Cientistas rejeitam caso dos neutrinos

Por Paulo F.

Do Diário de Notícias de Lisboa

“Mais rápidos que a luz”

Novo grupo de cientistas rejeita caso dos neutrinos

Cientista do projecto OPERA, que mediu neutrinos a violarem a proibição de Einstein
Cientista do projecto OPERA, que mediu neutrinos a violarem a proibição de Einstein Fotografia © Reuters


Um segundo grupo de cientistas ligado ao mesmo laboratório onde foram detectados neutrinos “mais rápidos do que a luz” veio este fim-de-semana rejeitar as conclusões dos colegas, afirmando que estas partículas elementares não podem ter ultrapassado a barreira imposta pela Relatividade Geral de Einstein.

Investigadores do projecto ICARUS, do laboratório italiano Gran Sasso – o mesmo onde os físicos ligados ao projecto OPERA afirmam ter medido duas vezes neutrinos a viajar mais rápido do que a luz – publicaram este sábado um artigo em que argumentam que as medições divulgadas não são possíveis.

Isto porque, afirmam os físicos do ICARUS, as partículas medidas no destino, em Itália, tinham exactamente a mesma energia das que partiram do acelerador de partículas LHC do laboratório CERN, na Suíça.

A argumentação vai no sentido de estudos recentes de cientistas norte-americanos, demonstrando que neutrinos que ultrapassassem, mesmo por uma pequena percentagem, a velocidade da luz teriam de perder energia.

Ora isto não se verificou nas partículas que, supostamente, foram detectadas no destino cerca de 60 nanossegundos antes da luz.

Pelo contrário, dizem os cientistas do ICARUS, a energia medida é exactamente a esperada para neutrinos à velocidade da luz, e não mais.

Luis Nassif

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