É hora de Dilma olhar para o novo

Em seu artigo na Carta Capital desta semana, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos alerta para o vácuo de crítica consistente ao governo.

Ao criar o que ele denomina de “centro estendido”, o PT jogou a oposição para perto da extrema direita.  Restou a ela “a encenada indignação moral e acenos genéricos de eficiência”.

Por seu lado, com esse centro-baleia o governo Dilma Rousseff conseguiu se fortalecer parlamentarmente, mas à custa do enfraquecimento da relação com a  sociedade em mudança. Nas hostes do governo, “qualquer opinião divergente, autônoma, em relação à cadeia de comando dos líderes do centro-baleia é atacada como reacionária”.

***

O que move a democracia é a lógica das inclusões sucessivas, que ocorrem à medida em que grupos minoritários vão se organizando e ganhando voz através dos votos – e, mais que isso, à medida em que as elites nacionais se civilizam.

O princípio da igualdade tornou-se cláusula pétrea na consciência jurídica nacional. Mas não consiste apenas em assegurar patamar mínimo de dignidade a todos os cidadãos, mas dar-lhes a oportunidade de se integrarem à sociedade em todos os seus níveis.

É esse alargamento do conceito que vem movendo as grandes transformações sociais da humanidade.

Nas políticas raciais, criminalizou-se a proibição de locais públicos impedirem a entrada de  pessoas por cor. Na saúde, inspirou os movimentos de desospitalização de pessoas com problemas mentais. Na educação, significou conferir  às pessoas com deficiência o direito de estudarem na rede básica com colegas sem deficiência. Na vida em comum, significou reconhecer o direito de casamento gay.

Há uma consciência modernizadora atuando em todas essas áreas. É essa vanguarda que representa o novo. O velho é defendido pela rede dos sanatórios garantida pela política de internação compulsória de viciados, pelas escolas especiais (tipo APAE) e por outras formas de apartheid.

É por aí que se entende a repercussão da operação Cracolândia, trabalho meticuloso da Prefeitura de São Paulo montado durante 6 meses, envolvendo diversas secretarias de governo, visando atender a apenas 300 pessoas.

Do ponto de vista quantitativo não se compara a programas massificadores, como o Bolsa Família, Brasil Sem Miséria, Luz Para Todos etc.

Do ponto de vista simbólico, foi uma explosão, que conferiu uma legitimidade inédita ao prefeito Fernando Haddad.

***

Nos últimos anos, esses movimentos modernizantes foram deixados à deriva por uma oposição sem nenhuma sensibilidade social e por um governo que abdica do moderno por alianças políticas menores. A operação Cracolandia foi um respiro nesse oceano de anacronismo. 

Uma das maiores vitórias modernizadoras – a política de inclusão de crianças com deficiência na rede básica, responsável pelo atendimento de 800 mil crianças– está prestes a sofrer um golpe tremendo, devido aos interesses eleitorais paroquiais da Ministra-Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann e da Secretaria de Direitos Humanos Maria do Rosário.

Seria bom que, de vez em quando, Dilma Rousseff olhasse para baixo, para as transformações que estão ocorrendo em uma sociedade em movimento, e incluísse a consolidação do novo como peça política central.

Luis Nassif

113 Comentários

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    1. Além do estrago

      causado com todos esses discursos contra drogas, contra PLC 122, contra educação inclusiva

      ainda por cima não vai se eleger porque conservadores econômicos tem a Beto Richa para votar e secularistas ficarão órfãos.

      E olha que sou muito crítico a Beto Richa, mas paciência.

  1. Esquerda Possível: até quando?

    Nestes últimos 11 anos de governo popular temos convivido com a chamada “esquerda possível”, que é o limite até onde as aspirações populares, através do voto, conseguem chegar. A esquerda possível é aquele anseio popular refletido no voto, mas adaptado e torcido à realidade imposta pelos verdadeiros grupos de poder sem voto: empresarial, financeiro, PIG, STF, CNI, Procuradorias, Forças Armadas, EUA, etc.

    Queremos saber como romper este cerco. Que mais precisamos? Mais votos?

    O melhor a fazer é continuar ouvindo á juventude, nas ruas, e procurar espaços para avançar, assim como foi feito com a destinação dos royalties do petróleo para a educação, o programa “Mais Médicos” e outras ações que foram reforçadas pelo povo nas ruas, em junho passado.

    Ainda, fortalecer o PT nestas próximas eleições com alianças programáticas de fato, com o PCdB ou outros aliados fieis. Um povo mais esclarecido saberá indicar aos seus líderes qual o caminho para esta esquerda possível caminhar de forma mais acelerada até o encontro com os anseios da sociedade.

     

    1. Esse Wanderley dos Santos é

      Esse Wanderley dos Santos é um reaça, coxinha, demotucano, faz o jogo da direita.

      Onde já se viu vir falar mal do PARTIDO!

      1. Falar mal do partido? Onde?

        A crítica do professor Wanderley Guilherme dos Santos se dirige muito mais para a oposição fracassada (a antiga e a nova) e para os grupúsculos voluntaristas de oposição ao PT. Leia antes de dizer bobagens… Segue um breve resumo do belo texto do professor Wanderley:

         

        1- O PT caminhou para o centro e empurrou o PSDB para a direita e extrema direita, cuja pauta é o moralismo, a “gestão” e a miséria programática.

        2- O caminhar do PT rumo ao centro trouxe consigo um déficit de críticas ao governo federal. As que existem tem a consistência de uma geleia.

        3- Sindicalismo brasileiro está perdido em meio a uma pauta eminentemente economicista. Não conseguem mobilizar as massas em função desta apatia programática.

        4- Caminhar do PT rumo ao centro provocou um vazio institucional em outros partidos de centro esquerda. Saída do PSB da base é compreensível mas o projeto do PSB padece por ter se contaminado pelo direitismo da Rede e pelas oscilações políticas do atual governador pernambucano.

        5- O vazio institucional da esquerda e da centro-esquerda (exclua-se o PT) contribuiu para o surgimento de grupúsculos de inconformados com o universo. São grupos efêmeros nos quais não está presente o tal de “precariado”, mas sim uma parte da juventude de classe média.

        6- Houve infiltração fascista em junho de 2013. As manifestações aqui havidas não tem absolutamente nada a ver com as manifestações ocorridas na Europa ou nos EUA. São fruto deste vazio institucional da centro esquerda, consequência do caminhar do PT rumo ao centro. A falta de estratégia fez com que as manifestações explodissem e se retraíssem com grande velocidade. Os incontestáveis avanços sócio-econômicos do governo federal acontecessem ao mesmo tempo em que há uma estagnação em matéria de direitos individuais, fruto da caminhada ao centro.

        7- Os movimentos recentes são constituídos por uma miríade de pequenas coletividades. PSOL e PSTU, minúsculos e apartados das massas, encontram rara oportunidade de se mostrar através destas manifestações. Outros grupúsculos microscópicos também encontram nestas manifestações uma oportunidade de dizer ao mundo que existem. A eficácia destas manifestações, no longo prazo, é precária. E termina dizendo que todos os que tem apreço pela democracia deveriam se propor a ocupar as ruas. Mas com estratégia e objetivos bem definidos, não com fantasias desconexas.

        1. “Houve infiltração fascista

          “Houve infiltração fascista em junho de 2013.” 

          Fascista?. Que componente da ideologia fascista foi reinvidicada nos protestos?

           

          1. Pergunte ao professor Wanderley Guilherme dos Santos. O texto é dele, eu apenas fiz um resumo (sem nenhum juízo de valor).

        2. Famosinhos

          Esta é a oposição dos sonhos para os partidos do governo que governam para a banca, o PT e o PSDB, a Globo já decretou  no Fantástico.

          Na verdade o único fato novo na política nacional com força de balançar a atual estrutura de poder é o surgimento do PROS, com a terceira bancada na Câmara, que está proibido de ser mencionado ou comentado no blog e na grande mídia, para não dar armas aos “inimigos”. 

          O PROS é a parcela dos políticos que ficaram de fora do grande acerto, que não está todo lá ainda. Jânio Quadros na veia, ou todos nos locupletamos ou restaure-se a moralidade.

          Vai custar caro para a dupla PT + PMDB desta vêz.

          Nunca a governabilidade esteve tão ameaçada como agora no Brasil, mas todos sabiam que a Dilma não tinha nem capacidade, nem aptidão para governar o Brasil, não será surpresa nenhuma se entrarmos em convulsão social e guerra civil, pois os que mamam nas tetas do Brasil não vão largar o osso no mole.

    2. Estar mais a esquerda

      Para mim a resposta do que do seu questionamento “Que mais precisamos?”. Está em nos fazermos presentes em organizações mais a esquerda do PT, de forma a tencionar e viabilizar um governo mais a esquerda. O partido em que mais votei em minha vida foi o PT, e acredito que o PT tenha cumprido seu papel, mas é preciso avançar para além da “esquerda possível”. Apesar de entender, nunca me conformei com as concessões pela governabilidade do governo Lula/Dilma. Para mim o PT se tornou uma grande estrutura engessada, que sozinha não consegue mais fazer o necessário para as grandes e rápidas mudanças que a maioria da população quer. Não tenho a mágoa ou ressentimento que muitos companheiros meus de partido tem pelo PT, hoje sou filiado ao PSOL por considera-lo um partido necessário. E longe de achar que o PSOL é o mais certo, que resolverá os problemas do país, ou que se tornará um novo PT. como já disse, apenas o considero um partido necessário.

      1. Vamos conseguir aprovar projetos n Congresso e derrubar a Direit

        Com a varinha de condao do Harry Potter e os gatos pingados do PSOL. Beleza, pensamento mágico é isso aí. 

  2. Copa e cozinha.

    Ao invés de olhar para baixo, como diz Nassif, os de cima estão a olhar cada vez mais para cima – distraídos com Copa, Galeão, alianças,  e esquecidos quase que completamente da cozinha, isto é, de onde se trabalha e muito para mantê-los lá acima.

    O pior é que – como dizia minha mãe – mal com eles, pior sem eles. Se a alternativa única fosse a substituição do atual governo nas eleições deste ano, em quem poderíamos votar?? – Em ninguém, infelizmente.  

  3. Dá para entender a

    Dá para entender a constatação de que a oposição foi jogada para um espaço próximo da extrema direita. Vêm dai as dificuldades fundamentais da candidatura Eduardo Campos em tentar assumir uma identidade viável e vendável fora deste espaço. Não só por razões internas do PSB, onde as posições progressistas se degradam, mas também porque toda aliança buscada tem artérias e veias que pulsam a partir daquele espaço oposicionista. O que aconteceu também, em decorrência disto, foi que os instrumentos de informação e formação de opinião da oposição se viram na contingência de assumir seu posicionamento semi-extemista de direita de uma forma patética e anticrítica, vociferando e esbravejando de modo primitivo. No máximo, procurando moderação, recorrem à mentira deslavada que desautoriza estes meios perante as melhores inteligências do país. Até as críticas aecianas, qundo não fundadas em inverdades, estão se aproximando das posições serristas da corrida de 2010.

    Dá para assimilar, também, com algumas ressalvas, o conceito de “centro expandido”. O lamentável é que, de uma forma geral, o PT não se posiciona neste centro com a posição de liderança que lhe é cabível. Está, na verdade, bastante misturado à massa informe dos interesses imediatos, pontuais e regionais que caracterizam o centrão. Pisa em ovos para garantir apoios, sempre acuado com a possibilidade explícita de infidelidades, que emerge na prática como uma permanente chantagem sem ideologia. Em novo governo, todo o futuro do projeto progressista dependerá do PT procurar liderar de fato este centrão, levando-o por suas exigências, e não sendo levado pelas exigências fisiológicas dos autênticos centristas. Embora diplomático, o PT terá que ser firme, terá de impor condições programáticas sem reservas, e terá todo um patrimônio imenso de conquistas para demonstrar e lastrear as suas exigências.

    1. Re: Varejo

      Haha, Manhattan Connection, mal dá pra acreditar num programa desses.  Eu sou meio que forçado a assistir ele, porque costuma estar passando no restaurante onde eu trabalho, na hora do almoço.  Eu fico surpreso, porque sempre pensei que a Globo manteria pelo menos o mínimo daquela falsa imagem de imparcialidade que ela tenta passar, mas nesse programa é tudo escancarado mesmo.  Eu já não gostava da Globo, mas depois deste programa, a quantidade de vezes que assisto ao canal baixou basicamente pra zero.

  4. Esquerda ambidestra é como um

    Esquerda ambidestra é como um pêndulo, vai prum lado vem pro outro passando sempre pelo centro, com todo cuidado prá não cair a direita. Maldita média . Assim o tempo passa, e morremos no poder.

  5. Perfeito Nassif.
    Embora

    Perfeito Nassif.

    Embora “contra-peso” aos interesses (quase sempre particulares) dos conservadores (e fazendo o governo do que é possível), a Dilma precisa ser mais receptiva, incisiva e firme na execução das posições progressistas. 

  6. Hoje mesmo que se queira não

    Hoje mesmo que se queira não existe alternativa ao PT.

    Essa é a logica.

    Existe um vácuo partidadário no BRASIL.

    Falta um partido sério com propostas inovadoras para que o BRASIL continue progredindo e aí termos alternativa de voto.

    Propostas que coloquem o dedo nas nossas feridas, mas que não envolvam somente o poder executivo central.

    Por exemplo:

    – reforma no monopólio da mídia.

    – reforma no judiciário.

    – reforma no ministério público.

    – reforma política com financiamento público de campanha.

    Uma mudança importante que só um partido sério poderia desenvolver seria a reforma política.

    Mas como avançar numa proposta dessas que poderia por exemplo diminuir o poder de barganha e financeiro dos próprios políticos?

  7. Brasil é Brasil

     No Brasil como é de se esperar, somos explorados como minas de ouro, mais o povo nunca sabe o que acontece quando uma mina não tem mais ouro, ela fica abandonada.

     Assim é o Brasil, todos os políticos investem em coisas que vão lhes dar votos, não temos nenhum político no Brasil, nenhum mesmo que tenha culhões de quebrar o paradigma aqui instalado que é a manipulação da opinião pública através de migalhas.

     Assim como Roma fazia antes de nós como nação, manipular o povo é simples, não lhe dê poder algum(Conhecimento, estudo, escolas de tempo integral, profissão e etc…), manipule sua renda (Impostos), e dê esmolas para dizer que você é do povo quando um foco de incêndio se ascende(Manifestações e etc…).

     A pergunta que nunca vai se calar mesmo é sempre a mesma “Por que quem tem dinheiro quer educar seus filhos no exterior, viver no exterior mais explorar o Brasil até não poder mais”. Resposta : Porque quando se tem a educação do exterior que no caso é de tempo integral, se aprende mais se livra de ficar aprendendo coisas ruins na rua, se é melhor reconhecido pois ninguém no exterior aceita nossos diplomas pois enganamos a nós mesmos com essa educação de terceira passando de ano quem nem deveria ter saído do primário, viver no exterior (com dinheiro Brasileiro) é muito melhor pela polícia que funciona melhor, pelo Estado que trabalha mais em prol da população (que não é nosso caso aqui no Brasil), que quando você paga um imposto vê para onde vai o dinheiro (aqui também vemos, porém não vai para onde gostaríamos, vai para o bolso de políticos, fiscais, juízes e etc…), e como no Brasil os políticos mantém o povo analfabeto, é mais fácil grandes empresas ganharem nosso ouro e levarem para fora como os Portugueses fizeram e ainda saem acenando para nós dizendo “Amo o Brasil”.

     Manipular é política, política é manipulação, apartir do momento que aparecer alguém com culhões para dar educação ao povo, mais educação digna, para que quando votarem saibam realmente distinguir o político merda do que realmente tem um plano para seu mandato, para não termos eleito gente como Tiririca e BBB’s, para formarmos políticos que realmente querem fazer algo pela pátria amada, pois como é de praxe, grandes nações invocam o patriotismo dos seus o tempo todo, no Brasil somente nos esportes que querem invocar o seu patriotismo, mais ser patriota vai além disso, não é só querer vencer nos esporte e sim vencer como nação soberana, isso no Brasil já foi perdido, somos como cães abandonados, que quando recebe alguma atenção de qualquer estranho abana o rabo pensando estar seguro, mais nem sempre o estranho tem boas intenções, pois como não temos educação, como reconhecer um lobo em pele de cordeiro se não conseguimos nem nos distinguir nem de um cão abandonado. Estamos abandonados pelo estado explorador (Impostos), a máquina pública é muito cara e sem eficiência alguma, inflada com secretarias que são usadas como barganhas políticas, cargos comissionados de gente incompetente que repassa parte de seus salários ao patrão e etc…

    Aí temos muitos fatos e fatores para pensar no amanhã, não quero me prolongar muito mais pois no Brasil até sua opinião pode ser vetada hahahahahha…Bom dia a todos.

  8. De lado, igual caranguejo.

    No primeiro gov. FHC, ouvi de Lula, na quadra dos bancários, um discurso no qual ele comparava aquele governo, a postura de FHC, a cerveja Caracú. Dizia Lula que Fernando se voltava para o primeiro mundo, mostrando o traseiro para o povo. A Cara para a Europa e EUA eo… Para o povo brasileiro.

    As pessoas presentes, eu inclusive, aplaudimos efusivamente tal analogia, a sua capacidade de resumir toda a trajetória de um governo numa unica e curta frase.

    Agora, analisando o nosso governo, notadamente nesses ultimos 2 anos, tenho me perguntado se não seria o caso de dar a ele o nome de “Governo Caranguejo”, especialmente no tocante aos movimentos sociais organizados como os sindicais os “Sem” quase tudo e pricipalmente os representantes das nova mídias, que tem se desdobrado, de graça, no enfretamento com os velhos capitães do mato midiáticos, sem qualquer alento, por parte dessa companheira.

    A postura de Dilma em relação a esses movimentos, me parece, é fazer cara de paisagem, andar de lado, empurrar com a barriga até o fim do processo eleitoral, quando então terá inicio um renovado governo, como foi o segundo mandato de lula, que, como sabemos, foi bem superior ao primeiro. Até lá ela e seu governo, se não adota em relação aos movimentos organizados a atitude que Lula viu em FHC, é certo que a estratégia do caranguejo lhe fica muito bem.

    O diabo é que eu, como muitos, esperavámos que o terceiro manadato do PT fosse melhor que o segundo, fosse a sua continuidade, e não um novo governo petista em que o primeiro é ruim e o segundo menos pior.

    De qualquer forma, não vejo ao derredor nenhuma alternativa que possa sobrepujar a que aí está.

    Dilma será eleita, provavelmente no primeiro turno, não por seus méritos e de seu governo, mas por absoluta falta de alternativa, notadamente no campo progressista. E aqui  se aplica como uma luva um trechinho/refrão de uma música não muito conhecida do velho Raul, Grande filósofo: “Eu calço é 37 / Meu pai(Dilma) me dá 36 / Dói mas no dia seguinte / Aperto o meu pé outra vez “.

    É esse o dilema que vive os movimentos sociais em relação a Dilma. Até quando.

     

    1. meu resumo disso é o seguinte

      O PT/Dilma tem potencial para fazer 55-60% dos votos. Isso atendendo à maioria e fazendo promessas às minorias.

      A partir do momento que minorias são desprezadas, a oposição tem por onde comer pelas bordas. Fica uma sensação de decepção e frustração, mesmo que não haja alternativas boas evidentes.

      O PT perde a oportunidade de fidelizar as margens, fica só núcleo duro que garante a reeleição.

      Um futuro confortável passa a ficar incerto.

  9. A modernidade pouco moderna

    Desconheço os trabalhos do Wanderley dos Santos e, por causa disso, não tenho certeza se os argumentos acima expostos pertencem a ele mesmo ou a Nassif, embora tanto faz, se considerarmos a profunda admiração que Nassif manifesta em relação ao citado Wanderley.

    O Wanderley define um Governo progressista e de esquerda como um centro de captação de “modernidades” que pipocam ao seu redor, numa “lógica de inclusões sucessivas”. Wanderley acusa ao PT de abdicar do “moderno” e, ainda, descreve como sendo moderno um conjunto de situações discutíveis e polêmicas, defendida por grupos monotemáticos que nada de moderno tem. Uma Torre de Babel torta e insegura, mas cheia de modernidades?

    O Wanderley apresenta um quadro à inversa do André Araújo, o qual, pelo contrário, tenta trazer de volta à sociedade o “atraso” (sentido apenas figurativo) de práticas sociais e comunitárias de enorme bom senso, mas que não tem turmas embandeiradas na rua as defendendo, então são qualificadas como ideias apenas “conservadoras”.

    Wanderley cita as grandes transformações da sociedade como sendo coisas nascidas do povo, sagradas e intocáveis, esquecendo que, na sua quase maior parte, estas modernidades são ondas globais turbinadas pela dominação e o atraso, pelo mais conservador que existe no mundo. Elas não representam o novo, mas sim a “novidade” trazida pelos ventos do hemisfério Norte.

    Novidade é ser autêntico, é criar (como Haddad o fez), é ouvir, é discutir e reconhecer erros. Novidade é um Governo popular, que enfrenta poderosos interesses globais, procurando uma economia planejada, com um Estado indutor, com ideias socialistas, com generosidade com povos menos favorecidos e, ainda, com capacidade de unir esforços em parceria com nações vizinhas. Novidade é enfrentar os modernismos, pois estes escondem apenas interesses mesquinhos, seja a partir de grandes interesses globais, ou por grupinhos monotemáticos que querem um Governo para sim mesmos e não para o bem comum.

    O Governo não precisa converter-se numa colcha de retalhos, agregando demandas de grupinhos, captadas por ávidas secretarias sociais de Governo, que apenas procuram jogar para a plateia. O Governo deve ter capacidade de definir o nosso rumo, onde a grande maioria esta engajada e, pelo contrário, estender este manto comum para as citadas minorias, que já estão bem na hora de receber uma puxada de orelhas e dizer: Qual e sua cara; quer um país apenas para você e sua turminha?

  10. Fator PMDB

    Qdo se tem como principal aliado que dá sustentação no congresso um partido que vive da chantagem política, dá nisso.

    Perde-se muita energia para manter o dragão na sala e nem sobra nada para cumprir aquilo que um partido de esquerda deve fazer.

    Inclusão só dos apadrinhados nos ministérios e estatais.

    A composição no congresso será sempre a pedra atada aos pés que puxará o governo Dilma para a medicridade.

    1. Eu diria que além da energia,

      Eu diria que além da energia, perde-se eficiência na execução das políticas. Imagine você a quantidade de gente incapaz salafrária ocupando cargos… dá até saudade da prática do mensalão, no sentido que dos males, este era menor. Como  a sangria da corrupção não estanca, apenas muda-se de veia, de modo que cada um fique com seu “escândalo em potencial” confinado nos limites da própria responsabilidade.

      O PMDB é sim um câncer. O que incomoda não é o PT assumir a posição de que tem de passar por cima de muita coisa importante (a meu ver) para que algo ainda mais importante se concretize. Sabemos que a diferença entre remédio e veneno está na dose, no tempo em que a o doente usa. A dinâmica da sociedade, sua saturação com as velhas práticas e escândalos diários, não permite que ninguém se dê ao luxo de sentar indefinidamente em berço explêndido.E aí eu pergunto, o que o PT tem feito para que, progressivamente, essa situação de refém do PMDB mude? Qual a sua estratégia para aumentar as bancadas, renovar seus quadros, atrair gente nova, criativa e com potencial? Dar a oportunidade para que alguém novo apareça é importante, os mais velhos tem que ter humildade, vide o caso de Haddad. Lulla acertou, mas Lulla é um e é mortal.

      Parece que existe uma fórmula pronta de fazer política partidária em que candidatos medíocres (alguns herdeiros de outros candidatos) são, dependendo do pleito, as únicas opções para o eleitor, que posteriormente é acusado de forma cínica de votar mal…. a falta de representatividade é sentida e, o pior, sem que haja uma luz no fim do túnel. O desrespeito com que nos tratam não é ignorado. Vejo a repulsa aos políticos nas manifestações como um resultado de todo esse processo de rejeição que ninguém se deu conta que iria eclodir da maneira como foi.

  11. Obcecado
    Nassif é um dos melhores articulistas do país, mas a sua obsessão em atacar a Ministra Maria do Rosário (que é a figura mais à esquerda do governo) de modo descontextualizado e leviano o faz perder credibilidade.

    1. Se assim for…

      Prezado, se a sua opinião sobre o Nassif, estiver certa, e se realmente a Ministra Maria do Rosário, for muito à esquerda da equipe da Pres. Dilma, as coisas começarão a mudar agora, com a chegada ao núcleo duro do governo, do Mercadante, ´`a Casa Civil, ele que é o “Dilmo da Dilma” e fala a língua da Presidente.

  12. O PT precisa abrir as

    O PT precisa abrir as “janelas” e tomar uma lufada de ar fresco. retirar a cêra dos ouvidos e a venda dos olhos. 

    Que há novidades “lá fora”, há. E muitas. Desdenhar disso mais que arrogância, é burrice. 

    Desde que emergiu como novidade na política brasileira no início da década de 80, o mundo já passou, no mínimo, por duas, se não revoluções, pelo menos inflexões profundas: a primeira de caráter política, no caso o desmonoramento do dito socialismo “real” com o ocaso do seu maior farol, a URSS; e uma segunda afeita ao progresso das ciências e das novas tecnologias, com destaques para o advento da internet, hoje uma espécie de “grande mãe” onde todos se reportam. 

    Os efeitos na dimensão material obviamente trazem reflexos na vida social. Se o PT foi forjada por uma militância de perfil misto, com destaque para classe média e proletariado sindicalizado, e que hoje se encontra esgarçada e dispersa, resta-lhe buscar novas bases. Mas para isso é necessário entender as transformações e apreender os sentimentos do corpo social que emerge com essas transformações tão profundas. 

    Águas passadas não movem moinhos. O partido e seus líderes ainda contam com o reconhecimento, ou mesmo o medo de mudanças, da maioria do eleitorado. Mas isso ainda é circunstancial. Precisa olhar para diante; atentar para essa juventude, não tão politizada e compenetrada como as das décadas passadas, mas que também tem seus sonhos, suas angústias e seus fervores. 

  13. apesar de..

    apesar de ser um  Governo que mais incluiu ao longo do período Republicano, basta ver os inúmeros programas sociais de Lula e Dilma , na minha opinião tem um ponto onde Nassif acerta e só acontecerá no segundo mandato de Dilma: mais  aporximação com o povo, leia-se com os movimentos socais organizados, e criação de novos espaços para o exercício da política além dos políticos tradicionais e casa legislativas..me parece ser um tensionamento à esquerda muito positivo..

  14. PMDB + PROS

    No Brasil 2014 não adianta apenas vencer nos votos a eleição, têm de governar e ai o PT com a Dilma enfraquece muito.

    Se a oposição, em especial a primeira e a terceira bancadas do congresso nacional . PMDB + PROS, conseguirem emplacar um discurso forte e sem contra-argumento de que a Dilma se levar a presidência de novo, leva o Brasil para o Caos que está se instalando na Europa (Espanha, Ucrância, etc.. ), na Ásia (Tailandia),junto as incertezas do Oriente Médio (Egito, Palestina, Israel, Arábia Saudita, Irã,…) e teremos os elementos suficientes e necessários para o golpe de estado aqui no Brasil, liderado pela oposição e permitido por um governo incapaz de governar.

    A verdade é que PT + PMDB não conseguem manter sozinhos a governabilidade no Brasil que sangra sem parar e cada vez mais com juros pornográficos e uma moeda que joga contra o povo e a nação.

    O governo da Dilma está ferido de morte, já fazem meses que só temos notícias ruins na área econômica e social e não existe perspectivas, com excessão é claro de jorrar petróleo aos milhões de litros no pré-sal, o que é altamente improvável.

    O PMDB + PROS têm uma chance, pequena é verdade, de com novas idéias estabelecer um mínimo de governabilidade para ganhar tempo e se bolar novas saídas para o enrosco atual, Requião e Ciro são os nomes para a façanha.

  15. Arapuca

    Ainda comentei hoje com a minha esposa que algumas pessoas se acham o máximo e quando contestadas em suas idéias por pontos de vistas que não concordam, assumem uma posição antagônica de ou EU ou ele e partem tresloucadamente para defender e implementar seus pontos idiosincráticos de vista.

    A teimosia  da Dilma e do PT em não aceitar discutir as idéias contrárias deu no que deu, agora o Brasil não têm como sair da arapuca em que se meteu com o sistema financeiro. 

    O culpado é o LULA que interditou o debate na eleição passada.

    Agora, que colocar de quatro um país rico e operoso como o Brasil, com uma população jovem e instruída não é tarefa para qualquer um, reconheça-se a labuta e a inteligência da banca, mesmo com as denuncias irretorquíveis por mim trazidas ao blog.

    Acorda, Dilma!

    1. Sugestão ao vereador do PSB

      Trocar “mesmo com as denuncias irretorquíveis por mim trazidas ao blog.”

      por “mesmo com as denuncias irretorquíveis por mim trazidas humildemente ao blog.”

      1. Governo da Dilma já jogou a toalha

        Caro Renato, eu não criei ou inventei nada, só repercuti o que está espalhado por ai.

        A incompetência do PT para governar é absoluta!

        Têm algo de muito errado aqui no Brasil, a pesquisa da Proteste de ontem sobre as taxas de juros cobradas nos cartões de crédito são o retrato findo e acabado do que digo. A Colômbia, segunda colocada na lista cobra 596% (quinhentos e noventa e seis porcento) a menos do que é exigido pela banca brasileira.

        O que fizeram com o Brasil seria tido como inacreditável 12 anos atrás.

        Quanto tempo mais irão extorquir a nação antes da revolta?

        A Dilma não governa por falta de capacidade para isto.

        O PROS, o partido com a terceira maior bancada no Congresso Nacional, não existe. Sabe por que? Mole, lá estão todos que foram deixados de fora do butim e agora não tem acerto que satisfaça seus apetites. A banca vai ter de interferir diretamente, na minha humilde opinião e distribuir a grana no varejo, pois no atacado não conseguiram.

        O povo brasileiro é manso, mas quando tiver conhecimento do que foi feito nas suas costas, pode esperar, não sobra pedra sobre pedra, tai o Paraguay que não me deixa mentindo sozinho nesta.

        Dilma, pede para sair.

         

  16. A falta de conhecimento dos

    A falta de conhecimento dos principios básicos do que é democracia e republica, faz com que os petistas cometam um grande engano , confundem partido, governo, Estado.

    O partido não é o governo, o partido não é o Estado, o partido não é o povo.

    O governo é preposto da sociedade, e é ela que governa e executa as ações do preposto.

    Dilma não governa para os petistas, governa para todos os cidadãos.

     

     

     

    1. Governar para todos.

      É este o princípio que norteia a administração federal, infelismente a herança que o governo popular do PT, assumiu, é tão difícil de ser mudada, que em apenas 12 anos, foi possível(ainda) muda-lo.

      1. Qual é o plano, Raí?

        Deixar o povo e a nação serem roubados mais 20 anos enquanto pensam em alguma coisa?

        Falando sério, a Dilma deveria ter renunciado quando o Lula fez o acordo do plebiscito com a banca.

        Dilma, renuncia!

        !

    2. Eita Aliança Liberal, em que,

      Eita Aliança Liberal, em que, quando por que, onde, os petistas desconhecem a democracia? Arguir nesse diapasão é que embute, sim, propensões totalitárias porque tenta deslegitimar uma agremiação que galgou o Poder ATRAVÉS DO VOTO POPULAR, e não por quarteladas e governo com o apoio de uma coalização de partidos, sob o crivo de uma imprensa livre e de forma harmonica com os demais poderes da República.

      Retire esses espantalhos dos debates. 

  17. O velho

    Sim, porque o velho está claramente exposto no “Valor” de hoje:

    “A campanha eleitoral nem começou oficialmente, mas a alta esfera do mercado financeiro já tem seu cenário ideal. Não há uma inclinação clara por um candidato, mas, na visão de banqueiros e gestores de recursos ouvidos pelo Valor, o melhor dos mundos seria que a presidente Dilma Rousseff não se elegesse para um segundo mandato. No entanto, eles próprios consideram essa possibilidade muito remota”.

    O velho não é difícil de entender. Pena que coonestado pela covardia do governo. Tudo teve origem quando Dilma usou os bancos públicos para baixar os juros. O mercado financeiro manda no empresariado nacional, inclusive no setor produtivo. Não existe persona produtiva pura no Brasil. São paus-mandados de vocação patrimonialista e rentista. Na melhor das hipóteses andam com um pé na fábrica e outro na tesouraria.

    Daí vem o “mau humor” do empresariado. Nada a ver com Davos, estatismo, república bolivariana. Bullshit! Põe um cara mais neoliberal lá e pronto!

    http://www.valor.com.br/politica/3401298/setor-financeiro-quer-mudanca-no-planalto   

    1. A banca mostra os caninos

      A banca odeia Dilma Rousseff. A banca morre de amores por Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos. A banca, se pudesse, chutaria Dilma Rousseff para o quinto dos infernos. A banca quer vitória da oposição neoliberal e da ‘nova’ oposição neoliberal, devidamente envernizada para enganar os inocentes úteis. A banca ainda banca muita coisa, mas não banca mais como bancava antigamente. O povo quer Dilma Rousseff, e quer que a banca e seus candidatos oficiais se lasquem. E viva o povo brasileiro.

    2. Está mais do que claro

      Não há uma inclinação clara por um candidato, mas, na visão de banqueiros e gestores de recursos ouvidos pelo Valor, o melhor dos mundos seria que a presidente Dilma Rousseff não se elegesse para um segundo mandato

      O jogo é apenas PT contra anti-PT!

      1. Não há nenhum jôgo PT X Anti-PT.

        Entendo o pensamento do companheiro Rui Daher, que traduziu exatamente e no tempo certo, o desejo(quase irrealizável) da “banca” que começa a sentir que num segundo mandato, o governo não mais administrará, seguindo a cartilha dos bancos, e dando uma guinada à esquerda, e focando mais no social e na maioria, e menos nos rentistas.

        Tambem não há nenhum jôgo, PT X anti-PT. Há sim, uma certa dificuldade(ou seria falta de atitude ?) de alguns setores, ora no Poder, de “peitar” as instituições e os costumes arraigados e perpetrados pela direita, como ocorre em Sampa, com o “novo” administrador da cidade, que despe-se da adm.política, e “pensa” nas difuculdades, como uma maneira de encontrar oportunidades, ouzando e colocando em prática, o que antes assustava aos seus sucessores.

        A Pres. Dilma, não é cega, e naturalmente seguirá a linha mostrada pelo ex-Ministro da Educação, cujo passado no governo, já demonstrava ser corajoso e que enxerga o “novo” e que aceita parceirizar-se com ele.

    3. Quatrocentas estrelas para

      Quatrocentas estrelas para voce, Rui. Apesar da Dilma estar estacionada no centro do centro extendido, ela não é de confiança. O medo é ela tentar novamente, dessa vez com melhor estratégia, romper o circulo vicioso dos juros.

       

      1. Achei a crítica do Nassif muito pertinente

        O governo Dilma tem toda a cara de anos 1970. Só se fala em economia e produção, e assim era em todo o mundo dos anos 1970.

        Assim não é de estranhar que a oposição fique na tecla de que o desemprego é baixo mas o crescimento também pela ausência de investimentos e aumento de produtividade.

        Só que a vida das pessoas não se resume a isso.

        Distribuição de renda, crescimento econômico, saúde, etc atendem ao que todo mundo conhece como primeiros degraus da pirâmide de Maslow.

        Mas depois disso, todo mundo quer realização pessoal e suas especificidades reconhecidas. O caso dos menores com deficiência não representa apenas 800 mil sem voto, mas 3 ou 4 milhões de adultos parentes próximos.

        A falta de combate a homofobia em escolas atende o discursinho-padrão de alguns pastores (e quase todos de apenas uma denominação, caso ninguém tenha notado) mas indigna meio milhão de adolescentes e, novamente, 2 ou 3 milhões de parentes próximos.

        Oras, esses milhões sabem que a economia não vai tão mal. Mas, mesmo que estivesse indo muito bem ou muito mal, continuariam focados na situação de abandono que vivem no cotidiano! 

        Que me interessa saber que o Índice de Gini passou de 0,6 para 0,5 em 20 anos se diariamente eu leio notícias sobre gente agredindo ou ofendendo LGBTs?

        Esse raciocínio pode ser estendido para todos os subgrupos que não sejam a ‘família operária padrão de comercial de margarina’.

        Prestem atenção à campanha de Obama em 2012. O país ainda estava em recessão após 4 anos do desastre que vitimou Bush Jr. Mesmo assim Romney não conseguiu capitalizar a questão da economia.

        Pelas pesquisas do Pew Research Obama conseguiu de 60 a 80% de todos os subgrupos. Mães (nos EUA são muito mais preocupadas que os pais em algumas questões e há diferenças enormes de voto mesmo entre casais, sendo muito comum marido-republicano/esposa-democrata), afroamericanos, latinos (mesmo que integrados são extremamente preocupados com parentes ainda indocumentados), LGBTs (80% votaram em Obama) e minorias religiosas (Obama ganhou com folga tanto entre muçulmanos como entre judeus.) E também entram aí minorias bem postas economicamente, como os asiáticos, que demandam respeito além de renda.

        E junte-se a isso os cansados com o Estado Penal. Quase todos os estados com liberação de maconha e/ou casamento igualitário são os que os Democratas costumam vencer. Os Democratas estão fazendo um jogo de War de longo prazo, nos últimos 20 anos ganham cada vez mais estados para suas áreas de influência e o número de estados ‘oscilantes’ é cada vez menor. 

        O partido Democrata tem ‘think tank’ que monitora pesquisas sobre valores por 2 anos em cada eleição, especialistas em mobilização por redes sociais, seus políticos são instruídos a fazer discursos com base nisso.

        Essa vitalidade política faz os Democratas quase comemorarem por antecipação Hillary-2016.

        E, aqui no Brasil, o que vemos é o “discurso Gleisi” 20 pontos atrás de Beto Richa…

        O PT teria muito a aprender com os Democratas, ocorre que NÃO quer aprender, não quer se reciclar, fica só nos bordões anos 1970 de classes sociais…

        1. Só que a vida das pessoas não

          Só que a vida das pessoas não se resume a isso.

          Da tua lavra, Gunter, é a expressão que, a meu ver, melhor resume a minha crítica( e de outros comentaristas) a tua crítica. Não porque ela seja impertinente, mas porque se lastra em raciocínio do tipo indutivo no qual se faz uso de algumas premissas bem particulares(no caso em questão, monotemas) para chegar a uma conclusão universal que nem sempre é verdadeira, quando se sabe que nesse exercício de lógica as premissas nem sempre fundamentam a conclusão.

          Se na opinião, avaliação, de alguns houve, se não retrocessos, mas estagnação nas causa LGBT no governo atual isso não ares de verdade, não embasa, preconizações do tipo “o governo Dilma tem a cara dos ano 1970. Só se fala em produção….”

          Acima da base da pirâmide de Maslow não existe só o combate a homofobia. Um  país imenso, com uma população de mais de duzentos milhões de habitantes, e que só recentemente conseguiu sacolejar essa pirâmide, tem demandas das mais diversas matizes e certamente que para algumas delas as ênfases serão diferenciadas a depender das condições políticas.

          E a questão é P O L Í T I C A. Para contrapor a falta de iniciativa do Poder Executivo é vezo tu citares a atuação do STF. Ora, o Supremo apenas interpreta a Constituição. Seus integrantes não exercem suas funções, suas prerrogativas, sob o crivo de um eleitorado, a instância política realmente que conta. Não tem a lhes fazer oposição uma superestrutura conservadora-reacionária na mídia e em alguns nichos da sociedade civil. Passo, por ser evidente até demais, pelos óbices no Congresso, formado na sua grande maioria por conservadores incrustados tanto nos partidos de Esquerda como de Direita. 

          Em comentário anterior  faço uma crítica acerca da imobilidade relativa do PT. Propugno repensar o contexto, ou os contextos, atuais, dentre os quais se inclui, o combate não só a homofobia, mas a todo tipo de preconceito. Mas não é por isso que vou anular, ou achar insuficiente, tudo o que foi realizado, em especial o estreitamento da base da pirâmide de Maslow e os avanços, que existiram, sim, no plano dos direitos humanos. 

           

           

           

          1. Bom, JB

            isso de ‘monotema’ já cansei de ler…

            Eu posso dar questões LGBTs como exemplos, mas é claro que outros podem chegar às mesmas conclusões quanto ao ‘produtivismo’ ‘anos 70’ do ‘regime’ a partir de vários outros ‘monotemas’.

            E não confunda demandas que não podem ser atendidas de imediato por falta de recursos com demandas que são ignoradas por motivos políticos. Essa é uma confusão muito comum na verdade.

            Eu tenho um diagnóstico diferente do Congresso. Como podemos chamá-lo de ‘conservador’ se os projetos ‘modernizantes’ são barrados em comissões e nunca são levados a votação?

             

  18. Discordo, com todo respeito.

    Com todo o respeito ao cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, discordo. Não foi o PT que fez com que o PSDB se lançasse à direita extremada.

    O final da ditadura, acredito, foi mais uma vez, obra do Tio Sam. Ele conseguiu tudo com os militares, máxime a manutenção do seu mercado aqui na colonia.

     Apenas uma coisa o Tio Sam não conseguia com os militares: a alienação dos bens soberanos do País. Os militares, talvez com a dose de patriotismo, não concordavam isto.  

    Por este motivo, o sinal verde do Tio Sam foi dado, com a mídia tpda apoiando e retornamos à democracia.

    Dali para frente, o PSDB fez o papel dos vendilhões do templo, adotando o neo-liberalismo, pregado pela Madame Margaret Thatcher,  lá da Inglaterra, aquela má das Malvinas, que não teve nenhuma piedade ao determinar o bombardeio ao navio argentino, matando mais de oitocentos argentinos.

    O PSDB entrou com tudo no jogo neo-liberal e alienou, sem dó e nem piedade,  muitos dos ativos, que representavam nossa soberania.Quase perdemos tudo. Na última hora, a eleição de Lula, acabou salvando a Petrobcomorás, o Banco do Brasil SA e a Caixa Ecônomica, tudo que estava, inclusive, previsto em um decreto do executivo federal.

    Então, a posição que o PSDB se encontra nada tem a ver com o empurra-empurra para a diretira extremada, pela ocupação do PT dentro das linhas de centro-esquerda. Ele, o PSDB, é hoje, com a falência do DEM, o partido mais extremado de nossa República, causando espécie, espanto e total decepção os sonhos da Marina e do Dudu, traindo os ideais mais socialistas, máxime o segundo, o Dudu,  que tanto recebeu, no governo Pernambuco em apoio do governo federal. A aproximação do PSB, liderado pelo governador de Pernambuco, ao PSDB é uma das maiores vergonhas de todos os tempos daqueles que se dizem socialistas. Não critico a vontade de terem candiidados próprios, mas jamais posso entender um acordo com um partido de extrema direta.

    Há mais um desafio, portanto.

     E temos que vencer mais esta parada, mesmo com os novos mecanismos ditatorias em funcionamento, mídia e judiciário, como pudemos observar durante o processo da ap 470 e os rumos tomados por Marina e Dudu, principalmente o PSB, que nos trouxe indignação.  

    1. Falou tudo!

      Parabéns Edward!.

      Não existe mais esse joguinho bobo de esquerda e direita, tipo Boi Caprichoso contra Garantido. O jogo de verdade é fazer uma nação solidária ou entregar o território aos EUA.

  19. Nassif nao desiste de tutelar a presidenta… Haja machismo!

    Nunca o vi fazer isso com Lula, nem com FHC. E obcecado com a obrigatoriedade da educação inclusiva, querendo impor a opiniao dele como a única correta. 

    1. Não se trata delA, Dilma,

      Não se trata delA, Dilma, trata-se do governo Dilma, do governo do PT e do próprio PT. A crítica não se encerra na pessoa da presidenta. 

    2. Haja preconceito! Você é

      Haja preconceito! Você é intolerante, preconceituosa, acha que criança com deficiência na escola serve apenas para dar trabalho para o professor. A educação inclusiva é bandeira do Fernando Haddad, do Aloisio Mercadante, do MEC, da Conferência Internacional em Defesa das Pessoas COm Deficiência, das Conferências nacionais de educação. E vem vocÊ reduzir toda essa discussao a uma questão de machismo? Tenha paciência!

      1. Deixa de má-fé, Nassif, e nao misture as bolas

        Machista é sua tentativa de tutelar a Dilma. Isso nao tem nada a ver com a questao da OBRIGATORIEDADE da educação inclusiva. E NAO ME ATRIBUA POSIÇÕES QUE NUNCA EXPRIMI, ISSO É DENONESTO. Nunca disse que criançca com deficiência só serve para dar trabalho ao professor. Várias vezes reconheci que para a Síndrome de Down parece que é uma boa solução (mesmo assim, discordo que deva ser enfiada na goela dos pais que nao a queiram). 

        Agora, VOCÊ NUNCA RESPONDEU as objeções argumentadas que fiz sobre alfabetização de cegos e sobre a questao da inserção dos surdos QUE NAO FALAM PORTUGUÊS. e que precisam ter aulas EM LIBRAS, aulas com professores, intérprete nao é professor. Fica no discurso genérico, porque transformou isso numa pauta pessoal. 

        E é o fim da picada você tentar calar os opositores na base da desqualificação pessoal. Abusando do poder de dono do Blog. 

        1. Eu tenho um faceamigo que é surdo

          E o português escrito dele é um pavor. Parece com o de imigrantes asiáticos (sem a estrutura das línguas indo-arianas) recentes. Algumas frases soam rudes.

          O trabalho dele é de professor de LIBRAS. Mas acho que ele não conseguiria ser intérprete facilmente, pelo menos não de LIBRAS para português escrito.

          O legal é que todo mundo sabe disso e aprecia o esforço dele em interagir. Ninguém nunca o corrige no que escreve, apenas busca entender e interagir.

          1. Se ele ensina LIBRAS, nao é preciso q o Portug dele seja ótimo

            Mas o que é necessário nao sao sobretudo professores de LIBRAS (isso também, claro) mas sim professores de PORTUGUÊS, MATEMÁTICA, CIÊNCIAS etc dabdi aykas EM LIBRAS. 

          2. Eu entendo que sim, seja assim.

            Mas talvez português (ou inglês, etc) seja o mais difícil. E libras é uma língua, um sistema de comunicação, só que, ao contrário das línguas com ideogramas ou caracteres pictóricos não dá pra escrever. E não é ‘alfabético’ como o braille. No fim o importante é ensinar o português necessário/suficiente para os alunos passarem para o papel o que estudam. As posições das mãos precisam de algum modo ser convertidas em frases usando alfabeto, não é assim?

            Eu suponho que pais e irmãos dos surdos também aprendam libras para poderem passar o que desejam falar para a linguagem de sinais.

            Eles também precisam saber como ler tudo, claro. E escrever o suficiente para se fazerem entender em trabalhos ou redes sociais. Em uma viagem, por exemplo, recepcionistas de hoteis e restaurantes não sabem libras, a pessoa surda precisará falar (e suponho que seja preciso apoio especializado para ‘modular’ os resultados) ou mesmo escrever bilhetes (se for mudo também.)

            Aí é que entramos nós, precisamos aceitar com naturalidade as construções aparentemente simples, sem flexões, e relevar os mal-entendidos.

            Isto é, quando em rede social alguém surdo escrever algo que pareça rude, primeiro devemos aventar a hipótese de simplesmente a pessoa ter feito uma tradução errada do que queria falar para o português.

            Mas as pessoas entendem isso, claro. 

            Ah, eu não o conheço pessoalmente, é colega em discussões LGBT. Mas tem vezes que parece apresentar algum autismo, tipo Asperger, mas acho que não, deve ser mais em função da “língua” diferente.

            Mas o mais importante é outra coisa. Apesar do jeito (que a outros parece) esquisitão de escrever, ele é popular e acompanhado pelo seguinte: ele conta como resolveu ser “incluído” na nossa sociedade. Estudou para lecionar e conseguiu emprego, até aí beleza. Mas ele não quer viver em nichos só com amigos surdos.

            Resolveu fazer academia, participar de esportes de grupos, fazer tatuagens, ir a baladas, etc E ele conta os passos, as conquistas, os outros faceamigos ficam estimulando. É bacana o processo.

             

          3. Nao é nada disso! LIBRAS é uma LÍNGUA, nao um código

            Tem uma gramática diferente da do Português, suas palavras nao sao correspondentes exatos das do Português, a sintaxe é diferente. O chamado alfabeto manual serve apenas para “digitar” nomes EM PORTUGUÊS que os usuários precisem usar, assim como volta e meia usamos nomes em inglês. Alfabeto manual NAO É LIBRAS, é um código auxiliar. 

            E há sim sistemas de escrita para línguas de sinais (Sign Writer, por ex.), mas os usuários de LIBRAS parece que nao gostam muito deles. É uma língua que usa muito o espaço para portar significados, é difícil transmiti-la em 2 dimensoes.  

          4. Se é assim…

            A pessoa vai ter que aprender duas línguas, não é? Que a sintaxe era diferente já sabia.

            Isso de ‘alfabeto manual’ me lembra o alfabeto silábico japonês, que é usado para palavras e nomes estrangeiros.

            Nunca soube disso de Sign Writer… Seria algo que lembra taquigrafia ou ideogramas?

            Acho que entendi isso do espaço. Além dos movimentos dos dedos e posturas das mãos as próprias movimentações dos braços em torno de um ponto focal podem representar significados (como tempos verbais ou preposições que indicam deslocamentos e posições), é isso?

          5. Deve aprender 2 línguas, mas uma com muitas restrições

            Aprender uma língua oral sem ouvir é algo EXTREMAMENTE DIFÍCIL E TEM LIMITAÇÕES NO GRAU EM QUE SE CONSEGUE. Um surdo que tente organizar seu conhecimento com base no Português deficiente que pode aprender teria sérias limitações, ele tem que integrar seu conhecimento em sua língua, que domina bem. 

            Sign Writer é um sistema que tenta mostrar as formas das posiçoes das maos (que sao em número limitado, umas trinta e poucas), a orientação delas, o lugar em que articulam os sinais (na testa, na boca, na frente do corpo, etc) e a direção dos movimentos, o que seriam os correspondentes aos traços distintivos dos sinais (assim como oral/nasal, labial/labio-dental/ velar, oculusivo/fricativo, etc, distinguem os fonemas das línguas orais). Mas segundo me disseram os surdos odeiam Sign Writer, nao sei por quê. Há um outro tipo de sistema, mais abstrato, em desenvolvimento, soube disso há 3 anos atrás, numa ABRALIN, depois nao ouvi mais falar a respeito. 

            Línguas de sinais usam muito o espaço. Por ex, pronomes pessoais e concordância de pessoa sao indicados normalmente pela direção dos movimentos. Além do uso gramatical do espaço, eles usam também o espaço de maneira mais figurativa, mais icônica, para muitas coisas. 

            Quanto ao alfabeto manual e alfabeto japonês, as duas coisas sao diferentes. O alfabeto manual, como já disse, serve apenas para palavras DO PORTUGUÊS (ou de outra língua oral) que os surdos precisem usar (para citar um autor, por ex.). Já o alfabeto japonês é usado para completar a indicação das flexoes do japonês, que sao a parte gramatical das palavras, e que nao é possível de exprimir com ideogramas (chinês nao têm flexao, nao precisa disso, mas o japonês tem; entao em japonês se usa um sistema misto de escrita, ideograma para o radical das palavras, e alfabeto para as desinências, etc. 

          6. Você é da área

            Mas acho que o essencial entendi.

            Agora, veja só como o problema é grave.

            Eu conheço (ainda que só virtualmente) um surdo e tenho conhecimentos (por curiosidade própria e ter feito dois semestres de faculdade) de linguística.

            Mas isso é uma coincidência e mesmo assim você precisa me explicar coisas que eu não sabia sobre como pode ser a educação de surdos.

            Agora note como a dificuldade pode ser ainda maior para explicar para uma sociedade toda, na qual, em pelo menos trinta anos de vida adulta nunca me deparei com uma matéria na imprensa generalista contando das dificuldades dos surdos.

            Inclusão passa também por isso, informar para o conjunto da sociedade as coisas. 

            Eu não faço ideia de quantos surdos ou surdomudos existam no Brasil. Até pouco tempo atrás não sabia dessa circunstância de dificuldades com português. Nossa sociedade não se esforça em ser inclusiva nem para informar.

          7. Tentar informar eu tento. Mas muitos já têm idéias preconcebidas

            E nao querem ouvir nada diferente do que pensam, mesmo sem ter fundamentação nenhuma no assunto… 

          8. Outros problemas do seu comentário

            “No fim o importante é ensinar o português necessário/suficiente para os alunos passarem para o papel o que estudam.”

            Você acha que crianças devem aprender disciplinas em LÍNGUA ESTRANJEIRA? E numa língua oral, QUE ELES NAO OUVEM, e portanto nem podem adquirir as palavras em condições normais de interlocução. Também nao têm como compreender as regularidades que guiam a escrita das palavras, as correspondências das letras com sons, têm que aprender as palavras como pura imagem visual, uma por uma, sem poder generalizar.  E uma língua que tem uma forma de expressao completamente diferente da delas. 

            “Falantes” de LIBRAS PENSAM EM LIBRAS! 

            Aprender a vocalizar é UMA TORTURA PARA CRIANÇAS PEQUENAS, exige um esforço enorme que nao faz sentido nenhum para elas. Se um surdo adolescente quer aprender Português oral é outra coisa, ele terá motivação para se submeter às horas e horas de exercícios necessárias. O essencial é que aprendam Português escrtio como segunda língua, e mesmo isso é bem difícil. Isso que te pareceu autismo é um tipo de raciocínio muito diferente, porque guiado pelo visual, muito menos “linear” na organização de textos, muito menos detalhista (porque, nao habituados com a escrita, tendem a nao “preencher” todas as informaçoes que estao visualmente disponíveis, o que , diga-se de passagem, tb fazemos em grau menor na língua oral) e sem auxílio da ” padronização mental” que séculos de escrita ajudaram a criar (mesmo analfabetos tendem a pensar de modo diferente do de pessoas letradas).  

            Este é um exemplo das dificuldades concretas que se tem que lidar para poder incluir cada tipo de criança com dificuldades especiais. É preciso conhecer os problemas concreto específicos de cada tipo de dificuldade, nao ficar no discurso genérico, tao bonito! e tão VAZIO. 

          9. Mesmo assim, AnaLú.

            Claro que acho que devem aprender disciplinas em libras. Eles pensam em libras, ok.

            Só que vivem no Brasil. Querem interagir com pessoas que não sabem libras, certo?

            Não parece que vá dar muitos resultados o esforço de falar (quando não forem mudos também) Concordo que o importante mesmo é aprender português escrito.

            O que estou tentando dizer é que há uma dificuldade que a maioria das pessoas simplesmente não sabe…

            Você sabe que surdos precisam aprender português.

            Eu sei só desde alguns meses, por ter conhecido pelo facebook um surdo. Estou acompanhando os esforços dele para redigir posts e comentários em português em um blog que sigo.

            E o resto das pessoas, sabe?

            Não, simplesmente não sabem. A sociedade não divulga como cultura geral as necessidades especiais.

            Eu tenho 50 anos, não posso ser considerado uma pessoa “desinformada” em geral. E foi só por coincidência que faz poucos meses que soube que surdos tinham esse problema concreto e específico de não serem proficientes em português escrito.

            O imaginário das pessoas contemplava já a informação de como surdos têm dificuldade para falar, mas pesquise com pessoas que não trabalhem com pedagogia ou linguística, quase ninguém sabe que surdos se relacionam com o português como uma segunda língua.

            Note como isso é importante para o que estamos discutindo. Uma coisa é a sociedade perceber que precisa haver professores de libras e intérpretes de libras nos cantos dos programas de tv. Ou legendas no mínimo.

            Uma outra coisa bem mais ampla é sabermos que é necessário todo um conjunto de professores, um para cada matéria.

            Eu já sabia que surdos entendiam libras como outro idioma, como chinês por exemplo. Isto é, palavras no lugar de letras e com sintaxe diferente. Já sabia que tinham dificuldade para escrever português.

            Mas não sabia, ou não intuía ou não racionalizava, sobre essa dificuldade de aprender matemática ou ciências ou história. Agora ficou claro, lógico, mas quem não é surdo nem conhece surdos não atina de imediato para isso.

            E isso tem relevância, porque a estruturação de escolas fica muito diferente, verbas necessárias são diferentes, como passar a necessidade para a sociedade é diferente.

            Nesse sentido o discurso da educação inclusiva fica sim parecendo bonito mas inconclusivo (pra não dizer assim ‘vazio’)

            A conclusão que eu chego (que pode ser parcial ou depois alterada) é que para viabilizar a inclusão de surdos é necessário professores EM libras, não só interpretes de libras. E que isso é viável economicamente em escolas apartadas. Mas a convivência com a sociedade precisa ser feita, aí também é necessário ensinar português escrito e prever atividades conjuntas.

             

          10. Concordo c/ suas conclusoes. E nem precisa DA ESCOLA ser separad

            Basta que AS TURMAS sejam. As crianças conviviriam nos recreios, passeios, etc. 

            Quanto às pessoas saberem ou nao dessas necessidades, há quem nao saiba, e há quem nao queira saber… (rs, rs, conheço um…)

          11. jajaja

            que maldade!

            Mas as pessoas lêem aqui ou ali e acabam se informando. Em apenas um post nos colocamos mais informações sobre a inclusão de surdos do que vi em anos no conjunto blog + mídia generalista.

            Basta estarmos com mente e corações abertos para isso.

            (E sim, claro, me enganei. Pensava em turmas apartadas em escolas, não escolas apartadas. Aí atividades esportivas ou artísticas seriam em conjunto. E acho que precisamos também explicar para todo mundo que surdos não necessariamente sabem escrever bem português, pois isso não está no imaginário comum das pessoas não…)

        2. Ué, Anarquista, você tascou

          Ué, Anarquista, você tascou um machista na minha fuça. Viu como é bom? Agora, tentar calá-la, nunca. Você é um dos patrimônios do blog. O MEC disponibiliza salas com aparelhos para todo tipo de deficiência. E paga matrícula dupla (2,4 vezes o valor da matrícula) para as escolas que montem um plano de atendimento a aluno com deficiência. Esse plano poderá ser repassado para a APAE que se disponha a dar atendimento em classe. Na minha cidade, Poços de Caldas, a APAE dá esse atendimento para a criança com deficiência, junto à escola regular.

          Quanto aos surdos, há que se providenciar o mesmo suporte de tradutor de libra, mas não de aula em libra. A não ser que se aceite que o destino do surdo será sempre conviver apenas com outros surdos.

          Não há pauta pessoal, não. Há o acompanhamento de perto do trabalho desenvolvido por pais, educadores, procuradores em defesa da educação inclusiva.

          Quanto ao “machismo”, lamento informa-la de que o tratamento que dou à presidente Dilma é o mesmo com que sempre tratei Lula e FHC: dando palpites, sim, criticando sempre que necessário. E nenhum deles considerou as críticas como manifestação de nenhuma forma de preconceito.

          1. Vc seria capaz de aprender uma disciplina nova em Chinês

            só com ajuda de intérprete? E chinês é uma língua oral, que vc pode ouvir e aprender naturalmente. Nem adultos conseguiriam aprender bem uma disciplina nessas condiçoes, sem interação com o próprio professor, quanto menos crianças, para quem essa interação é fundamental. Isso sem falar no fato banal de que dificilmente os intérpretes teriam conhecimento adequado de todas as disciplinas que traduzem, de modo a dar as explicações. 

            Surdos podem aprender português escrito, como segunda língua, e com muita dificuldade, porque o tipo de organização textual de textos em língua de sinais é bem diferente, é muito menos “linear” (nao estou falando de escrita, e sim da própria organização da informação em “textos”). E têm que aprender com um professor que saiba LIBRAS, claro. Nao têm como aprender português oral a nao ser com horas e horas de exercício fonoterápico, centrado na emissao dos sons, e nao nos significados, o que nao faz sentido nenhum para alguém que nao esteja altamente motivado e entenda por que estaria fazendo aquilo. É possível para adolescentes motivados e adultos, mas uma tortura para criança pequenas. Elas têm que aprender NA LÍNGUA DELAS, de modo a que a aprendizagem façca parte do raciocínio delas, que É EM LIBRAS! 

            Veja a segunda resposta que dei ao Gunter abaixo. É preciso conhecer os problemas específicos de cada tipo de dificuldade. 

            E APAE versis NAO APAE é obseção sua. O que digo é que é preciso que haja escolas especializadas em dificuldades específicas, de modo a concentrar os poucos profissionais disponíveis (nao esses “especialistas de tudo” que o governo diz formar…). Especializadas, nao disse exclusivas. Surdos precisam de estudar em salas separadas, porque falam outra língua, mas podem se integrar com as outras criançcas no recreio. O que teria a vantagem de que muitas delas aprenderiam LIBRAS (porque, ao contrário dos surdos que nao podem aprender português espontaneamente, porque nao ouvem, os ouvintes vêem, e podem aprender LIBRAS espontaneamente, na convivênciaç crianças aprendem língua com bastante facilidade). 

          2. Sair de gueto é importante sim

            Essa frase sua é muito relevante:

            “A não ser que se aceite que o destino do surdo será sempre conviver apenas com outros surdos.”

            Em teoria muitas pessoas conseguiriam viver assim. Sei de um surdo que (aparentemente) não tem problemas econômicos e já se empregou como professor de LIBRAS. 

            Mas ele não quer só ‘tocar a vida’. Ele manifesta no perfil de facebook dele, que virou uma espécie de blog pessoal (tem bem mais seguidores, que propriamente amigos) que deseja viver no mundo.

            Como ele é (aparentemente, ao menos) gay, isso representa uma inclusão adicional como desafio. Já há poucos surdos, onde encontrar uma comunidade de gays surdos? 

            Fica falando (e ilustrando com fotos) as várias peripécias como fazer regime, praticar esportes, idas a baladas, que fez tatuagens. 

            É bem legal ver as iniciativas dele:

            https://www.facebook.com/celsobadin1?fref=ts

            Aí é que entra o desconhecimento das pessoas em geral…

            Até conhecer o perfil desse rapaz (e inclusive até ler os comentários hoje de AnaLú) eu não sabia como o português podia ser uma barreira.

            Se alguém percorrer os posts dele verá como faz erros estranhos de português, os mal-entendidos que surgem. 

            É importante para a inclusão, portanto, que haja professores de português específicos para aqueles que são surdos. E também é importante que as outras pessoas saibam disso e compreendam. 

            Nós temos muitas ignorâncias sobre tudo que não nos é imediato. Eu tenho 50 anos e até bem poucos meses atrás simplesmente não sabia que surdos apresentam dificuldades para escrever português, nunca essa ideia passa por nossas cabeças.

             

      2. Quanta arrogância Nassif !

        Já é a segunda vez que vejo uma resposta arrogante a um comentário.

        Na primeira ficaste todo ouriçado por que escreveram Nassib, o que foi (no meu entender) apenas uma referencia ao fato de que escreveste errado o nome do Pizzolato (Fernando ao invés de Henrique).

        Agora essa.

        Venho acompanhando esse teu empenho na inclusão plena de alunos com deficiência, o que acho louvável até certo ponto.

        Por exemplo, como incluir alunos com deficiência no interior de estados como Maranhão e Alagoas que tem IDH semelhante a paises africanos (sem ofensa).

        A questão não é SE, mas COMO e QUANDO !

        Sem ser professor e sendo expert em nada, simplesmente acho que esse não é o momento e não vejo como.

    3. Concordo com a Anarquista.
      O

      Concordo com a Anarquista.

      O posicionamento contra a inclusão de deficientes, NESTE MOMENTO, prevaleceu.

      Depois, a inclusão de todo e qualquer deficiente também não logrou exito.

      Mas… o pessoal não move uma vírgula na argumentação. Parece até que não perderam…na argumentação.

       

      1. Nao sou contra a educação inclusiva, Nassif estÁ DESVIRTUANDO

        Sou contra o modo como se pretende implementá-la, sem fazer distinções entre situações diferentes (inclusao de crianças com síndrome de Down é uma coisa, de surdos é outra (exige professores que saibam LIBRAS, que nao há em número suficiente para que sejam diluídos em um número grande de escolas), de cegos outra ainda (nao basta que os professores saibam Braille, é preciso que saibam ALFABETIZAR em Braille), de autistas mais outra, — seríssima — e nao existem “especialistas em todas as deficiências”. Também sou contra tentar forçar os pais a aceitarem, quando as escolas ainda nao estao preparadas para isso, em nome do futuro. 

      2. Sabe qual foi a argumentação

        Sabe qual foi a argumentação vitoriosa. O senador Vital do Rego explicando que recebeu pedido pessoal de Dilma para mudar a Meta 4. E pedido de rainha é ordem.

  20. O Real

    O Real, a moeda que circula no Brasil é a mãe e pai de todas as misérias, desigualdades e sofrimentos do povo brasileiro.

    Acorda, Dilma!

  21. Blablabla e blablabala

    Li todos os comentários até agora. Não vi nada no sentido do mais importante, reforma tributaria e reforma política. Uma esta associada a outra e a governabilidade. O PT nunca conseguira impor um modelo de governo que cobramos por não possuir maioria no congresso. Coalisões não significa que nelas estão em pauta os anseio da sociedade. Mas estão a do conservadorismo. O Pt está amarrado por ter uma bancada de so 80 deputados, isto não lhe da o direito de impor nada.

    A discussão da distribuição de renda passa diretamente pelo fato de corrigir esta tabela do imposto de renda que favorece o rico. Nem no EUA é assim! Lá rico paga 40% de imposto de renda aqui 29% quando não sonega. Só que aqui não teremos mudanças nisto, pois, a classe media só que ver seu lado, com isso os ricos deitam e rolam. A reforma politica é necessária para que o Presidente eleito possa ter maioria no congresso sem que seja obrigado a fazer alianças em nome da governabilidade. Sem isto fica difícil julgar qualquer presidente, pois, quem governa é o congresso ele mata qualquer mudança que venha do executivo se não for de seu interesse.

    Porque acham que não sai reforma política neste pais? O poco queria presidencialismo para que seu presidente pudesse impor as reformas necessária e se não a fizesse poderia lo. Aiiii… Deram um jeito para que o Presidente não tivesse poder real, ele virou um fantoche do congresso. Seus decretos só possuem valor se forem aprovado pelo congresso que possui maioria opositora. O congresso cria uma lei nociva o presidente veta, mas o congresso pode derrubar este veto.

    Cadê o poder do Presidente??? Este poder é fictício fica só nas intenções e caminhos de consenso do congresso que na maioria dos casos não refletem o desejo da população.

    Vejo muitas discussões aqui mas nunca vejo uma discussão sobre a distribuição de renda. Vejo sim, alusões a ela. Hoje rezam a cartilha neoliberal tudo é falta de educação, tudo é culpa da educação! É muita demagogia! Não se conversa sobre os verdadeiros problemas, tiran-se o pó, mas, deixam a sujeira encrostada.

    Este país não mudará sem discussões sérias, mas pelo visto todo mundo só quer jogar para a torcida.  

     

     

    1. Bizantina discussão…

      DILEMAS DA ESQUERDA NO BRASIL – Escutam-se murmúrios, aqui e alhures, sobre o impasse da reforma política, da democratização das comunicações, da reforma agrária e de outros temas sensíveis aos anseios populares. Alguns mais afoitos são os primeiros a decretar: “A culpa é do PT”! Será?

      Nem é preciso ser um cientista político renomado para saber que reformas estruturais não se fazem com uma varinha mágica de condão. Se fazem com a aprovação de projetos via legislativo, dentro dos marcos da democracia liberal burguesa clássica, ou através de uma revolução social como a Revolução Francesa de 1789 ou a Revolução Russa de 1917. No caso do Brasil, temos o horizonte das reformas dentro da democracia liberal, posta e garantida pela Constituição.

      Uma pessoa medianamente informada sabe que para se aprovar um simples projeto de lei no Congresso Nacional, são necessários os votos de 257 deputados federais e de 41 senadores. Sabe também que para se aprovar uma Emenda Constitucional são necessários os votos de 308 deputados federais e de 49 senadores. Pois bem, o PT tem apenas 87 deputados (16,9% do total) e 12 senadores (14,8% do total). Logo, vê-se que o argumento de que o PT não faz reformas porque não quer fazê-las, ou porque tem medo, é uma falácia.

      Mas é preciso ir mais além. Aqui e acolá surgem idéias de alguns apressados (e equivocados) dizendo que o PT deveria aprofundar e tornar preferencial sua aliança com o PMDB, tornando-a mais sólida no Congresso Nacional, pois os dois maiores partidos garantiriam, com folga, as votações mais importantes. É mesmo? Nem que o PMDB fosse o partido mais coeso e fiel da face da Terra estaria garantido que apenas ele e o PT pudessem implementar sozinhos qualquer tipo de reforma! A soma de PT e PMDB garante 168 deputados e 32 senadores. Ou seja, não aprovariam nem um mísero projeto de lei.

      Agora vem o drama da esquerda. A esquerda (PT, PSB, PC do B, PDT e PSOL) não tem sequer 1/3 dos votos no Congresso Nacional. Destes menos de 1/3 dos votos o PT responde por pouco menos da metade. Pior do que isso é o fato de que em temas como a reforma política e a democratização dos meios de comunicação nem mesmo a esquerda é capaz de apresentar propostas conjuntas. O PSB e o PDT são contra a reforma política (já haviam votado contra em 2007) e contra uma Ley de Medios ‘Made in Brazil’. Ou seja, é outra rotunda falácia dizer que o PT não faz reformas porque não quer fazê-las ou porque tem medo das mesmas. Se o PT não tem o apoio sequer de alguns dos partidos de esquerda, como uns e outros pretendem que as reformas estruturantes sejam aprovadas? Só se for com a famosa varinha mágica de condão…

      Outro argumento falacioso é o de comparar a situação brasileira com a situação política totalmente distinta existente em outros países da América do Sul, notadamente na Venezuela, na Bolívia ou no Equador. Nada mais fantasioso e falso! Se o PT tivesse a força que tem o PSUV na Venezuela ou a força do MAS na Bolívia, todas as reformas estruturais já estariam feitas há muito tempo. Ocorre que o PT não tem toda essa força. O PT lidera uma coalizão de partidos, o PT não governa sozinho. O PT não tem 308 deputados federais e também não tem 49 senadores. Se tivesse essa maioria consolidada, como os congêneres partidos venezuelano e boliviano tem, e, ainda assim não fizesse as reformas, todas as críticas do mundo seriam corretas e pertinentes. Mas não levar em conta as diferenças dos processos sociais existentes em diferentes países torna as críticas inconsistentes.

      Seria até interessante ver em 2014, por exemplo, uma vitória do PSOL para a presidência da república. Plínio de Arruda Sampaio eleito e subindo a rampa com seus hipotéticos 10 deputados federais e hipotéticos 05 ou 06 senadores. Certamente em seis meses o Brasil veria a concretização das aspirações dos movimentos populares! Em seis meses teríamos a aprovação de todas as reformas progressistas de que o país necessita há décadas! Tirando a ironia, vale destacar que isso não valeria só para o PSOL, se vencesse o pleito de 2014 ou outro pleito qualquer, isso valeria e vale também para o PSTU, para o PSB, enfim, vale para qualquer partido político. Ou seja, a vida não é um mar de rosas e nem se passa numa película em preto e branco. A disputa política envolve uma série de mediações que jamais podem ser desconsideradas. Entre o slogan e a vida real existe uma considerável distância que só é vencida com o acúmulo de forças, não com palavras de ordem ou arrivismos.

      Os mais inocentes deveriam saber também que em 1964 o antigo PTB, que propugnava pelas corretíssimas reformas de base, tinha uma representatividade parlamentar muito maior que a representatividade parlamentar que o PT tem no Congresso Nacional nos dias de hoje. E aí, será que o antigo PTB, com força congressual muito maior que o PT atual, também não fez reformas porque não quis ou teve medo? Será que caiu por culpa de seus próprios defeitos e limitações?

      Esse é o grande enigma da política brasileira atual e a origem do impasse que entrava e paralisa as reformas estruturais. O problema do país não é o PT ou a esquerda, mas a debilidade do PT e da esquerda. O PT precisaria ter o dobro do tamanho que tem! A esquerda precisaria ter o dobro do tamanho que tem! Esse é o fato concreto. E aí quando o PT propõe temas como a reforma política, que beneficiaria todos os partidos programáticos e enterraria os fisiológicos, setores da esquerda votam contra… A ‘culpa’ é de quem mesmo?

      Enfim, na atual conjuntura não resta outra saída a não ser continuar lutando pelas transformações sociais, discutindo temas estruturais e fomentando a participação dos movimentos sindicais, estudantis e sociais. É preciso aumentar a massa crítica em favor das reformas e saber que, sem mobilizações sociais de grande monta, fica muito difícil aprovar qualquer tema mais polêmico. O que não dá é para cair no conto do vigário de que os males da humanidade são culpa da ‘paúra’ do PT. Isso é uma bobagem pueril.

      Há um enorme espaço para o crescimento da esquerda em Pindorama, desde que os militantes de esquerda critiquem a direita! Enquanto esses militantes se detiverem na inglória tarefa de tentar destruir o Partido dos Trabalhadores, continuarão apenas a cumprir um triste e profundamente equivocado papel.

       

      1. Estou de acordo com vc Diego

        Diego como vc conheço todos os caminhos espinhosos. Em 1990 já antecipava que com o tempo o proprio PT seria subjulgado por forças internas e ele mesmo não representariam os desejos do povo.

        Neste aspecto, ele vem se aproximando muito desta realidade. Não sei até que ponto os próprios deputados eleitos do PT possuem compromisso verdadeiramente com a distribuição de renda. A infiltração é normal, grande parte da sociedade reclama dos impostos, mas, não possuem consciencia. O debate sobre impostos tem que ser primordial mesmo que se perca as eleições. Fugir deste assunto é fisiologismo, é correr atras do poder e não fazer nada. Neste ponto há muitos motivos para criticar o PT.

        Boa parte de suas lideranças já estão fora, com gerações o partido se descaracteriza, este foi um dos motivos por eu nunca ter me filiado, apesar de defender os propositos em minha vida toda.

        É certo que com esta bandeira em punho não conseguiram apoio politicos e muitos de seus coligados debandarão, também perderão verbas para campanhas. Mas também não adianta se prostituirem e ficarem presos a pautas que mais jogam areia nos olhos do povo do que resolvem problemas.

        É preciso desmitificar a reforma tributária, ela é a mãe das reformas, mas, todos os articulistas também não a querem, exatemente por isto fica este jogo de conversas e demagogia.

        Precisamos parar de sermos hipocritas. Não existe quase espaço na midia para este debate, ele terá que ser imposto na marra durante campanhas da eleição com todo gosto amargo que provier dele.

        Se isto não for feito será o mais do mesmo! Ai terei que dar a razão a todos que criticam. O PSDB foi a minha pior decpção no governo ele criou esta carga tributária injusta que afundou o país e sacrifica o pobre enganando o povo com a conversa que distribuindo a carga todos pagariam menos e o país arrecadaria mais, é preciso desmitificar isto e mostrar que ela promoveu a maior concentração de rendas de todos os tempos. Tacar na cara do povo que nem o Governo Militar por mais tacanho que possa ter sido, não promoveu esta loucura.

        Ficar dizendo que é preciso uma reforma tributária no generico como é feito o povo não tomará consciência, nada mudará e o Governo ficará sempre refém de chantagens de qrupos para reduzir tributos sobre seus produtos.

        1. Acho que você não entendeu…

          “Diego como vc conheço todos os caminhos espinhosos. Em 1990 já antecipava que com o tempo o proprio PT seria subjulgado por forças internas e ele mesmo não representariam os desejos do povo.”

          Andre SP, acho que você não entendeu o que o Diogo Costa falou.

          Ele não está dizendo que o PT foi subjugado, mas que a realidade da correlação de forças no Congresso (votos) dificulta e por vezes impede implantar projetos de lei que são caros ao partido e ao governo.

          1. Entendi sim!

            Cláudio vc é que não me entendeu. Eu quero saber é quantos ainda defendem bandeiras do partido! Você não ve nenhum querendo entrar em confronto muito menos tocando no assunto.

            Quero saber até onde o partido já foi corrompido. O partido está no poder ele tem a obrigação de colocar as pautas na mesa e chamar a população para apoiar ou rejeitar. Mas é provável que uma pesquisa indique que a reforma tribútaria será rejeitada em massa pelo povo, então preferem se esconder e nada fazer. Quando deveriam desmistifica-la, fazer o povo compreender sua necessidade. Continuar no governo só por continuar não resolverá! É preciso engajamento e este engajamento nunca vi! A falta deste engajamento mostra que boa parte para não dizer que a maior parte do partido perdeu o interesse de promover as reformas tão necessárias e estão apenas remendando a situação com paliativos.

            Entenda meu voto ainda é Dilma, mas, cobro do PT compromisso com a reforma tributaria. Se ela perder a eleição podemos ir as ruas para exigir reforma tributaria. A discussão continua! Com o tempo o povo com mais informação entenderá sua necessidade e teremos a tão desejada reforma. Da forma atual nunca teremos a reforma.

            Se o partido foge da discussão significa que ele mesmo está fazendo jogo de cena. Ai entra a questão quantos estão comprometidos mesmo com a reforma tributaria, quantos estão infiltrados no partido com a única intenção de estar no poder advogando em causa próprias.

    2. Tamo junto!

      André, concordo com você, do jeito que as coisas estão para o Executivo, o que temos é um parlamentarismo e dos bem vagabundos, tiraram quase que todos os poderes do presidente. A Dilma, assim como o Lula, está fazendo o que lhe é possível fazer, se não estivesse tão amarrada tenho certeza que faria muito mais. Agora, não esperem que eu entre na fila da oposição e da mídia bandida para jogar pedras na Dilma, podem tirar o pangaré do sereno.

    3. Olá meu caro, você parece

      Olá meu caro, você parece bravo hem? Mas, vamos lá. Tentarei trazer “um novo olhar” sobre o seu comentário( para usar clichê do momento)

      Separando o que v. disse:

      “O PT nunca conseguirá impor um modelo de governo que cobramos por não possuir maioria no Congresso”.Reforma.Política para presidente ter maioria no  congresso. Decretos. Distribuição de renda. País não mudará sem discussões sérias.Reformas necessárias.Falta de educação, etc.

       

      Bom, parece mais  um desabafo de sua parte. Tudo bem quanto a isso. Antes de mais nada não estou aqui para apenas contrariar-lhe ou confrontar-lhe. Apenas uma opinião diferente  da sua.

      Veja: ops! perceba:

      O PT não deve mesmo IMPOR NADA. Ora, estamos num sistema de governo que , graças , não se resume ao poder executivo ou ao legislativo. Nem aos dois juntos. Ufa! Inda bem.

      Infelizmente, o tal presidencialismo de coalizão ( Sanches) parece ser isso dai, isto é, executivo e legislativo e conluio. Passa longe da res pública.

      Reformas? Ah não, chega desse papo! Já passamos dessa. Agora  é mais interessante CONSTRUIR algo novo. O termo Reforma além de já ter se tornado  um clichê, já sugere a manutençao de ALGO VELHO com CARA NOVA. ” Me inclui fora dessa”!

      Decretos? Ah não meu caro. Chega de decretos. Aliás,  decreto- lei nem é possível mais! Inda bem! E o remanescente, sim,  aquele famoso  artigo 84 , deve ser usado com muita cautela, né mesmo!? Não  deve misturar com o presidencialismo de coalização,  não! Decreto deveria servia somente, e tão somente, para publicar o  regulamento de uma LEI. Só isso! Nada mais, nada menos.

      Distribuição de renda? Desculpe-me, mais isso ai é outro clichê. E dos velhos!  Algo fez -me lembrar um desinfeliz “bolo” que seria repartido ” no futuro”… Faz 40 anos que este aniversário é comemorado e o diabo da fatia do bolo agora parece priorizar o superavit primário , para homenagear um tal de “serviço da dívida”. Fazer o que né? Eis o preço da “estabilidade”, instável.

      Discussões sérias? Ah não meu caro! Chega de discussões sérias. Prefiro implementação séria! Aliás, nossas discussões sempre tiveram o  “ar” de sérias. Muito sérias!  Só isso. No fundo, no fundo, já sabemos que nada realmente muda e nem se transforma contrariando o famigerado autor desta frase.

      Não podia faltar a tal educação. Puxa! Como está na moda este clichê. ” Que o povo precisa de mais educação para prosperar, progredir. Que nós, brasileiros, somos analfabetos funcionais! Que precisamos mais de “gestão do conhecimento” para administrar o valioso capital do momento ( da moda) que é o capital intelectual! Que …

      Que balelada hem meu caro? Seria melhor falar em “adestramento” ou furto de propriedade intelectual dos celetistas!

      Sem mais diagnósticos, sem promessas para o futuro incerto, sem mais delongas. Precisamos sim é respeitar e  efetivamente cumprir  com o que sempre foi  prometido.  Todos nós já sabemos disso.

      Ou será preciso propagar mais rolezinhos por ai, inclusive, em latifundios monoculturais?

      Abraços e boa sorte

       

      1. kkkkkkkk Mogisenio

        Como não estaria bravo??? Apesar de ter me divertido muito com suas ironias.

        Só que não tenho mais saco para brincar com as coisas séria e vendo a juventude sendo manipulada dia a dia. Estamos formando uma juventude de debiloides.

        Vejo pobres, com renda de 900 reais que são contra a reforma tributária por que eles pagam muito imposto.

        Vi durante as manifestações de junho a Dilma sancionar o simples para advogados precionada pela OAB. Legal né! Eles vão pagar só 3% de imposto de renda, coisa linda…. Também quero!.

        Por ai vai!!! Este país virou o paraiso dos ricos!!!

  22. Os 20 anos, sonhados pelo Sérgio Motta.

    Contrariando aos pessimistas de plantão deste blog(o Alexandre Weber, faz escola) nos planos do PT, estão ainda mais 2 mandatos presidenciais, e somente após os sonhados(para o PSDB) 20 anos de governança, este projeto de inclusão e pagamento da dívida social que o Brasil tem com sua maioria de habitantes, será completada, e o país, entregue ao sucessor, democraticamente organizado, e com menos desigualdades sociais.

  23. Existe um ditado “falem mal

    Existe um ditado “falem mal de mim, mas falem de mim”, comparar Lula e Dilma com o FHC não funciona mais, deve-se olhar para frente. Os apartidários anti-PT acabam optando pelo PSDB por ser a perspectiva de poder disponível para desbancar a esquerda.

    Claro, não queremos a volta das políticas neoliberais, mas a política do Lula de polarizar a eleição e buscar alianças amplas contra uma oposição minoritária ajuda a mesma oposição:

    Em 2010 o PSDB elegeu o maior número de governadores (8) porque o PT abriu mão de concorrer em muitos estados;

    O leitor do blog Sérgio Saraiva foi feliz ao afirmar que o pós-lulismo no partido passa pelos governadores do PT, importante que o partido invista nos estados em vez de focar apenas na reeleição da Dilma.

  24. Centro da gravidade

    Esse tal “centro estendido” – alias, que diacho é isso de centro em politica ? Esse espectro entre a esquerda e a direita sempre me instigou, mas enfim! – esse centro se dilatou, se estendeu, com a chegada de Dilma Rousseff ao poder dentro do PT e com as manobras para guardar a base de sustenção ao seu governo.

    O que o PT quer ser ? Sem cuidar de suas bases, la da sua origem, não vai leva-lo muito mais longe que 2018. Vejam bem, Eduardo Campos vai se tornar conhecido através das proximas eleições do Oiapoque ao Chui, e mesmo que o PSB eventualmente volte ao governo Rousseff a partir de 2014, Eduardo sera candidato em 2018 e com apoio do que sobrar do PSDB e da midia e ai, mesmo com um bom nome, o PT tera mais dificuldades de continuar no poder. E o PT tem no anti-petismo, seu calcanhar de Aquiles. 

    E é bom mesmo que Dilma olhe mais para o todo e José Eduardo Cardozo fique atento com o que esta acontecendo em Minas Gerais, porque parece que a policia e a justiça mineira, além da imprensa local, estão nas mãos da familia Neves. Todo cuidado é pouco com o que esta acontecendo nesta que foi a a terra de Tiradentes. 

    1. O lamentável é que, de uma

      O lamentável é que, de uma forma geral, o PT não consegue se posiciona neste centro com a posição de liderança que lhe é cabível. Está, na verdade, bastante misturado à massa informe dos interesses imediatos, pontuais e regionais que caracterizam o centrão. Pisa em ovos para garantir apoios, sempre acuado com a possibilidade explícita de infidelidades, que emerge na prática como uma permanente chantagem sem ideologia. Em novo governo, todo o futuro do projeto progressista dependerá do PT procurar liderar de fato este centrão, levando-o por suas exigências, Consolidar as conquistas no território do “novo” e impor outras questões novas, não se deixando abalar pelas exigências fisiológicas e anti-novas dos autênticos centristas. Amigo, compreensivo, mas firme, seguro, como cabe a um partido líder. Embora diplomático, o PT terá que ser firme, terá de impor condições programáticas sem reservas, e terá todo um patrimônio imenso de conquistas para demonstrar e lastrear as suas exigências.

  25. A parte que o Nassif frisa

    A parte que o Nassif frisa como projeto de inclusão que ficou de fora do centro extendido é basicamente a dos direitos ligados ao secularismo, agenda cara a nosso Gunter, que ainda não comentou, mas deve fazê-lo ainda.

    Assino embaixo sobre a importância dessa agenda. Mas queria destacar uma que está sendo pouco falada e que é mais ligada ao trabalhismo. A questão da força dos sindicatos na negociação por salário e outros benefício está ok. Mas e a participação dos trabalhadores na adminstração das empresas, citado pelo professor?

    Aí acho que o bicho pega ainda mais que nas questões do Gunter. Vai no âmago do capitalismo, a mais-valia. Mas não acho que seja só uma questão de ideologia. É bem pragmático, pois as decisões de investimento não ficariam unicamente nas mãos “chantagistas” do grande empresariado brasileiro, o mais mesquinho do mundo.

    É de interesse do governo, que deveria articular-se com as centrais para pelo menos colocar o assunto em pauta. Isso necessariamente colocaria foco nas chantagens do grande capital, que trancam os investimentos, prejudicando todos. Chega de ficar engolindo as desculpas da Fiesp, que sabemos de cor, “impostos, estado se metendo e etc,etc”  

    1. Boa tarde, Juliano

      Eu acho uma pena que tão poucos por aqui dêem atenção ao secularismo. É uma desconexão da sociedade, pois as pessoas falam de ‘valores’ cotidianamente, vejo isso na minha linha de tempo de facebook.

      Mas acho que muito mais que secularismo, trabalhismo (ótima e importante lembrança!) e reforma tributária, pega muito mais a segurança pública.

      E, não por acaso, há ligações com secularismo e conservadorismo moral, os agentes que fazem um discurso fazem o outro também. É conexo.

      Estamos na seguinte situação…

      A sociedade amedrontada e disposta a endossar discursos de endurecimento que só levarão a batalhas perdidas e elevados custos.

      E o governo totalmente omisso a respeito de seu papel de promover inovações e redução do Estado Penal.

      Os candidatos a governador do PT não propõem nada de novo e depois ficam se perguntando porque os paulistas continuam manifestando voto em Alckmin…

      As abordagens proibicionistas e conservadoras já estão sendo questionadas nos EUA, que caminharão (esperançosamente) para um modelo um pouco mais próximo do europeu ou canadense.

      E o Brasil se transformando num imenso Texas.

       

      1. Não é somente a Dilma que deve olhar o novo!

        queria parabenizar ao Gunther, a boa parte dos comentaristas daqui, a Secretaria dos Direitos Humanos e todos os que entraram na onda do crime homofobico do pobre rapaz que morreu um otimo desserviço a causa de defendem!  e a clara demonstração de como são hipocritas quando dizem que buscam a verdade!

        com suas melhores intenções mas embasadas em preconceitos estão se desmoralizando,  por acharem que lutam por uma nobre causa, pouco se importam com a verdade, somente se ela lhes convier, se não usa a versão que melhor molda seus interesses!

        será que os que tanto acusaram a policia e secretaria de segurança de São Paulo irão se desculpar pelas acusações?

        —————————————————————————————————————————————–

        Família de jovem gay encontrado morto no centro de SP agora diz que ele cometeu suicídio

        Do UOL, em São Paulo 21/01/201415p6

         

        Isabel Cristina Batista, mãe do jovem Kaique Augusto Batista dos Santos, encontrado morto no sábado (11) no centro de São Paulo, disse nesta terça-feira (21) acreditar que o jovem cometeu suicídio, e não foi vítima de crime de homofobia, possibilidade que foi sugerida desde o início das investigações e chegou a ser tratada como fato por representes do governo federal.

        A mãe do jovem gay, ao lado do advogado que cuida dos interesses da família, Ademar Gomes, pediu desculpas à polícia –que desde o início tratava a possibilidade de suicídio como a principal linha de investigação da morte de Kaique–, por ter sugerido que as autoridades resistiam em considerar a hipótese de crime de homofobia. “Estou convicta de que foi suicídio”, disse.

        A mãe de Kaique e o advogado afirmaram que a mudança de postura em relação às razões para a morte do jovem foi motivada por uma investigação paralela, que foi conduzida sem participação da polícia, que ouviu amigos dos jovem e teve acesso a documentos privados do jovem –como um diário. Segundo Gomes, em nenhum momento a polícia impediu a investigação paralela de ser conduzida. “As pessoas que foram ouvidas pela polícia também foram ouvidas pela minha equipe”, disse o advogado, ressaltando que não encontrou nenhuma contradição entre sua investigação e a realizada pela polícia.

        Para o advogado, a falta de esclarecimento em relação às circunstâncias em que o corpo de Kaique foi encontrado levou a mãe do adolescente a acreditar que se tratava de um homicídio. “De fato, não há nenhuma testemunha que viu Kaique se suicidando. Mas após analisar o diário do filho e conversar com seus amigos, Isabel chegou à conclusão de que ele estava em depressão profunda”, disse Gomes.

        “Está sendo muito difícil, porque eu não tinha conhecimento dessa depressão dele, a reação dele dentro de casa não era o que ele escrevia”, disse Isabel, acrescentando que Kaique sempre se mostrava alegre com a família. Ela negou que o jovem sofresse preconceito da parte da família por ser homossexual. “Eu nunca rejeitei meu filho, sou uma cabeleireira e trabalho com muitos homossexuais, nunca tive preconceito com isso.”

        Sem dar mais detalhes sobre o conteúdo do diário de Kaique, o advogado da família sugeriu que o suicídio poderia ter sido motivado por uma decepção amorosa. “Pode ter sido alguma decepção, uma briga entre casais, isso é comum.”

         

        Kaique foi achado morto na madrugada do último sábado (11), na região central de São Paulo. Segundo a “Folha de S.Paulo”, ele tinha sido visto pela última vez em uma festa destinada ao público gay na região da República.

        A Polícia Civil de São Paulo registrou a morte de Kaique como suicídio, o que provocou revolta da família e ativistas da causa gay. O jovem foi encontrado morto embaixo do viaduto da avenida Nove de Julho, sem os dentes e com uma fratura exposta na perna. A polícia ainda investiga o caso, mas cogita que os ferimentos possam ser resultado de uma suposta queda do viaduto.

        1. Não seja hipócrita você.

          1º) Eu já pus essa mesma notícia no clipping assim que saiu no Terra (portal que eu prefiro ao UOL)

          2º) O suicídio também é provavelmente motivado por homofobia. Já há muitos estudos que falam das maiores taxas de suicídios em adolescentes LGBT pela constância de abusos e assédios que sofrem, muitas vezes a rejeição de famílias. O problema de omissão do governo no combate à homofobia continua o mesmo de sempre. As notas da SDH nunca foram tidas como relevantes mesmo…

          3º) Em nenhum comentário eu me referi a homicídio ou suicídio de Kaique, eu apenas pus links das matérias sobre o assunto que não eram redundantes com as que colegas já tinham posto.

          4º) LGBTs não precisam de mártires, querem é que não surjam mais. Os mortos por crimes homofóbicos de ódio nos últimos 10 anos ultrapassam o número apresentado no ‘Brasil Nunca Mais’ como vítimas da Ditadura. O que falta, portanto, é abrir os olhos de gente tosca, à direita e à esquerda.

          5º) A Polícia paulista merece críticas na apuração de casos de homofobia pelo conjunto da obra, basta lembrar de como foi no início dos casos Palmieri e lâmpadas da Paulista. Merece críticas como todas as polícias do Brasil, todas herdeiras de valores rançosos do militarismo.

          6º) Se, por acaso, você está preocupado com repercussões políticas negativas para o governo de SP, olha, garanto que sou capaz de defendê-lo muito melhor que você.

          Passar bem

          APS

           

          1. assuma suas

            assuma suas responsabilidades! ser o primeiro a informar não representa nada, pois o assunto iria aparecer aqui de qualquer maneira, e não seria necessario vc posta-lo, eu mesmo postei e outros o fariam, portanto isso não é merito algum!

            1º vc mente  ao dizer que o suicidio e pode ser por causa de homofobia, pois a mãe disse que foi uma desilusão amorosa, no fundo vc e que é preconceituoso, pois não admite que os gays são tratados como qualquer outra pessoa, vc não aceita isso, adora a postura de eterna vitima!

            2º vc mente novamente, pois defendeu ardorosamente a tese que a policia esta encobrindo a verdade, que disse varias vezes sobre impunidade, suas insinuações são obvias e até mesmo primarias!

            3º para quem não quer martires, vc tenta inventa-los aos montes a cada denuncia de crime homofobico que solta sem ter provas!

            4º a policia paulista não é flor que se cheire, mas nesse caso haviam muitas contradições que pediam o bom senso de aguardar antes de acusar alguém, não estou defendendo a policia, mas a verdade, e a verdade e que vcs tentaram manipular a morte do pobre rapaz para sua a causa!  

            5º golpe chulo esse seu de querer me associar ao governo tucano de São Paulo para ter apoio dos demais petistas daqui, coisa de covarde mesmo, mas eu pouco me importo com o governo alkimin, o assunto aqui e a farsa criada por militantes fanaticos que acham que enganando o povo e a forma de atingir seus objetivos, 

             

             

  26. Que não se dê bom dia com chapéu alheio agora

    Certamento o Casamento Igualitário foi um avanço civilizatório. Para LGBTs a única conquista dos últimos 4 anos.

    É o que faz o Brasil parecer menos tosco aos olhos dos estrangeiros e também dos próprios brasileiros (afinal, os 6 maiores destinos turísticos para brasileiros têm casamento igualitário.)

    Porque a não criminalização da homofobia, presente em mais de 60 países das Américas e Europa, pega muito mal.

    Mas que fique consignado que, ao contrário da maioria dos outros avanços apresentados no artigo, este deveu-se à ação da AL-RJ e atuações subsequentes da AGU, STF e CNJ. Com sua consistência defendida pela sociedade civil e mídia.

    O governo teve uma atuação cômica nesse episódio. Não somente nenhum executivo comemorou em público o avanço como sequer os ministros da Justiça e Direitos Humanos fizeram nota a respeito. Se alguém falou ou escreveu algo ficou escondido.

    Pior, deputado do PT subiu a plenário para criticar a norma do CNJ, quase todos os estados onde secretarias estaduais organizaram casamentos homoafetivos comunitários são da oposição e, ainda por cima, há 2 projetos-lei de 3 deputados governistas tramitando para reverter o C.I. (Para quê esse mico, não é mesmo?)

    O Governo não merece crédito nisso, quando muito não conseguiu  atrapalhar. Evitou propositadamente se beneficiar dos ganhos junto à opinião pública.

    Para Espanha, Argentina, Portugal, Reino Unido, França, EUA não faltam frases famosas de mandatários elogiando o Casamento Igualitário.

    No Brasil foi o silêncio dos túmulos.

    1. Evitou propositadamente se

      Evitou propositadamente se beneficiar dos “ganhos” junto à opinião pública? Ganhos? Esta questão ilustra a dimensão do tato político com que o Governo tem que trabalhar constantemente para, em contribuir decisivamente em avanços significativos como este referido, e isto é inegável, também saber recolher-se à prudência e não sair soltando fogos pelos “ganhos” obtidos. Pisando em setores atrasados da sociedade. Pensar que um governo de aliança ampla com setores de enorme expressão eteitoral mas ainda social e culturalmente “incivilizados”, senão embrutecidos por secular ignorância, pensar que um governo assim pode sair públicamente se vangloriando de ganhos com este avanço do Novo, mesmo que mereça fazer isso, é tomar o todo pela parte. Quem se vangloria disso se conforma em ser típicamente “avançado”, mas também elitista intelectual e eleitoramente nanico.

  27. Cracolândia

    A repercussão é tão boa que ontem no Jornal da Globo (não o JN, mas o das 19 h, para o público local de SP) teve matéria elogiando o programa.

    Eu tenho me acostumado a acompanhar as repercussões pela minha base de faceamigos, muito mais diversificada politicamente que comentaristas em blogs mais partidários (quer sejam Noblat, quer sejam PHA).

    O que eu noto é que Mujica é muito popular entre ‘coxinhas’ (injustamente chamados de ‘direitosos’ pelos amigos governistas) e que de todas as ações de Haddad essa da Cracolândia foi a única que não recebeu críticas.

    Bem faria, na minha opinião, se Padilha reproduzisse mais esse discurso modernizante que o ‘estilão Gleisi”.

    Aguardemos.

  28. O novo para Dilma.

    O novo para Dilma é encontrar de frente a dose de certeza dos problemas – antes sob a limitação negativa do mercado financeiro. Chegada a hora em que quiser fazer um investimento mais alto, passa a ver as coisas da sua maneira.

    Pretendendo que ela seja certa e irrefutável, falta-lhe deixar o plano do opinável, dizendo estas palavras: ” está provado cientificamente que a asserção do desenvolvimento da economia está imune de dívidas e da falsificação de perspectivas.”

    Por esta simples reflexão, antes que os fenômenos ensejam o contrário, fica manifesto que podemos situar a certeza da economia no fato de o sol rodar, todos os dias a nosso favor, em volta da terra.

    1. Uma coisa me intriga e

      Uma coisa me intriga e gostaria que o Nasif pudesse clarear isso: Agora há pouco, quando a exigência sobre juros mais altos se fez impor de maneira incontida, que seria do Governo se o BC não houvesse lá atrás baixado os juros a níveis audaciosos para um país na situação do Brasil? Foi uma estégia prospectiva, o baixar tanto os juros, ou obra de acaso e circunstância? Se os juros não houvessem baixado tanto, em troca de um insignificante avanço inflacionário, o avanço inflacionário superestimado pela mídia viria do mesmo modo, as exigências seriam as mesmas e hoje os juros estariam bem mais altos?   

  29. Sinceramnete o que de novo

    Sinceramnete o que de novo esperar desse governo? Se elegeu propagandeando desenvolvimento mas no primeiro mes deu uma paulada no pib chines e de lá pra cá perdeu o rumo, se não fosse o emprego se mater em alta a viola já estava no saco; um governo que dpa bilhões para a bolsa banqueiro, bilhões em desonarações para empresas que se lixam para ele e desemprega sem nenhuma cerimonia é o mesmo governo que congela a auxilio alimentação do funcionalismo e tenta no congressso tratorar varios pacotes de maldades para o trabalhador, sou petista há decadas mas desse governo enrustido da Dilma não espero muito não.

  30. Nassif, acho que fostes muito

    Nassif, acho que fostes muito duro com uma argumentação contrária, afinal, o número de adjetios utilizados por vc para definir a Analu foi muito grande. Não estou aqui para defendê-lo, só para lembrar a vc que o esforço para estar em cima do muro é sobretudo descomunal em um mundo com tanta vertentes de informação. De longe é o melhor blogueiro do Brasil, mas não isento de críticas.O que a Analu disse sobre vc tentar tutelar o Governo Dilma faz sentido uma vez que ela fez comparativo entre os governos dela e de Lula. Obviamente, fazer sentido não é estar certo nesse mundo onde verdade é sinônimo de opinião.

    Abraços

  31. Vamos discutir, debater,

    Vamos discutir, debater, arguir, apontar defeitos e realçar qualidades. O mais danoso é o silêncio.

    E este é mais afeto à morte. Enquanto houver vida tem que haver debate. 

     

  32. Há uma ordem de conhecimentos

    Há uma ordem de conhecimentos por relação à banca, na qual muitos comentarístas se esforçam constantemente para alcançar uma tal extensão de seus próprios interesses.

  33. viral mais são pequenos agentes

    O tempo já andou e teriam de correr atrás!

    “Ocorrendo em uma sociedade em movimento”

    Movimento de junho, movimento do rolezinho em janeiro, não é um viral mais são pequenos agentes ao mesmo tempo em evolução viral em seu mecanismo da evolução e parar estes “micros poderes” que o pessoal do PT estampa, espanca e chama de reacionários ficou difícil!.

  34. Tem um pequeno erro de grafia no título postado.

    É hora de Dilma olhar para o povo. Assim deveria ser, de forma constante, toda hora, até por obrigação de ofício; mas seu “realismo político” a faz olhar preferencialmente para os conchavos parlamentares e ao tempo de campanha reeleitoral obtida nesses conchavos; assim ela olha para o velho, para o podre, para o que devia estar enterrado faz tempo.

    1. apelo da rua?

      Almeida: penso que sua óptica estaria um pouco vesga. Nos últimos 50 anos não tenho lembrança de nos do povo termos sido tratado tão bem, com tanta dignidade e respeito. Não inda o desejado, mas com largos progressos nesta direção. Vejamos. Dos militares, tirando o chumbo grosso, o que recebemos além de arroz, feijão, ovo e farinha? Pulemos os governos da transição, que estes, dado o momento, não se pode contar, neste particular. Vejamos, a partir de 1994. Que tivemos, nos do povo, do pessoal agora intrincheirado na ABL? Onde escolas? Quando salário melhor? Por quantas vezes fomos ouvidos em nossas reivindicações? Desde a primeira década deste século XXI vimos brotar um pequeno alento, que vem, na medida do possível, tentando se desenvolver, com água limpa, adubada devidamene, zelada devagar mas constante. Por isto, o título original esta correto (mesmo que não se concorde com o todo do texto), sem desmerecer o seu. O governo continua olhando para a copa da árvore. É da natureza política. Mas não tem se esquecido das folhas, coisa que não acontecia anteriormente.

      1. Não.

        Não se faz isso dentro do poder, sem a certeza que vai dar certo. Há os que fazem por desespero ou delírio, o último maluco que fez isto aqui, ficou no pincel. Trata-se de ouvir a rua, é diferente.
         

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