Em 12 meses, emprego melhora, mas agricultura elimina 366 mil postos, por Luís Nassif

Houve uma queda na mão de obra desalentada ou subutilizada - embora se mantenham ainda em proporções dramáticas de 17% do total

Em um ano – de setembro-novembro de 2022 a setembro-novembro de 2023 – a População Economicamente Ativa (em idade de trabalhar) cresceu 1,5 milhão, ou 0,9%. No mesmo período, a Força de Trabalho cresceu 276 mil, ou 0,3%. Houve um aumento de 0,8% na Força de Trabalho Ocupada e uma queda de 6,2% na Força de Trabalho desocupada. Embora o contingente fora da força de trabalho tivesse crescido 1,9%, ou 1,2 milhão, e Desocupados + Fora da Força de Trabalho tenha crescido 0,9%, ou 698 mil, o resultado final foi positivo.

Mais ainda se comparar com 24 meses atrás. Nesse período, houve uma queda de 33,9% na Força de Trabalho desocupada, e de 3,2% na soma dos desocupados + fora do mercado de trabalho. 

Principalmente, houve uma queda na mão de obra desalentada (que desiste de procurar emprego) ou subutilizada – embora se mantenham ainda em proporções dramáticas de 17% do total.

Quando se analisa os principais setores (tomando set-nov 2013 como base 100), observa-se crescimento em empregos de baixa remuneração, como Alojamento e Alimentação e Comércio e Reparação de Veículos.

Confira a Agricultura, setor que mais cresceu nos últimos 10 anos. No entanto, sua participação na Força de Trabalho caiu de 9,39% para 8,18%.

Já a indústria, apesar do processo de desindustrialização, aumentou sua participação na força de trabalho.

Em 12 meses, a maior queda na oferta de emprego foi na Agricultura, com 366 mil a menos..

Luis Nassif

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  1. Nassif, sou seu leitor desde os tempos da coluna Dinheiro Vivo, na finada Folha de S.Paulo liberal-progressista do início dos anos 1980. Lembro que naqueles tempos gloriosos da luta pela volta da democracia ao Brasil, “todo mundo” se guiava por duas colunas essenciais, a sua e a do Jânio de Freitas. Por essa mensagem deixo meu sincero desejo de feliz 2024 para você.

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