Os percalços do modelo elétrico

O pecado original que acabou com a energia barata no país foi cometido pelo modelo do setor elétrico desenhado no governo Fernando Henrique Cardoso. Havia um amplo estoque de energia antiga, em hidrelétricas que já tinham sido depreciadas, vendidas a um custo extremamente competitivo, viabilizando a competitividade das indústrias eletrointensivas.

O modelo definiu que não apenas a nova energia iria ser vendida a preços de mercado, mas também a antiga. Teve início um processo chamado de “descontratação” da energia velha que jogou as tarifas nas alturas.

***

A crise do “apagão” permitiu um redesenho do setor. Foram criadas novas instituições, definido um novo marco regulatório e, com a criação da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) retomou-se o planejamento de longo prazo no país.

Criou-se um modelo de longo prazo e outro de mercado à vista.

Cabia às distribuidoras as previsões sobre o consumo futuro. A EPE juntava todas as previsões e definia a demanda futura. Com base nessa demanda, realizavam-se leilões de oferta de energia.

Concorriam geradores de vários tipos de energia. Os vencedores assinavam contratos de longo prazo com as distribuidoras e, com os recebíveis (isto é, os pagamentos futuros) se habilitavam a financiamentos do BNDES ou de outras instituições.

As demais demandas são negociadas no mercado à vista.

Desenhado  pela então Ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, o modelo foi vitorioso. Atraiu capitais de diversas procedências e retomou-se a ideia do planejamento de longo prazo.

***

De lá para cá, o governo perdeu a capacidade de dialogar com o mercado e receber inputs para arredondar seus planos.

O programa Brasilianas, de segunda-feira passada contou com a participação de Luis I, da Delloite, José Goldenberg, ex-Ministro, e Paulo Barbosa, da Unicamp.

Os problemas identificados por eles:

1. O esvaziamento do Ministério das Minas e Energia

A EPE ficou dona do planejamento mas não tem ascendência sobre outras áreas. E o MME ficou desfalcado e sem quadros técnicos. Daí se entendem descompassos entre a construção de usinas que, prontas, não conseguem gerar energia por falta de linhas de transmissão.

2. As medidas de redução da conta de luz.

Discutia-se a renovação de concessões de hidrelétricas. Como eram antigas e devidamente amortizadas, o governo optou por mudar o sistema de concessão. Em vez de adquirir as concessões, as empresas seriam apenas operadoras, recebendo pelos serviços prestados.

O princípio era correto. A implementação foi desastrosa. Ao jogar as tarifas de operação para níveis muito baixos, o governo provocou perdas bilionárias nas estatais, matando sua capacidade de investimento.

Além do valor da tarifa, deixaram-se em branco questões regulatórias da maior importância. Por exemplo, se ocorre uma perda de gerador, quem é o responsável pela reposição? Quais as regras de incorporação desses investimentos nas tarifas?

Criou-se uma insegurança jurídica que interrompeu o fluxo de investimentos.

Luis Nassif

41 Comentários

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  1. Nassif, estive no Ministério

    Nassif, estive no Ministério das Minas e Energia em visita a Brasília com meus alunos onde fomos recebidos pelo Sr. Altino Ventura Filho  Secretario de Planejamento e Desenvolvimento Energético numa longa e elucidativa palestra e conversa e não me pareceu que a questão maior era a das linhas de transmissão que deveriam estar prontas para levar a energia que tem sido produzida, haja vista um montão de projetos maturados de geração. Esta desconfiança em relação à energia elétrica realmente decorre de um descompasso entre a construção de sistemas de geração e transmissão?

  2. Há que ter maiores

    Há que ter maiores informações:

    Hoje assistindo o Record News, com o Heródoto, um convidado falava em um caso da CEMIG onde a parte de Geração dava Lucro de aproximadamente 500 millões e a distribuição prejuizo de quase 500 milhões, só que o Lucro era dividido entre os acionistas e a parte do prejuizo ficava com os consumidores…

    Uma mesma empresa e duas contas, onde a ESPECULAÇÃO está deitandoe rolando, que nunca os especuladores ganharam tanto dinheiro…

    Precisamos de MUITO MAIS ESCLARECIMENTOS….

  3. herança maledeta !

    Após anos de desenvolvimento investimentos e implementação pelos governos militares ,o desmonte desse sistema hidreletrico ,feito no governo FHC ,foi um dos piores legados deixados ao seus sucessores !

  4. Enquando o país todo clama

    Enquando o país todo clama por todos os condendos pelo mensalão, não fica justo não perdoar quem nem sofreu processo.

  5. Hoje se consome muito mais

    Hoje se consome muito mais energia no Brasil do que há 15 anos atrás.

    Temos falta de chuvas maiores que a de 2001 e não tivemos racionamento.

    Deixaram de investir décadas no setor elétrico, até o 1º governo lula.

    Obras neste setor, pela magnitude, demanda tempo.

    Hoje, as exigências na sustentabilidade são enormes.

    Não temos risco de racionamento.

    Usamos muito menos energia termoelétrica do que o resto do mundo.

    Temos várias hidrelétricas, eólicas e Angra 3, em fase final  de construção.

    Falei o óbvio.

    O óbvio não serve para quem procura chifre em cabeça de cavalo.

    1. Vamos nos educar

       Assis,

       Quem sabe poder-se-ia melhorar o sistema e torná-lo mais confiável ao analisar o consumo de alguns equipamentos ?

       Em 2000 , acho que por conta do apagão, li uma reportagem em revista de credibiidade, que mostrava que uma boa parte do consumo, em alguma hora do dia, chegava a 50% por conra de geladeiras e chuveiros elétricos – não mencionava ar condicionado.

      Este tema marcou-me pois precisei trocar um chuveiro elétrico do banheiro da doméstica e só conseguia adquirir chuveiros com 5000/5500 watts. O substituído era de 1800 watts. Como não quis modificar a instalação preferi investir na utilização de gás compartinhando a água quente da pia de cozinha. Quantas residências de pobres não pegaram fogo por conta desta famigerada ideia de custo-benefício engedrada pelos fabricantes que substituiram os chuveiros cromados de 1800/2000 watts, mais caros e com um fluxo menor de água quente. tudo em nome da grana e omissão das classes de engenheiros ( CREAS, Clubes de Engenheiros, ABNTs…ministérios da Tecnologia, vereadores e deputados).

      Por que  não investir em sistemas solares com incentivos a produção e barateamento dos equipamentos?

      Por que não incentivar, maciçamente o uso de leds e outras alternativas eletrônicas que são sabidamente menos consumidoras de energia se comparadas com as resistivas e as fluorescentes( de baixo fator depotência)?.

      Por que não incentivar o uso de fibra ótica para iluminação ( há mais de 30 anos divulgou-se  que o japonês fazia crescer tomateiros em subsolos de edifícios utilizando luz solar através da fibra ótica) em escritórios, salas de aula nas  escolas, hospitais e em lugares de uso intenso de iluminação ( que justificasse um investimento maior). As garrafas pets co água que dirigiam a luz solar para o interior das casas de campo – não se ouve mais notícias incentivadoras de uso ?

      Levar em conta que com a ascensão das famílias com mais condições de compra, estes índices devem continuar ser significativos e a idéia aqui é educar o povão e incentivar o uso de energias criativas e alternativas – deve ser mais barato do que criar um sem números de hidrelétricas ( e atrapalhar a vida dos bagres do PSB), termoelétricas e outras.

      Da mesma forma, podemos levar ideias alternativas para minorar o consumo por conta de ar condicionado em grandes espaços públicos ( existem estudos de paredes isolantes com a utilização de bambus e outroas fibras), utilizar corretamente a água de futuro incerto se continuar o consumo irracional atual – é tímido o incentivo do uso de vasos sanitários com pouco consumo de água, de torneiras de formatos diversos para diminuir o consumo – enfim, está na hora de debruçar-se nestes temas, popularizá-los  e incentivar novas visões necessárias haja vista que os 8 bilhões de habitantes até 2050vão ter que consumir e alguém vai ter que produzir soluções para evitar-se os saques, por sobrevivência, que alguns apocalípticos já apregoam.

       

    2. Hoje se consome muito mais

      Ô pá o nível de consumo é irrelevante.

      Quando se tem planejamento determinativo, você atende a Demanda em seu sentido elétrico que incorpora a potência em kW e energia em kWh com suas duas grandezas decompostas em seus vetores originais kVA, kVarh e kW.

      E digo mais, o que determina o investimento de Kapital no SEB é a componente de kVA (kilo Volt Aparente) que reflete a capacidade do sistema.

      Sou do tempo em que planejavamos com inflação de 32% a.m., taxa de crescimento de mercado de 8 a 11% a.a. e tudo corria perfeitmente até que um bípede sensível a piados estrangeiros resolveu rever um modelo que já havia sido adaptado às característica nacionais a partir de 1964.

       

  6. Bom resumo das últimas 2

    Bom resumo das últimas 2 décadas. O maior erro que vi desse atual governo foi a implantação soco na mesa, faltou diálogo. Basta ver o que ocorreu com a Eletrobrás e suas ações.

    Faltou falar sobre os modelos de remuneração da ANEEL nesse período. Antes ela praticamente reconhecia toda despesa e repassava para as tarifas, um modelo ilógico e que não fazia com que as empresas buscassem eficiência operacional.

    Depois, o modelo da empresa virtual, onde os reconhecimentos dos custos eram proporcionais a essa empresa, mas acabava deixando de fora muita coisa. Ex.: não se levava em conta demografia, condições climáticas, etc.

    E o modelo atual, de benchmarking, onde defini-se as empresas referência em cada categoria (manutenção, execução, etc.) e cabe as demais se espelharem nas empresas referências.

    Acho esse o melhor, força a busca pelo ganho operacional.

  7. Fatos:
    * – geração de energia

    Fatos:

    * – geração de energia do Brasil depende de água.

    * – população do Brasil depende de água.

    * – tucanos têm medo de água.

    1. crise da água

      Essa é muito boa, do jeito que as coisas estão indo o PSDB vai ser aprisionado na própria armadilha que criou, dando as costas para os grandes problemas dos lugares que governa, principalmente os estados de São Paulo e Minas Gerais!

  8. Os percalços do modelo

    Oi Nassif. Não importa quem iniciou o modelo comprovadamente errado da produção e transmissão de nossa energia. Importa sim corrigir os erros apontados. Acusar FHC e desculpar o PT pelos sucessivos erros de gestão que nos levaram a essa condição desesperadora não nos leva a solução alguma. Será que você não tem alguma proposta? Tal como dispensar os “cumpanheiros” e fazer administração com os funcionários de carreira na área?

  9. A ideologia está turvando o

    A ideologia está turvando o debate.

    Qualquer artigo vira uma disputa ideológica entre PT x PSDB, Esquerda x Direita, Lula x FHC…..

    Será que não dá para superar o debate raso?

    Todos tem qualidades e defeitos!

    Será que não dá para virar a página e seguir em frente?

    1. Infelizmente acho que já era,

      Infelizmente acho que já era, Auditor.

      O debate público foi totalmente intoxicado por essa essa chacrinha ideológica. A postura é de guerra total de comunicação. A militancia antissocial, na oposição durante esses últimos 12 anos, já queimou todas as pontes. Não há mais preocupação sequer de disfarçar alguma “neutralidade”, “isenção” ou mesmo preocupação com informação destinada ao aprofundamento do debate sobre qualquer ponto. Não, é propaganda política aberta e explícita. Aquela edição do debate entre Lula e Collor – “tudo de bom de um lado e tudo de ruim do outro – é pouco diante do que se faz atualmente.

      O que resta é preservar alguns espaços saudáveis na internet onde se possa ler e trocar outras palavras e ideias.

  10. Os percalços do modelo PT

    Os percalços do modelo PT seria o certo dizer. O modelo funcionou depois da crise de 2001 e desandou agora no governo Dilma pelo intervencionismo estatal.

    Não dá mais para usar a desculpa da “herança maldita”. Já são 12 anos de governo do PT, se realmente o modelo tem problemas, aliás, se qualquer modelo anterior tem problemas, já foi tempo suficiente para os governos do PT identificarem os problemas e proporem solução, afinal os governantes são eleitos para resolverem os problemas. Ver que está errado qualquer um faz, não precisa deles não.

    1. Dá sim meu caro ,no governo

      Dá sim meu caro ,no governo anterior a esse não havia nem plano de contingencia para o apagão programado,,a coalizão tucana entregou um setor estrategico do País ao “mercado” que só aponta “inseguranças” para justificar a falta de investimento (que da retorno somente a longo prazo) e justificar que as tarifas estão muito baixas,precisam aumentar ! (lembrando ao sr que uma das premissas para que empresas estrangeiras disputassem os leilões era a que poderiam cobrar preços internacionais

      Fico a imaginar se ocorrese uma tragédia com uma hidreletrica no Brasil ,comparavel ao de Fukushima que perdeu sua principal usina,o que o “mercado ” faria ,obrigaria os consumidores a pagar pela nova hidreletrica?

    2. A especialidade  do PT é

      A especialidade  do PT é apontar erros do governo FHC. Depois de 12 anos de governo, esta estratégia de acusar como se fosse um recém-chegado é ridícula.

  11. Erros, erros, e mais erros…

    Acho até engraçado falar em erros de FHC depois de aproximadamente 12 anos de governo do PT!

    Vejo e acompanho a política deste país desde que me entendo por gente, e isso desde de 1964 (nasci em 1956).

    Vejo também dos avanços coordenados no governo FHC em contra partida com os avanços realizados por Lula/Dilma.

    Tudo que o correu nestes últimos 12 anos foram avaços demagógicos (alguns um pouco menos. O governo FHC lançou bases para avanços em diversas áreas: economia (estabilização da moeda), exportações, bolsa-escola, bolsa-gás, cartão único CEF/SUS etc. (quer mais ou chega?).

    Cadê os avanços promeitdos dos PACs, cadê a transposição do Rio São Francisco, cadê a melhoria na Saúde, cadê a taxação sobre grandes fortunas, cadê a taxação sobre lucros dos bancos, cadê os avanços na área de Educação, como está a situação da empresa que foi das mais lucrativas e das maiores do planeta, a Petrobrás?  

    Sinceramente, eu tive uma parte de minha vida pró-PT, hoje qualquer outro partido serve, menos o PT!

     

     

     

    1. Ex-PT rsrs

      Gerson ex-PT rsrs,

      A partir deste seu ” instigante” rol de indagações eu pergunto, o que é que você, que acompanha política desde oberço, lê e  assiste para se manter informado ? Eu estou supondo que voc:e não more no Sudão ou coisa parecida.

      E ainda diz que foi PT, tá certo.

       

  12. Rubicão seco.

    Um fato: se a estiagem continuar no próximo verão ficaremos sem água pra beber antes de faltar energia elétrica.

    As chuvas de verão no Sul de Minas ( Mantiqueira), Triâgulo Mineiro e Serra da Canastra foram bem abaixo da média histórica. Minas Gerais não foi agraciada com chuvas, e a região do Cantareira também.

    O caos hidríco só não é maior em razão do trabalho de interligação dos Sistemas Elétricos – sistema de linhas de transmissões novas – contratados pelo Governo do PT e já entregues. E da oferta de combustíveis – em especial gás – para as termoelétricas.

    Nesse ponto o Governo Federal do PT trabalhou. Não foi omisso.

    Na configuração do modelo elétrico, o problema da disparada dos preços ocorreu justamente pela falta de chuvas e pela não adesão dos Governos do PR, SP e MG ao modelo proposto. Optaram – esses Governadores do PSDB – entregar as concessões, e não renovar contratos. Estão ganhando, lucrando, hoje na geração – e distribuindo muito dividendos -, no mercado à vista, mas em breve não terão mais a concessão. E impondo esse prejuízo à distribuidoras. É a lógica da sabotagem ao sistema. Detalhe, em muitas dessas distribuidoras com prejuízos o Governo desses Estados e as pro´prias geradoras tem participação relevantes. Aí vem a forçação de barra para elevar a tarifa, numa situação que é conjuntural e transitória. A lógica do “mercado” – e da manipulação desse mercado – prevalece em detrimento da modicidade das tarifas.

    Daí, as geradoras – em especial as que não renovaram as concessões, como a COPEL, a CEMIG e a CESP, de governos do PSDB – impõem as distribuidoras um aumento de custo – transitório – e há uma grita pelo aumento de tarifas para se remunerar mais os acionistas aproveitadores da seca. E a “grande impresa” apoia o tarifaço para desgastar o Governo Federal.

    Assim, estamos num momento de estiagem e num momento de transição no sistema de geração – com o fim de concessões importantes. Isso gera a incerteza e a especulação. Nada como passar o tempo das eleições e chegar a 2015 – esperamos com chuvas – para ajustar o momento que é de crise.

    Para o fim de 2015 Jirau e Santo Antonio estrão em plena operação – são quase mais 100 turbinas e 7.500 MGW em operação no período de seca. E só no fim 2016 será entregue Belo Monte à plena carga – mais 11.000 MGW. Isso na cheia dos rios, pois o reservatório – por questões ambientais – é reduzido.

    Enfim, a carga dessa crise elétrica – que envolve o custo da geração no mercado à vista – tem também componente político, não é só seca. A travessia desse Rubicão se dará em 2015. Resta saber se quais as condições das águs deles, se estará quase seco ou não.

  13. Energia Barata???

    Onde? Quando a energia oriunda das hidroelétricas foram baratas?

    Hoje o trem tá feio, só post truncado.

    Sem falar que o consumo de energia no Brasil é ridículo!

  14. Realmente o Governo errou

    Realmente o Governo errou nessa questão de redução de tarifas, o que não foi bom para o setor.

    É claro que na campanha o Governo não vai admitir o erro. Mas deve trabalhar, internamente, no sentido de corrigí-lo e botar o setor novamente nos trilhos.

    Nâo pode insistir no erro.

    1. Mais barato é ruim.

      Quem disse que o governo errou? Eu tenho certeza que não.. Mas admitamos por absurdo que ele errou, você propõe um aumento extra na sua conta? Ou quem sabe, abre-se uma conta para quem acha que está pagando pouco e isto é ruim ( tem até empresário do pig) depositar lá o que falta? Resolveria..

      1. Tudo aumenta todo ano, até

        Tudo aumenta todo ano, até porque se tem inflação todo ano. O contrário disso é deflação, que é muito pior. Os reservatórios não estão em boas condições, há enormes exigencias ambientais para se aprovar novas plantas hidrelétricas, o uso das térmicas é muito caro. Tudo isso leva a um aumento de custos e não a uma redução. Eu não sou especialista e não disse que a conta tem que ser aumentada – aliás já está sendo, a aneel vem aprovando aumentos em diversos estados. O que eu disse é que o Governo deve planejar para não errar novamente com o setor ou mesmo corrigir os erros cometidos. De que forma eu não sei.

        1. Tá errado!

          Sempre vai haver desculpa para aumentar. Os reservatórios estão vazios, ou estão cheios, consumo elevado, consumo baixo, baixo investimento, alto investimento, etc…

          Esta é a falácia do governo neoliberal.

  15. esse é o pobrema da teologia política do seu nassif & cia

    esse é o pobrema da teologia politica do seu nassif e do goveno dilma: encontrar os culpados de sempre… a se perder de vista, no país da impunidade pronta acabada! por preceito divino… que se encontre soluções republicanas prontas acabadas! de gestão e inovação, a partir do preceito original do deus mercado: sinalização clara confiável atrativa contratual de preço, sem as degustativas derivativas de dar água na boca: as sobretaxas taxativas a gosto da freguesia amamentada gorda nas tetas da vaca estatal…

  16. Sou obrigado a discurdar

    Estranho suas afirmações Nassif. Primeiro o modelo é exemplar, basta dizer que temos uma grande sobra de energia e se não fosse por isso já estarímaos no apagão. Empreendimentos enormes estão sendo concluidos. O leilões continuam sendo um sucesso. Nunca se investiu tanto e os investidores estrangeiros estão aí, etc, etc. Não há crise, senão uma seca surpreendente que está sendo surpreendentemente derrotada.

    E as criticas (?); Esvasiamento do MME????, já tendo a EPE, a ANEEL, a ONS o Comitê de comercialização de energia, etc Se comparar o setor energétido é o mais bem suceduido em agências do governo. Mesmo porque a Dilma conhece muito bem o setor. Umas auditorias fariam bem até nas finanças aqui em casa, que tal? E tem as minas e o petróleo para ocuapar o MME.

    Redução do preço da energia???. Primeiramente acho que redução de tarifa nunca devia ser questionada, aumento sim. Estava cara artificilamente colaborando para fundos que não tinham mais valia, a amortização dos custos de construção iam obrigatoriamente acabar com o termino iminente do prazo das concessões. E quando acaba concessão, Nassif, o bem passa obrigatoriamente para a união, e a menos que ele dê ou  venda o bem ele só pode ceder para alguem operar e receber pela operação. E obrigatoriamente procurar o menor preço. Qual o problema??? Há outra maneira? Ah! as empresas esperavam continuar com a concessão e com a “perda” tiveram prejuisos. Isto já virou botequim???? As empresa “esperavam(?)” poder continuar a cobrar a amortização e pensavam (?) que a concessão seria de continuidade natural(?)??? Baseado em que???Que prejuiso…, vamos chorar! E outra: haverá energia sobrando no próximos anos, quem tem abundancia é quase öbrigado a vender mais barato.

    Ah! e se quebra um gerador, quem paga? Nossa que problemão! E se a descarga dá defeito em um apartamento alugado???? quem paga a despesa???? que problema insolúvel!!!!! Que tal se constasse no contrato de concessão alguma definição, eu ou você, e pronto.

    Nassif, passa para outra. Te passaram na conversa. Nesta você só tem se dado mal.

    É ,ente tantos outros, um grande sucesso o setor de energia do governo Dilma. NÃO há crise! Só no pig.

     

    1. Matou a pau, e’ isso mesmo.

      Matou a pau, e’ isso mesmo. Nessa o Nassif foi muito infeliz.

      Dizer que nao investem porque tem medo que a regra mude foi de lascar.

      As regras nao estao sendo mudadas, estao sendo aprimoradas. E’ pra isso que existe governo.

  17. Nassif, não chamou ninguém do

    Nassif, não chamou ninguém do governo? Gostaria de ver números no diagnóstico, sobretudo sobre investimentos em geração e transmissão.

    1. Eu trambém gostaria de ver

      Eu trambém gostaria de ver números de Geração e Transmissão. E, o que está sendo construído com datas de entrega.

      Lembrar também que a renegociação das Concessões ocorreu no 2º semestre do ano passado não influenciando nada que impactasse o 1º semestre deste ano. Nenhum investimento em geração, pode ser implementado em menos de 5 anos. Nunca num semestre ou em 1 ano!

  18. Cada vez entendo menos.
    Quer


    Cada vez entendo menos.

    Quer dizer que uma indústria ou Instalação totalmente depreciada tem que praticar preços altíssimos similar aos preços iniciais antes de começar a depreciar, senão quebra?

    Para que valem então os prazos das concessões se após seu término não puderem ser resgatadas e renegociadas?

    Estão todos pisando nas cascas de banana diariamente jogadas pelo PIG e a oposição sobre qualquer assunto! 

     

    1. As questões não são assim tão

      As questões não são assim tão simples. Quando vc MUDA REGRAS mesmo que no presente não impactam, CRIA-SE INSEGURANÇA PARA O FUTURO e afugenta os investidores. Pode não afetar nada agora mas quem iria construir uma PCH desiste por medo da possibilidade das regras mudaram a cada ano, o empresario vai achar que a Dilma amanhã pode mar tudo de novo e ai ele não sente confiança em entrar no setor ou aumentar seu investimento na area.

      CERTEZA DE QUE AS REGRAS SÃO FIRMES E IMUTAVEIS é a principal logica do investimento no capitalismo.

  19. BANCO DO BRASIL SUSPENDE LIMITES UNILATERALMENTE

    Nassif, o assunto não tem na a ver com energia, porém nos deixa envergonhado como Bancos Agem a margem da sensatez e porque não dizer da honestidade. O Banco do Brasil retirou todos os limites em um dia, porém sem avisar aos correntistas micro empresários. Pasmem, isso aconteceu na sexta feira dia 09/05/2014 e o limite apareceu novamente na segunda feira 12/05/2014, porém cobrando  R$ 41,00 de despesa de “Adiantamento de depositante”. Nassif não pode um Banco  fazer uma propaganda que é o Banco da Micro Empresa e fazer uma coisa dessas, cobra por cada boleto a tarifa de R$ 5,30, juros do limite de 9,88%, e capital de giro de 3,88% e ainda faz uma coisa feia dessas, suspender limites para arrecadar uma taxa de R$ 41,00. Será que com quantos corretistas fizeram essa maldade que beira ao roubo? E quanto que arrecadaram e para que? Nassif, alguém tem que falar com a DILMA  porque as pessoas não acreditam no governo, talvez ela nem saiba dessas malandragens que rende muito dinheiro enfiando as mãos nos bolsos nacionais. Por isso que não defendo mais o Banco do Brasil de uma possível privatização, virou carrapato e aderiu a mercado financeiro feito banco privado, e é até pior pois surrupia agente com maldades e malandragens feito essa parece que pensa que só tem tolo no Brasil.

  20. Nada a ver Nassif, 
     
    O

    Nada a ver Nassif, 

     

    O problema é que, como algumas empresas não renovaram as concessões, as distribuidoras ficaram com uma parter expressiva da energia descontrata. O governo era pra ter feito um leilão de A-1 logo em seguida, não fez, e como aumento do preço spot ninguém mais queria entrar

    O governo , pra assegurar os 20%, começou a bancar a diferença de custos através de recursos do tesouro e de outros expedientes macabros. como o preço não reflete o custo, suspeitasse que a demanda tenha ampliado. mesmo se não, essa é o origem do problemas financeiros. O governo era pra ter repassado à tarifa o aumento de custo do mercado à vista

    o problema do atraso nas obras é complexa. Mas se argumenta que entrou muito gente nesse setor se experiencia

    O modelo era pra ter mudado a 3 anos atrás. As usinas termicas a gás eram pra tê entrado na base de operação do sistema.

    o PLD era pra ter sido mudado, porque é insustentável num contexto de crítica

    mas concordo com o esvaziamento do MME, mas esse é um problema de quase todos os ministérios

     

     

  21. Percalços do Modelo Elétrico

    Nassif,

    Sua síntese sobre o SEB desde meados de 90 até o presente está 70% aderente. Faltou comentar que o modelo anterior calcava-se no planejamento de CP, MP e LP e era “determinativo”, garantindo o princípio de operação “cooperativa” que é aderente a característica eletrodinâmica do setor.

    Com a instalação do modelo “competitivo” que não se aplica a “utilities do setor elétrico” você destrói a cooperação operacional e por decorrêcia a financeira e dá-se início às assimetrias.

    Enquanto as tarifas eram dimensionadas pelo “Custo”, as margens dos segmentos da indústria eram semelhantes e os aumentos tarifários ocorriam numa mesma data focal, fazendo com que as margens se distribuissem pelos três níveis G, T e D, no mesmo momento impedinodo a arbitragem de ganhos pelos descasamentos financeiros das correções tarifárias. Hoje isso é a regra.

    Um caso exemplar é a CESP. Vasculhe seu balanço e constatará que a energia descontratada foi propositalmente mantida descontratada para ser vendida no “Mercado de CP”, em que as tarifas estão 5 a 8 vezes mais cara do que nos leilões de LP. Isso gerou um EBTIDA magnifico em 2013, mas que foi todo distribuido sob a forma de dividendos. E o mais incrível, o principal beneficiário dos dividendos foi o próprio governo de SP que tem a maioria do controle societário.

    Outro problema é o decorrente da “descontratação involuntária”. Até que ponto ela é involuntária realmente. Tudo sinaliza que as distribuidoras mantiveram-se subcontratadas para reduzir custos operacionais, mas no momento em que os “preços” se elevaram, disseram que foram surpreendidas e ao invés de pagar o custo de sua subcontratação com redução de seu EBTIDA mendigou ao governo a cobertura destas perdas que será transferirá futuramente aos consumidores.

  22. Discussão de um setor fortemente impactado por novas tecnologias

    O Setor Elétrico e mesmo o de uso de energia é um dos que mais sentem o impacto de novas tecnologias. Quase não escuto discussões na mídia sobre o Grid e a nova tendência, os micro grids, que irão revolucionar no curto e médio prazo toda a estrutura do negócio de transmissão e produção de energia

    O Brasil, em condições normais de temperatura e pressão, têm um trunfo enorme nas usinas hidroelétricas já implantadas, podendo, desde que bem geridas e administradas, fornecer um diferencial para as indústrias aqui estabelecidas e a população.

    O futuro deve vir junto com as novas e crescentes fontes de energias alternativas, bem como novas formas de armazenamentos (Flywheel, Bancos de Supercapacitores, Supercondutividade a temperatura ambiênte, etc…) e em especial, os novos arranjos de microgrids, que fortalecem o Sistema de Transmissão e robustecem o de geração.

    A tecnologia já ultrapassou as bancadas dos laboratórios e está em teste em muitos lugares do planeta hoje, não são segredos, são possibilidades reais, que irão impactar os custos e lucros dos operadores no setor.

    O retorno nos investimentos são mais arriscados do que nunca hoje, é um período de transição, sujeito a alguns desconfortos, mas com boas perspectivas de melhora em curtos espaços de tempo.

    A Dilma deveria montar um grupo para tirar proveito o quanto antes destes novos avanços tecnológicos.

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