O pós-Copa e a aposta nas eleições

Em minha modesta opinião,esse

Em minha modesta opinião,esse experiente analista politico é na verdade o Luis Nassif Brasileiro se sobrepondo ao Luis Nassif Mineiro,em todo caso uma análise sobria e inteligente.Parabens aos dois.Saravá!

O problema da Dilma foi ter

O problema da Dilma foi ter aceitado todas as imposições da Fifa e, ainda, permitir que, numa artimanha política, um apoiador de torturador tenha ficado como cargo máximo da CBF que deu, ao Felipão, um prêmio por ter rebaixado o Palmeiras, ser técnico da Seleção. É chavão dizer que “a propaganda é a alma do negócio”. 

A Rádio CBN já a noite culpou a Pres. Dima pelo resultado

Os covardes comentaristas Carlo sardemberg culparam Dilma e Governo pelo resultado em campo.

Carlos aAlberto sardemberb e Merval Pereira entraram no ar ontem a noite(o horario deles é de 08:00 a 0830e entre 12: 00 e1230 horas. 

Eles “comemoraram o resultado” e Sardemberg , esse pulha , disse ue a Dilma é azarenta.

O Merval disse que o Datafolha mostrou teoricamente a Dima tinha qganho uns pontinhos , quatro pontos , mas que com a derrota tudo muda.

Não esperaram oo dia 09 chegar e a noite já pregaram o derrotismo.

Um parágrafo

Segundo o tal analista:

“Foi o caso de Lula. Sua vitória em 2002 começou a ser construída nas eleições de 1998. Ali, ele começou a denunciar o estelionato eleitoral de FHC (segurando o câmbio até terminar a campanha) e a se dirigir a um eleitoral que, até então, não era preocupação dele.”

Na verdade o PT e Lula denunciavam um suposto “estelionato eleitoral” desde o início do Plano Real. No que dependesse deles, talvez ainda estivéssemos felizes e sorridentes com 80% de inflação mensal.

O fato de terem acertado na crítica em 98 foi mera coincidência. Se FHC tivesse feito tudo ao contrário em 98, o PT teria gritado “estelionato” da mesma forma, pois era o tipo de oposição destrutiva que vocês hoje tanto criticam.

Complexo de Vira Latas

O Verdadeiro Complexo de Vira Latas

Na abertura da Copa do Mundo no Brasil iniciou com vaias por parte da torcida que foi ao Maracanã e, terminou neste momento para o time da CBF com vaias e olés. Este é o verdadeiro complexo de vira latas do povo brasileiro. Ou seja, é massificado para nós diuturnamente que devemos ser os melhores no futebol, ganharmos todas as partidas e se perdermos devemos vaiar e menosprezar e culparmos tudo e todos, principalmente os que são contrários à caterva, a horda. Devíamos fazer o que essa própria torcida que vaiou antes e agora fez com outros times que foram eliminados durante a jornada da Copa, aplaudindo, vibrando e torcendo. Este time não representa o Brasil Estado ou Governo. Representa a Confederação Brasileira de Futebol – CBF que é uma entidade de direito privado que tem como sua principal função ganhar dinheiro com qualquer evento que promova. Não existe espírito de competição sadia, mas, sim competição acirrada de emulação/rivalidade estereotipada pelos jargões ignóbeis vindos dos meios de comunicação principalmente o televisivo, como “está ruim chama o Chile”, “ganhar é bom, ganhar da Argentina é ainda melhor”, e tantos outros. O que vimos hoje neste jogo Brasil x Alemanha é algo triste, pois até ontem estávamos idolatrando o time do Brasil e durante o jogo estávamos desprezando este mesmo time. Não nos planejamos para vencer, se não fizemos isto, perdemos. O contrário do time da Alemanha então não temos que chorar sofrer. Um jogo deve ser jogado e que vença sempre quem fizer mais gol.

Marcos Dornelas

Recife, 08.07.2014

Classes sociais distintas, candidatura de oposição e eleição.

Classes sociais distintas, candidatura de oposição e eleição.

O voto no Brasil se tornou plebiscitário. 

A velha mídia constrói todo um aparato para, tentar criar na população ojeriza ao PT e quem sabe votar contra o partido.

Tendo o monopólio da comunicação e informação a velha mídia pode pintar um quadro do Brasil que não tem cores, apesar de existir cores e da tela estar em produção.

A Eleição no Brasil virou este plebiscito: voto no PT ou Anti-PT. 

Aécio Neves e Eduardo Campos não precisam de muitos predicados, creem:  ter a chance de vencer a eleição basta a eles só o papel de ser Anti-PT e se pendurar na velha mídia, analisando em suas candidaturas o Brasil que a mídia expõe e não o Brasil real; o que me parece ser a máxima dos dois candidatos. 

O eleitor comum não olha Programa de Governo, apenas se baterá em incoerências, que vou tratar mais a frente, o que pode dificultar as candidaturas Anti-PT. 

Agora, difícil combinar com todos os brasileiros o “script” da velha mídia e dos candidatos que se escoram nela. 

Ainda mais com o fiasco da “Campanha Anti-Copa” trocado pelo bordão: “A Copa das Copas”.

O eleitor brasileiro parece não ter mais oportunidade de escolha. Ou vota no PT ou vota contra o PT, neste Brasil da mídia oligopolizada e das candidaturas que partem do discurso da velha mídia e a realidade fabricada por ela e não do mundo real e de propostas defensáveis olho no olho do eleitor.

Só que nesta dicotomia entre pró-PT e contra-PT existe o contra todos crescente, em razão da força, ainda grande da velha mídia, esta força um perigo para a Democracia: crescimento de voto branco e nulo. 

Não é à-toa que o PT resolveu encampar a discussão da Lei de Médios, pelo menos no discurso, é que a balança eleitoral pode mudar em um futuro próximo e o Anti-PT ser mais forte que o Pró-PT.

Mesmo que o Anti-PT seja maior que o Pró-PT os votos brancos e nulos podem avançar e o PT leva a eleição se tiver a maioria dos votos válidos.

Se precisar a Lei de Médios é a bala de prata do PT, que por hora se equilibra neste jogo entre velha mídia e PT (os dois sem forças para vencer um o outro) e as oposições, ingenuamente, aceitando o discurso fácil de caos econômico e social no Brasil da Imprensa hegemônica.

E existe a Campanha eleitoral que se adentrará com DILMA tendo quase 12 minutos, Aécio menos de 5 minutos e Eduardo pouco mais de 2 minutos. 

Nesta hora, o que era apenas a realidade da velha mídia entra em confronto com as realizações do Governo DILMA, negligenciadas pela realidade fabricada da velha mídia e se, até agora, DILMA se mantém na casa dos 40% de intenção de votos, a possibilidade maior é o crescimento de sua candidatura. 

O Pró-PT e o Anti-PT pode se tornar Capitalismo desenvolvimentista X neoliberalismo; desenvolvimento com Justiça Social X livre mercado e assim por diante. Se a propaganda eleitoral do PT for inteligente DILMA vence com tranquilidade. 

Pena que se criou esta estrutura política, despossuída de ideologia no Brasil, as classes sociais parecem fechadas em torno de Pró e Contra PT.

A pergunta essencial de 2014: a Classe C se desgarra do PT ou continuará com ele? Esta pergunta é muito plausível para a eleição de outubro.

Aécio Neves vai defender o Bolsa Família e o Mais Médicos, etc. na televisão? Mas, ele não seria o candidato dos que não gostam destes dois programas e que querem dar o voto para ele, por obra do Anti-Petismo e de estarem contrários aos Programas sociais e de transferência de renda do PT? Por defenderem a tal da meritocracia?

A verdade é que se construiu uma parede ilógica para a Política. E esta separação de pessoas em dois lados intransponíveis ou ao menos capazes de alguma interação não poderá dar às oposições vitória.

O discurso menos querido pelos Anti-PT ser encampado pelo(s) candidato(s) que eles acreditam serem seus representantes? 

Esta eleição vai ser um voto no escuro, para muita gente! 

Voto sem nenhuma convicção, sem ideia do que o candidato propõe, sem reflexão. Um voto sem tesão e desiludido para as classes média e média-alta, penso eu. Ninguém lhes representará no ideário que a velha mídia criou nos 12 anos de PT no Governo Federal.

DILMA vencerá e teria que tomar uma atitude, para além do jogo PT X Anti-PT, se quiser dar cidadania ao povo brasileiro: implementar o Marco Regulatório dos Meios de Comunicação, senão, vamos continuar ad eternum neste jogo, muito prejudicial à Democracia.

Sejamos sinceros! A realidade do Brasil não pode ser mostrada como uma “farsa” e uma “farsa” não pode ser mostrada como uma realidade.

Estamos criando uma massa de eleitores analfabetos políticos e alienados, que se produzem do noticiário e se auto enganam na sua realidade Anti-PT, que em momentos pontuais são agraciados com “falsas” vitórias sem votos: como o julgamento do Mensalão, a prisão dos “mensaleiros”, estes, momentos de excitação máxima, que acabam em desilusão extrema, na hora do resultado eleitoral. 

O que me choca é ver parcelas da sociedade com quem convivo, diariamente, transformando o ato do voto num ato Anti-PT e sem nenhuma condição de dizer o porquê de votar no candidato da oposição, isto me assusta! De dizer com clareza onde está o caos “generalizado”, que eles acreditam, no Governo Federal!

Se existe ódio e se a mídia foi que o criou nos votantes do anti-petismo? Não sei. E não sei se a explicação mais adequada é procurar no indivíduo a resposta. A velha mídia é um agente massificador desta personalidade. As pessoas se identificam com ela, porque a velha mídia constrói o mundo dentro desta lógica dicotômica entre o BEM (os não petistas) e o MAL (o PT e os petistas). E constrói o mundo em similitude com o ideário da meritocracia, tão querido das duas classes sociais mais Anti-petistas: média e média-alta.

Como se quer uma identidade própria, no mundo de hoje, um diferenciar-se da multidão, as classes média e média-alta se espelham na velha mídia, porque ela fala o que eles sonham ouvir e mostram como virtudes o modo como elas vivem e vencem na Vida, de como por seus méritos chegaram lá. 

E, então, somos este embate diário, onde, quem “batalhou por conta própria” em sua meritocracia e chegou lá desconsidera o que está chegando, numa associação de trabalho e programas socio-educacionais inclusivos do Governo Federal. 

Volto à pergunta:

Estes novos inclusos da sociedade, em ascensão social atual, vão querer se debandar para o grupo do Anti-PT? Mas, se debandarem, os já Anti-PT de antes, os aceitarão como iguais? Qual a semelhança de comportamento social dos dois grupos: classe média e média-alta X classe C? 

Ficar ao lado do PT não é mais seguro, gerando maior identidade de classe do que ser visto como um intruso na turma dos Anti-PT? 

Como, por exemplo, Aécio Neves vai solucionar a inclusão estes dois mundos distintos num só, com olhares um para o outro de separação, e falar, também, para as classes D e E com olhos de um paizão como foi LULA? 

Ao menos o PT pode ter o discurso de que criou a classe C e de que quer ampliar a qualidade da inclusão e acrescer mais capital à ascensão social dos seus membros. 

E Aécio Neves e Eduardo Campos, como fazer? Juntar em um mesmo discurso a Classe C e as Classes média e média-alta, estas duas classes, profundamente incomodadas com a invasão do povo da classe C nos espaços antes restritos aos de seu mundo? Classe C, ainda, com seus costumes e cultura outros, sua linguagem, ainda, menos polida (desviada da norma culta do Português)?

Não adianta ao candidato Aécio Neves este discurso de esgotamento, de que se quer a mudança e ponto final. A mudança não é no mesmo sentido para eleitores diversos. Uns querem melhorias nos bairros onde moram, na estrutura do transporte, na qualidade da saúde e educação; outros querem voltar à exclusividade.

O eleitor de 2014 vai além do nosso mundo de análises políticas dos dados de uma pesquisa eleitoral, penso eu.

O plebiscitário se encaixa bem melhor, mas não resolve por completo a equação do meio da linha vertical, onde se podem colocar: classe alta, classe média-alta e média, depois, classe C (como variável posta entre classes sociais da elite e do povo em uma linha vertical) e depois classe D e E.

Quem conquistar o voto da classe C, D e E não vai perder o voto dos incluídos dos tempos de FHC para trás?

Ou é possível juntá-los num mesmo voto? Discursar para os diferentes grupamentos sociais ao mesmo tempo com a radicalidade do discurso Anti-PT e Anti-ascensão com incentivos do Estado, que a Imprensa hegemônica criou no imaginário das classes média e média-alta?

A velha mídia e seus candidatos podem fazer esse arranjo eleitoral, mas soará falso. Os eleitores das elites podem até ser convencidos desta possível união, mas a prática será igual?

Aécio Neves vai valorizar a Classe C e a ascensão social das classes D e E? As classes média e média-alta vão cobrar dele a exclusividade de antes? Ou vão todos para a mesma praia, no mesmo avião e hospedados no mesmo hotel sem nenhum problema ou preconceito?

Depois de tanto pensar no voto plebiscitário respondo sem medo: – ainda não tem chances de a oposição vencer. Só quando houver uma Lei de médios, porque se poderão criar candidaturas para além do PT e Anti-PT. Outras fontes de informação outra possibilidade de formação cidadã ao eleitor brasileiro, para além do plebiscitário. Aqui precisamos contar com a vontade efetiva de encampá-la do PT para sua existência.

No quadro atual só o PT é beneficiado. Ele é quem tem discurso para atingir a maior parcela da população, já velha mídia não! E a velha mídia é o espelho da sociedade Anti-Petista, por sinal, muito afeita a ser, também, Anti-Classe C, D e E por todas as razões que estes anos todos assistimos: desde o bolsa-esmola até o xingamento dos Médicos cubanos, incentivados pelo Jornalismo e analistas da mídia hegemônica.

Quem pariu o Anti-Petismo foi a velha mídia e a oposição. Eles, por hora, estão abraçados e só com chances de perder a Eleição. Ou a oposição vira oposição real para além da velha mídia, ou o PT agradecerá por anos a fio, eleição após eleição, por ser o Porta-voz da maioria da população brasileira.

Mesmo que vivam 24 horas por dia em pé-de-guerra: Anti-PT e Pró-PT. O PT pode muito bem se basear na ideia de que oposição sendo feita, majoritariamente, pela velha mídia = Poder Federal em mãos; afinal velha mídia não tem votos, pois, não é Partido Político, em não sendo, não disputa eleição.

PT e velha mídia são “inimigos” (entre aspas), mais correto chama-los de beneficiários da ausência de oposição política descolada da Imprensa hegemônica e que caminhe com as próprias pernas. Um vence a eleição outro fica com as polpudas verbas de publicidade Federal, que sabemos atingir a casa do bilhões de reais.

Talvez, sonhe o PT em vencer a luta por pontos numa disputa, onde o adversário (mídia) perderá por falência múltipla órgãos, quando num hipotético futuro, já sejamos um País de classe média e esta mídia falará para ela mesma.

Enfim, vamos ser realistas: a elite e as classes sociais: média e média-alta não detém mais do que 30% dos votos.  E 30% de 100% não chegam a ser 1/3 do eleitorado. Por mais que se queira ganhar o voto das classes média e média-alta não se decide a eleição por ai. Estar vinculada a imagem do candidato a estas duas classes sociais é menos benéfico do que se imagina.

A Classe C é o fiel da balança, e tende, pelo radicalismo da velha mídia e do discurso do Anti-petismo a se manter fiel ao PT, mais do que tudo por não ser aceita como ela é pelas classes média e média-alta. A invasão dos espaços exclusivos destas duas classes sociais pela classe C não parece ser bem-vinda e, então, por uma questão de identidade e sobrevivência a tendência é o PT manter em seus domínios estes novos partícipes da sociedade de consumo.

Acaba sendo excelente a radicalidade das oposições, das classes média e média-alta tradicionais e da velha mídia para o PT. O plebiscitário PT e Anti-PT dá vitória de goleada para o PT.

Cada um acredita naquilo que precisa, quando precisa acreditar.

Dois pontos que de certa forma me causam suspeita e desconfiança no artigo do Nassif, muito bem escrito como se espera de um jornalista do quilate dele.

Primeiro que o segundo turno é a segurança de não se perder no primeiro, pois com a eleição polarizada e disputada somente por dois candidatos, um dos dois terá mais de 50% do votos com certeza, foi o que ocorreu na eleição de São Vicente S.P., onde o candidato que iria ganhar de lavada perdeu no primeiro turno, fato improvável caso o segundo tivesse sido disputado.

Assim, dois turnos interessam a Dilma e ao PT, vitória em primeiro turno é para a oposição, que irá tentar polarizar e radicalizar a disputa.

O segundo ponto têm a ver com:

“O resultado foi que o governo Dilma aceitou a agenda do adversário, permitiu que crescesse a imagem dos “malfeitos” em vez de impor sua agenda, de aprofundamento da inclusão social, de fortalecimento do mercado interno.”

O processo de aprofundamento da inclusão social e de fortalecimento do mercado interno é wishfull thinking.

Este processo se esgotou junto com a única real mudança positiva na econômia do governo Lula, que foi o aumento real do salário mínimo, que já deixou de aumentar e vêm perdendo poder de compra com a inflação crescente.

Estamos em forte processo recessivo interno, com mais de três meses e a conjuntura internacional, salvo o acordo dos Brics na próxima semana, é uma incógnita com viés nefasto.