em valores familiares/cristãos.

    Isto sem contar os votos que o PT ganharia se fosse mais incisivo na questão de direitos.

     

     

    1. Eu li que no Uruguai,

      Eu li que no Uruguai, conforme pesquisa realizada, 60% da população foi contra o projeto da legalização do consumo/comercialização da maconha. Gostaria de saber como é que ficam os que praticam governar junto com marqueteiros e pesquisadores de opinião, que sempre dão a palavra final.

      Eu diria que o ponto aí não são os marketeiros e pesquisas de opinião, pois embora eu concorde e aprove a decisão uruguaia, ela deixa ainda outra pergunta no ar, qual o limite da democracia, ou sendo mais direto, quando devemos ignorar o povo e por quais motivos?

      Até que ponto governantes devem agir conforme querem ou acham melhor sem prestar contas para a sociedade? Que é o que normalmente ocorre em qualquer democracia representativa…

      A decisão do Uruguai me parece sensata e imagino que deve render bons frutos, mas é um experimento antes de mais nada, com uma nação que, considerando a validade de tais pesquisas, não concordaria com tal experiência.

      Seria justo se o povo derrubasse o governo legalmente, supondo que exista mecanismos para isso, ou com uso da força em função de tal decisão?

      1. Essa possibilidade de

        Essa possibilidade de derrubada de governo há. Normalmente é ilegal, mas acontece. Feranando Lugo, no Paraguai, e a Irmandade Mulçumana, no Egito, são exemplos. Ah! Já ia me esquecendo de Honduras e das tentativas na Venezuela, Bolívia e Equador.

        No Brasil, queriam fazer isso por causa do Bolsa Família e outras políticas anti-meritocráticas. Mas como não tem força ou coragem o jeito foi se regozijar com o mensalão.

      2. Sendo subversivo…

        Em vários estados norte-americanos (para governador) e na Venezuela (para presidente) existe a figura do ‘recall’, ou seja, a confirmação em meio de mandato.

        Quanto à sua pergunta ‘até que ponto…’, gostaria que lesse meu texto e comentasse diretamente o que achou nele (agora os comentários nos posts da área pessoal de blogs não se perdem caso o post seja upado para o LON)

        Só que onde você usa governantes eu uso “legislativo”:

        http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/direitos-opiniao-de-maioria-e-a-conciliacao-de-ambos

        Governantes não agem como querem a não ser em ditaduras. Normalmente o poder que decide leis é o legislativo mesmo, mesmo as repúblicas presidencialistas das Américas e a França são semi-parlamentaristas.

        Governantes dão diretrizes para ministérios orçarem gastos discricionários, orientam bancadas e não muito mais.

        Tanto que Obama sofre bastante com o Senado republicano.

         

         

    2. Não soube de manifestações no

      Não soube de manifestações no Uruguai contra a legalização. Se houve, não foram signficativas para tirar apoio dos parlamentares á proposta. Também não foi algo aprovado à toque de caixa ou na surdina, o debate aconteceu desde o primeiro dia em que Mujica pensou em propor a lei.

      Se 60% desaprovam (nunca vi pesquisas, também) eu suponho que o ocorreu no Uruguai é o mesmo que acontece no Brasil quando temas polêmicos explorados eleitoralmente: na hora de discutir a proposta na sua complexidade o bom senso ganha.

      Você pode ser contra a liberação da maconha, do aborto e do casamento gay por princípios, mas isso não basta para vencer a lógica de uma discussão racional bem embasada onde os diversos aspectos sociais dessas questões são levados em conta, principalmente quando se coloca na mesa os direitos individuais envolvidos.

      Então, não é o fundamentalismo com sua força aparente disputando com o pragmatismo de quem se beneficia do BF ou com o bom momento econômico. É simplesmente o fato de que são poucos os realmente fundamentalistas que rejeitam ou sustentam suas convicções num debate honesto e profundo. O BF é apenas uma política que o eleitorado concorda e avalia quem melhor pode continuá-lo.

    3. A questão de Bush, Tea Party,

      A questão de Bush, Tea Party, etc acho que é porque não se consegue enganar a todos com tolices por todo o tempo.

      Mesmo que se dê educação fundamentalista, de qualquer religião, há trocas de informação pelo mundo, as pessoas acabam sabendo o que é lógico e o que não é.

      Obama, claro, fez uma aposta. Capta o ‘lado certo da História’ (expressão de Hillary Clinton, provável futura presidenta) e o divulga. Romney tentou o contrário, manipular o atraso. Qualquer um dos dois poderia ter vencido, ocorreu que foi Obama por 51 vs 49 em vários estados-chave. Isso não foi do acaso, a máquina dos Democratas de pesquisas coletou tendências e informações por dois anos. É um think tank poderoso que trabalha isso (e nos EUA sõ populares desde os anos 1960 textos sobre ‘Teoria do Voto’.)

      Onda conservadora não houve. Houve um espasmo. Cada pessoa individualmente não se torna mais conservadora com o tempo (a menos que seja amedrontada e manipulada para isso, como no caso das drogas e maioridade penal), torna-se mais liberal. Uma pessoa não-homofóbica não se torna homofóbica, o contrário é muito comum. Uma pessoa não fundamentalista não se torna fundamentalista, o contrário é comum, religiosos tornarem-se agnósticos ou espiritualistas independentes (*) Há os evangélicos ambivalentes (que são secularistas), quase 25% dos pentecostais dos EUA.

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/tendencia-nos-eua-evangelicos-ambivalentes

      (*) o crescimento brasileiro de fundamentalistas é em cima de católicos que já eram conservadores. Se hoje há 25% de pentecostais, até os anos 60 ou 70, havia 2/3 de católicos que não aceitavam o divórcio, o mesmo tanto que não gostava de LGBTs, etc.

      Infelizmente na migração do blog se perderam os gráficos deste estudo:

      https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-grandes-chances-de-obama-em-2012-e-democratas-em-2016

      Mas Bush Jr foi um acidente dentro de uma onda democrata, esta sim de longo prazo. A votação dos Democratas começou a crescer na transição Bush Sr para Clinton. Por muito pouco (2 mil votos na Florida) Bush Jr se elegeu em 2000 e foi parecido em 2004 (lá reeleição é quase cultural).

      O fenômeno Tea Party não resultou de conversão de liberais ou independentes, mas de outros republicanos. O discurso foi mais tosco, sim, mas, como vc apontou, os EUA retornaram a uma trilha mais racional.

      E informação foi fundamental sim. Teve uma pesquisa Gallup que apontou que 60% dos LGBTs de famílias republicanas estariam dispostos a votar em Obama pela diferença de discurso (e não houve democratas héteros ou homofóbicos dispostos a votar em Romney só por ele ser contra o CG)

      Isso dá cerca de 60% de 50% de 5%, isto é, 1,5% que podem ter sido decisivos para Florida e Ohio.

      x-x-x-x-x-x-x-x

      Até a onda conservadora russa irá declinar. Espere os preços de hidrocarbonetos caírem no mercado internacional.

      Putin se aproveitou da rápida valorização (e a Rússia é muito mais dependente de relações de troca que o Brasil) para recuperar a economia, aumentar o PIB e reduzir o desemprego. Obteve popularidades acima de 70%.

      Aos poucos problemas surgem, precisa de discurso messiânico para compensar. Porque a cruzada anti-gays (e contra imigrantes também, e até discussões questionando o aborto) surgiram em 2012 e 2013, e não lá atrás nos primeiros dois mandatos dele ou de Medvedev? São idiotices plantadas por conveniência. Como é plantado que a ascensão econômica é mérito dele (e do partido Pátria Unida.)

      Demoniza-se a situação, diz-se que sem Putin se voltará aos tempos de Boris Ieltsin (que enfrentou crises internacionais como a América Latina e Ásia nos anos 1990) e pronto, têm-se o discurso populista-fascista sendo usado para dar sobrevida a um projeto de poder.

       

       

       

       

    4. Quanto a última parte, eu não

      Quanto a última parte, eu não tenho dúvidas. 

      Imagina se meus vizinhos evangélicos, que sempre se deram muito bem conosco, vão deixar de votar em alguém mais conveniente para seus interesses de saúde, segurança e educação só porque um pastor diga que é para votar naquele outro que não gosta de casamento gay. Ridículo isso, é chamar o eleitor de insensato. 

      Para quem não é ameaçado por valores morais, primeiro vem o bolso. E eleitor que quer ser conservador tem candidatos ‘de marca’ a vontade no Brasil.

      Imagina se meus amigos secularistas de classe média, chamados injustamente de classistas, vão concordar com recuos de direitos, ainda mais de quem se dizia defensor de direitos.  Não há nenhuma razão lógica para isso, tanto que só 30% no segmento ensino superior prefere Dilma.

      Para quem é ameaçado por valores morais ou está perdendo direitos, primeiro vem os valores.

      Percebe que a conta não é tão simples?

      Esse discurso conservador moral atual do PT não aumentará sua votação entre conservadores pobres. Pode até perder alguns não-conservadores pobres. E detona de vez a imagem junto as classes médias.

      É para tempo de tv mesmo. Ou evitar CPIs, escolha-se.

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/tera-o-aliancalao-consequencias

       

  5. Fora de campanha…

    Poucos os que estão aí vão afirmar em rede nacional que são a favor do casamento Gay.

    É só lembrar dos ataques na campanha passada contra a Presidenta Dilma, também aconteceu contra o prefeito Kassab. 

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