As propostas de FHC e a convergência de diagnósticos

Um experiente analista político observava, dia desses, que as próximas eleições sempre começam nas eleições anteriores. A campanha vitoriosa de Lula, em 2002, começou na campanha derrotada de 1998.

Por aí entende-se o enorme desastre para o PSDB que foi a campanha de José Serra em 2010, que não deixou uma ideia sequer de herança para o partido.

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Por tudo isso, partidos com visão estratégica mais apurada empenham-se em deixar sua marca mesmo em eleições para os quais não têm maiores chances de vitória. E é bom para o país.

Ao externar posições críticas racionais, a oposição obriga a situação a se ajustar.

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No domingo passado, em seu artigo semanal nos jornais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esboçou, ainda de forma tênue, o que poderia ser um programa de oposição.

O discurso diferencia-se pouco dos pronunciamentos de Dilma Rousseff. As críticas mais substantivas são em relação à implementação das ideias, muito mais do que pela diferenciação de conceitos.

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É ponto interessante que mostra que, apesar da radicalização da discussão política através da mídia e das redes sociais, há uma convergência de diagnósticos típica de nações que amadureceram.

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Na diplomacia, FHC defende que o Brasil volte a se aproximar dos Estados Unidos e da Europa, fecha acordos comerciais, abrace o Arco do Pacífico e volte a assumir papel mais relevante na América Latina. A meta maior do governo é um acordo comercial com a União Europeia.

Defende que a ênfase ao consumo seja mais equilibrada com um aumento da produtividade, “sem redução dos programas sociais e demais iniciativas de integração social”. Nesse ponto, FHC sinaliza para os economistas do partido refrearem seus ataques aos custos fiscais dos programas sociais. Mas nada que diferencie do discurso oficial.

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Na economia, propõe um “ousado programa de ampliação e renovação da infraestrutura e, na sociedade, de maior atenção à qualificação das pessoas (Educação) e às suas condições de saúde, segurança e transporte”.

As diferenciações surgem quando propõe “abaixar os impostos sem selecionar setores beneficiários”, e quando sugere “abrir mais a economia, sem temer a competição”. Para uma economia enfrentando perda de competitividade e desequilíbrio nas contas externas, é sugestão típica de quem não precisa enfrentar as consequências de suas sugestões.

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As críticas mais consistentes são quanto à forma. Defende a ampliação das concessões, “fazer com competência o que o governo petista paralisou nos últimos dez anos e que o atual governo, de Dilma Rousseff, vê-se obrigado a fazer, mas o faz atabalhoadamente abusando do direito de aprender por ensaios e erros”.

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Persiste a crítica quanto ao modelo de exploração do pré-sal. FHC endossa a tese da maximização do valor da concessão mas não aborda os aspectos de política industrial e de financiamento das políticas sociais embutidos no novo modelo. Uma crítica consistente ao modelo do pré-sal precisa levar em conta essas duas vertentes.

Critica o combate à inflação que, segundo o artigo, só estaria dentro da meta devido à compressão dos preços públicos.

Luis Nassif

97 Comentários

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  1. O idscurso de Fernando

    O idscurso de Fernando Henrique Cardoso ainda assombra muitos brasileiros, afinal, quem estaria disposto a perder benefícios trabalhostas em nome da tão gritada “produtividade”? Eu entendo que é preciso a pluraridade de discursos, e digo logo, não sou contra as privatizações, mas o que FHC az  é achar que ele e o PSDB nunca foram Governo, ou seja, são o “novo” do que já foi experimentado na maior parte dos anos 90.

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    Pregar o discurso neoliberal pe um direito do PSDB, mas é inegável que a forma como foi conduzido o processo de privatização na Era FHC é de dar desânimo, Muitos bradam que isso aumentou o acesso ao telefone, o que é inegável, mas e os serviços? Não preveram que deixar as empresas soltas como pipa avoada iria gerar péssimos serviços com tarifas elevadissimas? As vezes acho que é impossivel imaginar tamanha infantilidade de FHC e equipe econômica na época. Parece que o modelo de privatização que foi implementado saiu de um “cabeça de planilha” na qual variáveis sociais  e de tecnologia e inovação não eram consideradas. Isso de fat causou e causa medo até hoje em relação ao PSDB. Se livrar dessa imagem é a única alternativa plasível para que o PSDB volte a frequentar o rol de potencialidades eleitorais, do contrário, é deixar que as concessões de Dilma e do PT à iniciativa privada dominem o imaginário popular como algo necessário e não tão depredador do patrimônio público como outrora.

  2. Depois que FHC começou a falar , vi o Aécio tomar corpo

    Se o Aécio for mesmo o candidato e o Barbosa se acovardar na ultima hora, FHC tira votos de Eduardo e Marina e dá segurança que o Aécio precisa. Aécio é muito inseguro, mas quando está com  FHC ele fica mais robusto.

    Para Dilma, não cheira nem fede…Para Eduardo Campos um FHC na campanha não é nada bom, como vice então do Aécio, seria tragico

    Eu tô apostando que FHC percebeu que se ele  ou  tomar a direita nas mãos  ou o Eduardo toma

    1. Talvez

      Voce tenha razão.

      Pode ser que o PSDB tenha pesquisas qualificadas nas mãos, demonstrando que o risco do PSDB, ficar de fora d improvável segundo turno.

      Claro, se isto acontecer,  será o fim do PSDB.

       

  3. Desculpe, Nassif, o Ocidente

    Desculpe, Nassif, o Ocidente ruiu em 2008, Portugal, Itália e Espanha vão levar pelo menos 10 anos para voltar a crescer. Inglaterra e França vão a reboque da Merkel ou do Obama, dependendo da conveniência, e ainda sou muito mais os BRICS do que o tal Mint. “Tigre asiático” ficou em 1990.

    FHC simplesmente não consegue voar além de 1994 e o discurso dele é tão mais cínico quanto o verniz pós-coxinhas de junho que tenta apor às próprias palavras. Ainda estou com Millôr. FhC superlativo de PhD. Risível, caquético, recalcado e que fala para apenas 50 mil leitores e ouvintes no país. Se tanto. Me inclua fora dessa. Prefiro mil vezes o Bresser ou o Pochmann.

    1. O Ocidente ruiu em 2008?

      O Ocidente ruiu em 2008? Trotsky pensava que ele já tinha ruido em 1929. Portugal e Espanha em crise, então o mundo acabaou, que belo raciocinio, os EUA afundou, o dolar derreteu, viva Cuba e Kim Il Jong, chegou uma nova era, fila no Consulado da venezuela, todo mundo quer ir para lá. É a visão  esquerdolandia bar de batidas, que coisa.

      1. O fim da História?

        Prezado Senhor Motta Araújo, permita-me.

        Será que o Senhor acredita que o capitalismo é a última etapa evolutiva da sociabilidade humana?

        Bem, eu faço esta pergunta a todos que se posicionam como o Senhor, menos por curiosidade, e mais para saber se poderemos continuar o colóquio.

        Caso o Senhor acredite. Ok, paramos aqui. Não interfiro em crenças religiosas.

        Mas caso o Senhor, ainda que defenda o modelo atual global, como é seu direito, e tente prolongá-lo, ao menos na sua fértil imaginação (como  também é seu direito), eu imagino que a um homem dotado de tantas capacidades será possível identificar que o fato de o capitalismo desabar (e cada vem mais amiúde, desde 1848) de tempos em tempos, não significa sua imediata superação, até porque a História é processo, ainda que com solavancos (rupturas) sazonais.

        O sistema que antecedeu o capitalismo não ruiu de uma vez só, nem muito menos sua hegemonia surgiu do dia para a noite, varrendo qualquer traço de outros sistemass da terra. Veja que há lugares na Terra que os arranjos capitalistas não existem, embora sejam afetados por ele (como tribos remotas na Amazônia, ou nômades do Saara). Há formas de produção que ainda usam, na definição conceitual do termo, mão-de-obra escrava no século XXI (é só andar em alguns canaviais do Brasil).

        Estas historinhas de esquartejar a História em datas estanques servem para a gente ensinar as crianças no ginásio, só isto.

        Sim, caro amigo, os EEUU afundaram (novamente), e só não jogaram terra em cima porque seu prinicipal credor (A China) não tem interesse (por enquanto) em pulverizar a moeda que dá valor aos títulos.

        Seus níveis de desigualdade, junto com os da Europa, retrocederam a quase o pré-II Guerra.

        Por enquanto, a China prefere seguir agregando (drenando) riqueza estadunidense ao seu portfolio, sangrando o bicho aos poucos, mas que inevitavelmente vai começar a deslanchar o processo (conhecidíssimo) de desnacionalização da economia estadunidense em breve, transferindo terras, empresas, etc, para as mãos dos novos donos (hora do conflito).

        Dado para avaliar: é dos EEUU, e não da China, o maior crescimento de gasto militar.

        Não dá para frear o curso da História com humor.

        Rir de tudo é desespero, como diz aquele música.

        Se a história do capitalismo vai ser pulverizada junto com os EEUU? Não sei. 

         

        1. Eu não defendo nada, aqui é

          Eu não defendo nada, aqui é um  locus de debates, constato que em todo o planeta o viés é de aumentar o espaço da economia de mercado, existem processos de privatização em curso em grandes paises como China, Russia, Mexico, Cuba já permite a venda de automoveis sem autorização governamental, um avanço, onde avança o comunismo?

          A Historia nunca tem fim mas a direção não é para o socialismo que pode ser bom para distribuição de riqueza (teoricamente) mas não para produção de riquezas, porisso faliu em todo lugar onde foi implantado.

  4. Mudar discurso

    Quem destruiu o PSDB não foi Serra, foram os núcleos de apoio; a grande imprensa e o neoliberalismo.

    Sabe o que é…

    partido classe média….

    Alguém pode, na América do Sul, defender a plataforma do PSDB?

    Gestão, representando o desmonte do Estado?

    Privatizações?

    O povo prefere ligações mais abertas, ou mais dependentes com os EUA?

    Por isso eles dizem que o povo é ignorante.

    Nassif; “O discurso diferencia-se pouco dos pronunciamentos de Dilma Rousseff. “

    O discurso pode ser parecido…

    porém, o povo sabe a enorme diferença dos partidos nas praticas de governo…

    A diferença entre o que pretende o PT, o desenvolvimentismo, e o crescencionismo neoliberê (rsrs)…

    é imenso, e você, Nassif, sabe bem disso.

     

  5. Na educação

    Todos afirmam que educação é base para o desenvolvimento de uma nação.

    O que fez o PSDB e o PT nesta área?

    A diferença é enorme.

    Alguém pode listar?

    Ladainha de discurso é uma coisa, realização é outra.

  6. fim do governo Dilma parecido com o final da administração FHC!!

    engraçado como eu tenho a sensação de que o governo Dilma tem a pinta do final do governo FHC, pais estagnado, firulas na escrita fiscal do governo para mostrar que a agua ainda não atingiu a ponte de comando  etc etc.

    a esperança de crescimento cada vez mais fraca e um governo perdido diante dos desafios que tem pela frente, juro gente, parece fim de feira esse governo!

     

    1. Estão contratando humoristas no Zorra Total?

      Dilma Rousseff ostenta hoje índices de aprovação popular (pessoal e de governo) superiores aos índices que ostentavam FHC e Lula em 1998 e em 2006, quando ambos concorreram, respectivamente, à reeleição.

    2. recém nascido

      Para vc que nasceu ontem pode parecer.

      O governo FHC estava em crise continuada, e o PIG fazendo cortina de fumaça para esconder os erros da administração.

      Hoje o PIG faz a “dança dos números” para achar dados negativos deste governo. 

      1. ué??? para vc pareceu um

        ué??? para vc pareceu um elogio ao FHC???  pois eu estava criticando a Dilma!   por que essa defesa disfarçada do FHc se sua parte?

    3. Oportunidade de Emprêgo:

      Oportunidade de Emprêgo: Envie seu currículo nas globos, vejas, folhas  e estragões da vida. Nestas empresas  é assim que a seleção funciona: falou mal da Dilma, Lula ou PT, arranja uma boquinha. Veja o lobão, por exemplo: como a MTVéia fechou, a abril tratou de arrumar uma outro lugarzinho pra ele. Tbém existem vagas nos pãnicos e CQCs da band, vale a pena tentar. Comparar o fim do trágico governo do pior presidente civil da história brasileira com o fim do primeiro mandato revela que o autor da comparação é desinformado, alienado ou absurdamente mal intencionado.

    4. Não acredito que exista tanta imbecilidade.

      Cara, rtu tinha dez anos quando acabou o governo FHC? Para falar uma cretinice desta devia ter! Tu nãso tem ideia o que foi os ultimos 4 anos do FHC. Desemprego, sem concursos publicos, sem investimentos publicos, dolar a mais de três reais, inflação de 2 dígitos, achatamento salarial e para a pá de cal, sem exergia eletrica, apagão! Me faça o favor, comparar aquilo com hoje?

  7. O discurso de FHC não

    O discurso de FHC não surpreende. O PSDB nunca fez campanhas com propostas claras, dizendo o que iria fazer após assumir os cargos eletivos. Em 94, FHC fez a campanha dos cinco dedos (Saúde, Educação, Emprego, Agricultura e Segurança). Em 98, o mote era a manutenção do valor do Real, frente às ameaças de desvalorização da moeda representadas pelo PT. Serra tentou esconder FHC e as propostas do partido de tudo que foi jeito em 2002 e 2010 e Alckmin, em 2006, se disse defensor de estatais.

    Se existe um partido que mente descaradamente em campanhas, esse partido é o PSDB. FHC tem o direito de dizer o que quiser e bem entender, mas não creio que seja sensato considerar seus textos como indicativos de um plano de governo. PSDB baixar impostos e manter programas sociais???? Risível, para dizer o mínimo.

    Acredito que seja muito mais razoável ler o que os economistas ligados ao partido escreveram ao longo de 2013. Tivemos Ilan Goldfajn defendendo o desemprego, Samuel Pessôa pedindo a revisão da política de aumentos do salário mínimo, Edmar Bacha pregando redução drástica dos impostos de importação e eliminação de direitos trabalhistas.

    Concordo com Nassif quando diz que “FHC sinaliza para os economistas do partido refrearem seus ataques aos custos fiscais dos programas sociais”, mas não vejo convergência de diagnósticos e sim uma tentativa de estabelecer um discurso eleitoreiro simpático. Nada mais.

    1. Comentando …

      a) “Tivemos Ilan Goldfajn defendendo o desemprego”,

      b) “Samuel Pessôa pedindo a revisão da política de aumentos do salário mínimo”, 

      c) “Edmar Bacha pregando redução drástica dos impostos de importação e eliminação de direitos trabalhistas.”

       

      Baseado nestas citações  e supondo todos eles como “sócios-atletas” (ou gurus) desse partidinho sem bases democráticas,  chego à conclusão que se trata de um bando de amadores:

      a): Ô cara: desemprego = menos compras, menos tributos, mais déficit … No dia que ensinaram isso na escola, Você faltou à aula ?

      O oposto é que é verdadeiro e é o que o eleitor quer: Mais emprego = mais compras, mais tributos, menos déficit, mais investimentos … 

      b): Aumento de salário não é constante, um belo dia o empregador vai dar um basta. Pra reduzir o salário mínimo só resta um caminho: inflação. E inflação não combina com o programa desse partidinho. 

      c): Reduzindo impostos de importação implica em aumento de empregos lá no país exportador. Esses empregados não votam aqui. Para que subsidiá-los então? Só para alguns amadores ganharem alguns trocados? 

      A eliminação de direitos trabalhistas serve, claro, para reduzir os custos trabalhistas, veja a equação no item a). E redução de custos equivale a guerra de preços. Só que está mais do que comprovado, que em uma guerra de preços ninguém ganha, todos perdem, seja em perda de qualidade de produto, seja na falência de empresas com custos elevados, etc. 

      A conclusão que eu tiro a respeito dos pseudo-especialistas desse partidinho é que todos eles são um bando de amadores, que nada entendem do que dizem ter estudado.

      Inclusive isto vale também para quem participou, como comprador, das estatais privatizadas. Por exemplo, a Vale foi comprada por banqueiros, que nada sabem de mineração, mas acham que sabem, as teles, foram compradas por empresários que não conhecem impulsos, e por aí vai … 

  8. Sinceramente Nassif, o FHC

    Sinceramente Nassif, o FHC tem todo o direito de dizer o que quiser e chamar sua fala de programa do psdb. Mas o jornalismo crítico tem de saber que o programa do psdb existe em duas dimensões: a prática paroquial do alckmin e o economicismo “neoliberal” dos economistas tornados banqueiros. Um não tem programa além da colcha de retalhos, o outro não pode revelar publicamente o seu programa efetivo. FHC, se tinha algum programa dele, jogou a toalha lá atrás, na greve dos petroleiros no início do seu governo. Entregou a condução do governo no atacado para os economistas e não fez mais do que dourar a pílula que ele mesmo sabia amarga de engolir. Sua sobrevida intelectual e política depois disso é para mim o verdadeiro mistério dos nossos tempos. Mas reparemos que a sobrevida dele se reduz a uma espécie de redoma no universo culto. Nesse ponto a sabedoria popular não se deixou enganar. 

  9. Atualmente FHC é um Nelso Ned

    Atualmente FHC é um Nelson Ned da política, mas sem aquele vozeirão do falecido cantor. Não presto muito atenção ao conteúdo do que ele diz, mas apenas às características patológicas do discurso de mestre que ele costuma utilizar. E fico muito feliz ao saber que ele é o principal arauto de uma oposição irrelevante e eternamente derrotada. 

  10. FHC x PSDB… nada fizeram quando eram Governo

    Nassif… saudades de FHC? … usando a mídia p/ ajudar na campanha de Aécio?… Concordo com o comentarista “O idscurso de Fernando” quando diz que agora o PSDB quer se mascarar de “a novidade”…. ou “nova alternativa”. Quando tiveram o poder na mão durante anos (inclusive com reeleição ilegal… lembra Nassif?) e NADA FIZERAM. Ou o Brasil era um mar de rosas sem problemas e sem corrupção?…. na época do FHC 

     

    Será que na época do FHC a Marginal Tietê (em SP.) era um rio límpido e cheio de pescadores e banhistas??

     

    Nassif…. se quer usar a mídia para fazer oposição….. pelo menos tente uma novidade…!!! 

  11. partidos e donos de partidos

    “Por tudo isso, partidos com visão estratégica mais apurada empenham-se em deixar sua marca mesmo em eleições para os quais não têm maiores chances de vitória. E é bom para o país”

     

    E foi por isso que o Eduardo veio com a conversa mole de que “temos que apoiar a eleição da Dilma e etc” em 2010, simplesmente para alijar Ciro Gomes de uma possível candidatura a presidência em 2010, pois se ele não ganhasse, ganharia muita visibilidade e estofo para as próximas eleições, pois o Brasi passaria a lhe conhecer melhor, enquanto seu presidente e governador de um pequeno estado nordestino continuaria sendo, como é, apenas uma liderança local. E quando em sua visão estratégica, segundo Luís Nassif (da qual eu também concordo) o PSB saiu das eleições maior do entrou e dois anos depois ganhou importantes prefeituras, aí foi a hora de começar a pensar em vôos mais altos, a presidência.

    Sou a favor de mudanças também. Mas não dessa forma, na base da conveniência e dos interesses particulares, o interesse público, não entra nesse jogo! Temos partidos que se igualam a feudos. Os candidatos a cargos majoritários, são escolhidos na base do dedaço, tanto na situação como na oposição. Falar em “prévias” é o mesmo que discursar no deserto!

    Eduardo, nesse sentido tem se saído um ótimo estrategista. Cooptou a Marina, já colocou o PSDB em seu governo. Sérigo Guerra que antes era senador, virou deputado para não perder sua boquinha em Brasília. Em sua campanha para deputado fez campanha “branca” para Eduardo e esqueceu de seu candidato a presidente, José Serra, pois sabia que se atrelasse sua imagem a Serra em Pernambuco, não conseguia se eleger nem para síndico do prédio, e agora, o seu PSDB de pernambuco faz parte do governo, porque se assim não o fizer, correria o risco de sumir como legenda no estado nordestino, assim como é o PSDB carioca (ainda existe?).

    Assim, temos esse quadro, os partidos não representam em nada o Povo. O Povo é apenas um acessório útil em época de eleições.

    Eu não me sinto representado em nada por nenhum partido!

  12. FHC, o espantalho, ou a rearrumação da direita.

    Prezados e prezadas,

    O Senhor Nassif está coberto de razão. Ele não se coloca a julgar os diagnósticos, mas apenas a identificar um traço comum entre eles que dê coesão a alguma estratégia.

    Podemos cobrar coerência entre prática e discurso, e isto também faz parte da ação política, mas também temos que entender quando o adversário reajeita suas forças. Isto não significa assistirmos passivamente, e na Democracia, este é um momento bom quando as provocações da oposição empurram ações de governo e seus aliados para saírem da zona de conforto.

    FHC é um espantalho? Por certo. Alguém que não serve para agregar mais capital político algum, com certeza tem a grande “liberdade” de servir a debates incômodos, ou até simplesmente como referências do não-fazer.

    Se tiver consciência disto, e souber fazer uso desta condição, e creio que um homem vaidoso como ele já descobriu utilidade para seu ostracismo político, torna-se arma perigosa aos adversários: o imaginário do eleitor detesta surras covardes nos mais fracos, ainda que odeiem estes mais fracos.

    O que ainda permite bater em FHC sem atingir esta escala moral do eleitorado, é o fato de que ele naturalmente posa com arrogância, ar de superioridade, mas até isto tem limites. E ele parece redesenhar isto aos poucos, embora sempre tropece na enorme vaidade.

    A plateia tanto vibra com a derrocada do vilão, quanto se emociona com sua transformação em servo humilde da “justiça e da sabedoria”. É bom lembrar disto.

    Tem uma senha horrível para o PT e para o governo que FHC ainda não sacou, e que pode ser devastadora, que será quando disser:

    “Fiz muita cagada, reconheço isto, e por isto digo, vocês do PT têm que olhar para mim e ouvir quando digo: estão cometendo erros graves”.

    Pronto: chave de braço, ou xeque mate, como prefiram.

    Como já disse antes, no caso de seu monólogo com JB (FHC e JB montam bomba semiótica), e disse ontem, quando aventei a possibilidade dos edurinas + aécio, ou edurecinas, estarem a se preparar para o novo ciclo de expansão capitalista, mostrando-se como os capatazes mais confiáveis, reconheço neste texto do Senhor Nassif o complemento ideal.

    É este o jogo da nova (velha) direita: apostar no enfraquecimento natural oferecido para o tempo sobre projetos de poder de tão longa duração, e que sofre pressões extras nos momentos de transição.

    Aliás, não resta outra aposta.

    Ao que parece, hoje, para FHC e setores de vanguarda da direita, com um pouco mais de visão, de nada adianta combater o óbvio: O PT fez mais e melhor onde eles se diziam os “craques”, ajeitaram o país, mantiveram o leme na tempestade, e conquistaram uma base social tão ampla quanto sólida (a classe C para baixo).

    Com isto eles vão se livrar de todo peso extra, o lastro de ter que defender o indefensável.

    Só que a vida e a política são movimento, e esta dinâmica pode começar a espremer a classe C para cima, aumentando atritos com setores já encastelados, e distanciando-a de setores mais baixos, se nada for realizado para conter a desigualdade, construindo novos sensos de classe, novas culturas e expectativas, e sempre novas disputas.

    Os filhos da classe C, em pouco tempo vão começar a colher os frutos da expansão da estrutura educacional, do fato desprezado por alguns mentecaptos, de que faz toda diferença crescer com algumas facilidades, como poder comer bem, ir a escola todos os dias, viajar alguma vez, ter carro, ter acesso a alguma traquitana eletrônica que hoje, mas que nunca, é símbolo de agregação social, dentre outras coisas, naquilo que se chama de ambiente virtuoso, ao contrário de pais e avôs deste geração que ainda se equilibravam em arranjos muito mais precários.

    É neste confronto inevitável (e saudável) que a direita vai depositar suas fichas, se colocando como principal interlocutora frente a este mundo (primeiro) que nos serve de matriz ideológica até hoje, e cujos padrões tentamos desesperadamente assimilar e incorporar aos nossos gestos e costumes.

    Algo como: se é para que nos tornemos um tipo de EEUU com socialdemocracia europeia, por que manter as coisas nas mãos de quem sempre rejeitou aproximação com EEUU e Europa?

    Bem verdade que o PT nem seus aliados do governo vão ficar parados, esperando a banda passar, mas apenas neste quesito (o da aposta), a oposição sai na frente, justamente porque tem pouco cacife para colocar na mesa, no entanto, tem muito menos medo de perder.

    Cordial saudação a todos.

  13. O problema não é o que esse

    O problema não é o que esse senhor diz que poderia fazer, o problema é io que escondem o que iriam realmente fazer se eleitos; ninguem elegeu esse senhor alias, o pior presidente da Historia recente desse pais, para privatizar inclusive os direitos dos trabalhadores como fez na fracassada tentativa de relativizar a nulta do fgts, estupidez que com que existisse na mesma empresa trabalhadores com direitos e outros sem dirteitos e na qual determinadas centrais sindicais cairam de cabeça, o governo dele foi tão incompetente que lançou um plano de segurança no qual a principal meta era iluminar as ruas e poucos meses depois os postes publicos foram apagados por causa do verdadeiro apagão, mais perdido impossivel; se elegeu mostrando os cinco dedos da mão nas no final só sobrou um para o povo.

  14. O governo FHC promoveu

    O governo FHC promoveu mudanças estruturais importantissimas ao País.

     

    Lei de reposnsabilidade fiscal

    Privatizações

    Alteraçoes na Previdencia

    Criação do Plano real e controle da inflação

    Renegociação e estruturação da dívida externa

    Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

     

    Quem for criticar,  favor dizer o que o PT alterou em relação aos tópicos acima???????????

      1. Respona aí pra gente o que o

        Respona aí pra gente o que o governo PT fez de original???

        Qual mudança estrutural foi promovida pelo governo do PT??

        O que o governo do PT alterou da herança maldita recebida???

        Responsabilidade fiscal – De inicio aumentou a meta de superavit primário

        Privatizaçoes – Nao reverteu nenhuma empresa que foi privatizada… pelo contrário está promovendo uma privatização envergonhada.

        LRF – Esta aí o governo está deteriorando e alterando todos os dias e este é um dos motivos de criticas ao governo.

        Pilares cambio/meta de inflação/responsabilidade fiscal – O governo conseguiu piorar e mutio a questao fiscal, quanto aos outros itens segue a cartilha tucana.

         

    1. A Herança Maldita

      O que o desgoverno FHC promoveu foi o arrocho salarial e o desemprego galopante, além da quebradeira generalizada das cadeias produtivas industriais através da criminosa política de paridade cambial feita entre 1995 e 1998. Isto sem falar da ampla, geral e irrestrita irresponsabilidade fiscal de um desgoverno que recebeu a dívida pública na casa dos 30% do PIB em 1994 e entregou a mesma na casa dos 56% do PIB em 2002.

       

      -A Lei de Responsabilidade Fiscal foi uma imposição do FMI que FHC aprovou no apagar das luzes de seu desgoverno irresponsável (entrou em vigor em 2001);

      -As privatizações do PSDB foram um fiasco completo. Doaram a antiga Companhia Vale do Rio Doce a preço de banana e a desculpa esfarrapada do combate à dívida pública foi para as Calendas Gregas, visto que a dívida quase dobrou em 08 anos;

      -Criaram o Fator Previdenciário, motivo pelo qual até hoje (e para todo o sempre) o Farol de Alexandria é odiado pelo povo brasileiro;

      -O Plano Real foi criado pelo governo de Itamar Franco. A média da inflação (IPCA) nos desgovernos do PSDB foi de 9,1% ao ano. Nestes primeiros 11 anos de governos do PT a média da inflação (IPCA) foi de 5,8% ao ano;

      -Não existiu nenhuma “reestruturação” da dívida externa no desgoverno tucano. Quem acabou com o drama da dívida externa, e também com os débitos do Brasil junto ao FMI e o Clube de Paris foi o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores;

      -Os “pilares” da economia foram criados logo após o PSDB promover um dos maiores estelionatos eleitorais da história política do Brasil (junto com o Plano Cruzado), que foi a manutenção da artificial e criminosa paridade cambial para vencer o pleito de 1998. Quebraram o país e tiveram de fazer o ajuste a fórceps em janeiro de 1999. Os pilares da economia hoje são o pleno emprego, a distribuição de renda e a diminuição das desigualdades sociais e regionais.

    2. Ah, sim, eu concordo com

      Ah, sim, eu concordo com você. No plano social, também implantou os primeiros programas em nível nacional de renda mínima. Se for olhar sem os olhos do preconceito político-partidário, passou longe de ser o “desgoverno” que seus detratores dizem ter sido, dá sim pra achar muita coisa que foi bem feita em termos de educação, de melhoria do serviço público, de saúde e também na economia, apesar dos resultados econômicos do seu segundo mandato terem deixado muito a desejar. O governo FHC, de fato, deixou um bom banco de dados de políticas virtuosas (se foram ou não recomandas pelo FMI, pelo Papa ou por Satanás em pessoa, E DAÍ? o governo Lula foi marcado pela originalidade por acaso? é isso que está em discussão?) e, por que não dizer, de políticas que não funcionaram, algumas realmente desastrosas (como a energética, que nos brindou com o apagão de 2001, a pá de cal nas pretensões tucanas de continuar no poder). O que certamente ajudou o PT, quando chegou ao poder, a investir nos acertos e não repetir os erros.

    3. Você deve ser daqueles que

      Você deve ser daqueles que acham que a privataria tucana é idêntica às concessões da dupla Lula/Dilma. Talvez não saiba a diferença entre alugar e comprar.

      E minha ignorância não permite entender o significado da “reestruturação da dívida externa” de FHC já que ela era rolada (renegociada) para evitar calotes. Em seu desastroso governo ela quase dobrou em valores absolutos apesar da venda de mais de 160 empresas estatais e da “raspagem do tacho” das reservas internacionais. Sem falar do aumento exponencial da dívida interna que foi de menos de cem bilhões de reais para mais de 600 bilhões.

      Quanto aos pilares da economia (câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário (você cita aqui a LRF), o tal do tripé sonhado pela Marina Silva, estes foram imposições do FMI quando o país quebrou ao manter a paridade com o dólar pelo tempo suficiente para reeleger FHC. Essa crime eleitoreiro permitiu ao FMI montar um escritório no Rio de Janeiro só para auditar e exigir o cumprimento de sua cartilha neo-liberal. Ou seja: zero, ou quase isso, de investimento público no social e na infra-estrutura para que todo o dinheiro possível fosse encaminhado para pagamento de juros e rolagem das dívidas que nunca pararam de crescer, tanto em valores absolutos como em porcentagem do PIB.

      E nem falamos dos juros de mais de 40%, outro “pilar” fernandista.

      1. Meu caro, o mundo inteiro

        Meu caro, o mundo inteiro PRIVATIZOU o que pode na mesma época e continua privatizando. A China está abrindo o mercando bancario para o capital privado, a Turquia está com grande programa de privatizações do que falta, o Mexico vai privatizar o petroleo, a Russia tem um programa novo de privatização de 70 bilhões de dolares, FHC errou em privatizar tão pouco, agora tem menos compradores em potencial. A nova estrela das privatizações será Cuba e tem gente aqui que acha que era melhor ser ESTATAL para ser devorada pelos caciques do Norte e seus cupinchas vorazes.

        1. “O mundo inteiro privatizou”

          E o Brasil tucaneoliberal privatARizou.

          Uma peqena diferença entre ação política e ação criminosa.

           

  15. …….  dar receitas eh bom,

    …….  dar receitas eh bom, fazer quando esteve sentado na cadeira nao fez.  assim se resume FHC.

    deixou-nos o maior preço de telefonia celular, deixou-nos um preço de pedagio na imigrantes/anchieta hoje a 21,20R$, vendeu a siderurgia pra quem quiz comprar,  desrespeitou o povo brasileiro ao vender a CVRD a preço de capim … e mais: ao implantar o REAL nao soube fazer a desindexaçao de preços e salarios, ate hoje nao normalizada pelos governos q se sucederam, sabendo tratar-se da mola retroalimentadora da inflação.   nao merecem voltar ao poder.

    mas como tem quatro aposentadorias pra q se preocupar com o povo classe F, E, D e C. !!

  16. CTRL-C CTRL-V agora é

    CTRL-C CTRL-V agora é convergência de diagnósticos? Hehehehe.

    Sem firmar posição própria, só com críticas gerentistas, aquelas restritas ao como fazer não ao que deve ser feito, por que raios deveria o eleitorado optar pelo discurso tucano se ele difere pouco do discurso petista ora no poder?

    1. Simplesmente porque o País

      Simplesmente porque o País vai relativamente bem e a oposição dificilmente teria chances de qualquer maneira, então é melhor ser racional no discurso e deixar os pontos mais sensíveis de fora. Diferentemente de 2002, quando o psdb não fez seu sucessor porque o País não ia relativamente bem. 

  17. Espionagem, competência & outras picuinhas.

    Sou fã do 007, da época em que o ator canastrão era o Sean Connery. Por definição, todo país pode espionar outro e evitar ser espionado. Mas FHC, em Paris, ia à ópera, não via James Bond. Foi por isso que quando vendeu a EMBRATEL a preços módicos,vendeu nossos satélites junto. A NSA não precisa de nenhum esforço para nos espionar,basta mandar o Slim apertar um botão e todo nosso tráfego de dados e voz passam primeiro pelos Estados Unidos antes de chegar aqui, devidamente censurados por Tio Sam.

    Mas eu não entendi uma coisa na proposta do FHC: ele foi Presidente da República. Tinha maioria tão sólida que aprovou a impensável reeleição para ele mesmo, num caradurismo e falta de vergonha a toda prova. Com essa maioria ele não aprovou nenhuma reforma relevante para o país. A Lei de Responsabilidade Fiscal e a flutuação do dólar foram imposições do FMI, portanto, nenhum mérito de FHC nesse rolo todo. Privatizou a Dutra, a estrada mais movimentada do país. Durante 1 ano a concessionária cobrou os pedágios mais caros do mundo e não consertou um único buraco na pista. Na Educação, Paulo Renato usava o cargo pensando em se eleger Presidente em 2002.Não conseguiu nem vaga para senador. A única lembrança que tenho desse ex-reitor da UNICAMP (olha o nível!) no MEC foi o pagamento por parte do ministério das despesas de hospedagem de uma amante que o acompanhava no Hotel OuroMinas, o mais caro do estado e único 5 estrelas de BH. Ah, houve a “criação” de uma universidade federal. A Escola Paulista de Medicina, federal, foi transformada em “universidade”, basicamente sem mudar a composição de cursos ou aumentar suas acanhadas instalações num bairro de classe média de preços altíssimos em SP (Vila Mariana).

    Quem pode fazer propostas novas é quem nunca governou. Quem governou e fracassou como ele, deveria recolher-se ao seu apartamento na Avenue Foch e ficar escrevendo bobagens na internet para ninguém ler.

  18. Facões e Bisturis

    Na política (e em geral), o maior perigo e que mais dá trabalho é a dissimulação, pois exige permanente cuidado de interpretação entre discurso e ação (esta última, o que interessa).

    O maior elogio que posso fazer a FHC é que ele me ajudou bastante a melhorar minha percepção política (e creio, de muitos). Avaliar alvos e resultados e não discursos.

    Se este pessoal demotucano e neoagregados começa a falar por ex. em investimento no social, eu corro pra parede e colo a bunda nela. Questão de (des)crença, não de gosto.

    Prefiro ouvir os discursos do “desmonte do estado, arrocho fiscal, monetário, no salário e na falta de investimentos (que luxo!), nas dependências exógenas, sacrfiícios (do povo), controle financeiro da economia (pela banca), monetarismo contábil (números sim, pessoas são detalhes), pouco ou nada na infra, na educação, na saúde, na habitação, no empreendimento genuinamente nacional (sem desprezar o estrangeiro), na boa renda, na privatarização, na exportação de empregos, know-how e lucros e na divulgação internacional e auto-conscientização de nossa “mediocrifdade vira-latas”. Afinal, “nascemos para a indolência, a vagabundagem, a corrupção, a ignorância”. E temos uma “elite” (pfff) para nos “guiar e cuidar”.

    Porque assim é mais honesto (e menos perigoso): bate o discurso com a ação.

    Para eles, governar é SÓ “acertar a contabilidade” e propiciar concentração de privados lucros.

    O maroto uso de chavões (distorcidos), como a tal produtividade (em suma, produzir mais com menos), para eles é traduzido como mais lucros particulares com menos gente participando, seja em empregos, impostos, participações, benefícios ou qualquer outro “desvio” da “produtiva” concentração de riqueza.

    Para eles um país “produtivo” é aquele em que o investidor (que já tem) consegue ganhar mais com menos (mão de obra barata, facilmente substituível, materia prima sob controle, desregulamentação, alto rendimento financeiro, pouco investimento, etc.).

     A menos que FHC e sua turma confessem (e expliquem por) que estavam equivocados e mostrem arrependimentos (penalizados ou não), não há como acreditar em qualquer outro discurso.

    Porque conhecemos a ação e seus (nefastos) resultados.

    Quanto à comparação com o “parecido” governo atual, de parecido tem apenas a combinada aceitação das regras capitalistas em geral. Mas muito melhor aplicadas em benefício de maiorias e não de minorias privilegiadas.

    Mesmorizar (que é diferente de mesmerizar, memorizar e marmorizar) ambos os estilos é quase como dizer que “tanto faz”!

    Até segunda ordem (sim, já fui enganado, estou atento), esta linha de governo (federal) está exercida por gente com história de honestidade (pessoal e de propósitos), coragem, capacidade. Não vamos confundir com onipotência ou perfeição. Há erros e limitações.

    E lembremos que há também adversários cascudos, que estão (há meros 11 anos) sem a “autoridade” das chaves do cofre e da direção das velas e do leme. Mas ainda detém o efetivo poder, aparelhado há muito nas instituições oficiais e privadas, no empresariado (empresas), nas finanças, na míRdia e ainda nas relações internacionais não oficiais.

    A diferença é gigantesca.

    Ambos podem usar instrumentos semelhantes.

    Mas não idênticos ou com mesmos propósitos.

    Uns usam facões para controlar, mutilar, matar.

    Outros usam bisturis para curar, salvar, recuperar.

    Quem quer trocar?

  19. análise dos discursos dos politicos das cúpulas partidarias

    ora vejam só, lendo os pareceres críticos acima do comportamento dos governos PT e PSDB,  me enoja; apenas cito alguns fatos verdadeiros, pois tenho viajado muito pelo Brasil:

    1º – PSDB:   PASSOU A VALE DO RIO DOCE À INICIATIVA PRIVADA INTERNACIONAL E VEJAM PARA ONDE LEVAM NOSSO MINERIO, VENDIDO COMO MATERIA BRUTA  A PREÇO DE BANANA AOS PAISES RICOS E ESTÃO SUGANDO NOSSO SUBSOLO… ESTA RIQUEZA EXPLORADA E LEVADA PARA O EXTERIOR, DEVERIA SER MELHOR APROVEITADA AQUI, NEM QUE FOSSE PARA DAQUI 50 CEM ANOS; COM PÕE EM CHEQUE O FUTURO DE NOSSAS GERAÇÕES… INDUSTRIALIZANDO LA FORA ESTÁ GERANDO MILHARES DE EMPREGO E BILHÕES  DE DOLARES AOS PAISES RICOS… NINGUEM FALE ISTO PARA REVER ESTA CONCESSÃO…. E O PT, APÓS FHC NADA FEZ E APROFUNDOU E ENDOSSOU ESTE PROCESSO EXPLORATÓRIO… COMO O POVO NÃO MESMO MUITA CULTURA NÃO CONSEGUE VER OS TEMAS MAIOS IMPORTANTES DO QUE REALMENTE É MELHOR PARA  PARA  PAIS…!!!???  E SOMOS OBRIGADOS A ENGULIR SAPOS E PECUINHAS DESTA GENTE QUE PENSAM QUE SÃO ENTENDIDOS…

    2º – DO P´T:   FALENCIA DA PETROBRAS, FORTUNAS EMPRESTADA A VENZUELA, CUBA, BOLIVIA E OUTROS…??? CONTINUAM OS AUMENTOS DE IMPOSTOS, CONTINUAM LEIS APRIMORADAS PARA DEFENDER GRUPOS E CORRUPTOS; POLÍTICOS ENTÃO NEM SE FALA…! SE ALGUM DESTES PRESOS, COMO NO CASO MAIS RECENTE DO MENSALÃO, ESTÃO PRESOS DE VERDADE??? OS PRIVILÉGIOS DELES SÃO OS MESMOS DOS DEMAIS PRESOS PELO PAÍS AFORA…. MUDARAM A LEI PENAL. A LEI DOS PARTIDOS POLITICOS E OUTRAS TANTAS?????  E ESTA BARBARIDADE DE PARTIDOS???  OBRAS FARAONICAS, SUPER FATURAMENTOS, DESVIOS DE DINHEIRO PUBLICO COM ÉSSIMOS EXEMPLOS VINDO DE BRASILIA ATÉ A MAIORIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS; É RASTREAR…..!  AINDA DIZEM QUE O BRASIL ESTÁ EM PLENO DESENVOLVIMENTO!!!!  VIAGEM POR ESTE PAIS E VEJAM A EDUCAÇÃO, SAUDE, SANEAMENTO BÁSICO,CRIMES ECÓLOGICOS 24 HORAS POR DIA, ASSASSINASTOS,BANDISTISMOS SEM PRECEDENTES NA HISTÓRIA DO BRASIL…  CONTINUEM FALANDO, FALANDO E ENGANANDO O BRASIL E ESTE POBRE POVO QUE INFELIZMENTE NÃO TEM ACESSO A CULTURA E MUITO MENOS A UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE( ESTÃO INCHANDO AS UNIVERSIDADES ATRAVES DO ENEM;   ATÉ SERIA ÓTIMO SE A QUALIDADE DE ENSINO FOSSE PELO MENOS ÓTIMA….. DESCULPEM GENT MAS NOSSO PAIS AINDA É PARECIDO COM UM PAIS COLONIALISTA!!!!!    PROF. EDU PIMENTEL

    1. Nada a ver. A VALE é

      Nada a ver. A VALE é controlada pela Litel, que é por sua vez controlada pela Previ , fundo de pensão dos funcionarios do Banco do Brasil, cuja diretoria é nomeado integralmente pelo PT. A privatização criou valor de mercado para a VALE mas o controle continua sendo indiretamente da União, que quando qui demitiu o anterior presidente Roger Agnelli..

      1. Nada a ver do nada a ver.

        Nada a ver do nada a ver. Lula não demitiu “quando quis” Roger Agnelli. Na verdade, Lula quis muita coisa de Agnelli e nunca conseguiu nada. Somente quando este começou a falar bobagens e bravatas na mídia contra o governo é que houve clima para a demissão.

        Nas mãos de Lula, a Vale teria comprado navios no Brasil e feito uma fábrica de trilhos de trens, por exemplo.

        Com Agnelli nem imposto direito a Vale pagava. Há um passivo sendo discutido na justiça de dezenas de bilhões de reais por conta, veja só, de maquiagens e contorcionismos para fugir do fisco.

        Não sei porque mas esse assunto me lembrou da Globo comprando a Copa de 2002 e de Joaquinzão adquirindo apartamento em Miami.

        1. O controle corporativo da

          O controle corporativo da VALE é da Litel que é controlada pela Previ. O modelo de governança é PRIVADO, graças a Deus, se não fosse a presidente seria a Benedita da Silva, o diretor financeiro seria o Eduardo Cunha. Mesmo assim o Governo quando quer muito consegue o que quer. Quanto a impostos, a PETROBRAS, que é de controle direto da União,

          tem um grande volume de pendencias e litigios fiscais, o administrador de uma Sociedade Anonima é obrigado pela lei das S?A a tentar minimizar os impostos, faz parte de suas obrigações, se a Receita não concorda autua e o contribuinte se defende, não quer dizer absolutamente nada contra a empresa ou seus administradores.

           

          1. Pois é, e a Benedita da Silva

            Pois é, e a Benedita da Silva é negra, o que seria inaceitável para a “refinada educação” de Araújo.

          2. Se vc não quer a Benedita da

            Se vc não quer a Benedita da Silva sugiro o Julio Lopes, Secrtario dos Transportes do Sergio Cabral, condenado pelo descarrilhamento do trenzinho de Santa Teresa, a Vale tem muitos trens, ele entende o assunto.

  20. Depois que aquele canal de

    Depois que aquele canal de TV, foi ou sempre esteve no buraco, te arranjaram essa boquinha, nesse site vendido, parece que agora a sua paixão é FHC.Sempre em campanha.

  21. O baixo clero da

    O baixo clero da esquerdolandia não cansa de dizer que FHC é irrelevante mas sempre que aparece um post com ele ou sobre ele os comentarios são abundantes, é um dos personagens mais comentados, que coisa.

    1. Gestos e usos.

      Prezado Senhor Motta,

      Destacar vociferações mútuas de grupos em disputa por espaços em campo políticos, adjetivando-os, não é prática comum a quem detém ferramentas teóricas mais sofisticadas.

      Mas eu respeito escolhas e fases das pessoas.

      Veja seu comentário, ele é de certo ponto correto.

      No entanto, todos os lados envolvidos, os militantes pró-PT, pró-PSDB e o próprio FHC andam se debatendo por motivos errados.

      Primeiro, é verdade que os petistas dão bola demais ao ex-presidente. Mas não porque inconscientemente o achem relevante, nada disto. Mas simplesmente porque imaginam, de forma autoritária, poder controlar o desejo e o direito dele de se expressar, interditando-lhe a fala.

      Isto é resultado também da postura sempre arrogante que FHC se dirigiu aos seus contestadores quando gozava dos beneplácitos do senso comum produzido pela mídia. Então, os seguidores de FHC não deveriam reclamar disto, é do jogo.

       

      Depois, os pessedebistas e FHC estavam brigando pelas coisas erradas. Não há legado de FHC e mesmo que houvesse, já não é mais relevante para que seja defendido, e fazê-lo só aumenta o peso de quem já não tem muita força para caminhar.

      Se FHC e o PSDB entenderem o papel que cabe a FHC agora, o de espantalho, terão dado um passo gigante para construir uma armadilha semiótica de difícil manuseio ao PT.

      Mas ao ler o comentário de quem se diz estar acima do baixo clero, e portanto deve ser o portador do alto pensamento do PSDB caindo nestes truques infantis e corriqueiros de blogs, creio que o espantalho FHC só vai servir como descanso para corvos.

      Uma pena, o “velho” poderia reiventar seu uso neste finzinho de vida. Reconquistaria alguma dignidade.

      Até isto seus companheiros do PSDB lhe negam, menos por maldade, mais por deificência intelectual.

      1. Agradeço seu lucido

        Agradeço seu lucido comentario. A maioria aqui não debate cois alguma, apenas xinga. O ex-Presidente tem ideias, pode-se ou não concordar com elas, quem não concorda basta contrapor, não precisa insultar a pessoa fisica, o que apenas demonstra  vulgaridade e a pobreza mental, quem faz isso revela a sua origem inferior.

        1. Ah é?

          Que pena que essa ‘refinada educação’ seja deixada de lado quando da análise sobre Evo Morales, Hugo Chávez e Cristina Kirchnner… Aí é lícito xingar, ofender e agredir pessoalmente, não é mesmo?

          1. E os frequentes comentários

            E os frequentes comentários RACISTAS do senhor Araújo contra o indígena Evo Morales?

            Onde estava a educação?

  22. O FHC descobriu a pólvora, o

    O FHC descobriu a pólvora, o que o PSDB fez pelo Brasil?  privatizações a preço de “banana” para os “amigos”, total sucateamento da nossa infra-estrutura,  a desindustrialização do Brasil, vide a indústria naval (se eu pago gasolina a R$03,00, espero que pelo menos a Petrobras gere emprego no Brasil), a “reforma” da previdência que só prejudicou os contribuintes da iniciativa privada, a compra da reeleição, enfim, acho que para beneficio do povão só houve a lei dos genéricos, mas é muito pouco para 08 anos de governo.

  23. Proposta de convergência ?
    O

    Proposta de convergência ?

    O FHC sugeriu que o Brasil se alinhe ao USA, ou seja , ficar de 4 para os americanos.

    Enquanto isso China e Japão estão deitando e rolando nos 54 países do continente Africanos, construindo rodovia, ferrovias, hidroeletricas, predios residencias, explorando minas, etc. 

    E qual vantagem teremos dos USA, além de tecnologia.

    Em relação a tecnologia, é bom que o Brasil se desgarre ao máxino dos estates.

    No fundo o Nassif ainda tem um caso mal resolvido com o PSDB, uma paixão que ficou frustada.

  24. É incrível como o L. Nassif e

    É incrível como o L. Nassif e outros lêem, ouve  e escreve sobre  FHC. Este FHC já ém pé na cova. Sem trocadilhos.

      1. equivoco

        o sr. Luis Nassif põe o fegacê aqui, ao menos uma vez por dia a meu pedido!

        explico:

        quando os comentaristas veem o nome fhc,

        o “couro come”.

        fegacê apanha mais que bife duro.

        e, eu adóro ver fegacê apanhar!!!!

        é merecido.

  25. Propostas de FHC

    Este senhor perdeu sua moral quando sentou na cadeira do prefeito Janio, depois perdeu seu carater quando pediu que esquecessemos tudo que construiu como sociólogo e economista!

    A seguir jogou a oportunidade de transformar economicamente o país, em um momento altamente fávorável, para comprar mais um mandato presidencial!

    Agora vem posar de “intelectual de vangarda à frente da inteligência do PSDB”, como se nada houvesse em seu passado que o condene.

    Por favor! Melhor para ele seria manter-se em seu casulo. O tempo mostrará sua insignificancia.

    1. Isso foi há 30 anos, perdeu a

      Isso foi há 30 anos, perdeu a moral? E apoiar Collor e Sarney depois de te-los demonizados, não perde a moral?

  26. FHC quer uma coleira

    “’Na diplomacia, FHC defende que o Brasil volte a se aproximar dos Estados Unidos e da Europa”

    Ora, todas as vezes que o Brasil tenta se aproximar dos Estados Unidos os gringos exigem, antes, um pedaço do fígado dos brasileiros. E oferecem em troca um Cavalo de Tróia.

    Os vira-latas, ainda assim, ficam saltitantes. Ávidos por uma coleira. E nem se importam em tirar os sapatos antes de entrar nos EUA.

    Isso é diplomacia consequente? Há futuro numa relação em que o pretenso parceiro está sempre pronto a te engolir?

    A ALCA, por exemplo, seria interessante ao Brasil?

    Historicamente as relações com os EUA não se mostraram melhores do que as praticadas hoje com outras potências. Os americanos precisam sim, antes, respeitar seus parceiros, cultivar a confiança. Sem isso não há como manter uma boa relação.

    Esse papo de “dependência ao Norte” não serve ao Brasil e aos brasileiros. Pode servir à meia-dúzia de paulistas.

    1. E o México???

      Acordo comercial com EUA trouxe pobreza ao México

       

      Enviado por  on 07/01/2014 – 9:33 am 

      Reproduzo abaixo texto que publiquei há pouco no Tijolaço.

       

      Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México

       

      Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro, Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.

      A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe contribuição social relevante ao México.

      Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:

      “(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.

      Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”

      “(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação aos EUA.

      (…) A média dos salários na indústria de transformação do México correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “

      O Nafta corresponde a Alca, o acordo que os EUA queriam implantar em toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se propunha. Não teríamos o combate a pobreza que vimos por aqui e os EUA ficariam ainda mais ricos.

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        1. Só que não

          Segundo o CIA The World Factbook (que utilizarei para agradar vossa senhoria), a renda per capita de Brasil e México, com base no PIB nominal, é esta:

           

          -Brasil: US$ 12.100 (2012);

          -México: US$ 10.150 (2012).

           

          E aí, vai renegar os dados do teu livro de cabeceira?

          1. O DAYTONA ( o que será que é

            O DAYTONA ( o que será que é isso,  ong, mulher, homem?) disse que o PPP é o MELHOR indice.

            Pelo PPP a renda per capita do Mexico é US$15.600 em 2012,cerca de 27% mais alta do que a per capita do Brasil, usando

            o mesmissimo critério de PPP na mesma fonte.

            Fonte CIA Worldfactbook Mexico – Econmy Section

          2. É o índice ajustado, mas, no

            É o índice ajustado, mas, no caso do PIB per capita, deve-se levar em consideração que o México é um país dependente de suas exportações de petróleo, o PIB per capita do Qatar é um dos maiores do mundo.

            Agora que o senhor Araújo(homem, camundongo, o que será?)já “entendeu” o que é o PPC, poderia comentar a evolução dos PIBs de Brasil(parte do bolivariano Mercosul) e México(parte da gloriosa NAFTA, que vêm promovendo a pobreza de seu povo).

    2. Então vamos nos unir ao eixo

      Então vamos nos unir ao eixo do mal; Russia, Coreia do norte, china, Irã, Cuba ou ao mercosul, onde a Argentina comanda; o Brasil está perdendo terreno nas exportações, só respondemos por 1,7% do comércio mundial.

      1. Exportações

        Quanto ao “eixo do mal” fica por sua exclusiva responsabilidade. Provavelmente, haverá quem ache “do mal” justamente o que você e FHC acham “do bem”. Quanto às exportações, quem lhe informou estava mentindo. Pesquise e verá que, desde  o governo FHC, nossas exportações subiram e muito. O nosso problema é na Balança Comercial, porque as importações subiram muito também. Para lhe facilitar a pesquisa, sugiro o blog do Cafezinho ou o Tijolaço, se não quiser se dar ao trabalho de recorrer ao MDIC. Em todo o caso, eis a evolução das nossas exportações:

      2. A China comunista não faz

        A China comunista não faz mais parte do eixo de malvadões?

        Vamos promover o boicote, nem mais um grão de soja exportado para esses comunistas malvados!

        Excelente ideia, agora pode voltar ler o livro do Lobão, on intelectual da Veja.

    3. A ALCA era uma PROPOSTA,

      A ALCA era uma PROPOSTA, podia-se aceitar ou não, MAS antes da resposta do Brasil, a ALCA foi derrubada no Congresso dos EUA pelos Republicanos, que não queriam que fosse vitoriosa uma ideia de Bill Clinton. A politica dos EUA nesse tema se voltou para Tratados bilaterias de Livre Comercio. que ja foram assinados com a Colombia, Peru e chile.

      O Brasil, pelas suas Federações de Industria, especialmente a FIESP, temia a ALCA porque prejudicaria a industria nacional, foram eles a principal oposição à iniciativa ainda no Governo FHC.

      Os EUA não tinham nem condição e nem interesse de competir com os setores industriais onde o Brasil é competitivo, ao contrario, iriam transferir para o Brasil fabricas para suprir os EUA, como fez a Caterpillar em Piracicaba, que exporta para os EUA US$700 milhõers de máquinas, linhas inteiras foram mudadas para o Brasil.

      Os opositores da ALCA esqueceram da China, que fez uma devastação na industria brasileira. Que inteligencia.

      Quanto aos sapatos, todo mundo tira  sapato na segurança de aeroportos dos EUA, na SAIDA e não na entrada, tanto faz ser Lafer como Amorim. O que é inadmissivel e foi aceito no Governo do PT é a segurança do Presidente Obama NO BRASIL revistar Ministros de Estado brasileiros, como foi feito na conferencia de Obama em Brasilia e ninguem deu um pio.

       

      1. “Os opositores da ALCA

        “Os opositores da ALCA esqueceram da China, que fez uma devastação na industria brasileira. Que inteligencia.”

        O Brasil não possui tratado de livre-comércio com a China, que é, inclusive, o país mais acionado na OMC pela prática desleal de dumping.

        Que inteligência!

        “Quanto aos sapatos, todo mundo tira  sapato na segurança de aeroportos dos EUA, na SAIDA e não na entrada, tanto faz ser Lafer como Amorim. O que é inadmissivel e foi aceito no Governo do PT é a segurança do Presidente Obama NO BRASIL revistar Ministros de Estado brasileiros, como foi feito na conferencia de Obama em Brasilia e ninguem deu um pio.”

        Ninguém deu um pio!Que inteligência!

         

        Revista a ministros causa revolta, durante visita de Obama

        19/03/1132 Comentários

        Com Mariana Londres, do r7 e Taciana Collet,  da TV Record

        A segurança do presidente americano, Barack Obama, extrapolou, segundo empresários que participaram da Cúpula Empresarial Brasil-EUA – evento oficial da agenda do presidente americano, promovido pela iniciativa privada. Alguns protestaram contra a revista a ministros de Estado do governo Dilma. Pelo menos quatro deles tiveram de passar pelo detector de metal, e pela revista de braços e pernas, como qualquer participante do encontro. A cena causou constrangimento aos que a presenciaram.

        Os ministros Palocci, da Casa Civil, Guido Mantega, da Fazenda, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, teriam de passar pelo vexame. Alguns  se recusaram e foram embora, como o Edison Lobão, de Minas e Energia e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

         

      2. Ah, senhor Araújo, meses

        Ah, senhor Araújo, meses atrás postei dados do FMI mostrando que em 2003, os PIBs de Brasil e México eram equivalentes, mas hoje, o PIB brasileiro é mais que o dobro que o mexicano.

        Pedi que o senhor, com seus conhecimentos de botequim, comentasse o desempenho da economia bolivariana que aderiu ao Mercosul comparada com a da economia mexicana, parte do bloco de notáveis liderado pelos EUA.

        O senhor não deu nenhum pio!

        Tudo isso é falta de vergonha na cara?

        1. https://www.cia.gov/library/p

          https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mx.html

          Segundo a fonte CIA World Factbook a renda per capita do Mexico é

           

          2010 – 14.700

          2011 – 15.100

          2012 – 15.600 

          Em dolares de 2013

          A população do Mexico é pouco mais da metade da do Brasil 116 milhões, portanto não tem sentido dizer que o PIB dos dois era igual dada a desproporção populacional, considerando que em series longas os dois paises cresceram de maneira aproximada, nenhum cresceu muito mais que o outro em 20 anos, o que não combina com sua afirmação de que os PIBs foram em algum momento semelhantes.

          Já quanto à  sua ofensa gratuida, falta de vergonha real é um fulano acobertado por um pseudonimo fajuto vir aqui e sem mais aquela agredir comentaristas porque discorda deles, o que bem mostra sua origem e baixo nivel intelectual.

          1. Realmente, a falta de vegonha

            Realmente, a falta de vegonha na cara do Araújo é incorrigível.

            Os dados que postei do FMI se referiam aos valores dos PIBs ABSOLUTOS(equivalentes em 2003, mais que o dobro para o Brasil em 2012), em dólares internacionais, medidos pela Paridade de Poder de Compra (PPC), índice utilizado para comparações internacionais(que o senhor, como belo analfabeto em economia que é, não faz a mínima ideia do que significa)e esse tremendo CARA-DE-PAU tenta sair pela tangente falando em PIB per capita(lembrando da notícia recente demonstrando o recente aumento da pobreza no México – caso único na América Latina).

            Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México

            7 de janeiro de 2014 | 08:10 Autor: Miguel do Rosário

            alca

            Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro, Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.

            A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe contribuição social relevante ao México.

            Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:

            “(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.

            Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”

            “(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação aos EUA.

            (…) A média dos salários na indústria de transformação do México correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “

             

            http://tijolaco.com.br/blog/?p=12311

            Sr. André Araújo, poderia até, mais uma vez, recomendar ao senhor mais estudo e informação, mas já ficou escancarado que seu problema é mesmo falta de vergonha na cara, e, como dizia Sartre, após certa idade, um homem pode até mudar de opinião, mas não de caráter. O senhor é um caso perdido, sem vergonhice demais, já vi que o senhor é um sem-vergonha profissional, deve ser pago pra isso.

          2. Em 2002 o PIB mexicano estava

            Em 2002 o PIB mexicano estava à frente do brasileiro. O FHC conseguiu a proeza de deixar o PIB brasileiro em 14º.

  27. provocações são tiro no pé

    “abrir mais a economia, sem temer a competição”.

    Afinal, o que entende o sr. fhc por “abrir mais a economia” . Um clichê da década de 90 de uma platitude sem limites .

    Vou discordar do Nassif que vê “convergência de diagnóstico” nas tradicionais provocações e arroubos verbais de fhc. Com este discurso a oposição não agrega nenhum voto a mais além dos que já tem.

    As provocações de fhc apenas lhe denotam o oportunismo, a tibieza moral e o cinismo maquiavélico.

    Aonde o Nassif vê convergência de diagnóstico eu vejo a indicação de rumos para alimentar a intriga da mídia.

  28. É preciso divulgar esta II

    Hansel

    Acessando o link para o livro da escritora Frances Stonor Saunders em seu comentário, lembrei que no Livro ” O Príncipe da Privataria” o autor, Jornalista Palmério Dória, conta várias estórias sinistras do FFHH e sua função sórdida de X9 do governo estadunidense. Vale a pena ler. 

  29. Esse discurso não é o pensamento de Aécio

    FHC deve estar apostando que se (hipotese que ele mesmo nem acredita, mas va que), se Aécio chegue la, ele fara parte do governo, como um Lula, hoje, aconselhando Dilma Rousseff, nessa linha.

    So que tenho minhas duvidas de como seria o governo de Aécio, com sua super-irmã dirigindo tudo, o tempo todo. Sera que a patota dos anos 90 voltaria para o Planato Central ? Não vejo Aécio com o mesmo nucleo de PUC-RIO ou mesmo proximo dele. Acho que o PSDB Rio-SP teria boas surpresas, ainda que Aecim presisaria compor com alguns quadros da administração de outrora e caciques do partido. Mas veriamos muito mais gente ligada a Andréa Neves que ao proprio Aécio, sem nos esquecermos da parte do bolo que iria para o casal Edurina…

     

  30.   Não entendi a bronca do

      Não entendi a bronca do pessoal. O Nassif, mesmo que em seu estilo sutil, está criticando o FHC…

      O fogo é ter vivido aqueles anos e ver que ainda existem pessoas que defendem FHC, o presidente mais inoperante do governo mais corrupto que já tivemos.

  31. O que o PSDB fez?

    O que o PSDB fez em relação à infraestrutura, educação e saúde?

    Privarizaram?

    E as condições impostas aos concessionários, ampliação e melhorias nas malhas, e os preços cobrados aos usuários, entre os governos do PSDB e PT?

    “governo petista paralisou nos últimos dez anos”

    Paralizou o que?

    O que é que estava sendo feito para paralizar?

    O PT priorizou obras, isso ninguém fala, isso é gestão.

    Estávamos, no PSDB, em caos no setor base para a economia; a energia?

    O PT priorizou o aumento da disponibilização de energia e baixou os preços (contra o que o PSDB queria).

    Nassif, liste as obras de infraestrutura, portos, aero e rodovias, do PT e do PSDB.

  32. O Nassif é muito bonzinho

    Me desculpe, Nassif, não vi evolução alguma nas “propostas” do FHC. Nas partes que dá para concordar ele diz apenas o óbvio. Nas partes divergentes a resposta a ser dada é curta e grossa:

    1) Reaproximação com os EUA e o pacto do Pacífico. Resposta: http://www.ocafezinho.com/2014/01/07/acordo-comercial-com-eua-trouxe-pobreza-ao-mexico/

    2) Reforçar as “concesões” que o PT paralizou por 12 anos. Resposta: Está tudo no livro Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.

    Que a evolução é essa que propõe “de volta para o futuro” como descrito em outro post? A unica coisa de diferente foi o puxão de orelhas nos cabeças de planilha que querem cancelar o Bolsa família, “para enxugar o custo orçamentário” dizem eles. De resto é o FHC de sempre

  33. Respostas ao Obelix.
     
    Caro

    Respostas ao Obelix.

     

    Caro Obelix

    Vamos lá:

     

    Lei de reposnsabilidade fiscal

    Pergunta: Adianta alguma responsabilidade fiscal sem responsabilidade social?

    Não adianta responsabilidade fiscal sem responsabilidade social. Mas quando FHC assumiu o governo o Brasil beirava o caos. A poupança ja havia sido confiscada para controlar a inflação e o país não tinha crédito. FHC teve coragem de fazer medidas impopulares mas extremamente nescessárias. Além do mais no governo FHc somente com o controle da inflação milhoes e milhoes de pessoas melhoraram de vida no Brasil. Ninguem conseguia planejar e comprar com crédito. No campo da educação as ,mudanças foram enormes com criação de sistemas de avaliação que mudaram de nome mais ainda persistem. Na saúde tivemos muitas transformações com os remédios genéricos com o sistema de tratamento da aids (o melhor do mundo). Alem disto foi plantada a semente do bolsa familia com a criação do bolsa escola.

     

    Privatizações

    Pergunta: As privatizações foram bom negócio para quem? Quem pronunciou a frase: “Estamos no limite da irresponsabilidade”. O que esta frase significa?

    Esta frase significa que grupos foram privilegiados nas privatizações, é um descalabro. Quase tudo no Brasil tem pessoas dando um jeitnho e levando vantagem (vide o aeroporto do Skaf).  Mas o conceito de privatizar foi importante para o Brasil, as empresas privatizadas cresceram muito, pagaram milhoes e milhoes em impostos e antes davam prejuizos e empregavam os privilegiados.

    Alteraçoes na Previdencia

    Pergunta: Embora concorde que necessárias as alterações, fica a dúvida, dá para comemorar isto?

    Não dá para comemorar. Mas demonstra maturidade em lidar com os problemas reias. Tiro como exemplo meu pai, que trabalhou em serviço duro por 28 anos e se aposentou com 45 anos. Como pode alguem colaborar com 8% ou 11% a previdencia e depois se aposentar e receber o beneficio por 30 ….35 anos. A conta não fecha e no futuro poderemos ter muitos problemas.

     

    Criação do Plano real e controle da inflação

    Pergunta: Não foi o Itamar que criou o plano? E, como um presidente que entregou uma inflação acumulada que é mais que o dobro do seu sucessor no mesmo período (08 anos de Lula) pode dizer que controlava este indicador?

    Dizer que foi Itamar quem criou o plano real não é honesto com a historia. Se for assim podemos dizer que FHC criou o bolsa familia. O bolsa familia é a expansao do bolsa escola que foi criado em seu governo. mas nos sabemos que o plano real foi criado por Edmar Bacha,Pérsio Arida,Gustavo Franco, todos eles ligados ao PSDB.

     

    Renegociação e estruturação da dívida externa

    Pergunta: Como é que se considera que alguém “negocia” algo, pendurado no default, e com algumas merrecas de reservaas cambiais (eram 17 ou 37 bi de dólares?). Tem certeza que o nome é “negociação”? Não seria melhor chamar de contrato de adesão desesperada?

    O governo estruturou a divida fez os governos estaduais venderem os bancos estaduais (que eram fontes de rombos e mais rombos) e implantou a disciplina fiscal.

    Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

    Pergunta: Em qual economia dinâmica, no campo do G20, estes macroindicadores são levados a sério, e ao pé da letra? Qual era a meta de inflação de FHC, alcançar a Lua? Era câmbio que flutuava ou afundava (3,97 real por dólar em 2002)? Que responsabilidade fiscal é esta que pagava em 2002, mais que 29% de juros a banca?

    O periodo do governo FHC enfrentou inúmeras crises (pesquise como o mundo cresceu entre 1994 e 2002) foi um periodo dificil. O governo do PT está enfrentando a primeira crise no governo Dilma.

    SDS

    1. Tréplica ao Senhor

      Tréplica ao Senhor Helbert,

      Grato pela réplica. As perguntas, embora gentilmente respondidas por ti, eram retóricas. Como você se dispôs ao debate, vamos la:

       

      Lei de reposnsabilidade fiscal

      Pergunta: Adianta alguma responsabilidade fiscal sem responsabilidade social?

      Não adianta responsabilidade fiscal sem responsabilidade social. Mas quando FHC assumiu o governo o Brasil beirava o caos. A poupança ja havia sido confiscada para controlar a inflação e o país não tinha crédito. FHC teve coragem de fazer medidas impopulares mas extremamente nescessárias. Além do mais no governo FHc somente com o controle da inflação milhoes e milhoes de pessoas melhoraram de vida no Brasil. Ninguem conseguia planejar e comprar com crédito. No campo da educação as ,mudanças foram enormes com criação de sistemas de avaliação que mudaram de nome mais ainda persistem. Na saúde tivemos muitas transformações com os remédios genéricos com o sistema de tratamento da aids (o melhor do mundo). Alem disto foi plantada a semente do bolsa familia com a criação do bolsa escola.

      Tréplica: Sua afirmação está incorreta. Quando FHC recebeu o governo de Itamar o país estava de acordo com o que FHC queria, afinal, não foi você que disse, logo aí embaixo, que tudo foi obra dele durante Itamar? Pois é, se assim foi, não tem sentido em dizer que estava um caos, ao menos não do ponto de vista da continuidade das políticas econômicas em curso e da solução de continuidade. Se havia caos, é porque FHC entregou caos a FHC, mas de fato, não havia caos algum.

      No campo da educação foi uma lástima. Não houve abertura de uma única universidade ou escola técnica, a escola pública foi transformada em negócio pelo Paulo Renato e seus amigos. Os sistemas de avaliação não tinham qualquer sincronicidade, e funcionavam na base do accountability, ou punindo mais que planejando. Como disse, um desastre. O gasto social per capita do governo FHC ficou em 1.900 reais/ano. Já estamos em algo próximo a 5 mil. A tese da semente é engraçada, não conheço planta que brote sem água (dinheiro). Se formos analisar a política e seus efeitos pela paternidade, é verdade, a ideia de imposto de renda negativo no Brasil e do pai do Supla, que por sua vez, importou do New Deal de Roosevelt.

       

      Privatizações

      Pergunta: As privatizações foram bom negócio para quem? Quem pronunciou a frase: “Estamos no limite da irresponsabilidade”. O que esta frase significa?

      Esta frase significa que grupos foram privilegiados nas privatizações, é um descalabro. Quase tudo no Brasil tem pessoas dando um jeitnho e levando vantagem (vide o aeroporto do Skaf).  Mas o conceito de privatizar foi importante para o Brasil, as empresas privatizadas cresceram muito, pagaram milhoes e milhoes em impostos e antes davam prejuizos e empregavam os privilegiados.

      Tréplica: Nova incorreção. A tese de que empresas estatais consomem impostos e empregam privilegiados é só sua. Não tem nada a ver com a realidade. Se as empresas estatais funcionavam aquém de suas possibilidade não é por ineficiência, mas porque havia decisões orçamentárias, e principalmente, POLÍTICAS, de não investir nelas.

      O que é real nesta história foi a Vale possuir ativos e preço de mercado de quase 200 bi de dólares sair por US$ 3 bi. E a Petrossauro? Ou Petrobrax? Já pensou o que seria ter vendido nossa fonte de independência energética apenas para dar conta destes conceitos ruins defendidos por você?

      Você também não me disse o que a frase significa. Mas eu te digo: Privataria tucana

      Alteraçoes na Previdencia

      Pergunta: Embora concorde que necessárias as alterações, fica a dúvida, dá para comemorar isto?

      Não dá para comemorar. Mas demonstra maturidade em lidar com os problemas reias. Tiro como exemplo meu pai, que trabalhou em serviço duro por 28 anos e se aposentou com 45 anos. Como pode alguem colaborar com 8% ou 11% a previdencia e depois se aposentar e receber o beneficio por 30 ….35 anos. A conta não fecha e no futuro poderemos ter muitos problemas.

      Tréplica: Aqui outro mito. O principal problema das previdências nacionais não são os custos e cálculos autuariais que mantém as contas “em aberto”. Este são dados que carregam meias-verdades. O fato é que a responsabilidade da previdência não pode recair sobre os ombros dos trabalhadores, que dão algo que nunca mais terão de volta, ou seja, suas vidas aos capitalistas, e na hora de aposentarem, tem que lançar mão de recursos próprios (sistema de poupança individual) ou mistos (público e próprios), como a partição. Quem tem que pagar os sistemas de previdência dos trabalhadores privados são os patrões na sua maior parte. O cara trabalha, como seu pai, para enriquecer alguém, faz este alguém acumular fortuna e uma fortuna que passará de pai, para filho, para neto e bisneto, e se contentará em ficar com dois ou três salários para passar 30 ou 40 anos, ou terá que se empregar de novo para suplementar salário?

       

      Criação do Plano real e controle da inflação

      Pergunta: Não foi o Itamar que criou o plano? E, como um presidente que entregou uma inflação acumulada que é mais que o dobro do seu sucessor no mesmo período (08 anos de Lula) pode dizer que controlava este indicador?

      Dizer que foi Itamar quem criou o plano real não é honesto com a historia. Se for assim podemos dizer que FHC criou o bolsa familia. O bolsa familia é a expansao do bolsa escola que foi criado em seu governo. mas nos sabemos que o plano real foi criado por Edmar Bacha,Pérsio Arida,Gustavo Franco, todos eles ligados ao PSDB.

      Tréplica: Uai, eu pensei que em governos brasileiros os planos e atos mais importantes fossem sempre do presidente: Quem matou Olga? Fillinto Müller? Quem renunciou? Foi o chefe de gabinete de Janio? Quem fez o plano Cruzado? Sarney? E o plano Collor? Foi Zélia? Mesmo assim, isto tudo é irrelevante. O modelo de arrocho monetário para ajuste das periferias globais que receberiam enxurradas de dólares no mercado do entra-e-sai, acumulando juros que chegaram a 29% ao ano em 2002 já estava marcado. FHC topou, e todos os pequenos ganhos do início da conversão URV para real se dissolveram em 6 anos de depressão econômica.

      Sobre a inflação, você espertamente, nada falou.

       

      Renegociação e estruturação da dívida externa

      Pergunta: Como é que se considera que alguém “negocia” algo, pendurado no default, e com algumas merrecas de reservas cambiais (eram 17 ou 37 bi de dólares?). Tem certeza que o nome é “negociação”? Não seria melhor chamar de contrato de adesão desesperada?

      O governo estruturou a divida fez os governos estaduais venderem os bancos estaduais (que eram fontes de rombos e mais rombos) e implantou a disciplina fiscal. 

      Tréplica: Estruturou que dívida, caro Senhor, onde? Ele vendeu ativos bancários dos estados sob pesada chantagem, e este dinheiro foi parar no buraco dos juros, deixando ao contribuinte a conta, como o caso do Banerj B, e o Banespa (teve até problema com a polícia neste negócio, onde teve gente tucana vendendo garantias que estavam sub judice). Que discplina fiscal com juros de 29% ao ano em 2002. Que dívida estruturada é esta que mantém juros desta natureza? Que dívida estruturada é esta se não havia nada mais para garantir pagamentos, nem reservas, nem ativos (estatais), nem o sangue da população, já todo drenado?

      Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

      Pergunta: Em qual economia dinâmica, no campo do G20, estes macroindicadores são levados a sério, e ao pé da letra? Qual era a meta de inflação de FHC, alcançar a Lua? Era câmbio que flutuava ou afundava (3,97 real por dólar em 2002)? Que responsabilidade fiscal é esta que pagava em 2002, mais que 29% de juros a banca?

      O periodo do governo FHC enfrentou inúmeras crises (pesquise como o mundo cresceu entre 1994 e 2002) foi um periodo dificil. O governo do PT está enfrentando a primeira crise no governo Dilma.

      Tréplica: Outra incorreção histórica. As crises cambiais de 99 e 2000, Ásia, México e Rússia, foram localizadas, e são chamadas de crises cíclicas e não-estruturais. Estrutural é a de 2008. A diferença: Todos, eu disse TODOS os indicadores da saúde econômica do país estavam à anos-luz do que o período de FHC.

      Se a crise de 2008 tivesse sido transportada a 1999 ou 2000, nós estaríamos tendo esta conversa por telégrafo.

      Um cordial abraço.

      1. Caro Obelix
        Temos muitas

        Caro Obelix

        Temos muitas divergencias conceituais e não vou contra-argumentar.

        Só gostaria que voce me respondesse o que os governos do PT  fizeram na economia?? (coisas concretas nas dimensões monetárias,fiscais,cambiais)  Quais sao as bases petistas para alcançar o desenvolvimento sustentável??

    2. Respostas (quase) Twítticas

      1) Responsabilidade Fiscal: “quando FHC assumiu o governo o Brasil beirava o caos’…. A lei foi promulgada quase no final do segundo mandato.

      1.1) No governo FHC, somente com o controle da inflação: FHC começou a governar com a inflação domada quase 1 ano antes, no governo Itamar, com a implantação por Ricupero e Gomes. FHC não ficou nem 1 mes.

      1,2) Na educação … os programas eram de avaliação, os de agora são de inserção!

      1.3) Genéricos: veio do Legislativo.

      1.4) Bolsa trololó: Falar que FHC criou é o emso que dizer que meu tio Fernando abriu (cadastrou) uma poupança para mim com R$1,00. Mas quem botou os milhões nela mesmo foi papai Luis.

      2) Privatizações: FHC não inventou nada, conceito antigo, praticado há muito (assim como seu contrário, as encampações e estatizaçõs), Desconstruiu e “doou” empresas LUCRATIVAS. Se ainda fossem estatais pagariam impostos do mesmo jeito, mas só de lucros na Vale, perdemos mais de 100 bilhões desde 99.

      4) Previdência: durante os anos pré Lula, o “rombo da previdência” (para aposentados) era manchete diária. Hoje sumiu. Mas nunca se falou em “rombo dos juros” (para banqueiros, que alcançaram 43% com FHC).

      5) Dívida: vendeu bilhões em ativos, arrochou a economia, sangrou o país e a única coisa que conseguiu foi aumentar a dívida e quebrar o país 3 vezes/ E se estivessem lá, continuaríamos a quebrar “periodicamente, para delírio da banca.

      6) Plano Real: Desonestidade histórica é fazer um presidente (sociólogo, e não economista) 2 vezes atribuindo-lhe um plano econômico de outro presidente, feito por economistas que foram juntados lá atras por Tancredo.

      7) Bolsa Trololó: já explicado em (1.4)

      8) Negociação de dívida: quebrar uma vez, vá lá, mas não fazer nada anticíclico para liquidar e prosperar (como China, Cingapura, Coréia do Sul) é muita incimpetência que “até um operário” sabe fazer. A única coisa qe fez foi, PASME-SE, seguir as instruções econômicas dos CREDORES…

      9) “FHC enfrentou inúmeras crises”: E a Coreia, Taiwan, Cingapura, China, não?

      10) Dilma e sua primeira crise: Peraí, a maior crise da História desde 1929 foi com Lula. E ele fez marola, desdenhando os conselhos e catastrofismos dos mesmos que quebraram o país 3 vezes. Dilma mantém o país saudável, APESAR da crise (e do corpo mole do empresaiado), que continua no mundo TODO.

      Ou seja, os seus argumentos são os mesmos repetidos diturnamente pela mídia terrorista, > 95% oposição.

      Vc trabalha nela ou apenas repete o que ela diz?

      Vou acreditar que é só mera coincidência.

    1. Uma baciada de livros é

      Uma baciada de livros é publicada desde 1947 incluindo a CIA em tudo, usando uma técnica eficiente, mistura-se FATOS REAIS, por exemplo,  a Fundação Ford deu uma contribuição ao CEBRAP, essa fundação e outras dão 

      apoios a MILHARES de organizações, causas, escolas, centros culturais, cientistas, escritores, ativistas e e JUNTO A ESSE FATO VERDADEIRO acrescenta-se uma fato ficcional, o dinheiro é da CIA, isso porque a CIA não pode e não dá dinheiro de varejo a particulares, como nenhuma outra agencia de inteligencia tambem não, isso só existe em livros de espionagem que se vendem em aeroportos.

      A FUNDAÇÃO FORD é historicamente ANTI-GOVERNMANETAL, ANTI-ESTABLISHMENT, LIBERAL, é o tipo de organização que tem horror à CIA e a CIA tem horror dela. A Fundação Ford foi submetida a duas comissões de inquerito no Senado americano sob a acusação de ser um entidade comunista, é a unica organização importante nos EUA que sempre esteve do lado dos palestinos no conflito Palestina-Israel, a Fundação é grande financiadora do movimento palestino, a CIA iria usar essa fundação riquissima como front? E porque a fundação se prestaria a esse papel?

      É fato que a Fundação Ford deu dinheiro para criação do CEBRAP (FHC, Chico de Oliveira e muitos nomes RESPEITAVEIS) , como é fato que a Fundação Konrad Adenauer deu dinheiro pára os sindicatos do ABC que criaram a CUT e o PT. E dai? ´Foram doeções legais e contabilizadas, qual o problema, porque o dinheiro alemão pode e o americano não pode?  Aliás há estorias bem mais pesadas de dinheiro de Chavez circulando por campanhas eleitorais, na Argentina um avião venezuelano foi detido pela Policia Federal com milhões de  dolares para a campanha de Nestor Kirchner, equeceram de avisar o aeroporto de Ezeiza que chegaria esse avião-mala do peronismo, como ficamos?

      Agora o que não se prova porque é impossivel provar MAS É POSSIVEL INVENTAR  é que a CIA está por trás da Fundação Ford, é como dizer que o PT está por trás da Casa das Garças, qualquer um pode falar o que quiser.

      FHC recebeu apoio da Fundação Ford no MESMO PERIODO em que diz a mesmissima esquerda que a CIA apoiava o regime militar, a Operação Condor, as ditaduras, a perseguição a Goulart, como é que ficamos? A CIA ajudava o FHC e ajudava a repressão no Brasil, AO MESMO TEMPO?  As pessoas precisam usar inteligencia, se é que tem, para criar uma estoria que faça sentido,  FHC era inimigo do regime militar, como é que CIA iria apoiar?

      Já quanto New Statesman, porta voz oficial desde tempos imemorais da esquerda britanica que é muito antiga, como tudo na Inglaterra, o establiishment anti-americano na Inglaterra é muito mais radical do que toda a esquerdolandia brasileira junta, o que vem de lá é coisa sempre pesada e nem porisso real.

      1. Mas que argumentaçãozinha P.Q. o pueril!

        “FHC era inimigo do regime militar”

        Ele e o Serra, que “fugiram” da ditadura e foram ajudar (a depôr) o Allende.

        Um, “exílado” que andava de Mercedes num país esquerdista.

        O outro, ex-lider da UNE, foi “capturado pela CIA” no Chile, “direto para a prisão” … em Cornell.

        E aqui, americanofilopatas nunca ouviram a palavra infiltrado.

        Traidor é o Snowden…

        Tsk, tsk tsk,

         

         

         

      2. A Fundação Ford e similares

        A Fundação Ford e similares norte-americanas são notórias por servir como braço financeiro da CIA em suas operações.

        Joan Roelofs, in Foundations and Public Policy: The Mask of Pluralism (State University of New York Press, 2003) argues that Ford and similar foundations play a key role in co-opting opposition movements. “While dissent from ruling class ideas is labeled ‘extremism’ and is isolated, individual dissenters may be welcomed and transformed. Indeed, ruling class hegemony is more durable if it is not rigid and narrow, but is able dynamically to incorporate emergent trends”. She reports that John J. McCloy, while chairman of the foundation’s board of trustees from 1958 to 1965, “thought of the foundation as a quasi-extension of the U.S. government. It was his habit, for instance, to drop by the National Security Council (NSC) in Washington every couple of months and casually ask whether there were any overseas projects the NSC would like to see funded.” Roelofs also charges that the foundation financed counter-insurgency programs in Indonesia and other countries.

        http://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Foundation#Controversy

        O sem-vergonha Araújo anda muito esquecidinho, mas, em outro tópico, apresentei a estranha história do senhor McGeorge “Mac” Bundy, conselheiro dos presidentes JFK e Johnson, um dos mentores da guerra do Vietnã(falcão que era, defendia o uso de armas nucleares contra o país asiático)e que “coincidentemente”, ao deixar o governo, foi presidir a Fundação Ford(caso pornográfico de “revolving doors”) no período de 1966-1979, justamente quando a CIA despejava dinheiro para financiar as ditaduras sanguinárias da América Latina.

        Bundy was a strong proponent of the Vietnam War during his tenure. He supported escalating the American involvement and the bombing of North Vietnam.

        He left government in 1966 to take over as president of the Ford Foundation, a position he held until 1979.

        http://en.wikipedia.org/wiki/McGeorge_Bundy

        Pedi para que o sem-vergonha do Araújo explicasse essa estranha de história, mas, como de costume, ele fugiu do assunto, atribuindo tais alegações a teorias conspiratórias e outras asneiras típicas de seus comentários irrelevantes e sem conteúdo.

      3. De fato, sr. Araújo, não

        De fato, sr. Araújo, não constam registros dos atos de resistência impostos por FHC à ditadura empresarial-militar. Mas consta ter ele sido objeto de algum interesse por parte dos militares golpistas. E não poderia ter sido diferente dado ao posto que ocupava como professor da então FFCL/USP, esta sim, uma instituição muito visada. Também a associação de seu nome ao do notório sociólogo Florestan Fernandes, seu orientador, deve ter-lhe rendido a pouca suspeita que despertou.

        O registro mais contundente de um militar sobre FHC foi justamente o de seu tio, o militar nacionalista general Felicíssimo Cardoso ao dizer:  Este meu sobrinho não é de confiança. Os militares golpistas registraram em seus arquivos apenas que este senhor era portador de idéias esdrúxulas. 

        Portanto, a se considerar os registros históricos, não há elementos factuais que caracterizem inimizade pessoal, individual, entre FHC e militares golpistas que o senhor alega. Ele se auto-exilou no Chile, onde também não há comprovação de que tenha feito parte da resistência ao golpe contra Salvador Allende.

         

  34. Desenvolvimento do país exige

    Desenvolvimento do país exige política industrial de longo prazo, afirma Chang

     

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    Por Vanessa Jurgenfeld | De São Paulo

    Ha-Joon Chang, professor de Cambridge: “O Brasil abriu mão de desenvolver suas atividades manufatureiras”

    O economista sul-coreano Ha Joon-Chang, professor na Universidade de Cambridge, ressaltou ontem a importância da política industrial de longo prazo para o desenvolvimento econômico de um país. Conhecido pelo livro “Chutando a Escada”, ele defendeu a necessidade de o Brasil investir em infraestrutura e em indústria de alta tecnologia para melhorar o padrão de vida de sua população.

    Ele destacou que não basta uma política de corte de impostos para incentivar alguns setores na economia em um momento de crise, sendo preciso desenhar uma política industrial de longo prazo em que sejam desenvolvidas atividades industriais “que só poucas pessoas podem fazer”.

    Fazendo uma comparação, Chang afirmou que a política industrial na Coreia do Sul foi fundamental para o seu desenvolvimento. “Nos anos 1960, o PIB per capita da Coreia era de US$ 80, em um momento em que Chile e Argentina tinham provavelmente PIB per capita de US$ 400 e o Brasil, provavelmente de US$ 200″, disse.

    Segundo ele, apesar das críticas que existiram, o quadro melhorou para a Coreia porque houve o desenvolvimento da indústria siderúrgica, automobilística e de eletrônicos. “E temos o padrão de vida que temos hoje, que é de US$ 22 mil de PIB per capita, enquanto a Argentina deve estar em US$ 8 mil. Nós éramos 20% da Argentina e agora somos três vezes mais”, afirmou. “Quando começamos, todos estavam céticos, e alguns diziam que países como a Coreia deveriam desenvolver apenas a indústria intensiva em mão de obra, o que fizemos. Mas, ao mesmo tempo, desenvolvemos outros tipos de indústrias e usamos nossa taxa de câmbio para importar tecnologias mais avançadas, aprendendo com isso”, destacou.

    Na visão do economista, as políticas protecionistas para o setor industrial foram fundamentais não só para a Coreia neste período de avanço industrial, mas para diversas nações hoje desenvolvidas alcançarem o padrão que hoje ostentam. Mas defendeu que essas políticas sejam temporárias, o que não significa só um ou dois anos. “Podem ser de 20 anos, mas um dia devem ser retiradas e as empresas que as receberam devem ter desenvolvido a sua produtividade”, destacou. “Fazendo uma analogia, há alguns remédios que criam temporariamente uma melhora no seu estado físico. Quando você toma esse medicamento, precisa usar essa recuperação temporária para mudar sua vida, fazer exercícios, mudar a alimentação, para no longo prazo viver sem o medicamento. Não adianta tomá-lo e não fazer nada, pois criará dependência disso para se sentir melhor”.

    Na avaliação de Chang, o Brasil tem feito ações importantes no setor aeroespacial, na exploração de petróleo, no etanol, “mas não está explorando todo o seu potencial”. Citou, por exemplo, que nos anos 1980, a indústria manufatureira representava quase 30% do PIB. Hoje, essa fatia está em 13% e com previsões de que represente apenas 9% no futuro. “Parte disso pode ser considerada desindustrialização natural, mas grande parte ocorreu porque o Brasil abriu mão de desenvolver suas atividades manufatureiras”, disse. “Se você destruiu sua indústria por 30 anos, não pode esperar que ela volte à vida simplesmente com uma taxa de juros e uma taxa de câmbio mais favoráveis em dois ou três anos”.

    Crítico do neoliberalismo, Chang disse que “ninguém tem o monopólio da verdade” e que a “economia não é como as ciências naturais, em que você definitivamente prova coisas”. Segundo ele, “a política também é fundamental para a economia, não podendo ser tratada da mesma forma que a química e a física”.

    Em um olhar para a economia americana, o economista disse acreditar que há uma nova bolha por conta do ‘descolamento’ existente entre os preços dos ativos no mercado financeiro em ascensão e a fraca recuperação da economia real americana. “O mercado de ações está no seu mais alto nível de todos os tempos, mas, de outro lado, a economia real não vai muito bem”, afirmou.

    Não há como a economia americana sustentar o atual nível do mercado de ações, na avaliação de Chang. “Os preços estão irreais. O futuro não parece muito bom. Mesmo que essa recuperação relativa esteja ocorrendo no setor financeiro, o salário médio está mais baixo do que antes da crise, há muitas pessoas desempregadas e muitas que só conseguem achar trabalho para meio período”, disse, citando que nesse tipo de situação, sem investimentos na economia real, não há sustentação da demanda no futuro.

    “Isso caracteriza claramente uma bolha”, disse. “Se você lê a imprensa financeira mundial, muitas pessoas falam de bolha. Mas muitos estão inflando essa bolha sem se importar, porque acreditam que vão inflá-la talvez por mais um ou dois anos e depois sair do mercado antes de ela estourar. Isto é uma ilusão coletiva porque cada um acredita que será a pessoa esperta e poderá sair antes do estouro, mas haverá um momento em que ninguém conseguirá sair”.

    Chang participa nesta semana do Latin American Advanced Programme on Rethinking Macro and Development Economics (Laporde), na Fundação Getulio Vargas.

     

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