Tecnologia pode levar ao fim da humanidade, alerta instituto britânico

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

O avanço tecnológico pode ser responsável pelo fim da espécie humana até o fim do século. Pelo menos é o que pondera o Instituto do Futuro da Humanidade, formado por cientistas, matemáticos e filósofos da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

De acordo com o grupo, tecnologias atualmente em desenvolvimento – como biologia sintética, nanotecnologia e inteligência artificial – podem representar sérias ameaças à humanidade, caso os governos não estabeleçam políticas públicas e regulamentações de segurança sobre o uso e a aplicação de tais tecnologias.

O receio do instituto é o de que inovações de hoje sejam usadas, no futuro, para fins bélicos. O diretor do Futuro da Humanidade, Nick Bostrom, afirma que tais tecnologias são como armas nas mãos de uma criança; que experiências em desenvolvimento levam a humanidade para o “território do não intencional e do imprevisível”; e que o avanço tecnológico superou a capacidade humana de controlar as possíveis consequências.

O cenário proposto pela organização é digno de filmes de ficção. Na biologia sintética, por exemplo, são realizados estudos com vistas a gerar benefícios na medicina, mas Bostrom alerta riscos de se manipular a biologia humana com outras finalidades.

A nanotecnologia – o desenvolvimento de máquinas de tamanhos microscópicos  – pode evoluir para níveis atômicos ou moleculares, tornando-se, potencialmente, em um novo tipo de arma, se seu uso for direcionado para outras frentes.

Inteligência artificial

Como em um cenário previsto pela série de filmes da trilogia Matrix, de 1999, a inteligência artificial também preocupa, sob a perspectiva de agir fora do controle nos mais variados níveis: indústria, agricultura e medicina, além da economia, que, atualmente, já é regida por algoritmos usados em mercados de ações.

Sean O’Heigeartaigh, um geneticista do instituto, afirma que tais tecnologias podem ter efeitos diretos e destrutivos sobre economias reais e pessoas de verdade e que podem até “manipular o mundo verdadeiro”.

“A inteligência artificial é uma das tecnologias que deposita mais e mais poder em pacotes cada vez menores”, afirma o pesquisador Daniel Dewey, também membro do Instituto do Futuro, um especialista em super inteligência maquinal que trabalhou anteriormente na Google.

O maior temor dos pensadores do grupo são todas as ameaças eventualmente combinadas: inteligência artificial, juntamente com a biotecnologia e a nanotecnologia, poderiam gerar um “efeito em cadeia, de modo que, mesmo começando com escassos recursos, você pode criar projetos com potencial de afetar todo o mundo”.

O diretor do Instituto do Futuro, Nick Bostrom, afirma que o risco existencial enfrentando pela humanidade “não está no radar de todo mundo”, mas que os riscos virão. “Existe um gargalo na história da humanidade. A condição humana irá mudar. Pode ser que terminemos em uma catástrofe ou que sejamos transformados ao assumir mais controle sobre a nossa biologia. Não é ficção científica, doutrina religiosa ou conversa de bar”, alerta.

Ver original

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Falta muito á desenvolver

    Meu comentario sobre a postagem é a seguinte estamos muito mas muito longe de um desenvolvimento tecnológico capaz de se autocontrolar e levar o fim da humanidade, afinal ainda não temos tecnologia nem para substituir o petroleo como fonte de energia.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador