O embate de ideias econômicas nas eleições

Ontem, o Seminário da ANBB (Associação Nacional do Banco do Brasil) “Repensando Estrategicamente o Banco do Brasil”, juntou três economistas ligados aos candidatos à Presidência: Alexandre Rand Barros representando o PSB; Mansueto de Almeida representando o PSDB; e Márcio Pochmann o PT.

A prioridade dos liberais – Mansueto e Rands – são os acertos institucionais; dos desenvolvimentistas – Pochmann -, o plano de desenvolvimento estratégico.

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As críticas dos liberais são focadas em princípios de gestão.

Tem que haver responsabilidade fiscal, clareza sobre os gastos públicos, sobre o custo dos subsídios e previsibilidade na economia.

Não conseguem desenvolver uma visão sistêmica da economia. Rand mencionou estudos próprios sobre os fatores que mais impactam o desenvolvimento e a competitividade. Deu educação. Logo, todo foco tem que ser na educação, como se fosse uma variável autônoma e suficiente. Aliás, Rands deveria ter poupado os presentes da discussão sobre se BC independente é proposta de esquerda ou direita; se melhorar a mobilidade urbana é esquerda ou direita. Um primarismo indesculpável!

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Mansueto, por sua vez, mostra que as políticas sociais necessitam de recursos crescentes; e recursos dependem do crescimento. Para crescer tem que haver previsibilidade. Bastará superávit primário para haver crescimento e atendimento de todas as demandas.

Obviamente, como todas os economistas dessa linha, Mansueto está preocupado em calcular o superávit primário (excluindo juros) e os custos dos maiores e dos menores programas sociais (o que é ótimo). Mas o maior custo do orçamento brasileiro – os juros – não entra nas suas contas.

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De seu lado, Pochmann tem uma visão histórica apurada, defende a ampliação do papel do Estado na economia –e relega para terceiro plano aspectos ligados à própria prestação de contas pública. Como se visão estratégica prescindisse de boa gestão fiscal, de regras claras para a economia e de limites para o voluntarismo do governante.

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Ora, ambas as escolas de pensamento têm vícios recorrentes, que se repetem a cada ciclo. Atribui-se aos liberais a falta de visão estratégica e sistêmica da economia; aos desenvovimentistas os abusos das intervenções personalistas.

No caso do liberalismo, o governo FHC repetiu todos os vícios históricos, com sua falta de visão estratégica, o pouco cuidado para definir a competitividade da economia, o fato de considerar taxa de juros como variável independente.

No caso dos desenvolvimentistas, os últimos anos foram pródigos na explicitação de vícios históricos, com o absurdo dos “campeões nacionais” do BNDES, a concessão de subsídios ao consumo sem obedecer a nenhuma planejamento, a falta de transparência nos custos das políticas públicas e das contas fiscais..

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No atual estágio de desenvolvimento social brasileiro, não se admitem mais políticas personalistas, de gabinetes e falta de controles e transparência..

Com o desafio de ganhar produtividade para garantir a geração de empregos de qualidade, não se pode julgar que o mercado, por si, encontrará o caminho. Há que se ter uma diretriz clara, para impedir a dispersão de esforços e recursos.

Enfim, deixar de usar o carimbo ideológico para práticas que são comuns a todas as políticas públicas virtuosas.

Luis Nassif

59 Comentários

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  1. É preciso se criar o novo nas análises econômicas e as criticas

    1) Diz-se que desenvolvimentismo cria gigantes; o neoliberalismo também o faz com as grandes engolindo as pequenas

    2) Diz-se da falta de transparência em estados fortes; se esquece das leis de transparência criadas nos governos do PT

    3) Responsabilidade fiscal. Nesse tópico se critica com exclusividade o governos desenvolvimentistas. A responsabilidade fiscal nos governos do PT foram maiores do que nos de FHC

    4) Qual transparência nos governos do PSDB em São Paulo e Minas Gerais?

    5) Critica-se a não política e a falta de pensamento; não procede a afirmação da matéria: “Enfim, deixar de usar o carimbo ideológico para práticas que são comuns a todas as políticas públicas virtuosas.”

    1.   Pois é, Assis, eu ia mesmo

        Pois é, Assis, eu ia mesmo destacar seu item 3. A dívida pública relativa é um BAITA índice nesse quesito: de 63% do PIB no último ano de FHC (PSDB), caiu para algo em torno dos 38%, ano passado, com Dilma (PT).

       

        Que há falhas no discurso de todo e qualquer candidato, isso é previsível. Agora o que não dá é fazer tábua rasa.

  2. Maurício Rands apenas repetiu o blábláblá de Giannetti

    Maurício Rands apenas repetiu o blábláblá de Giannetti, guru de Marina. Giannetti tem afirmado que Celso Furtado se esqueceu de colocar a educação em seus postulados sobre economia. Na verdade o interesse de Giannetti pela educação é outro: Privatizar as universidades. começando pela implantação do ensino pago, segundo afirmou em encontro na Unicamp-SP. Para ele, o aluno que estudo em escola privada tem que pagar universidade. O eleitor tem que saber o que signfica política de estado mínimo pois, pelo que estou vendo, já se esqueceu. E o tempo é curto, não dá prá explicar para o eleitorado. Por isso precisamos conversar com as pessoas sobre isso. 

     

    Pensei que meus parentes com quem convivo não fossem desistir de Marina. Não querem mais saber dela. 

    Um deles, evangélico, referiu-se a ela como uma despreparada. De fato ela é despreparada, a única vantagem de Marina é ser depositária do voto niilista, o da descrença em tudo,  mas cá prá nós, será que o eleitor vai mesmo votar com base nessa descrença incutida pelo pig? Parece-me que não. Não creio que Marina se eleja por ser a representante da não-politica, do não-partido, essa coisa que a levou a entrar na  disputa de uma forma inusitada, digamos, uma espécie de não-candidata,…a campanha dela está sendo feita pela Globo e CIA, o que se configura como não-campanha, senão vejamos: Até o programa de governo dela é um não-programa, uma vez que se trata de plágio feito a partir de recortes que a Dona Neca do Itaú, a “educadora” de Marina e, como se trata de invencionice, ela faz alterações, não sabe o que quer, tudo em Marina é falso e simulacro. ..xô estrupício…Ela(Marina)  esta passando a impressão para o eleitor de que é uma despreparada, o que de fato o é, não aguenta nem um tuite do Malafaia como vai aguentar um da petroleiras americanas. Ouvi isso hoje da boca de um irmão que jurava que ia votar na Marina mas desistiu, da Assembléia de Deus, se referiu a Marina como uma “pessoa despreparada”.  Há dias que venho explicado para eles que Dilma fez muito e que foi boicotada pela imprensa e que o que a elite está vendendo como alternância de poder é na verdade mudança de visão de estado, falei o que é estádio mínimo que, como sabemos, se traduz em neoliberalismo, arrocho, austeridade, sucateamento do pré-sal, ensino superior pago…

    1. SEM TEMPERO

      A Marina Silva é um produto que não pega tempero, é sem SAL. Ela não tem nada de novidade para assumir a Presidencia da Republica. Vai ser um grande desastre se ela assumir o Planalto. Os Paulistas querem dá um voto de protesto so por causa que o PSDB de Aércio Neves não decolou. Ela é pequeninha do tamanho do ACRE.

  3. Sugerir que o new deal e a

    Sugerir que o new deal e a política de bem estar europeia, que as politicas de Thatcher e Reagan não tiveram forte cunho ideológico e que elas influíram em todas as politicas publicas implementadas é erro.

  4. Ideologia diferencia neoliberalismo e desenvolvimentismo

    O pensamento dominante, que forma a chamada sociedade de “pensamento único”, tem como uma de suas características a intenção de confundir os caminhos ideológicos, como bem abordou o Post de Nassif “O liberalismo de araque dos nossos mercadistas”.

    Eles procuram e conseguem camuflar noções ideológicas diversas como, por exemplo, o seu mote “crescimento” com o mote de esquerda “desenvolvimento”. Chegam, inclusive, a afirmar que não existe mais diferença entre esquerda e direita.

    É de extrema importância sabermos diferenciar crescimento econômico de desenvolvimento econômico, pois é possível uma cidade, região ou país, crescer sem alcançar um estágio satisfatório de desenvolvimento. Em síntese, crescimento e desenvolvimento econômico são duas coisas ou situações distintas.

    O crescimento neoliberal aprofunda desigualdades e dificuldades no acesso à educação, saúde, ou seja, criam precárias condições de vida para a maioria da população. Pelo neoliberalismo crescimento se refere exclusivamente ao aumento do PIB, que mede a quantidade de riquezas produzidas pelo país e não a qualidade de vida da população.

    Espanta o grau de mistificação usado pelos formuladores mainstream da política econômica ao induzir a população a acreditar na solução de seus problemas a partir de um indicador estatístico. A doutrina convencional afirma que o crescimento da taxa do PIB (Produto Interno Bruto) seria o único caminho para o progresso e o bem estar. A realidade contradiz este discurso otimista dos empresários, do governo e da academia. Essa avaliação pelo PIB oculta as condições de vida da sua população.

    O desenvolvimento que a esquerda prega é um poliedro do qual o crescimento da economia é apenas uma das suas múltiplas faces. Um país é dito desenvolvido quando ele apresenta um bom IDH (índice de desenvolvimento humano), ou seja, boas condições de saúde, educação, distribuição de renda, etc.

    Um país pode ter um grande crescimento, sem que melhore substancialmente o IDH.

    A calamitosa situação econômica e social que caracteriza os pobres dos países chamados emergentes ou “em desenvolvimento” prova que o crescimento por si só não melhora a vida da sua população.

    Outro paradoxo decorrente da falsa noção de crescimento é que, antes, os ganhos das corporações transnacionais eram contabilizados pelo país-sede da empresa, para onde os lucros foram remetidos.

    Na contabilidade atual, os lucros são atribuídos ao país da localização das fabricas, embora não permaneçam lá. Oculta se, assim, um fato básico: as empresas dos países ricos exploram e expatriam os recursos dos chamados emergentes.

    Essa falsa noção de crescimento como condição de desenvolvimento é alimentada pela linguagem, conceitos e eufemismos utilizados como armas pela direita para proteger “os de cima” e são concebidos por jornalistas e economistas mainstream para maximizar a eficiência do neoliberalismo em suas políticas brutais em linguagem suave, evasiva e enganosa a fim de neutralizar a oposição popular; alguns exemplos:

    1) O neoliberalismo apropria-se de conceitos e termos, os quais a esquerda originalmente utilizou para o avanço de melhorias em padrões de vida, e os utiliza contra a própria esquerda. Dois destes eufemismos, tomados da esquerda, são “reforma” e “ajustamento estrutural”. “Reforma” referia-se a mudanças que diminuíam desigualdades e aumentavam a representação popular, promoviam o bem-estar público e a restrição do abuso de poder por regimes oligárquicos ou plutocráticos. Ao longo das últimas quatro décadas, contudo, importantes acadêmicos, economistas, jornalistas e responsáveis da banca internacional subverteram o significado de “reforma” transformando-o no seu oposto: agora se refere à eliminação de direitos do trabalho, ao fim da regulamentação pública do capital e à redução de subsídios públicos que tornavam a vida do pobre mais acessível. No vocabulário neoliberal “reforma” significa reverter mudanças progressistas e restaurar os privilégios de monopólios privados. Portanto “reforma” agora significa restaurar privilégios, poder e lucro para os ricos.

    2) Por outro lado, escritores, jornalistas e acadêmicos de esquerda utilizam conceitos e linguagem da direita, e o eufemismo mais comum é a palavra “mercado”, a qual é dotada de características e poderes humanos. A realidade do “mercado” de hoje é definida por corporações e bancos multinacionais gigantescos.

    Outro eufemismo é “austeridade”, utilizado para encobrir os cortes em salários, pensões e bem-estar público. Medidas de “austeridade” significam políticas para proteger e mesmo aumentar subsídios do Estado a negócios e negociatas, criar lucros mais altos para o capital e maiores desigualdades entre os 10% da “casa grande” e os 90% da “senzala”. “Austeridade” implica autodisciplina, simplicidade, parcimônia, poupança, responsabilidade, limites em luxos e gastos supérfluos, no entanto, na prática “austeridade” descreve políticas que são concebidas pela elite financeira para implementar reduções no padrão de vida de uma classe específica e em serviços essenciais (tais como saúde e educação). Significa que fundos públicos podem ser desviados numa extensão ainda maior para pagar altos juros aos possuidores de títulos ricos enquanto sujeitam a política pública aos ditames dos senhores do capital financeiro.

    De um modo semelhante, os cortesãos linguísticos da profissão econômica puseram o termo “estrutural”, como em “ajustamento estrutural”, ao serviço do poder desenfreado do capital. Mudança “estrutural” referia-se à redistribuição da terra dos grandes latifundiários para os destituídos de terra; uma mudança de poder dos plutocratas para as classes populares. Hoje, contudo, “estrutural” refere-se às instituições e políticas públicas, as quais tiveram origem nas lutas do trabalho e da cidadania para proporcionar segurança social, para proteger o bem-estar, saúde e aposentadoria de trabalhadores. “Mudanças estruturais” são agora o eufemismo para esmagar as instituições públicas.

    Outras expressões:

    “Disciplina de mercado” – Este eufemismo visa, sobretudo, à condição de despedirem trabalhadores e intimidar os empregados remanescentes para maior exploração e excesso de trabalho, produzindo, portanto, mais lucro por menos pagamento. Ela também cobre a possibilidade dos neoliberais de elevarem seus lucros cortando os custos sociais, tais como proteção ambiental e do trabalhador, cobertura de saúde e pensões.

    “Mercado livre” – Um eufemismo que implica “competição livre, justa e igual em mercados não regulados” encobrindo a realidade da dominação do mercado por monopólios e oligopólios dependentes de maciços salvamentos do Estado em tempos de crise. “Livre” refere-se especificamente à ausência de regulamentações públicas e intervenção do Estado para defender a segurança dos trabalhadores bem como a do consumidor e a proteção ambiental. Por outras palavras, “liberdade” mascara a destruição desumana da ordem através do exercício desenfreado do poder econômico. “Mercado livre” é o eufemismo para o domínio absoluto de neoliberais sobre os direitos e meios de vida de milhões de cidadãos, na essência uma verdadeira negação da liberdade.

    “Recuperação econômica” – Esta frase significa a recuperação de lucros pelas grandes corporações. Ela disfarça a ausência total de recuperação de padrões de vida para as classes trabalhadora e média, a reversão de benefícios sociais e as perdas econômicas de detentores de hipotecas, devedores, os desempregados e proprietários de pequenos negócios em bancarrota. O que é encoberto na expressão “recuperação econômica” é a pauperização em massa que se torna uma condição chave para a recuperação de lucros corporativos.

    “Privatização” – O termo descreve a transferência de empresas públicas, habitualmente aquelas lucrativas, para o setor privado a preços bem abaixo do seu valor real, levando à perda de serviços públicos, emprego público estável e custos mais elevados para os consumidores pois os novos proprietários privados elevam preços e despedem trabalhadores – tudo em nome de outro eufemismo: “eficiência”.

    “Eficiência” – Este termo é usado para maquiar as privatizações. Frequentemente, responsáveis públicos, que estão alinhados com neoliberais, diminuem os investimentos deliberadamente em empresas públicas e nomeiam compadres políticos incompetentes como parte da política clientelista, a fim de degradar serviços e fomentar o descontentamento público. Isto cria uma opinião pública favorável a “privatização” da empresa. Por outras palavras, a “privatização” não é um resultado das ineficiências inerentes das empresas públicas, como os neoliberais gostam de argumentar, mas um ato político deliberado destinado ao ganho do capital privado à custa do bem-estar público.

    Conclusão
    Linguagem, conceitos e eufemismos são armas importantes usadas pelos senhores do andar “de cima” concebidos por jornalistas e economistas capitalistas para maximizar a riqueza e a eficiência do neoliberalismo. Na medida em que críticos progressistas e de esquerda adotam estes eufemismos e seu quadro de referência, as críticas e alternativas que propõem são limitadas pela retórica do sistema.

    Releitura do artigo: A política da linguagem e a linguagem da regressão política de James Petras

  5. Misturam alhos com bugalhos

    No momento em que podemos num piscar de olhos voltar às políticas desastradas, tanto na área econômica, quanto na social, velhas conhecidas, digamos assim, dos mais longevos, esquecer dos parâmetros ideológicos para ficarmos em análises “científicas” carece de sentido prático.

    Primeiro o balizamento da IDEOLOGIA e depois a correção do rumo.

    Sem Ideologia todos os caminhos parecem levar a Roma, mas acabam no abismo…

  6. BNDES não é só campeões nacionais.

    Nassif BNDES não é só campeões nacionais. Meu irmão é pequeno produtor e financiou no BNDES uma carreta e um Munck(espécie de guindaste), vai pagar 21 mil reais em três anos, com juros quase 0. Então todos tem acesso ao banco, criou-se uma idéia errada de que foram apenas os campeões nacionais. A Dilma se eleita deve fazer alguns ajustes, a experiência petista é exitosa.

  7. sem política definida como

    sem política definida como nos últimos doze anos e que recuperou o salário mínimo e o emprego e o consumo pra manter esses empregos, a economia fica na mão dos neonliberais,

    os quais já mostrarem na era fhc e agora na europa o que é bom pra tosse.

    remédios contra os trabalhadores, desemprego – na espanha 50 por cento dos jopvens não conseguem emprego.

    juros altos no brasiç como antes -na era fhc chegou a 45por cento.

    poderá voltar om os mesmo economistas de fhc e congeneres na equipe de marina silva.

    um horror, comnfesso.

    na verdade, tudo parte da política.

    a crise na europa é decorrencia da falta de política.

    botaram os banaqueiros nos cargos políticos  e deu nisso.

    caos economico.

  8. O problema brasileiro é menos

    O problema brasileiro é menos de ideologia do que de uma megalomania sem a base da competência que lhe garanta o sucesso.

    A coisa mais fácil é ter a visão estratégica – afinal, o papel e a claque contratada para os discursos aceitam qualquer coisa. Cacique com visão estratégica, isso tem de monte. 

    O difícil hoje é achar um brasileiro que saiba fazer um viaduto ficar em pé…Os que sabem, e os há, caíram fora faz tempo. 

     

     

  9. Cidadão prospero Pais prospero

    A elitização do pensamento economico, qdo se fixa somente na filosofia com pouca sustenção na realidade se assemelha as longas discussões buscando o sexo dos anjos.

    Tanto a macro economia qto a micro são lastreadas POR FUNDAMENTOS lógicos e de uma simplicidade desconsertante.

    É a velha formula – receita & despeza = sucesso # fracasso. Todo mecanismo de politica economica tenta manipular com os elementos desta formula em proveito de grupos e do poder vigente.

    O maior erro de quem pretende racionalizar a ciência é montar teorias  de forma linear, não pode dar outra coisa do que equívocos travestidos de ciência.

    Outra constatação importante que acusa com o equivoco é de que o padrão de consumo praticado nos países chamados desenvolvidos, é impossível de ser reproduzido em todo o globo.

    Não na mesma proporção, mas, já vem acontecendo com a globalização um nivelamento de hábitos e costumes assemelhando os povos na utilização dos recursos. De acordo com a teoria que o planeta não comportaria um consumo baseado nas economias do primeiro mundo não se sustenta porque projeta para o futuro de forma linear uma realidade do presente, desconsiderando que a sociedade humana sempre foi dinâmica, onde a característica mais marcante é a inovação e o aporte de novas tecnologias.

    E, embora parte considerável da humanidade, cerca de 20%, viva, segundo o Banco Mundial, abaixo da linha de pobreza – com US$1,75/dia – a riqueza acumulada seria suficiente para garantir a todos satisfatórias condições de qualidade de vida.

    Diante dos itens preconizados pelos fóruns internacionais que buscam de alguma forma equacionar o problema do crescimento econômico o mais importante é o da distribuição da riqueza, diante da qual todos os outros problemas se resolveriam naturalmente.

    Não há dúvida alguma de que esse modelo de crescimento ancorado no consumo das famílias está esgotado. Tem que passar para o investimento. Fazendo um paradoxo, é curioso como a China está vivendo, exatamente, o oposto simétrico, saindo de um modelo de crescimento baseado em exportações para um modelo baseado no consumo interno. Nós temos que fazer o contrário.

    1. Duplicatas e cheque pré-datados

      Tá e onde entram os cheques pré-datados e as duplicatas, bem como o pagamento eletrônico nesta sua peroração anti-filosofismo e a favor do prático?

      Por enquanto continua valendo: quando um perde outro ganha.

       

      1. Responsabilidade fiscal

         

        Enquanto prevalecer esta predisposição do capitalismo e do espirito selvagem apregoado como se fosse a qualidade empresarial adequada, a bagunça economica prevalecera e a economia estara sujeita aos ciclos de virtuosismo e de negativismo conhecidos.

        Como o poder no mundo esta nas mãos daqueles que priorizam antes de tudo as vantagens para si mesmo e para os grupos que pertecem, qualquer mudança factivel em prol da coletividade se mantem no patamar das utopias. As mudanças possiveis somente acontecem diante de pressões e consequencias de periodos em que a irresponsabilidade predominaram com  o aparecimento das consequencias desastrosas, como as crises mundiais que se repetem ciclicamente.

        Existem as teorias financeiras, e se destacam as duas mais populares, mas os fundamentos são os mesmos que devem se submeter uma simples dona de casa.

        Se existem cheques e duplicatas a vencer é necessario responsabilidade de saldar a divida e controlar as dividas futuras.

        É tudo muito simples. A ganancia do homem a crueldade e indiferença que alimentam as crises economicas e a instabilidade financeira dos Paises.

         

    2. Caro Conde, chegaste

      Caro Conde, chegaste exatamente no ponto em que há a convergência perfeita entre o ecologismo de Marina e o capitalismo.

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      Já na eleição passada o brilhante candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, carimbou na testa um rótulo sobre Marina que ela não gosta, mas que é simplesmente uma marca de sua vida, o rótulo de eco-capitalista.

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      No teu raciocínio, claro mostra que o modelo brasileiro ancorado no consumo das famílias está esgotado e que a China está trilhando no caminho inverso, passando da produção para o consumo.

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      Este crescimento do consumo chinês é que está levando e levará ainda mais a necessidade de uma quebra de paradigma de consumo, simplesmente porque na realidade a sustentabilidade que Marina apregoa não é compatível com a riqueza e com o consumo com padrões europeus ou norte-americanos.

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      Aí é que se encontra o maior dilema, o que é sustentável no mundo como um todo a presença de Ferraris ou a presença de motos 125 cilindradas?

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      Tomando os dados de revistas especializadas, vemos que o preço de uma Ferrari (FF F1 6.3 V12 660cv) em relação ao preço de uma boa moto japonesa (Hondas 125) KS) está numa relação de 1/485 (5750/2789287), ou seja, raciocinando como economista, uma Ferrari em termos de PIB corresponde a 485 motos 125.

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      Agora raciocinando como ecologista qual seria a pior opção? Uma pessoa comprando e usando a sua Ferrari ou 485 pessoas comprando e utilizando as suas motos? Se analisarmos por consumo, 485 motos (40km/litro) andando 10km/dia gastarão 48 vezes mais combustível do que uma Ferrari (4km/l). Este número fica também ruim se raciocinarmos em termos de matéria prima a ser utilizada na construção da moto (105kg) e da Ferrari (1880kg), a relação peso fica (1/27). Se fizesse o cálculo entre uma Ferrari e carros populares (1.0) as relações ainda seriam piores.

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      Uma mentalidade eco-capitalista, pretenderá simplesmente reduzir o consumo de combustível e de matéria prima, simplesmente porque a religião da sustentabilidade está acima de tudo, não interessando se as 485 motos melhorarão a vida de 485 pessoas enquanto uma Ferrari dará mais prazer para uma única pessoas.

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      Antes que venham com falácias já irei me adiantando. Um eco-capitalista dirá que a saída é melhorar o transporte público, ou seja, impedir que os 485 felizes proprietários das motos 125 existam, porém não impedirão a felicidade de andar numa Ferrari! Os liberais por outro lado dirão que o mercado regulará o consumo das motos, pois a gasolina subirá a preços astronômicos que impedirá aos 485 pagarem os seus 10 litros de gasolina por mês, mas não haverá restrições para o proprietário da Ferrari.

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      Agora vem o mais dolorido e difícil, se desejarmos realmente criar uma sociedade sustentável, não deveria existir uma Ferrari e todos deveriam se deslocar de transporte público nas suas atividades normais de trabalho.

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      Qualquer hipótese que escapa a esta é uma forma de negar a realidade, se alguém achar uma me mostre que estou curioso.

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  10. Para melhor entender quem é quem…

    Vou tentar dar minha contribuição ao debate.

    Acho que o pessoal está dando importância demais para o tal lado ideológico, ou mesmo para todo o debate que dominou a internet nos últimos dias sobre o plano de governo da Marina. Não que essas escolas de pensamento e planos de governo não tenham algum valor, mas não dizem tudo.

    Alguns anos atrás, um episódio dos Simpsons colocou um helicóptero da Fox News com os seguintes dizeres: “Not racist but #1 with racists.” Algo como, “não somos racistas, mas primeiros em audiência entre os racistas.”(1) Aplicando esta lógica para a candidatura da Marina, eu diria que entender os grupos político-econômicos que a apóiam é tão importante, se não mais, do que se ater a Marina em si, ao que ela diz ser, a sua ideologia, carreira política, ou ao seu programa de governo. Também é decisivo entender e mapear o seu eleitorado, que parece estar majoritariamente localizado entre os “que não votam em nenhum dos que estão aí” e fazem de conta que a “nova política” existe, e também no anti-petismo genérico, cujos votos estão migrando do Aécio na direção da Marina. O fato dela estar o tempo todo mudando de opinião mostra que ela precisa adaptar sua “ideologia” e até mesmo a sua história ao eleitorado e aos grupos de interesse que podem levá-la a ganhar esta eleição. É verdade que a base de sustentação dos governos Dilma/Lula é/era bastante heterogênea, de esquerda e de direita. Isto conduziu os governos do PT a uma série de contradições, gerando muitas decepções para quem se considera de esquerda. No caso da Marina, os seus eleitores são nítidamente mais conservadores, e tudo indica que a sua base de sustentação será também mais conservadora. Já não importa apenas a sua trajetória política, ou o quão voluntarista e firme em suas convicções ela seja (e nem parece ser o caso), visto que ela não governará sozinha. A tendência é que o seu governo represente os setores político-econômicos e sociais que a elegeram, o que é até natural em se tratando de democracia.

    Em algum livro do Pierre Bourdieu, mas esqueci qual (talvez seja A Reprodução…), o autor deixa bem claro que “quem” é em geral mais importante do que “o que”. Em outras palavras, “quem” fala é tão importante ou mais do que “o que” a pessoa fala. É indispensável entender quem a pessoa é (ou quais grupos ela representa) para poder entender “o que” ela está falando. Aqui Bourdieu estava na verdade criticando quem se atém apenas a análise de “discursos”. Simplificando, e usando palavras que ele não usa, a idéia dele é que as palavras proferidas por pessoas com “poder” tem automaticamente mais “autoridade”. Isto não porque o discurso em si é mais coerente ou correto, mas sim porque “quem elas são” confere autoridade e legitimidade ao que foi dito. A ortodoxia econômica ou o neo-liberalismo são atualmente hegemônicos dentro da opinião pública e do sistema financeiro não porque sejam mais coerentes, verdadeiros, científicos ou corretos. Essas ideologias têm sua força porque melhor representam os grupos de interesse que as defendem. Mais do que isso, elas têm força porque os grupos de interesse que as promovem têm poder suficiente para divulgá-las, legitimá-las e torná-las hegemônicas.

    Concluindo, entender quem está por trás desses modelos ideológicos, e por trás de cada candidato, é tão importante quanto analisar o conteúdo das suas propostas. Eu diria que não é possível entender o conteúdo das propostas e sua base ideológica sem entender primeiro quais grupos de interesse a sustentam e promovem. É também importante entender a força que certos grupos de interesse têm para fazer valer as suas idéias, e quais instrumentos eles têm para que sua “ideologia” se torne mais “verdadeira” do que a dos outros.

    (1) Nota: Antes que algum troll mal intencionado se apresse, leia atentamente todo o parágrafo e verás que não estou acusando ninguém se racista.
     

  11. ESTADO GRANDE – ECONOMIA PEQUENA

    Prezados, na visão do economista do PT, a mão grande do estado na economia, em meu ver, só tem atrapalhado. Nunca se viu tantos índices negativos  como no governa Dilma. Ganhando Dilma sugiro mudança, se não continuamos andando de ré como hoje.

    1.   Colega, se você nunca viu

        Colega, se você nunca viu índices mais negativos na economia é porque você, com toda a certeza, só os acompanha de 2003 para cá.

        E isso não é birrinha: TODOS os números eram piores de 2002 para trás. Dizendo de outro modo, te faço uma pergunta: você sabe quais os números relativos do desemprego, inflação, taxa de juros e dívida pública de, digamos, 1999 para cá?

        Estão te vendendo gato por lebre.

    2. .
      Pelo visto não tens olhado

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      Pelo visto não tens olhado os índices dos últimos meses, eles estão mostrando sinal de recuperação, tanto na inflexão das tendêcias como na recuperação de valores brutos.

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      Os economistas gostam muito de falar de tendêcia de mercado, de espectativas e outros dados que refletem o que se pretende e o que se acha que vai ocorrer nos próximos meses ou anos, somente há um problema neste raciocínio, quem está interessado em elogiar ou criticar só usa estas tendências quando elas servem ao seu raciocínio.

      .

      Devemos ser sérios, quando algo indica uma dada direção devemos agir da mesma forma, seria irresponsabilidade utilizar estas tendêcncias somente quando elas nos servem.

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  12. Briga de foice no escuro

    O bom para o Brasil é alguém que seje bom de briga, pois não têm moleza, onde dá, nos surrupiam, na cara dura e na mão grande.

    1.   Então é mesmo negócio

        Então é mesmo negócio continuar com a Dilma.

        A essa altura é chover no molhado, mas a Marina recua até por causa de twitada. 

       

        E não consigo ver, nem com toda a boa vontade do mundo, ela peitando os Setúbal.

  13. Os três economistas

    Os comentários dos três economista, ou melhor dos três patetas, cada um defedendo seu viés ideologico, com vista às eleições presidenciais, deixaram de lado o que em economia, como aprendi na UFMG, é essencial: emprego, renda, investimento e consumo. Faço um apelo aos meios de comunicação que deixem de lado seus interesses politicos ou os de seus anunciantes, e exponham os programas econômicos, politicos e administrativos dos candidatos,  permitindo que seus leitores, ouvintes e assistentes os julguem sem interferências segundo seus proprios criterios. No mais, Nassif, o senhor pode se vangloriar de ser o comentarista menos parcial e radical em suas cronicas. Parabens, Carlos

    1. “como aprendi na UFMG, é

      “como aprendi na UFMG, é essencial: emprego, renda, investimento e consumo.”

      Você aprendeu errado amigo. O essencial é o “valor das pessoas” na economia, que vem primeiro nessa ordem ai, que não existe na sua ciência. Por sua vez, o “investimento” deve se comportar, a posteriori, como retorno do emprego e a renda (mais valia), consumo.  

      Nós como ouvintes estamos cansados dessas conotações, por isso faço um apelo aos economistas, por nós brasileiros, para que reprimam os seus pressupostos concentrados nas mãos dos banqueiros, e se reorganizem através de uma base natural a favor do país.

      Sugiro esta ordem econômica: existência do valor para emprego da consciência (= a produção geral como valor do trabalho), renda (= consumo alterado), mais valia do valor do trabalho na reprodução do dinheiro (= o investimento como base natural de mensuração da produção).

      1. Economia marxista e tão

        Economia marxista e tão ultrapasada que não é nem levado a sério por ninguém, nem pelos comunistas, socialistas, progressitas…..

        1. Vc só pode ser anarquista sem

          Vc só pode ser anarquista sem destino, sem a opinião do progresso humano, que começa os ascendentes da história.

          Estou me referindo ao valor privado do cidadão; ele é quem é sua própria pressuposição, a base de sua existência, muito diferente do Marxismo de lutas de classes, de extinção da propriedade privada e expressão da tomada do Estado pela revolução do proletariado.

          Estava tentando mostrar que a Marina política é apenas o imaginário dominado pelo capitalismo, em que confinamos o país aos investimentos externos, ao lado de juros e câmbios, porque não carecem de pensar a pessoa, valor do trabalho, produção e renda à altura do poder da sociedade.

          Planeamento da economia de Estado não significa influência do Marxismo, mas é de tal modo que se explica a alienação geral ao sistema capitalista; e isto não me impede de ajustar palavras como “valor do trabalho, produção, mais valia” para as novas perspectivas – em um ponto de partida público – derivadas da importância do desenvolvimento social projetado no futuro.

           

          1. Entendo Miguel que você

            Entendo Miguel que você utilizou os termos normalmente Marxista apenas para se expressar sem com isso se identificar com o marxismo.

            “Estava tentando mostrar que a Marina política é apenas o imaginário dominado pelo capitalismo, em que confinamos o país aos investimentos externos, ao lado de juros e câmbios, porque não carecem de pensar a pessoa, valor do trabalho, produção e renda à altura do poder da sociedade.”

            Eu não discordo disso, e lembro o que o comunista diz, “o governo é o comitê executivo da classe dominante”.

            O que nos difere e nas soluções , a esquerda quer que o estado tenha mais poder, mas sendo ele o comitê executivo da classe dominante vai dar mais poder a quem explora , ou a esquerda imagina ser a nova classe dominante, então é trocar seis por meia duzia.

             

             

             

             

             

          2. O grande problema dos

            O grande problema dos eleitores, e seu sofrimento, é não saberem que a soberania do país é o espirito do mundo (a rotação no tempo que determina a formas, que se manifestam objetivamente o conteúdo nos espaços em si mesmo), e controlado esta história que rege o começo absoluto desse mundo; temos uma totalidade compreensiva da realidade.

            A verdade não estará dependendo de um objetivo que se realiza com programa do partido a,b,c, porque ao entrar no governo o candidato eleito aó precisa obedecer qual é a sucessão da economia através do valor ideal das coisas no tempo espaço.

            Dito isso, volto a informar ao senhor que a sucessão da economia de cada nação, em sua esteira no tempo espaço, ficará a cargo dos dispositivos históricos que amarram o valor das pessoas, valor do trabalho, à sustentação da medida de mensuração das relações de produção, em períodos simultâneos.

            Essa vontade nos individuos, para reflexo da liberdade privada, concomitante suas diferenças eleitorais ou não, se encarnam nos momentos do devir denominado como força do Estado; afirmado e assumido pela fonte universal do valor em tudo, para os movimentos no dinheiro.

             

  14. “Tem que haver

    “Tem que haver responsabilidade fiscal, clareza sobre os gastos públicos, sobre o custo dos subsídios e previsibilidade na economia.”

    Minha interpretação da responsabilidade fiscal é sobre as parteiras da economia, segundo as quais devem haver os gastos públicos a partir da exigência do dinheiro conversível (dólar), como valor do investimento externo para haver o valor das pessoas que vão realizar a vida real.

    Suponhamos que o gasto público, no longo prazo, sobre a avaliação de uma pessoa que ganha um salário de R$1.000,00, O gasto público para o governo resgatar essa pessoa através da venda da riqueza para o exterior deve ser igual a R$ 2.230,00; e em termos da riqueza anulada pelo seu trabalho interno, a avaliação de uma autoconsciência no valor de R$ 10.000,00 signica que se precisa produzir R$ 22.230,00 em serviços da divida externa.

    Considerando-se a dimensão financeira dos juros de 11% a.a, em termos de gastos públicos de longo prazo, pagando-se dinheiro circulante pelo de avaliação do Todo econômico, em nove anos o valor total dos juros dos investimentos externos se abaterá sobre o potencial de 100% do país.

    Contudo, a apropriaçõa total ainda não ocorrerá se o crescimento da riqueza interna se igualar as exportações; e não haverá condições socio-econômicas se os bancos não se oferecerem ao Estado para fazer o reino exterior com as mesmas condiçoes políticas, em si e para si, ao resgate das pessoas e da colonia.

    Agora temos esses escravos, mal avaliados, falando em previsibilidade da economia 

  15. Parece que Seu Nassif sentiu obrigação de também criticar Márcio
    Acho,com todo respeito, que Nassif não precisaria criticar Márcio Pohman no mesmo tom de crítica dos outros ,
    O Portal de transparência do Governo Federal funciona muito bem.
    Os Portais de transparência dos Governos Estaduais comandados peka Demo-Tucanagem são uma lástimas. Apologistas da omissão e de botar tudo por debaixo do tapete.

    Pochman é bom demais.os outros são mediocres demais.
    Ocorreu um acidente botar os tres num saco só.

    Aí jornalistas sacanas pegam informações e fiscalizações ocorridas no Governo Federal e divulgam como corrupção no Governo do PT não dizem como obteram a notícia e nem as providências(inquéritos, demissóes de funcionários Pùblicos, etc)tomadas.
    As oposiçoes falam muito em gestão mas
    Cadê a transparência dos atos?

    1-Prefeitura do PSB de Belo Horizonte: cadê a transparência nas apurações na queda do viaduto da “copa”?. cadê a mídia rigoroza?

    2-Falta dágua em São paulo, lata dágua na cabeça ,: cadê a transparência sobre a venda das açoes da sabesp, E O DINHEIRO OITOCENTOS MILHOES DE[…]ver mais2-Falta dágua em São paulo, lta dágua na cabeça ,: cadê a transparência sobre a venda das açoes da sabesp, E O DINHEIRO OITOCENTOS MILHOES DE LUCROS NÃO INVESTIDO E GRANdE parteTRANSFORMADA EM DIVIDENDOs aos acionistas ?
    Enquanto isso Tucanos e Porca -mídia culpam o coitado de São Pedro

    3- Vinte anos de roubo nas licitações do Metrô :cadê a justiça rigoroza em cima dos tucanos?

    4- corrupção: Mensalão tucano : PSDB e Mídia escondem , Barbbosão mandou pros tribunais mineiros afim de prescrever sem ninguém saber. O candidato ao Governo de Minas é réu no mensalão do PSDB ele tinha ligações com Marcos Valério, mas, na Globo diz-se que ele está recuperando e pode ganhar eleição., nada mais.
    5- Porquê não repetir a cena da ,sic, Gestão Arruda no Governo de Brasília?
    E o mensalão do DEM que quer ser parceiro da Marina e cujo filiado doou um apartamento em São Paulo pra ela morar durante a campanha.
    as mídia s televizivas estariam fazendo um carnaval disso tudo se esses ocorridos fossem com os partidos do Governo Federal.
    A menina do tempo da Globo chora toda vez que chove em São Paulo mas não chove na cantareira.
    cadê a cobrança de adutoras e transposições? mas cobrar transposições depois de criticar, colocar bispo chorando a Transposição do Rio São Francisco seria confessar a farsa.

  16. Uma curiosidade

    Náo entendo de economia. Para tal, acho impossível contar com a ajuda da nossa mídia. Ela clama por aumento de gasolina, adora quando a bolsa sobe com notícia contra a Petrobras e, acima de tudo, pouco explica o quanto poucos ganham e muitos perdem com a atual ditadura do sistema financeiro e seus podres derivativos. Só gostaria de entender quando faremos o que fez o Equador, que diminuiu sua pesada dívida interna. Certamente nunca com Marina ou Aécio. Podemos ter esperanças?

      1. Lá nosso tiotio foi deveras cínico, sabendo

        que A. Fraga. Lara Resende já foram “lá” e a conta de juros era bem mais alta.

        Mas talvez o tiotio não tivesse nascido naquela época. Ou o ‘jornal” que lia esquecia de informar esse detalhe tão “irrelevante”.

      2. Tio Almir, vamos acordar o

        Tio Almir, vamos acordar o seguinte: o senhor não trata a gente como trouxa e a gente não te trata como trouxa. Ok? O PSDB foi quem explodiu a dívida, NUNCA o Aécio ou a Marina farão esta tal investigação.

        1. Frank é mais um que acredita

          Frank é mais um que acredita na propagando do governo.

          A divida final contando todo que foi absorvido da divida dos estados e demais “esqueletos”, não se lembra mas o governo federalizou diversas “dividas” por exempolo o resto do BNH, mesmo com isso tudo a produto final da soma destas dividas deu 800 bilhões.

          Observe não é a divida do governo federal é a soma de diversas dividas contraidas pelo país desde prefeituras, a o resto do BNH, que o governo federalizou.

          Hoje 12 anos depois a divida publica se for mensurada da mesma forma que em 2002, esta em torno de 3 trilhões de reais. Já foi pago 1,9 trilhões de reais em juros e mesmo assim ela cresce e ainda esta em 3 trilhões.

           

           

          1. CREDITO DISPONIVEL NA CONTA

            É facil para o povão entender o que acontece.

            O BRASIL CAIU NO ROTATIVO DO CARTÃO DE CREDITO

  17. A política econômica dos 3 é

    A política econômica dos 3 é como a Luciana Genro chamou, 3 siameses. E siameses pró-mercado, os rentistas tão rindo à toa pois se for Marina vai ter mais arrocho e se continuar Dilma não muda nada, vão trocar até o Mantega que já não mandava muito por um pró-mercado. Já pagamos o juro mais alto do mundo, tomamos esporro até do Obama qd ele mandou olharem pra nossa tx. de juros antes de falar alguma coisa da liquidez internacional. Inclusive um governo Dilma nos EUA seria considerado o mais ortodoxo de todos os tempos. Aqui ficamos perventendo números quando temos recessão  e um desemprego de perto de 40% da população pois afinal se incluirmos todos os camelôs, prostitutas e faz tudo subempregados do Brasil fora os mendigos e crackudos que nem são entrevistados pois estão fora de domicílios, estamos numa semi-África. E ainda tem gente preocupada com o teto da meta de inflação.

    Vou Marinar, pelo menos trocamos de ladrões no poder político. No poder econômico mais do mesmo de qq forma.

  18. O Básico ninguém fala e não apresentam nada de novo

    Do básico ninguém fala ou apresenta qualquer projeto.Temos 3 candidatos e outros figurantes, nenhum deles apresentou até o momento projetos simplesmente básicos para educação, trabalho, saúde e transporte. A Dilma todo mundo sabe que se eleita vai continuar a mesma coisa e só levar com a barriga mais 4 anos para que o todo poderoso Lula seja novamente eleito, a Marina… o que vocês acham que ela vai fazer ou o que vai acontecer…. se eleita não vai fazer nada mais do que aqueles fizeram. Duvido que seja diferente sem apoio….e se tiver….o apoio vai ser de quem do PSDB, PT, DEM,…aahhh quem sabe o PMDB….. E o PSDBISTA o Dr. Neves é a mesmice….muito blablabla, sorriso e um ego enorme. Já ouvi falar de tripé, de macro economia, que o plano de governo de tal partido será ….mas onde está escrito sobre condições básicas e quem fará ser cumprido? Eu quero trabalho, saúde, transporte, educação para meus filhos e a condição de compra de casa. Aqui em São Paulo, não tem transporte digno, não tem saúde, uma casinha de 30m² custa no mínimo R$200.000,00. Todos os EXPULSOS E TORTURADOS o que fizeram até o presente momento? Pense bem? Querem saber tenho 50 anos, a minha geração era do futuro, que é o agora e engraçado vi declarações de tanto sofrimento, tanta promessa de torturados e depois de trinta anos do período de autoritarismo, o que vemos?……interesses obscuros e muito pouca promessa sendo realizada. Finalmente muito bem acordado, tenho certeza não verei “em vida” uma reforma tributária ou eleitoral eleitoral(ou qualquer outra coisa parecida). enquanto o povo não se manifestar dignimente e demonstrar aos falsos sofredores o que realmente o seu deseja, tudo vai continuar como está.

  19. …nos faltam EMPRESÁRIOS,

    …nos faltam EMPRESÁRIOS, com letras maiúsculas, e isto não tem nada há ver com governos, O que ganham nas suas emoresas não são investidos nas mesmas. Qualquer espectativa de aumento de demanda, antecipam o aumento dos preços dos seus produtos que leva à inflação, ao aumento dos juros e à esragnação do crescimento. Vivem reclamando de impostos que não pagam pois quem paga impostos é o consumidor final, e querem infeaestrura de qualidade São os maiores agentes da corrupção ou nada fazem para extirpá-la …enfim…um pais em que a elite só vê seu próprio estômago não há fundamentos econômicos que funcione….e para acabar de lascar querem entregar o país ao que de pior há nesta elite. ..é isto… basta ver a nossa história…a história de uma elite predadora.

  20. Divã

    Caros debatedores,

    Vivo  sob   perguntas sem respostas que me levam aos limites da ânima. No dilema.

    De um lado, lá estou eu,  pessoa natural, individuo, proprietário do próprio corpo, poderoso consumidor no mundo assimétrico, homem complexo mas sem complexo de inferioridade, racional mas emotivo, hominal, gregário mas  gerador de conflito.   Do outro,   o invisível, as  forças ocultas,   poderosas, atentas , coletivas e repletas de soldados e representantes ambos submetidos ao árbitro coletivo, social, coercitivo ,  abstrato, utópico e ideal.

    Esses pensamentos, quando interrogados, não me deixam em paz!

    Então, pensei em aproveitar  o presente post para  não apenas livrar-me,  ainda que provisoriamente,   destas malditas perguntas sem respostas, mas também  para  homenagear o princípio da transparência e o da publicidade,  em busca de  respostas e ao mesmo tempo  do  bom debate, isto é, daquele que respeita, concorda, discorda e apresenta soluções, respostas  ainda que passageiras.

    Vamos então  às  perguntas. Vejamos.

    Que diabos as forças ocultas estão planejando agora? Aliás, quem, exatamente, são essas forças ocultas e o que mancomunam agora  para  mais dias ou  menos dia,    me ferrarem? Será que estou atento  o suficiente para perceber,  antecipadamente,  algum conluio nessas ocultas forças  para me proteger a tempo?  Enfim, essas “forças ocultas” são inimigas e todos nós estamos condenados à prisão perpétua com serviços pesados e cruéis?

     Noutra linha, também me pergunto:

    Quem sabe  essas “forças ocultas” não estão ai,  agindo a meu favor?  Posso tocar  meus projetos,(de vida)pois ,  estes serão beneficiados pela atuação das “forças ocultas.   As “forças ocultas” são amigas? São ocultas só na minha cabeça, pois, a bem da verdade, são   transparentes?

    E ainda passa pela minha cabeça:

    será que eu sou um  otário a ponto de  ficar pensando nisso? Ou, quem sabe, “maluco beleza” ,“fora da caixa”,  com problemas  psicológicos,  necessitando, portanto, da ajuda dum profissional de  mente, da mente ou que mente,  para “sair” dessa, ou , entrar naquela? Será que preciso de outras análises além dessas de política- econômica-social  e os cambau para resolver meu conflito existencial?

    Enfim, confesso-lhes que a luta interna é pauleira; heavy pesado, war pigs! Yeah! Premissas e variáveis mil,  levam-me a centenas de conclusões. E a verdade passa longe disso dai.

    ***** ( licença para copiar os asteriscos do  Nassif)

    Vencida, por hora, a luta interna – com a ajuda dos asteriscos –  parto para a análise das informações elencadas no texto do r. jornalista.

    Do Pochmann, já li livros. Bons livros. Aprendi  com ele. Já  conheço , mais ou menos, seu matiz de pensamento do qual concordo em boa parte.

    Dos outros economistas,  ainda não. Não sei qual é  a deles. Então vou partir, única e exclusivamente,  das informações passadas pelo r. Nassif, em relação a estes dois.

    Pelo visto, eles estão focados nos princípios da gestão. Fundamentam-se na lei de responsabilidade fiscal, na clareza nos gastos públicos, nos subsídios, na segurança, enfim, naquele receituário  já conhecido.

    Dito isso, cabe ressaltar  um primeiro ponto:  A lei complementar nº 101 de 04 de maio de 2000.

    Os  economistas da corrente , desavisados como de hábito, parecem que não conseguem ler o que está escrito na lei.  Então, não tenho outra escolha a não ser dizer que a lei citada “estabelece normas  de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na GESTÃO fiscal e dá outras providências!

    Repararam? Não se trata de lei de responsabilidade fiscal, mas sim, de lei de responsabilidade na GESTÃO FISCAL E OUTRAS PROVIDÊNCIAS!

    Ora, se os  economistas procuraram postulados de GESTÃO para fundamentar suas conclusões já começaram mal ao mencionarem  lei de responsabilidade fiscal, omitindo-se , justamente, o vocábulo GESTÃO , bem como as outras providências!

    Esse detalhe parece bobo   mas não é! Longe disso.  Há muita diferença de significados entre as expressões  lei de responsabilidade fiscal e lei  responsabilidade na gestão fiscal e outras providências.  Notem que  a responsabilidade é na GESTÃO fiscal.  E a gestão é consequência de ações humanas. Propaga-se pela decisão humana.

    Tratar essa lei como “lei de Responsabilidade fiscal”  pode, ou melhor tem levado  à interpretação equivocada de muita gente boa, exceto, economistas “liberais”. Isso  porque , estes, quando não se equivocam na interpretação,  erram na proposição. São liberais,   naturais e atemporais, mas, é claro, sob segurança antiliberal. Algo me lembra os sofistas…

    Estes economistas  parecem idolatrar aforismos do tipo:  “impostos” precisam ser “simplificados” e  reduzidos; gasto público só na infra e sem licitação ou com licitação que gera a melhor TIR do mundo;  educação é tudo; mérito se consegue no “mercado”, isto é, na mão invisível com “livre” iniciativa . Curiosamente, a “mão que pretende ser invisível requer  transparência para crescer economicamente.   

    Pausa para mais um dilema interno daqueles  reflexivos:

    Nesse momento, percebo que meus problemas mentais  já não são tão ruins assim,  diante dos  tautológicos  representantes da mão  invisível liberal sem contexto, que,  paradoxalmente, almejam transparência e segurança no contexto.

    Refletindo-se um pouco podemos pensar em: mão   visível( ou boba),  liberal,  caudilhista e  conservadora( institucional)  que deseja  ordem, progresso, segurança e propriedade privada SEM função social na terra dos 400 anos de escravidão que propaga, equivoca ou enviesadamente,  o berro liberal de 07/09/1822 como sendo o  dia da independência. Ora, comemoraremos também a independência do dia 13/05/1888 ainda que esta não seja tão “liberal” assim.

     Na terra dos 400 anos de “liberdade” do capital  cujos fatores de produção se limitavam ao   latifúndio e ao escravo na monocultura,  não podemos deixar de comemorar a independência de 13/05/1888 ainda que esta seja uma data fraudulenta!

    A  mucamba  da macumba e  do preto velho, do banto e da Mauritânia  que mouravam e mouram (*) no eito, agradeceriam.

    (*) trabalhar  100 horas por dia com muita “produtividade” e sem “educação”!

    *****

    Escolas de pensamento, sobretudo, do  pensamento econômico “ natural”,   servem para NÃO  pensar o que pensa a maioria. Partem do reducionismo cartesiano para explicar o todo. Propagam sofismas já amplamente  combatidos pela tese  sistemática da biologia.

    Pensam que pensam o devir social. Não pensam. Todavia, sugerem, sugestionam, criam e reproduzem  “verdades” na cabecinhas dos desavisados os quais, cooptados,  serão seus  papagaios.

    Lamentavelmente, cola. Devemos reconhecer aqui o êxito, só que com  demérito. 

    A educação de qualidade  , ao contrário do que pregam, é aquela que combate tais sofismas.

    Ai sim, após o combate e os esclarecimentos das regras do jogo, a educação de qualidade teria condições de manter ou propor, reformar,pactuar e  mudar, as regras. Ai sim. Estaríamos no ambiente liberal que defendo e com muito mérito impessoal, porém, fraterno e solidário.

    *****

    A educação sugerida  e sua parceira produtividade , para gerar resultado e garantir empregos com carteira assinada,  devidamente contextualizados, não debate nada, não discute nada e por isso mesmo, não muda nada! E com um agravante: tudo isso deixando a ideologia de lado. Serve pra mourejar!

    Zizek,  foi feliz ao mencionar, mais ou menos assim:  pense o que quiser, tenha a “ideia” que desejar, desde que esteja de acordo com a minha “ideia”.  Genial não?

    Baseando-se nisso, que tal pensarmos  na seguinte proposição econométrica: corram atrás dos indicadores econômicos e se ajustem, afinal, são eles que nos mostram o que defemos ou não defemos fazer!

    Invertemos os papéis.

    *****

    Bom, caros senhores, essas são minhas considerações iniciais. Espero ter provocado algum debate do tipo já mencionado.

    *****

    Voltando para o conflito interno e meus dilemas crocodilianos.

    Até mais

    Saudações 

    1. kkkkkkkkk


      Texto fantástico!!!

      Você não é louco não!

      As forças ocultas citadas por Jânio Quadros não eram provocadas pelos seus delírios etílicos.

      A vida inteira indaguei: Se não existe forças ocultas, deveriam existir!

      Para minha perplexidade são várias atuando hora em conjunto hora em proveito próprio.

      Dizem que trabalham pelo bem do homem e que precisam ficar na obscuridade para se protegerem daqueles que trabalham também de forma oculta mas só para interesses próprios.

      O mais assustador nesta história, era que imaginava ela, assim, localizada de Pais para Pais. Mas as forças ocultas agem de forma Global e com planejamento e coordenação de longo prazo. Boa ou má, estão em conflito e disputando o poder Global. Nesta história, somos apenas gado na mão deles!

    2. Repito a resposta do outro post

      Oh! Dia, Oh! Dúvida, Oh! Azar novo

      Está no Tao.

      O caminho que pode ser seguido

      não é o Caminho Perfeito.

      O nome que pode ser dito 

      não é o Nome eterno.

      No princípio está o que não tem nome.

      O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.

      Para que possamos observar os seus segredos

      devemos permanecer sem desejos. 

      Mas se em nós mora o desejo

       a única coisa que  podemos contemplar é a sua forma

      externa. A casca que a essência oculta.

      Êsses dois estados existem para sempre inseparáveis.

      Diferentes unicamente em nome.

      Conjuntamente idênticos, unidos, inseparáveis.

      São os chamados Mistérios!

      Mistério além dos mistérios

      O Portal que conduz a tudo aquilo que é sutil e maravilhoso

      ao recôndito segrêdo de todas as essências!

       

  21. Juvandia Moreira para o Ministério da Fazenda

    Nassif,

    O título é só uma inocente provocação sobre “personalismos”, mas a sindicalista tem ideias muito claras sobre como funciona este mundo financeirizado e quais as alternativas. Disse em entrevista a Rede Brasil Atual mais que muitos economistas que frequentam nossa mídia:

    Em:

    http://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2014/programa-da-marina-contempla-a-pauta-defendida-pelo-itau-2929.html

    ‘Programa da Marina contempla a pauta que atende ao sistema financeiro’

    por Paulo Donizetti de Souza

    São Paulo – Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, o programa de governo da candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, privilegia interesses do sistema financeiro. O texto tem entre seus coordenadores economistas ligados à era FHC e Neca Setúbal, do Itaú: “Não adianta você chegar e dizer ‘eu sou o novo’, ‘eu vou mudar a política’. O novo que prevê terceirização? Redução do papel dos bancos públicos? Diminuição do crédito? Da importância do pré-sal? De onde vai sair receita para mudar o financiamento da educação e da saúde? Isso não é novo. A gente já viveu há muito tempo e foi muito ruim para o Brasil”, diz a sindicalista.

    Nos últimos anos houve uma mudança na condução da economia do país. Com mais gente incluída no trabalho formal, com renda em alta, aumenta também o número de pessoas com conta corrente e fazendo poupança. Os bancos não deveriam estar satisfeitos com a economia do país?

    Deveriam, porque eles ganharam muito dinheiro, como sempre, mas tiveram de trabalhar mais, por exemplo, para ampliar a oferta de crédito. Para emprestar mais cobrando menos juros, os bancos, de um jeito ou de outro, tiveram de ampliar o quadro de funcionários. Se você compara com dez anos atrás, aumentou o número de bancários. Agora, o setor voltou a apresentar redução do nível de postos de trabalho. Eles preferem ganhar o dinheiro mais fácil, com títulos da dívida pública pagando juros maiores, sem ter de aumentar o quadro. No momento em que a Dilma fez a redução da taxa Selic, isso desagradou completamente o mercado. Eles ganham dinheiro com crescimento ou com recessão, mas no crescimento eles têm que trabalhar mais, têm que ampliar o quadro, têm que expandir a capacidade de atendimento, com margem menor nos juros, precisam emprestar mais para manter a rentabilidade alta. E vêm mantendo.

    Quando o governo Dilma assumiu em janeiro de 2011, a Selic estava em 11,25% ao ano. Entre 2012 e 2013, chegou ao piso histórico de 7,25%. Mas voltou a subir. Está em 11% há quatro reuniões do Copom e estima-se que acabe o ano assim. Se mesmo com juros mais baixos a receita com operações de crédito cresceu, por que parou aquela queda-de-braço que o governo teve com os bancos?

    Os bancos fizeram inclusive campanha internacional contra o Brasil, fizeram uma queda-de-braço porque reduzir muito a Selic para eles é ruim, aumentar o crédito para eles é ruim. Eles continuariam a ganhar, mas teriam de ampliar a escala. Reduzir a margem de lucro para que todos ganhem – a população também – não é com eles. Parecem não se importar se o setor produtivo perde, se a população perde. É a cultura dos bancos sobre a sociedade.

    Os bancos têm se posicionado no ambiente eleitoral. Teve o episódio do Santander, que associou valorização na Bolsa de Valores à queda de Dilma nas pesquisas. Sócios do Itaú estão na campanha da Marina Silva. O que explica isso se o país vive um ambiente tão saudável para o sistema financeiro?

    Tem o mercado que especula com ações e tem o mercado que especula com juros altos. Investir no setor produtivo, para que mais atividades saiam ganhando com o fortalecimento da economia, não é a praia deles. A presidenta Dilma representa a continuidade da política de crescer apostando no mercado interno, com distribuição de renda, tanto com programas sociais que estimulam economias locais com o estímulo ao mercado de trabalho aquecido, com baixo desemprego. Isso incomoda quem prefere o caminho da especulação. Eu vejo com tristeza e preocupação o programa de governo da Marina porque prevê um sistema financeiro mais descomprometido com o crescimento do país. Prevê a legalização das terceirizações que tão mal fazem ao mundo do trabalho. Isso é a pauta do Itaú. Há mais de um ano o economista-chefe do Itaú vive dando entrevista pondo isso em pauta.

    O mercado financeiro sempre argumentou que a valorização do salário mínimo e o mercado de trabalho aquecido causam inflação. Uma bobagem, porque a inflação jamais ultrapassou o teto da meta nos últimos dez anos. Para a população, essa política é muito importante, garantia de renda. Com mercado de trabalho estável e aquecido, mais de 90% dos acordos salariais vêm conseguindo aumentos acima da inflação – porque esse ambiente favorece o trabalhador nas negociações. O Itaú defende a interrupção dessa política, o mercado financeiro defende uma política de aperto. Que o governo gaste menos e economize mais para pagar juros. E que a inflação seja combatida com falta de dinheiro no bolso das pessoas, ou seja, com arrocho e desemprego, como era nos anos FHC. Isso já aparecia no programa do Aécio Neves e está no da Marina. A independência do Banco Central está lá, o que significa dizer “eu sou eleita e abro mão de controlar a inflação, de controlar a moeda, o câmbio, para entregar para os banqueiros controlarem”. É temerário.

    A Maria Alice Setúbal, a Neca, diz que não é do sistema financeiro, que o negócio dela é educação…

    Se alguém quiser acreditar nisso, acredite. Mas veja o programa de governo da Marina, como reflete tudo o que os bancos defendem: terceirização, superávit primário (sobra de caixa destinada a pagamento de juros), abrir mão da gestão do câmbio, BC independente… o programa abre mão até do controle sobre a condução da política fiscal. A gente já vem discutindo isso com os bancos há muito tempo, e eles defendem com todas as letras o PL 4330 (projeto de lei do deputado Sandro Mabel, PMDB-GO, que liberara a terceirização em todas as atividades). E está lá no programa da Marina. E uma das coordenadoras é a Neca Setúbal, mas não é só ela. É o Roberto Setúbal. É o Itaú. São os bancos que estão incluindo essa pauta. BC independente, a quem interessa? Independente de quem? Dos interesses da sociedade? É isso que significa um BC independente: o governo abrir mão de fazer a política, e deixar a tarefa de regulação dos juros, dos preços, do ritmo de crescimento e da proteção da moeda para o sistema financeiro privado fazer.

    O programa prevê também acabar com a política de crédito direcionado, aquele que estabelece regras para o financiamento imobiliário; que determina que uma parte dos depósitos dos correntistas e poupadores que estão nos bancos seja destinada ao trabalhador que vai comprar sua casa própria; ou a operações de microcrédito, de empreendedorismo, de crédito rural etc. É o que possibilita taxas de juros menores e prazos maiores para atividades produtivas. Eliminar o crédito direcionado significa reduzir as oportunidades e deixá-las à mercê dos juros ditados pelo mercado bancário.

    Hoje, no Banco do Brasil predomina o crédito rural e na Caixa Federal predomina o habitacional. E os bancos públicos acabam puxando os privados. Porque ou eles usam essa fatia reservada da poupança e do compulsório para esses fins, ou não podem usar para outros fins. Então, o ideal é que o direcionamento do crédito seja ainda maior para estimular outras atividades produtivas, quer criem empregos e renda. Se acabar, ficar tudo por conta do crédito livre, vai diminuir a oferta, e as taxas de juros vão ser muito maiores.

    Aliás, também faz parte do programa de governo da Marina diminuir o papel dos bancos públicos. Se você pega o período depois da crise de 2008, foram os bancos públicos que seguraram a oferta de crédito, e acabaram puxando os banco privados. Isso foi fundamental para proteger o mercado interno e os empregos, enfim, para que o trabalhador brasileiro não tivesse de pagar a conta da crise financeira internacional, como estão pagando os europeus.

    E por que a Marina entrou tão forte na disputa, mesmo sem nunca ter apresentado claramente seus projetos de governo?

    Isso tem a ver com a insatisfação das pessoas com a política, e com a criminalização da política feita por parte da imprensa nos últimos anos. É criminalização com desinformação. A verdadeira mudança não é uma única pessoa que vai fazer. O que precisa mudar é o conjunto de regras que compõem o sistema político. Não adianta você chegar e dizer “eu sou o novo”, “eu vou mudar a política”. O “novo” que prevê terceirização? Redução do papel dos bancos públicos? Diminuição do crédito? Da importância do pré-sal, de onde vai sair receita para mudar o financiamento da educação e da saúde? Isso não é novo. A gente já viveu há muito tempo e foi muito ruim para o Brasil. Interromper a política de distribuição de renda é o velho. O povo brasileiro quer mudança, e essa mudança passa por mudar um monte de coisas. Financiamento de campanhas, por exemplo, tem de mudar, senão a maioria do Congresso vai continuar sempre subordinada aos interesses de quem financia as campanhas. É isso que tem sido ruim para o Brasil.

    Como o sindicato vê essa campanha do plebiscito pela Constituinte exclusiva para fazer reforma política?

    É o caminho. Estamos passando em todos os locais de trabalho colhendo votos e levando esse debate. É uma proposta muito viável, e a população tem de compreender que para mudar as coisas na política é preciso mudar um conjunto de regras, e também mudar a postura das pessoas, acompanhar mais os movimentos, candidaturas, governos, entender os programas de governo para escolher com qual se identifica, e eleger que vai tocar esses programas. Não adianta votar numa pessoa e depois não acompanhar se ele vai cumprir o que está naquele programa. Enfim, uma pessoa que diz que vai mudar as coisas não vai mudar nada, não vai trazer o novo, se o seu programa está repleto do velho. Volta no tempo e acolhe o descompromisso dos bancos com o país.

    1. Parabéns Jurandir!
      Esse texto

      Parabéns Jurandir!

      Esse texto precisa do patrocinador que possa enviá-lo para cada domicílio no país.

      Informações preciosas para a maioria do eleitorado desinformado.

      Miguel A. E. Corgosinho.

    2. Acerca da Constituinte Exclusiva

      Sou muito desconfiado dessa proposta de Constituinte Exclusiva. Porque nunca ninguém falou sobre alguma falha na Contituição que impedisse as reformas. Por que não explicam logo esse mudanças necessárias na Constituição. Acho que isso feira a Golpe Disfarçado. Não acredito que seja necessário mecher na Constituição, pois a mesma oferece muitos mecanismos próprios para os ajustes regulamentares, sem que seja necessário tocar no seu texo. Vamos ficar de olhos bem abertos para estas propostas, pois tem muito oportunista na querendo se aproveitar da vontade popular por mudanças. Porque a mudança que o povo autoriza jamais ousará mexer nas suas conquistas fundamentais.

    3. Cai na real Brasil !!!!

      Jurandir,

      Meta da inflação é 4,5% meu jovem, e não 6,51% .

      Só existe distribuição de renda quando se tem renda meu caro. Aumentar salário sem aumentar a produtividade do trabalhador gera inflação sim meu amigo. Ou vc acha que o dinheiro simplesmente nasce com um trabalhador fazendo a mesma coisa?

      Essa história de ser contra bancos e contra patrão o brasileiro aprendeu porque foi educado assistindo novela, onde sempre existe o mocinho e seu algóz. Maldita Globo com as novelas em que o coitadinho trabalha e o patrão enriquece….loucura.

      Onde está a meritocracia? ou vc acha certo uma pessoa ganhar mais simplesmente porque passou o ano (retirando a correção da inflação, é claro)? A dura realidade do mundo é que o aumento do salário acima da inflação existe para que passou a produzir mais. É assim onde as coisas funcionam.

      Babaquisse em falar de distribuição de renda da forma que está sendo feita. Vide os venezuelos, cubanos, bolivianos e a própria Argentina. 

      A realidade é dura meu amigo. E pode ter certeza que os paises mais socialisas do mundo são capitalistas, onde todos tem uma educação de qualidade, liberdade, trabalho, saúde, transporte, etc. Não acredita? me responde uma pergunta, quem é mais socialista, a Venezuela ou a Noroega? 

       

       

       

       

       

       

       

       

       

  22. Ruim a crítica ao Alexandre Rands Barros e ao Marcio Pochmann

     

    Luis Nassif,

    Não vi o debate. Deveria haver um link para que a gente pudesse fazer a avaliação dos debatedores no contexto em que eles lançaram os argumentos deles.

    Você não gosta da divisão entre esquerda e direita. É um direito seu, mas as suas análises utilizando este tema assemelham ao primarismo que você vê quando este tema é trazido para situações em que você não sente bem de o ver mencionado. Assim se explica sua observação sobre a fala de Alexandre Rands Barros representando o PSB, por ter segundo você trazido para a discussão o questionamento “sobre se BC independente é proposta de esquerda ou direita; se melhorar a mobilidade urbana é esquerda ou direita”. Para você trata de questionamento primário.

    Na origem a boa direita queria a liberdade e não se preocupava com a igualdade e a boa esquerda queria a igualdade e não se preocupava com a liberdade.

    Hoje se pode dizer que na direita há os que não querem igualdade. E na esquerda há os que não querem liberdade. E há os que querem os dois: liberdade e igualdade. Ainda assim a dicotomia esquerda e direita é compreensível, mesmo entre os que querem os dois, principalmente quando se trata dos recursos públicos, pois vai ser em torno da força do querer que se define a prioridade do gasto público. A priorização do gasto público é tudo pelo qual, para ver triunfar a sua vontade, a esquerda e a direita devem lutar. Saber se a independência do Banco Central é uma política de direita ou esquerda, isto é, se a independência significa uma política que vai beneficiar a liberdade ou a igualdade não é em meu juízo de um primarismo indesculpável. E a mobilidade urbana tanto pode se referir ao veículo individual como ao veículo coletivo e evidentemente no caso do veículo individual é uma política que mais causa benefício a liberdade do que a igualdade, enquanto que no caso do veículo coletivo mais causa benefício à igualdade do que a liberdade.

    Sua crítica então a Alexandre Rand Barros de quem, diga-se de passagem, eu não gosto, ficou, em meu juízo, primária.

    E não sei com base em que fala do Marcio Pochmann você foi levado a afirmar que ele relega para terceiro plano aspectos ligados à própria prestação de contas pública. Bom aqui você foi leve na crítica, se se imagina que o terceiro plano não é o rez de chaussée e se se compara como você se refere aos problemas da chamada contabilidade criativa no governo da presidenta Dilma Rousseff. E então eu lembrei de uma passagem que eu vi no post “A represália da Globo à recusa de Dilma em participar do seu jornal” de sexta-feira, 05/09/2014 às 12:47, aqui no seu blog em sugestão de RMORAES que transcreveu post do Viomundo e matéria do portal Terra intitulada “No ‘Jornal da Globo’, Dilma é criticada por cancelar entrevista”. O endereço do post “A represália da Globo à recusa de Dilma em participar do seu jornal” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/rmoraes/a-represalia-da-globo-a-recusa-de-dilma-em-participar-do-seu-jornal

    E o que a sua referência a irrelevância que Marcio Pochmann daria à prestação de contas publicas fez-me lembrar foi da seguinte passagem no post “A represália da Globo à recusa de Dilma em participar do seu jornal”: que mostra uma das perguntas que seria feita a Dilma Rousseff no jornal da Globo:

    “A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil no seu governo tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso”.

    A Dilma Rousseff poderia responder esta questão no programa eleitoral dela. E começaria assim:

    “O Luis Nassif faz crítica à forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, mas há de reconhecer que Luis Nassif não é economista. Agora é preciso entender o sentido desta pergunta, pois dado o sentido ela comportará resposta diversa.

    Se se critica a forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, decorre do fato de estes economistas verem na forma alguma ilegalidade, eu diria que o Tribunal de Contas tem aprovado nossas prestações de contas.

    Agora se a crítica diz respeito a fragilidade da nossa legislação que permite que o governo faça o que bem entende, eu diria que temos legislação de ótima qualidade. A nossa legislação tanto a Constituição como a legislação infraconstitucional, a começar pela Lei de Responsabilidade Fiscal apesar de ter sido na época muito criticada pelo PT e mesmo sabendo que ela foi feita copiando modelos externos adaptados para países com particularidades bem distintas do Brasil, principalmente quando se tem em conta que a maior fonte de inspiração foi a Lei de Responsabilidade Fiscal da Nova Zelândia, e apesar de ter muitos pontos que merecessem reavaliação, são normas rigorosas com penalidades e que não se pode deixar-se levar por analistas que desconhecem o funcionamento da máquina pública e ficam reverberando informações que estão cada vez mais se multiplicando na internet e que se houve tempo para analisa-las se perceberiam o quanto infundadas são”.

    É bem verdade que eu gosto mais do Marcio Pochmann do que do Alexandre Rands Barros, mas também tenho as minhas críticas a ele, principalmente quando ele fica analisando o nosso sistema tributário como se estivéssemos em um modelo de economia estável em que qualquer ponto no presente e no futuro seriam iguais. Não é assim. A economia capitalista é dinâmica. Digo isso para deixar claro que talvez tenha algum viés a minha crítica a você em defesa dos dois. E se tiver viés ele é mais para o lado de Marcio Pochmann do que de Alexandre Rands Barros. Ainda assim há pontos em que eu discordo dos dois. Não sei o que eles falaram, mas fico mais do lado dos dois nos temas que eu mencionei.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 05/09/2014

    1. De bom na data do seminário foi entrevista com Fernando Montero

       

      Luis Nassif,

      Li no Valor Econômico a reportagem “Economistas de candidatos debatem prioridades para o país”. A reportagem do jornal Valor Econômico trata do mesmo assunto que este seu post “O embate de ideias econômicas nas eleições” de sexta-feira, 05/09/2014 às 06:00. Coincidentemente a reportagem é assinada pelo jornalista Eduardo Campos. Constando da página A14 do jornal Valor Econômico de sexta-feira, 05/09/2014, a reportagem “Economistas de candidatos debatem prioridades para o país” pode ser vista também no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/brasil/3683940/economistas-de-candidatos-debatem-prioridades-para-o-pais

      Infelizmente o link do jornal Valor Econômico só é completo para assinantes. No link a seguir, entretanto, a reportagem do jornal Valor Econômico pode ser vista na íntegra:

      http://jornal-asas.blogspot.com.br/2014/09/economistas-de-candidatos-debatem.html

      Chamo atenção para a reportagem do jornal Valor Econômico porque ela me pareceu mais bem representativa das idéias divulgadas no seminário do que a exposição que você faz. Falhou a reportagem do jornal Valor Econômico em não fornecer o nome do seminário promovido pela Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB). Algo que você fez. Não sei até que ponto seria correto dizer que a omissão do jornal Valor Econômico se justifica na diretriz do jornal em não fazer propaganda de um órgão público, pois o título do seminário foi “Repensando Estrategicamente o Banco do Brasil”.

      O que eu queria destacar a sua escolha da neutralidade é a crítica sistemática e às vezes também o elogio ao governo e oposição. O problema não é fazer a crítica ou o elogio, sejam eles sistemáticos ou não, mas fazer a crítica sem muita fundamentação. Sei que há diferença na sua proposta de analisar o seminário “Repensando Estrategicamente o Banco do Brasil” relativamente a proposta do jornalista Eduardo Campos em relatar o que ocorrera no seminário. A recriminação que eu faço é você não aprofundar nas críticas que faz.

      Outro aspecto a salientar no seu texto para este post “O embate de ideias econômicas nas eleições” é que ele também foi para as páginas da revista Carta Capital. Assim, parece-me que os seus textos também são garimpados e posteriormente lapidados de acordo com o destinatário. Isso acaba fazendo de você plúrimo, mas ao mesmo tempo você fica sem uma direção.

      Agora no jornal Valor Econômico, na mesma página da reportagem “Economistas de candidatos debatem prioridades para o país” há uma entrevista concedida a Denise Neumann por Fernando Montero que me pareceu com mais substância quando comparada tanto com este seu post “O embate de ideias econômicas nas eleições”, como com a reportagem do jornalista Eduardo Campos “Economistas de candidatos debatem prioridades para o país”. Com o título “Antes, crises recessivas faziam parte suja do ajuste”, o economista Fernando Montero argumenta que a situação esconde os problemas, mas a oposição esconde as soluções e deixa claro que vai que ter algum aumento de carga tributária. O endereço da entrevista “Antes, crises recessivas faziam parte suja do ajuste” é:

      http://www.valor.com.br/brasil/3683938/antes-crises-recessivas-faziam-parte-suja-do-ajuste

      Ou então no site do Intelog no seguinte endereço:

      http://www.newslog.com.br/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=627271&Template=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=759029&Titulo=%22Antes%2C%20crises%20recessivas%20faziam%20parte%20suja%20do%20ajuste%22

      O importante da entrevista é que se faz a crítica tanto ao governo como a oposição sem, entretanto, transformar esta crítica em um caso pessoal. Ele faz a crítica e traz os argumentos em defesa da crítica dele. Não estou dizendo que Fernando Montero está certo, mas apenas que a argumentação dele é convincente.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 08/09/2014

  23. EMBATE DE IDEIAS

    Nassif, o seu post começa mal. “Alexandre Rand Barros representando o PSB”. “A prioridade dos liberais – Mansueto e Rand – são…” Você está confuso? Rand representa o Partido SOCIALISTA Brasileiro e você o chama de LIBERAL? Você pretende confundir ou esclarecer os seus leitores?

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