Atividade solar não é principal causa das mudanças climáticas, diz estudo

Jornal GGN – As mudanças climáticas não estão sendo fortemente influenciadas por variações no calor do sol, segundo revela um novo estudo científico de pesquisadores da Universidade de Edimburgo. Os resultados derrubam a visão científica amplamente difundida de que longos períodos de tempo de calor e frio no passado podem ter sido causados por flutuações periódicas na atividade solar. O estudo foi publicado na revista Nature Geoscience.

A pesquisa examinou as causas das alterações climáticas no hemisfério norte durante os últimos mil anos e mostrou que, até o ano de1800, o principal motor das mudanças periódicas no clima eram erupções vulcânicas. Estas tendem a evitar que a luz solar atinja a Terra, causando tempo fresco e seco. Desde 1900, os gases de efeito estufa têm sido a principal causa das mudanças climáticas.

Os resultados mostram ainda que os períodos de baixa atividade solar não devem ter grandes impactos sobre as temperaturas da Terra, e espera-se que, com o novo estudo, possa-se melhorar a compreensão dos cientistas e ajudar previsão climática. Os pesquisadores realizaram o estudo por meio de registros de temperaturas do passado construídas com dados de anéis de árvores e outras fontes históricas.

Eles compararam este registro de dados com modelos baseados em computador que simulavam o clima do passado. Os dados também foram comparados com mudanças significativas e sutis na atividade solar. Assim, eles descobriram que o modelo que apresentava fracas mudanças no Sol deu a melhor correlação com registros de temperatura, indicando que a atividade solar tem tido um impacto mínimo sobre a temperatura no milênio passado.

“Até agora, a influência do Sol sobre o clima passado foi mal compreendida. Esperamos que nossas novas descobertas possam ajudar a melhorar nossa compreensão de como as temperaturas mudaram ao longo dos últimos séculos e melhorar as previsões de como elas poderiam se desenvolver no futuro. As ligações entre o Sol e os invernos anormalmente frios no Reino Unido ainda estão sendo exploradas”, explica Andrew Schurer, da Universidade da Escola de Geociências de Edimburgo.

Com informações do Phys.org

Redação

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